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segunda-feira, 9 de dezembro de 2019

Notas sobre o problema de se pensar que ditadura e tirania são sinônimos

1) Na república romana, sempre que houvesse alguma crise onde a própria sobrevivência dessa civitas estivesse ameaçada, o governo dos cônsules eleitos era substituído por um ditador. Ele tinha plenos poderes e tinha prazo de validade por seis meses (o tempo necessário para se debelar uma revolta, como uma rebelião de escravos, por exemplo).

2.1.1) É um erro muito comum pensar que ditadura e tirania são sinônimos.

2.1.2) Nas repúblicas clássicas, as ditaduras eram regimes de emergência, feitas de modo a responder aos tempos de crise - por isso, eram soluções institucionais previstas na constituição romana: eram governos de exceção, quando o governo das regras e do devido processo legal não davam conta de resolver os principais conflitos de interesse de uma sociedade.

3.1) Para se acabar de vez com o problema da esquerda, fundado na mentalidade revolucionária, certamente será preciso um governo de emergência com plenos poderes para pôr fim à rebelião dos escravos que têm por senhor Lula, esse animal que mente que é rico no amor de si até o desprezo de Deus, a ponto de ser um dos muitos descendentes do Faraó do Egito que escravizou os hebreus.

3.2.1) O grande problema é que dois dos principais poderes, o legislativo e o judiciário, estão na mão dos vermelhos e muitos dos generais que estão na ativa foram promovidos ao posto por Lula e Dilma. Isso sem falar que esta constituição socialista baniu o governo de exceção como mecanismo de legítima defesa em face da perversão das regras de direito e do ativismo judicial, os quais levam a esta tirania judiciária em que estamos metidos hoje. Se esta legítima defesa foi proibida, então isso acabaria pavimentando o caminho para o desarmamento sistemático da população, como de fato ocorreu durante o governo Lula.

3.2.2) Antes do advento da constituição de 1988, os vermelhos chegaram ao poder pavimentando a falsa cultura de que ditadura e tirania são sinônimos - e isso se deu satanizando o governo de exceção que se instalou no poder em 1964, para pôr cabo à ameaça comunista. O grande erro, ao terem chamado os militares para o governo de exceção, está na própria cosmovisão dos militares - eles são positivistas e maçônicos. Eles são adeptos de um governo essencialmente tecnocrático e pouco afeito às questões inerentes da alma do povo, que estão presentes na cultura e na religião. Esse território foi ocupado pela esquerda, que perverteu tudo a ponto de colocar alguma coisa no lugar que não se sabe o que é, mas que levará o ser humano à extinção. Por essa razão, o período militar foi um período da mais pura técnica das tesouras, pois o positivismo e a maçonaria são tão anticristãos quanto os comunistas, a ponto de um asno afagar outro.

4.1.1) Para se vencer a crise, você vai ter de recorrer a uma solução de emergência mais extrema - a guerra tem que ser cultural, já que não existe outro caminho.

4.1.2) A maçonaria e o positivismo precisam ser extirpados da caserna - isso é crucial. Você vai precisar de generais com sólida formação católica e conhecedores da História do Brasil verdadeira, fundada em Ourique.

4.2.1) Uma vez resolvido o problema da cosmovisão militar, você terá uma força confiável para debelar qualquer crise, pois todo revolucionário é necessariamente um herege. E daí você pavimentará o caminho necessário para uma transição que leve à restauração da monarquia no Brasil e ao conseqüente ressurgimento do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves a longo prazo.

4.2.2) A solução que o Olavo dá ao atual problema é provisória, pois ela resolve o problema dos vermelhos, mas não resolve o problema dos maçons.

4.2.3) Uma vez o comunismo eliminado, o próximo passo é extirpar a maçonaria. E uma guerra cultural contra ela tem que ser travada, uma vez que a cosmovisão do Olavo, com relação à verdadeira história do Brasil, está completamente equivocada, como bem apontou o professor Loryel Rocha em seus vídeos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de dezembro de 2019.

Do colecionismo como caminho preparatório para uma economia digital organizada

1) Se fosse começar minha coleção de livros hoje mesmo, eu me basearia nas regras atuais de direito autoral: para ter o ebook, eu precisaria ter necessariamente o livro físico. E, para isso, eu precisaria aprender a digitalizar. Quando ficasse bom nessa tarefa, eu me concentraria em comprar livros cujo autor já tivesse mais de 70 anos de morto, de modo a digitalizar. Livros antigos são muito caros, mas são um ótimo investimento - o ebook feito a partir do original se pagaria por si mesmo com as vendas.

2) A mesma coisa seria aplicada aos softwares. Eu compraria o software, mesmo que antigo, para efeito de coleção. E desse exemplar faria uma cópia, de modo a rodá-lo num emulador.

3) Se o livro estivesse livre de direitos autorais, eu venderia o ebook e passaria o original adiante. Posso me desfazer do livro fisico sem problemas, uma vez que papel envelhece.

4) Uma vez livre de direitos autorais, eu também venderia as cópias que fiz dos softwares, mesmo que a preço de banana. Aqui no Brasil, os softwares têm direito autoral de 50 anos, cujo começo da contagem para a expiração se dá no dia 1º de janeiro do ano subseqüente ao lançamento.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de dezembro de 2019.

Notas sobre o maior problema da monarquia hereditária: o comodismo

1.1) O maior problema da monarquia hereditária é o comodismo.

1.2) Desde que o Imperador Marco Aurélio, o último dos cinco bons imperadores, resolveu passar o cargo para o filho Cômodo, isso fez com que Roma entrasse numa rápida decadência.

2.1) A natureza de Roma era ser uma república - a idéia de que nenhum homem seria escravo de outro homem era a razão de ser dessa civilização, a ponto de que essa ordem livre pavimentou o caminho para a conformidade com o Todo que vem de Deus.

2.2) Considerando que Roma era uma sociedade pagã e que o novo imperador herdaria um império de mão beijada - onde era público e notório que Cômodo não tinha o menor preparo para isso, uma vez que não conduziu homens no campo de batalha e para vitórias em guerra -, era natural que ele se achasse rico no amor de si até o desprezo de Deus só porque nasceu rico e que, como imperador, poderia ter o que quisesse e quando quisesse, uma vez que agia como um descendente do Faraó do Antigo Egito.

2.3.1) Cômodo mais se preocupava em se divertir do que em governar, a ponto de ser o protótipo dos reis indolentes, que quase levaram a França Merovíngia a ser tomada pelos islâmicos, se não fosse o esforço de Carlos Martel na Batalha de Poitiers (ele era Mordomo do Paço, o administrador principal do reino, posto que servia a um rei indolente).

2.3.2) Seu comportamento fez com que a classe imperial se tornasse uma classe ociosa, acelerando assim a passagem da era clássica pagã para uma era clássica cristã, uma vez que o Cristianismo continuou o legado clássico no Ocidente até o advento da Revolução Francesa, quando os Estados começaram a recusar sistematicamente os ensinamentos da Santa Madre Igreja Católica, uma vez que Cristo, o verdadeiro Deus e verdadeiro homem, é o sumo bem de toda a cristandade.

2.3.3) Se Marco Aurélio tivesse escolhido como sucessor algum general que fosse leal a ele e bem preparado para governar, certamente Roma não teria caído.

3.1.1) A razão de ser de uma monarquia é o Cristianismo. E ao contrário de Roma, o filho mais velho, o sucessor natural, precisa ser educado desde o berço para continuar o legado do pai, uma vez que não se trata de uma herança, mas de um legado, cuja obra precisa sobreviver à morte de seu criador de modo a resistir ao teste do tempo.

3.1.2) O fundamento da monarquia hereditária está no sacrifício de Abrahão - ele não recusou em oferecer a Deus seu único filho de modo que servisse a Deus, como patriarca de todo um povo. Se a monarquia se torna liberal, toda essa razão de ser se perde, a ponto de ter o mesmo destino que o Império Romano.

3.1.3) As monarquias inglesa e espanhola terminarão caindo, uma vez que se afastaram demais da conformidade com o Todo que vem de Deus, pois os sucessores são novos Cômodos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 de dezembro de 2019.

sábado, 7 de dezembro de 2019

Notas sobre causas imediatas e verdadeiras na História

1) Quando estava no segundo grau, minha professora de História falava que deveríamos ver as causas imediatas e as verdadeiras, quando se trata da passagem de uma Era Histórica para outra.

2) Se tomarmos isso como verdade, as causas imediatas da passagem do mundo clássico para a Idade Média se deram com a queda de Roma. Mas as verdadeiras causas que deram início ao Ocidente Cristão se deram a partir do momento em que Santo Agostinho foi batizado em Milão por Santo Ambrósio. Foi em Milão que foi assinado o famoso edito que pôs fim à perseguição religiosa aos cristãos - e foi neste ponto que César, imitador do Faraó do Egito, deu seu lugar a Cristo, a ponto de seu vigário, o Papa, reinar neste lugar. Foi neste lugar que a Idade das Trevas deu lugar a uma idade luz que foi Idade Média, já que a vida venceu a morte.

3) Santo Agostinho lançou as sementes intelectuais onde germinaria o tomismo, o ápice intelectual e espiritual dessa época e de todas as épocas de ouro que virão fundadas no fato de povos e nações inteiras amarem e rejeitarem as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, na conformidade com o Todo que vem de Deus.

4) Este é o segredo para se compreender as coisas. Nem sempre o verdadeiro marco de passagem de uma época para outra está no consenso dos historiadores, mas naquelas personalidades que imitaram a Cristo e que agiram de modo que Jesus fosse o supremo juiz de toda a História. E a forma está na maneira como Santo Agostinho escreveu suas Confissões - a primeira autobiografia da História.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 7 de dezembro de 2019 (data da postagem original).

Notas cristológicas acerca da autoridade legítima

1) Se Cristo é Rei de uma nação, então a autoridade aperfeiçoa a liberdade de tal maneira que o bem comum gera um ambiente onde as pessoas se integram de tal forma a amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Ele fundamento, na conformidade com o Todo que vem de Deus. Como essa integração tem natureza produtiva, pois faz com que todos acabem prosperando materialmente e espiritualmente em razão da concórdia havida entre as classes profissionais, a ponto de todos tomarem o país como um lar em Cristo. Por conta disso, tributos são dados a essa pessoa, a esse verdadeiro Deus e verdadeiro Homem em razão do serviço prestado, o que é ganho sobre a incerteza, uma vez que a vida venceu a morte.

2.1) Quando tributos são dados ao Faraó, ao homem que se acha Deus, eles tendem a ter uma natureza improdutiva, que é própria da usura.

2.2) A classe governamental ilegítima tende a ser uma classe ociosa - ela não contribui em nada para o aprimoramento da sociedade política fundada na missão de servir a Cristo em terras distantes. Ela se preocupa com a sua própria prole, que herdará os contatos de seu pai, a ponto de fazer da política uma profissão, não uma vocação.

3.1) Os tributos podem ser dados na forma de trabalho (prestação in natura) ou na forma de moeda (dízimo).

3.2) Se eles são destinados ao verdadeiro Deus e verdadeiro homem, os que se santificam através do trabalho fazem as melhores coisas de modo a agradar a Deus - se eles se destacam na prestação desse serviço in natura, eles passam a ser tomados como os melhores da sociedade, a ponto de constituírem a nobreza, dado que serão os primeiros que derramarão seu sangue por Cristo, a exemplo dos mártires. E por conta disso, devem ser remunerados com os melhores produtos, já que imitaram a Cristo neste aspecto - eis a verdadeira elite.

3.3) Os tributos dados na forma de trabalho, se forem destinados a um Faraó, fazem com que a liberdade seja servida com fins vazios, o que leva à tirania. E da tirania vem a escravidão, a opressão. E neste ponto, é possível dizer que imposto é roubo - ele decorre da usura, da cobrança de algo que não pertence ao governante, uma vez que ele não imitou o verdadeiro Deus e verdadeiro homem naquilo que é próprio de um Rei.

José Octavio Dettmann

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves como comunidade revelada

1) O que é a Bolívia, senão a comunidade imaginada por Bolívar? Ou o Egito, enquanto comunidade imaginada pelos Faraós do Egito, que foi capaz de resistir ao teste do tempo, a ponto de ser chamada de civilização? Ou o Brasil pós-1822, que toma Bonifácio como pai fundador daquilo que é, na verdade, uma grande mentira: de que o Brasil foi colônia de Portugal?

2) Comunidades imaginadas, ainda que tenham resistido ao teste do tempo, não são nada. A verdadeira comunidade é revelada. Em Ourique, ela se revelou - com o tempo novas comunidades são reveladas, fundadas na missão de servir a Cristo em terras distantes, a ponto de se santificar através do trabalho não só na América, mas também na África, na Ásia e na Oceania - nos cinco continentes.

3) Não ousem abstrair, não ousem imaginar tendo por base o amor de si até o desprezo de Deus. Deixem que Deus conduza todo o processo. O verdadeiro Deus e verdadeiro Homem é que tem o condão de prometer, pois Ele foi igual a nós em tudo, exceto no pecado. Se vocês não imitam a Cristo, não prometam nada - apenas executem o que foi estabelecido. Afinal, vocês não são deuses, mas meros pecadores, tal como Bolívar, Bonifácio e o Faraó do Egito.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de dezembro de 2019 (data da postagem original).

Assim como não há monarquista sem estudo, não há nacionista e ouriqueano sem estudo das duas pontas da nossa História

1) Somos monarquistas porque somos portugueses, ainda que nascidos na América. Nós amamos e rejeitamos as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento - por conta de conservarmos a memória da dor que esse verdadeiro Deus e verdadeiro Homem sofreu na cruz, somos livres em Cristo, por Cristo e para Cristo, a ponto de servirmos a Ele em terras distantes - e nessas terras nos santificamos através do trabalho.

2) Por conhecermos estas verdades, decorridas do milagre de Ourique, é preciso nos opormos tenazmente à monarquia liberal, uma vez que ela pavimentou o caminho para esta república maçônica em que estamos metidos há mais de 130 anos. Se a monarquia liberal for contada como transição para esses 130 anos, são 197 anos de dominação maçônica (visto que a transição durou 67 anos).

3.1) Para se tomar o Brasil como um lar em Cristo, é preciso um sentido: e esse sentido vocês só encontram estudando o milagre de Ourique, não no ato de apatria de 1822, impropriamente chamado de Independência do Brasil e que rompeu com essa razão de ser.

3.2) O estudo das origens de Portugal é negado pela historiografia oficial. Por isso, temos que lutar contra estas coisas, uma vez que isso é lutar contra o mundo e contra o diabo (a carne, nós a presenciamos nesta pública rasteira que é praticada em Brasília, todo santo dia - uma política fisiológica e abjeta, cujo combate a ela já está em curso desde os grandes protestos que se iniciaram em 2013).

3.3) Assim como não há monarquista sem estudo, não há nacionista e ouriqueano sério sem estudo. Você precisa tomar as duas pontas como um mesmo lar em Cristo - o Mar Oceano, o antigo nome do Oceano Atlântico, não é muro de Berlim e não é o bastante para nos separar.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de dezembro de 2019.