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terça-feira, 3 de janeiro de 2017

Notas sobre a relação entre tradição e enumeração

1) Contagem é muito diferente  de enumeração.

2.1) A contagem pode levar a uma progressão tanto aritmética quanto geométrica; a enumeração, a uma tradição.

2.2) A contagem está relacionada à ordem que é própria dos fatos e das coisas; a enumeração, a cooperação entre as pessoas de modo a ajudar a Deus naquilo que é próprio do plano da salvação, da conformidade com o Todo que vem de Deus.

2.3) Exemplo: Cristo, que é Deus verdadeiro que decorre do Deus verdadeiro, é a renovação da origem de todas as coisas. De Cristo, vieram doze apóstolos.

3.1) O autor da distinção entre contagem e enumeração foi Erdos.

3.2) Por essa razão, Cristo tem o número de Erdos 0, por ser a origem da renovação de todas as coisas, e os apóstolos têm o número de Erdos 1 - e cada apóstolo pode ser subdividido de 1.1 a 1.12 de modo a se melhor compreender as circunstâncias de seu apostolado para o bem da Igreja e da cultura decorrente da vida em conformidade com o Todo que vem de Deus. Os primeiros bispos, os sucessores dos apóstolos, têm o número de Erdos 2 e assim sucessivamente, pois o povo de Deus fundado nesta tradição é tão numeroso quanto as estrelas do Céu.

4.1) No antigo Testamento, Deus, o criador do Universo, tem número de Erdos 0 e Adão tem o número de Erdos 1.

4.2) Como Adão desobedeceu a Deus, todo um caminho precisou ser preparado até a chegada de um segundo Adão, definitivo. Por isso, esse caminho pode ser representado de menos infinito até -1, que é Nossa Senhora, a virgem Maria, a mãe de Deus, a segunda Eva que daria origem ao segundo Adão.

5.1) Há um ramo da Matemática que estuda o universo dos números que vão de -1 a 1. Em termos cristãos, isso equivaleria à importância da Virgem Maria para a formação da Igreja Católica, pois ela também foi a rainha dos apóstolos, quando Cristo disse "eis a sua mãe".

5.2) Há um outro ramo da Matemática que estuda o universo de 0 a 1 - e isso abrange a relação de Cristo com a Igreja Católica, incluindo o não de Pedro a Cristo ao sim incondicional a Deus dado pela Virgem Maria, no sentido oposto. Se -1 e 1 guardam relação simétrica, então a possibilidade de estudos tende a ser infinita, pois decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 3 de janeiro de 2017.

Matéria relacionada:

https://pt.wikipedia.org/wiki/N%C3%BAmero_de_Erd%C5%91s

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Aforismo 02

1) Funkeiros cantam esse treco de "meu pau te ama", mas eles estão atrasados há mais de cem anos.

2) Teddy Roosevelt, com o seu Big Stick, dizia "meu pau te ama" para todos aqueles presidentes de repúblicas bananeiras que resolviam, e ainda resolvem, nacionalizar tudo o que era feito pelas empresas americanas.
 
3) Quando é que a gente vai meter um pau no cu desses bananas?

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 2 de janeiro de 2017.

O conservadorismo pede homens verdadeiros imitando a Cristo

1) Cristo, o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, livrou-nos da ordem da escravidão do pecado, instituiu o mandamento do amor e venceu a morte, ao ressuscitar, pois morreu por conta do bem que fez e defendendo à causa da verdade, pois Ele é o caminho, a verdade e a vida. Por isso mesmo, o verdadeiro conservador, o verdadeiro liberal.

2) Quando o imitamos, nós fazemos conservantismo sensato. E quanto mais sensatos formos na imitação desse sumo modelo, mais perto da perfeição chegamos, uma vez que o liberal-conservador pede um verdadeiro homem, fundado no fato de imitar o Deus verdadeiro que decorre do Deus verdadeiro, o Pai que criou todas as coisas por amor.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 2 de janeiro de 2017.

Atualizando a definição de libertário-conservantista

1) Quando Cristo foi instituído como o segundo Adão, o propósito d´Ele foi nos livrar da ordem do pecado, que é a escravidão.

2) Ao instituir o mandamento do amor, Ele foi liberal, pois nos deu um meio magnificente de vivermos a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, o que possibilitou o pleno cumprimento da Lei Mosaica. Como Ele subiu aos céus, Ele está sentado à direita do Pai, enquanto esperamos a sua segunda vinda gloriosa. Por isso, ao imitarmos Seu exemplo, nós estamos à Direita do Pai sendo filhos da Igreja militante, imitando os caminhos da triunfante, a Igreja dos Apóstolos, dos santos e dos mártires e é por fazermos isso que estamos em conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) Liberalista ou libertário é quem quer restituir escravidão buscando liberdade fora da liberdade em Cristo, fazendo disso uma ideologia - e faz isso fundado em sabedoria humana dissociada da divina. É apenas um direitista nominal, defendendo os valores da Revolução Francesa e conservando o que é conveniente e dissociado da verdade - por isso é um conservantista. Ele essencialmente corrompe a linguagem, fazendo do seu não um sim e do seu sim um não, pois diz uma coisa e faz outra, agindo com falsidade.

4) O libertário-conservantista é essencialmente um relativista moral da pior espécie.

Agradeço ao Douglas Bonafé por me dar um update nestas reflexões.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 2 de janeiro de 2017 (data da postagem original).

domingo, 1 de janeiro de 2017

O Tratado de Methuen ligou os frutos da liga Hanseática aos frutos decorrentes de Ourique, consolidando a globalização

1) Na liga Hanseática, uma das guildas mais poderosas que havia era a guilda dos mercadores de pano (em inglês, cloth hall). Eles, os mercadores, tinham na sua família senhores feudais que extraíam lã de boa qualidade das ovelhas, além de artesãos. E dessa lã, faziam roupas para todas as classes da sociedade, posto que vestuário era gênero de primeira necessidade tal qual o alimento.

2) O comércio de lã gerou o desenvolvimento da atividade bancária na Liga Hanseática - e com a descoberta de pau-brasil, a indústria da manufatura de luxo prosperou e muito.

3) Onde havia uma câmara de comércio de panos, havia muita riqueza na cidade. Como naquela época a riqueza de uma nação se media pela riqueza de seu príncipe, territórios como Flandres foram muito cobiçados, sobretudo pela França, que desenvolveu sua indústria de luxo por meio de políticas mercantilistas e protecionistas.

4) Londres foi por muito tempo parte da Liga Hanseática e sempre compreendeu a importância do comércio de pano. Logo após Portugal haver recuperado sua independência da Espanha, a Inglaterra estabeleceu um acordo com Portugal, de modo a que ambos crescessem (esse acordo ficou conhecido como o Tratado de Methuen ou tratado dos panos e vinhos). Os panos ingleses passaram a ganhar um novo e poderoso mercado consumidor no mundo português - e o vinho do Porto, que usa cana do Brasil, passou a ganhar novos territórios sob proteção da Coroa Britânica, na América do Norte.

5) O acordo permitiu o desenvolvimento da indústria têxtil inglesa, a ponto de gerar a Revolução Industrial, e a balança comercial se tornou altamente favorável para os ingleses, cujos panos foram pagos a peso de ouro vindo do Brasil.

6) O acordo de Methuen foi uma revolução no campo Diplomático, pois fez o mare clausum paulatinamente se tornar mare apertum, tornando viável a tese jurídica de Hugo Grotius sobre a liberdade dos mares. Por conta dos benefícios desse tratado, fundados nos muitos de amizade e cooperação que havia entre Inglaterra e Portugal, cujo tratado foi o único que nunca foi violado na História, a Inglaterra passou a desenvolver uma política cada vez mais expansionista, sucedendo Portugal em sua missão civilizadora.

7) A união dos frutos da Liga Hanseática, que levariam à Revolução Industrial, com aquilo que decorreu do fato de Portugal ter ido servir a Cristo em terras distantes fez com que a globalização se consolidasse.

8) É importante ressaltar que globalização não é sinônimo de globalismo. O fato de Portugal ter ido servir a Cristo em terras distantes marca a globalização da fé cristã e de seu fruto, a civilização européia. O globalismo, fundado no amor ao dinheiro, na ética protestante e no espírito do capitalismo, isso leva a um cosmopolitismo - e isso decorre do livre comércio, do consumismo, do utilitarismo e do relativismo moral.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de janeiro de 2017

Sai o diploma, entra o portfólio - notas sobre o novo discurso dos empreendedores de palco

1) Há quem diga que estamos na era do portfólio, pois há quem diga que a era do diploma está superada - pelo menos, é o que empreendedores de palco dizem. Muitos deles são charlatães, mas neste ponto há um fundo de verdade por trás disso.

2.1) Quem estuda as leis de um país deve fazê-lo de modo a fazer com que as pessoas tenham consciência de seus direitos e deveres - e o desenvolvimento dessa consciência se dá a partir do Direito Natural, em que a Lei de Deus faz seu pleno cumprimento na carne, do modo a que amemos uns aos outros tal como Jesus nos amou e nos ensinou.

2.2) A partir do dever de que devemos nos amar uns aos outros, nós passamos a nos ver como se fôssemos irmãos uns dos outros - e o país é tomado como se fosse um lar em Cristo e não como se fosse religião de Estado, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele.

3.1) A partir dessa pedagogia, as leis penais tornam-se mais brandas e mais humanas, pois as relações sociais são mais fraternas, mais humanas. Como todos são tomados como se fossem irmãos, haverá menos conflito de interesses qualificado pela pretensão resistida, menos necessidade de se dizer o direito, menos intervenção estatal.

3.2) Onde todos são tomados como se fossem irmãos, há mais partilha. Se há mais partilha, há mais solidariedade, mais caridade. E onde houver caridade, menor é a necessidade de o Estado intervir na propriedade privada, a ponto de aboli-la.

4) Onde o verbo se faz carne de modo a habitar em nós, a liberdade é concreta, pois Cristo é a verdade - e a verdade é um dado que constitui todas as coisas que compõem a realidade, dado que Deus criou as coisas por amor, com uma finalidade benéfica.

5.1) Tenho vários artigos sobre Direito Natural - um portfólio de coisas já escritas e que podem constituir um livro.

5.2) Aquele que se cultiva no estudo da Lei Natural, na conformidade com o Todo que vem de Deus, começa o seu caminho no demais ramos do Direito - e é com base nisso que se começa a se fazer estudos de caso, de modo a saber em que partes a lei positiva brasileira está ou não em conformidade com o Todo que vem de Deus de modo a que sejam corrigidas, aprimoradas. Estes ensinamentos devem ser direcionados a todo o povo, de modo que as consciências sejam semeadas, pois a base do poder é a sociedade e não a classe dos advogados e dos bacharéis que estão ocupando as vagas de deputado e senador no Congresso Nacional.

5.3.1) Dentro da era do portfólio, surge toda uma classe  de juristas formados na atividade intelectual independente, que não estão ligados à vida acadêmica edificando ideologia, ativismo judicial e liberdade para o nada.

5.3.2) Nos tempos atuais, o diploma vale tanto quanto moeda inflacionada - não tem valor nenhum. E é de juristas cultivados na verdade e que fazem atividade intelectual independente, que possuem um portfólio de textos jurídicos edificantes, que virá a falência definitiva de instituições criminosas, como a OAB, que é longa manus do Foro de São Paulo e do PT.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de janeiro de 2017.

Notas sobre a lógica do comércio

1) Rotas comerciais a longa distância tendem a operar mais ou menos dentro dos mesmos fundamentos da lógica aristotélica: a premissa maior tende a se conectar a uma premissa menor por meio de uma premissa média, que serve de intermédio entre uma coisa e outra, de modo que um discurso faça sentido.

2) Geralmente cidades menores guardam uma relação de lealdade com as cidades maiores, tal como um filho em relação a sua mãe. Pois é a partir da educação, da tutela materna que vem a autonomia necessária de modo a que uma cidade menor se torne uma cidade grande por direito próprio.

3) Cidades-mãe, por conta de seu longo tempo de existência, possuem rotas comerciais definidas com outras cidades. Partindo de rotas comerciais existentes, conhecidas, as cidades novas começam servir a cidades de outras regiões por meio dessas mesmas rotas, já que a cidade-mãe serve de entreposto comercial, como premissa média que liga a premissa menor (cidade-satélite) e à premissa maior (uma grande cidade de outro estado ou de outro país, de modo a que a rota comercial seja a mais lucrativa possível).

4) Se a lógica dá cadência ao discurso, então o comércio se opera dentro dessa mesma lógica; se a gramática é a construção material da linguagem, tal como diz Dante, então o desenvolvimento de uma civilização se dá pelo comércio, uma vez que o comércio é também gramática das civilizações, tal como diz Braudel.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de janeiro de 2017.