1) É um erro muito comum tomar indivíduo e pessoa como sinônimos. Até porque são conceitos totalmente diferentes.
2.1) Um bom método para se distinguir pessoa de indivíduo está no seguinte: uma pessoa pode receber procuração de outras pessoas de modo a fazer certos atos em nome delas e por conta delas. Se ela excede dos poderes outorgados na procuração que lhe deu o mandato, ela responderá civilmente e criminalmente por isso.
2.2) O indivíduo, por razão lógica, não pode ser dividido em dois - se você der mais poderes ao indivíduo, mais ele vai ficar cheio de si até o desprezo de Deus, a ponto de ter poder de vida e de morte sobre as pessoas.
3) Karl Marx desprezava a noção de divisão do trabalho - por essa razão, o marxismo decorre do individualismo mais extremado, a ponto de se tornar um egoísmo filosófico. E essa postura decorre do non serviam (não servirei) liberal, já que indivíduo com ego inflado vira um divo, uma espécie de tirano - e isso é o ponto culminante do animal que mente kantiano.
4) É mais fácil de se falar em individualismo numa época em que Roma era uma república pagã, onde havia escravidão por dívidas e onde o pater familias tinha poder de vida e de morte sobre os filhos. A postura liberal promove uma onda de neopaganismo no mundo por onde passa e suas conseqüências serão desastrosas - por isso que ele é tão abjeto quanto o comunismo.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 04 de setembro de 2021 (data da postagem original).
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