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sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Não há Brasil sem Ourique

1) O Brasil não existiria se não houvesse Portugal. E para se entender o Brasil, é preciso entender porque Portugal foi aos mares e em que circunstância.

2) Se você começar de 1500, você perde esse contexto edificador. Não podemos tomar 1500 como marco zero (quinhentismo).

3) 1500 é um desdobramento de uma tradição que nasceu em Ourique em 1139. Foi com a chegada de Cabral que se começou a fincar as raízes desta nobre tradição dentro do continente americano. 

4) Então, não falemos em descobrimento, mas de desdobramento da nação portuguesa na América, por força de Ourique. E é por conta disso que tomaremos nosso país como um lar, com base na pátria do céu. Pois sem Ourique não há Brasil, pois somos conseqüência disso.

5) Em Ourique, Cristo Crucificado deu a el-Rei D. Afonso Henriques, nosso primeiro Rei, a tarefa de que os portugueses deveriam servir a Ele em terras distantes. A necessidade de se tomar o país como um lar deve se pautar nesta missão, pois este constitucionalismo se dá na carne e dele não se pode desviar.
 
José Octavio Dettmann
 
Rio de Janeiro, 17 de outubro de 2014 (data da postagem original).

Da natureza exuberante como causa para se tomar o país como se fosse religião

1) Vocês Já perceberam que o único argumento que a maioria dos brasileiros que se dizem "patriotas" tem é o da exuberância natural? Pois não há mérito nisso - se levarmos o fato de que o Japão, a Indonésia, os Estados Unidos têm desastrs naturais, eles teriam que pedir desculpas permanentes ao mundo pelos seus eventuais infortúnios

2) O brasileiro poderia se orgulhar de ser brasileiro se oferecesse uma educação cidadã primorosa as suas crianças, se oferecesse aos turistas ruas limpas e bem planejadas, se construísse um congresso limpo, em que corrupção fosse exceção e não regra (isso se faz através do voto consciente e da fiscalização incessante da atividade parlamentar e das instituições democráticas). Mas não: o brasileiro só quer saber de carnaval, parada gay, futebol e bolsa família. 

3) Assim, só sobra mesmo o que Deus deixou. E corre o risco de que, daqui a pouco, nem isso mesmo reste.

(Sara Lopes)

A boa esperança se semeia no combate que se nesta geração e no ensino da próxima que virá a assumir o lugar dela


1) Eu me admiro como pessoas como Leonardo Faccioni e Olavo de Carvalho falam de forma como se os outros tivessem cultura e inteligência - este modo edifica esperança.

2) Pelo que vejo online, eu sou forçado a admitir que o pessoal está eivado desse veneno chamado má consciência - pois confundir conservadorismo com conservantismo é algo muito grave, inaceitável, pois a pessoa sabe o que está conservando: aquilo que convém, dissociado da verdade. 

3) A solução para este povo conservantista não é tratá-los como se fossem tão inteligentes quanto nós, pois tomamos o nosso país como um lar. Como eles tomam sistematicamente o país como religião, de tal modo que ficam fora da conformidade com o todo que vem de Deus, há um sistemático rebaixamento da inteligência nacional, decorrente de escolha própria, da qual são incapazes de se arrepender. Por essa via, a da persuasão racional, a esperança será vã, pois os apátridas continuem 60% da população apta a votar.

4) Como eles possuem um coração de pedra, e este é o ponto fraco deles, é preciso ser que nem água: ela tanto bate nessa pedra até furar. Se água é vida, a água é espada. E é preciso ser espada nesse aspecto, nesta e noutras gerações. Pois a água como espada é democracia dos mortos, santa tradição. 

5) Só a partir das crianças, dos filhos que ainda não disseram sim ao não que os pais disseram, é que podemos tratá-las como se fossem inteligentes. É ensinando de maneira caridosa que você edifica a esperança

6) Talvez o que meu amigo Faccioni esteja sempre a dizer hoje seja bom e necessário para esses filhos dos conservantistas que se tornarão adultos e que estarão prontos e dispostos a dizer não ao não que os pais deram a Cristo, quando mantiveram a República, no plebiscito de 1993. 

7) Pois o que ele diz é conforme o todo que vem de Deus - o que precisa ser feito é criarmos os conservadores tal qual se cria galinha caipira. Quando ela é bem alimentada e feliz, ela pode ir para o sacrifício e servir-se de modelo de santidade, já que devemos servir a Cristo, pois Ele se serviu por todos nós de alimento, de modo a nos salvar da inanição do pecado.

A vida online nos renova a missão que herdamos de Ourique


1) A vida em rede social te dá a vantagem de você servir aos seus irmãos, ainda que estejam em terras distantes.

2) Se Cristo nos manda servirmos a Ele em terras distantes, então é conforme o todo estar sempre servindo a Ele online, na rede social. A vida social, enfim, resgata a necessidade de lembrarmos sempre de Ourique

3) Se navegar é preciso, é preciso esvaziar-se muito de si mesmo de modo a que vida social decorrente da vida virtual seja realmente edificante. É preciso ter alma forte e ser muito desprendido, de modo a poder fazer uma boa obra neste tipo de ambiente.

4) É se esvaziando de si mesmo que você aprende a servir a Cristo - e é servindo a Cristo que você fortalece a si próprio de tal modo a que possa bem servir aos outros.

5) É só assim que você consegue sobreviver a essa indigência moral e cultural que assola a nossa circunstância geográfica. 

6) Essa indigência moral e cultural destrói a personalidade, pois estamos sendo forçados a ter que tomar de alguma forma o país como se fosse religião - de certo modo, somos forçados a ter que dizer sim à ordem fundada no não que certos apátridas disseram a Cristo em 15 de novembro de 1889, o que matou o senso de se tomar o Brasil como um lar.

Não se pode combater o racismo e a xenofobia sem se combater o nacionalismo primeiro

1) Nacionalismo é nação tomada como se fosse religião de Estado, de tal modo a que nos afastemos da conformidade com o todo que vem de Deus.

2) O nacionalismo deriva do determinismo geográfico e o do atavismo.

3) Se um determinado povo toma um lugar como um lar, a origem étnica e lingüística desse povo será elevada à condição de religião, se o nacionalismo for sempre levado em conta.

4) A cultura etnocêntrica, de raça e língua tomados como se fossem religião, é causa de racismo e xenofobia.

5) Para se combater o racismo e a xenofobia, é preciso se combater o nacionalismo, a cultura de se confundir a nação com a figura do Estado. Por acaso o filho do brasileiro nascido fora do Brasil é menos brasileiro que o nascido aqui? A verdade é que o verdadeiro brasileiro toma o Brasil como um lar e não como religião. Muitos tiveram de aprender essa lição saindo do Brasil, dado que a nossa cultura não nos ensina a tomar o país como um lar, mas como religião, o que é causa de apatria.

6) Os sensatos de certo modo são obrigados a fazer uma diáspora, de modo a aprender os valores da nobreza e da excelência - e isso eles têm que aprender com os outros povos, através da vivência - e esse tipo de coisa não pode ser totalmente destilada em teoria, pois certas coisas são indizíveis, posto que são ensinadas do ponto de vista dos sentidos - muito desse processo de se tomar o país como um lar depende do ver, do ouvir, do provar, do tocar e até do cheirar, pois até os cheiros nos remetem a um lugar. 

7) É por causa dessa vivência que vem de fora que o Aécio foi eleito de maneira esmagadora fora do Brasil, pois o PT é a síntese extrema de todo o mal republicano que nos domina.

O nacionalismo inflaciona a ignorância

1) Seria um verdadeiro sintoma de nacionismo o seguinte:

1.1) Eu ouço uma pessoa apontar pontos sensatos e em conformidade com o todo de Cristo em inglês.

1.2) Se os compreendo bem, respondo na minha língua, de maneira sensata e em conformidade com o todo de Cristo.

1.3) Se o nativo da língua inglesa compreende bem minha língua, ele faz a tréplica, de maneira conforme o todo que vem de Deus, em inglês.

2) Quando há boa compreensão, português e inglês podem ser trocados livremente, dado que o valor que se dá a verdade é o mesmo.

3) A mesma coisa pode se dar com relação ao dólar e ao real se forem trocados pelo mesmo valor, se forem todos regulados pelo padrão ouro, que é universal e responde bem a conformidade com o todo que vem de Deus, que clama justiça nas boas trocas, sejam elas sociais (quando decorrem de uma boa conversa) ou econômicas (quando envolve mercadorias e serviços).

4) Enfim, o nacionalismo, causa de uma cultura monoglota, inflaciona a ignorância, de tal modo que se dá pouco valor às outras línguas, de tal forma a que busquemos a verdade, que se dá em Cristo.

A vida online requer maturidade e vivência


1) Se eu tivesse filhos, eu aconselharia a eles a só usar a internet e a rede social quando tiver vivência no mundo real suficiente de modo a tratar as pessoas bem. Por isso que não acho sensato ir para a vida online antes dos 18 anos, pois o ambiente online exige que seja conduzido de maneira séria e responsável - pois a capacidade da vida virtual exige plena capacidade para exercer os atos da vida civil. E para ter plena capacidade da vida civil, é preciso vivência, muita vivência.

2) As empresas virtuais, quando atendem seus clientes online, necessitam da experiência real do balcão.

3) A cortesia e o jeito de saber lidar com as pessoas online necessitam da experiência real de se lidar com as pessoas do mundo real, face a face.

4) É este ponto 3 que está se perdendo por conta da vida online extremada, em que o mundo real é confundido com o virtual, por conta dessa famigerada cultura progressista, construtora de relativismo moral.