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sábado, 4 de setembro de 2021

Indivíduos não podem ser livres e responsáveis, pois não podem receber mandato nem transmitir poderes - notas sobre o nascimento da cultura do mandato na Roma Antiga

1) Em meados dos anos 2000, quando estava conhecendo as idéias da Escola Austríaca de Economia, logo tomei contato com o Liberty Fund, cuja visão institucional era promover uma ordem os indivíduos seriam livres e responsáveis.

2) Há um contra-senso aqui. Tal como falei no meu artigo anterior, indivíduo não pode ser ser pessoa, uma vez que não pode receber muito menos transmitir poderes, a ponto de deixar de ser o que é, pois não pode ser dividido em dois. 

3) O indivíduo pode ser um objeto inanimado ou um semovente. Se ele é dotado de razão e executa as ordens de seu dono, ele é na verdade seu escravo.  Ele faz isso porque sabe que seu dono tem poder de vida e de morte sobre ele, a ponto de matá-lo. 

4.1) Algumas pessoas, segundo Aristóteles, nasceram com a alma de escravo enquanto outras nasceram com o dom de si  - estas pessoas, mesmo escravizadas, conservam uma dignidade pessoal que as torna admiráveis, a ponto de seus próprios senhores libertarem essas pessoas e fazerem delas seus homens de confiança, seus empregados, como ocorreu com os escravos gregos em Roma. 

4.2) Eis o surgimento da cultura do mandato: a plebe nasceu dessas poucas pessoas dignas que ganharam a confiança de seus senhores de tal maneira que se tornaram trabalhadores livres, sejam eles comerciantes, artesãos ou mesmo educadores. Com o tempo, os plebeus adquiriram o direito de casar com as filhas de seus senhores, gerando uma cultura de concórdia entre as classes, a qual viria desaguar na Pax Romana, cuja ordem se transmutou na ordem cristã, na chamada concórdia entre as classes.

5.1) Com o advento do neopaganismo, houve um rebaixamento da cultura de representação, sobretudo política. 

5.2.1) Estamos elegendo políticos que não são pessoas, mas verdadeiros indivíduos, que são escravos de de seu amor por si até o desprezo de Deus. E esse tipo de ser humano, por ter alma de escravo, não é plenamente capaz de exercer certos atos da vida civil, sobretudo os que implicam praticar certos atos em nome de outras pessoas e por conta delas na forma de mandato, visto que indivíduos dessa natureza não têm honra, nobreza, a ponto de serem equiparados aos pródigos. 

5.2.2) Um bom exemplo disso é a deputada Joice Hasselmann - essa criatura necessita de tratamento psiquiátrico, já que tem sérios problemas de oligofrenia. Não sou médico, mas seu comportamento denuncia que ela é uma pessoa absolutamente incapaz para a vida civil.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 04 de setembro de 2021 (data da postagem original).

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