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sábado, 10 de agosto de 2024

Do federalismo de conveniência à estratégia do carcoma: de que forma os revolucionários minam as instituições democráticas na Polônia e na Espanha

Os dois textos, "O federalismo de conveniência" e "Enquanto isso, na Espanha...", apesar de abordarem contextos nacionais distintos (Polônia e Espanha, respectivamente), convergem na denúncia de estratégias que visam minar as instituições democráticas e a soberania nacional, em benefício de interesses globalistas. Ambos os textos alertam para o perigo iminente dessas estratégias e seus impactos de longo prazo.

O Federalismo de Conveniência

O texto discute a proposta de mudança na forma de organização do Estado polonês, de um modelo centralizado para um modelo mais federado, com maior poder para os governos locais. O autor argumenta que essa proposta, sob o pretexto de resolver divisões políticas e aumentar a participação popular, visa, na verdade, fragmentar o país e facilitar a influência de interesses globalistas. O autor destaca que a descentralização proposta levaria a uma maior desigualdade entre as regiões, conflitos regionais e, potencialmente, à divisão do país. O texto também critica a dependência de especialistas estrangeiros e a influência de ideologias globalistas na formulação dessa proposta.

Enquanto isso, na Espanha...

O texto descreve uma estratégia de erosão gradual das instituições democráticas na Espanha, chamada de "estratégia do carcoma". Essa estratégia envolve a infiltração de ativistas políticos em instituições-chave, o controle dos meios de comunicação, a politização do judiciário, a desmoralização das forças de segurança, o ataque à monarquia e a manipulação da educação. O objetivo final seria criar um regime paralelo que beneficie uma elite globalista, enquanto a sociedade, desprovida de instituições que a protejam, se torna impotente para resistir. O texto também aponta para a normalização do crime e a criminalização da vida cotidiana como parte dessa estratégia.

Convergências e Implicações

Ambos os textos alertam para a necessidade de proteger as instituições democráticas e a soberania nacional contra estratégias de manipulação e erosão gradual. Eles destacam o papel de especialistas estrangeiros, ONGs e fundações internacionais na promoção de agendas que podem ser prejudiciais aos interesses nacionais. Os textos também enfatizam a importância da conscientização pública e da resistência a essas estratégias.

É fundamental que a sociedade esteja atenta a essas táticas e se mobilize para defender a democracia e a soberania nacional. A politização das instituições, o controle da informação e a manipulação da educação são ameaças sérias que precisam ser combatidas. A defesa da democracia exige vigilância constante e participação ativa da sociedade.

Notas sobre a tecnocracia e seus nefastos efeitos na Espanha

Os três textos apresentados abordam o tema da tecnocracia e suas implicações na sociedade, cada um com uma perspectiva e foco distintos.

Texto 1: "TECNOCRACIA. Zbigniew Brzeziński entre duas eras: O papel da América na era tecnotrônica"

Este texto traça um panorama histórico da tecnocracia, desde seu surgimento como movimento social na década de 1930 até sua possível influência na configuração da sociedade atual. O texto destaca:

  • Origens da tecnocracia: O movimento tecnocrático nasceu da crença na capacidade da ciência e da engenharia de solucionar os problemas sociais e econômicos, propondo um sistema baseado em recursos e energia em detrimento do capitalismo e da livre iniciativa.
  • Influência na política global: O texto sugere que a tecnocracia influenciou a formação da Comissão Trilateral e a Agenda 21 da ONU, culminando nas atuais cidades inteligentes e no conceito de desenvolvimento sustentável.
  • Críticas à tecnocracia: O texto critica a tecnocracia por sua visão reducionista do ser humano como mero recurso e por sua tendência a concentrar o poder nas mãos de tecnocratas, ameaçando a democracia e a liberdade individual. O exemplo da China é usado para ilustrar os perigos de uma "ditadura científica".

Texto 2: "O verdadeiro plano para uma ditadura global científica"

Este texto explora a tecnocracia sob a ótica da manipulação social e do controle. O foco está na figura de H.G. Wells e sua influência na construção de uma narrativa que justificaria a implementação de um governo mundial tecnocrático.

  • H.G. Wells e a engenharia social: O texto retrata Wells como um agente da oligarquia londrina, utilizando suas obras de ficção e não-ficção para moldar a percepção do futuro e promover a ideia de um governo mundial.
  • Técnicas de controle: O texto discute como técnicas de propaganda, controle educacional e manipulação psicológica foram desenvolvidas e empregadas para influenciar a sociedade e preparar o terreno para um governo tecnocrático.
  • Críticas ao globalismo: O texto critica o globalismo e seus proponentes, como Bertrand Russell e Henry Kissinger, por buscarem estabelecer uma ditadura científica disfarçada de progresso e bem-estar social.

Texto 3: "Enquanto isso, na Espanha..."

Este texto oferece uma perspectiva mais atual e localizada sobre a tecnocracia, aplicando o conceito à realidade espanhola. O autor argumenta que a Espanha está sendo alvo de uma "estratégia do carcoma", na qual as instituições democráticas estão sendo minadas gradualmente para abrir caminho para um regime tecnocrático.

  • Erosão das instituições: O texto aponta para a degradação da mídia, do sistema judiciário, da educação e da economia como evidências dessa estratégia.
  • Normalização do crime e criminalização da normalidade: O autor critica a inversão de valores que estaria ocorrendo na Espanha, onde o crime é normalizado e a vida cotidiana é criminalizada.
  • Engenharia social: O texto denuncia a engenharia social como ferramenta para transformar a sociedade e manter o poder nas mãos de uma elite tecnocrática.

Conclusão

Em conjunto, os três textos oferecem uma visão abrangente e crítica da tecnocracia. Eles alertam para os perigos de um sistema que, sob o pretexto de eficiência e progresso científico, pode levar à concentração de poder, à manipulação social e à supressão da liberdade individual. A análise destaca a importância de proteger as instituições democráticas e resistir às tentativas de engenharia social que visam minar a autonomia e a autodeterminação dos indivíduos e das nações.

Aforismos sobre o sofrimento humano

"O sofrimento forma a alma como nada mais pode fazer."
- Diálogos com Solzhenitsyn

"O sofrimento acompanha sempre uma inteligência elevada e um coração profundo. Os homens verdadeiramente grandes devem, parece-me, experimentar uma grande tristeza."
- Fiódor Dostoiévski

"Desde criança só um assunto me interessa: o sofrimento humano. Tudo o mais, para mim, é frescura."
- Olavo de Carvalho

Como o IBGE de Lula está falsificando dados sobre o desemprego no Brasil - a Argentina nos ensina

(0:00) Deixa eu te fazer uma pergunta bem rápida aqui. (0:03) De acordo com o IBGE, aqui no Brasil, saiu um relatório dizendo que o desemprego no país está caindo. (0:13) É isso que você percebe? (0:15) É essa a impressão que você tem quando você anda por aí, conversa com pessoas fora da bolha, conversa com qualquer indivíduo? (0:22) É essa a impressão que você tem, que o desemprego do Brasil está melhorando, que a economia do Brasil está melhorando? (0:27) Quando você vai no supermercado fazer as suas compras, é essa a percepção que você tem? (0:32) Quando você paga a sua conta de luz, sua conta de água, a mensalidade do seu filho, quando você viaja de avião, (0:38) quando você põe gasolina no posto, qual é a percepção que você está tendo? (0:42) Que o Brasil está melhorando ou piorando? (0:43) De acordo com uma pesquisa publicada essa semana, do Paraná pesquisa, 52% da população percebe que tudo aumentou o preço.

(0:53) E a percepção é que a economia está diminuindo, está piorando e o desemprego aumentando. (0:58) Aí eu te pergunto, como que a maioria do povo percebe que o desemprego está aumentando (1:02) e o IBGE solta um estudo falando que o desemprego está diminuindo? (1:07) Vamos lá. (1:08) Para você entender essa história, eu vou te apresentar agora algo que acabou de acontecer na Argentina.

(1:14) Ex-presidente do IBGE argentino é preso. (1:17) Guillermo Moreno, ex-presidente do INDEC, que é o IBGE de lá, (1:22) durante o governo Nestor Kirchner, foi condenado a três anos de prisão por manipular dados de inflação e crescimento do PIB. (1:31) Como esse é o órgão que publica como é que está indo a questão da inflação e do PIB, (1:37) ele falseou esses dados, o que acabou levando prejuízo a investidores, ao país inteiro, destruindo a economia.

(1:44) Está preso. (1:45) Porque ele manipulou os dados. (1:47) E por que eu estou te mostrando isso? (1:49) O cidadão, você olha nele e vê que ele tem cara de bandido.

(1:55) Esse é ele numa festinha. (1:57) Tem cara de gangster. (2:00) Preste bastante atenção nesse rosto. (2:03) Esse é o cara que manipulou os dados do IBGE argentino e agora está preso. (2:09) Dito isto, eu quero te apresentar esta pessoa aqui. (2:11) Este cidadão aqui.(2:14) Este aqui é o Márcio Pochmann. (2:16) Márcio Pochmann foi escolhido para ser o chefe, o diretor, o presidente do IBGE aqui no Brasil. (2:23) A mesma posição que o Guilherme tinha lá na Argentina, que agora está preso por manipulação. (2:27) Vamos lá. (2:28) Quem é Márcio Pochman? (2:30) Novo presidente do IBGE. (2:32) A favor de um Estado mais presente, Pochmann está alinhado à agenda econômica de Lula.

(2:38) Quando esse cara foi nomeado, houve um rebuliço, uma revolta aqui no Brasil, (2:46) porque até a esquerda, até a imprensa, sabia que o cara não tinha competência. (2:51) Olha aqui. (2:51) Fez uma gestão ideológica do IPEA, Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas, (2:56) e o fará no IBGE, caso seja confirmado.

(3:00) Ninguém gostou dessa indicação, porque ele não só não tem competência, (3:03) mas é completamente ideologizado. (3:06) Está aqui no antagonista os planos de Pochmann para mudar as estatísticas do IBGE. (3:12) O presidente do Instituto defende que é preciso atualizar métodos (3:15) e para que reflita melhor o verdadeiro PIB nacional.

(3:18) E aqui ele mais uma vez. (3:20) Márcio Pochmann no IBGE é garantia de abobrinha barata e pepino caro. (3:25) Lula escolheu o economista Márcio Pochmann para comandar o IBGE, (3:28) formado nessa heróica trincheira da resistência ao neoliberalismo, (3:31) que é a Unicamp, e Márcio Pochmann é petista até o último N do nome dele.

(3:38) E como tal, foi soldado do partido na presidência do IPEA entre 2007 e 2012, (3:43) descartando técnicos que pensavam demais. (3:47) Por que eu estou mencionando isso? (3:49) Essa pesquisa, esse relatório do IBGE falando que o desemprego diminuiu, (3:56) eu vou te falar o que eu tenho percebido conversando com muitos empresários. (3:59) Durante o governo Bolsonaro, o auxílio emergencial, (4:02) uma pessoa que recebia o auxílio Brasil, que agora o Lula mudou para a Bolsa Família, (4:08) ela não deixava de receber esse benefício se trabalhasse.

(4:12) Então a pessoa era motivada a trabalhar, porque assim ela teria uma renda maior. (4:16) Então ele recebia lá os seus 600 reais e se ele trabalhasse ele continuaria recebendo. (4:22) Todo mundo quis buscar emprego.

(4:24) As pessoas falam assim, pô, se eu ganho 600 aqui, eu vou ganhar um salário mínimo? (4:28) Eu estou ganhando 1.800 reais, então eu vou trabalhar. (4:31) O que o Lula fez e qual foi a alteração que o Lula fez? (4:35) O Lula determinou que agora se uma pessoa trabalha, (4:38) ela não pode receber o auxílio Brasil ou Bolsa Família. (4:42) O que as pessoas estão fazendo? Estão deixando de procurar trabalho.
(4:46) Elas estão falando assim, já que eu recebo 600 reais para ficar em casa coçando o saco, (4:50) então eu não vou procurar trabalho. (4:51) Na equação que se faz o cálculo para medir a porcentagem da população desempregada, (4:57) só são consideradas as pessoas que estão procurando emprego. (5:01) Então vamos lá, duas coisas que o governo fez.

(5:03) Primeiro, só é considerado desempregado pessoas que estão procurando emprego. (5:08) Aquela pessoa que não procura mais emprego por medo de perder o Bolsa Família, (5:13) ela não é contabilizada. (5:15) Então aí você pode excluir milhões de pessoas.

(5:17) E segundo, o maior criador de emprego, e eu falo aspas bem fortes, (5:23) é o próprio governo, no sentido que ele está contratando pessoas e abrindo novas vagas. (5:27) Só que esse dinheiro é gasto, não é PIB. (5:30) Porque é um salário de pessoas que não estão produzindo riqueza para o Brasil.

(5:35) Então é um salário que nós estamos pagando, aumentando ainda mais o rombo da fiscal, (5:42) o rombo do gasto público do nosso país. (5:45) Então duas coisas que ele está fazendo. (5:46) Ele está falseando, forjando criação de emprego através de abertura de vagas para trabalhar para o Estado.

(5:54) E segundo, eles não estão contabilizando as pessoas que não estão procurando emprego, (5:57) e elas não estão procurando emprego porque é da política assistencialista do Lula, (6:00) que só conta quem procura emprego. (6:02) Então nós temos aqui na Argentina, nós temos esse cidadão aqui. (6:09) Porcaria.

(6:10) Na Argentina nós temos esse cidadão aqui. (6:13) E no Brasil nós temos esse cidadão aqui. (6:18) São basicamente a mesma coisa.
(6:21) Nós estamos falando esse aqui e esse aqui. (6:26) É impressionante a similaridade Brasil-Venezuela, Brasil-Argentina durante o governo esquerdista. (6:32) Mas essa é a verdade.

(6:33) O desemprego está aumentando, tudo está ficando mais caro, (6:37) o poder de compra do povo brasileiro está diminuindo, (6:40) e parabéns para todo mundo que fez o L. (6:42) Agora, eles vão trabalhar insistentemente, ativamente para enganar a população. (6:48) É por isso que eles querem censurar e regulamentar a internet (6:50) para que a gente não fale para vocês o que realmente está acontecendo. (6:54) Um abraço.

Deputado Federal Gustavo Gayer

Postagem Relacionada:


https://www.youtube.com/watch?v=uESYP3ANZ9g

Sobre a estratégia do carcoma na Espanha

(0:00) Estamos sendo vítimas de uma estratégia a que chamamos de estratégia do carcoma, (0:04) que consiste em se ir minando e erodindo, pouco a pouco, todas as instituições, (0:08) todos os freios e contrapesos, sempre com fins políticos, (0:12) de modo a sempre deteriorá-los para que um dia, (0:18) quando você se der conta, tudo caia: (0:22) a separação de poderes, (0:25) o Estado de Direito, a empresa livre, a liberdade e a prosperidade, (0:27). Eles vão colocando ativistas com fins políticos em todas as instituições, (0:33) para que um dia, quando a sociedade despertar, (0:38) ela já não tenha a quem recorrer, pois não haverá um tribunal para protegê-los (0:40) e muitos menos um meio de comunicação social para levar a sua voz injustiçada para o mundo. (0:45) Eles pensaram muito bem nisso, criando ainda um regime paralelo, (0:48) extrajurídico, como eu disse, que beneficia os que só a ganhar com a ordem antidemocrática.

(0:53) E essa estratégia passa, ela é cada vez mais visível, (0:58) pelo desprestígio e controle dos meios de comunicação, (1:02) pela politização dos juízes, (1:04) pela expulsão das forças e corpos de segurança do Estado, (1:06) pelo desprezo ao rei, pela manipulação da história, (1:10) pelo controle ideológico da educação. Tudo isso soa familiar, não é? (1:14) Dividir a sociedade, sempre em confronto, (1:18) colocando obstáculos ao livre mercado, (1:20) degradando os concursados, (1:23) destruindo a alternativa política para torná-la impossível (1:27) e, por fim, pactuando com criminosos. (1:31) E, além disso, sempre, sempre, com uma conseqüente deterioração econômica. (1:35) Sempre.

A economia também acaba sofrendo igualmente. (1:39) Na Espanha, estamos vivendo a criminalização da normalidade, (1:43) da vida cotidiana, a de sempre, (1:47) e, no entanto, o crime está sendo normalizado. (1:49) Para que tudo pareça igual, que a escala de valores se quebre, (1:52) que pactuar com alguém que vem do terrorismo seja normal, (1:58) que perdoar pessoas que cometeram graves delitos (2:02) contra a unidade da Espanha e o patrimônio seja comum. (2:05) É nisso que estamos agora, em uma ofensiva total de engenharia social (2:10) para transformá-la, para destruir a convivência (2:13) e apenas para se manter no poder.

Cayetana Álvarez de Toledo

Postagem Relacionada:

https://www.facebook.com/100003560717042/videos/522823260197049?idorvanity=113557742096642

quarta-feira, 7 de agosto de 2024

Comentários sobre as nuances da palavra dostępny, em polonês

dostępny - disponível

1) Em polonês, a palavra dostępny, que quer dizer disponível em português, dá a impressão de que a pessoa vive em dois tempos: o tempo cronológico, próprio do mundo corporativo e das coisas deste mundo, e o tempo kairológico, que é o mundo da plenitude das coisas, ao viver as coisas fundadas na conformidade com o Todo que vem de Deus.

2) Ao integrar as duas coisas fundadas nestes dois tipos de tempo num único modo de ser, podemos dizer que ela é pau-pra-toda-obra, a ponto de se santificar através de todo e qualquer trabalho, a ponto de consagrar a missão que lhe foi confiada ao verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, de tal maneira que Seu Santo Nome seja publicado em todo e qualquer lugar, incluindo o mundo corporativo.

3) Obviamente, esta pessoa é um verdadeiro anfíbio, pois, na esperança de conservar a memória da dor de Cristo fundadas nas cinco chagas (ou ranas - feridas em polonês) do Senhor o mais cedo possível (em polonês, rano), ela certamente acaba engolindo o maior sapo, por conta dos conservantismos próprios deste mundo. E de tanto apanhar dos conservantistas, essa pessoa se torna forte, antifrágil, já que ela é constantemente forjada e reforjada por Deus de tal modo a servir a Cristo naquilo que lhe foi confiado. Tal como a Virgem Maria, essa pessoa é maleável e dócil aos olhos de Deus, por ser dúctil -  fácil de trabalhar e de se lidar, a exemplo dos metais. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 07 de agosto de 2024 (data da postagem original).

segunda-feira, 5 de agosto de 2024

Análise Cruzada entre o Livro "Sua Majestade, o Presidente do Brasil" (Hambloch) e o Vídeo "Por que ditaduras revolucionárias duram tanto tempo" (Professor HOC)

O livro "Sua Majestade, o Presidente do Brasil" e o vídeo "Por que ditaduras revolucionárias duram tanto tempo?" exploram a natureza e a dinâmica das ditaduras, cada um com suas nuances e perspectivas. O livro de Hambloch se concentra especificamente no caso brasileiro, examinando como a tradição caudilhista e o personalismo moldaram a política do país, resultando em um sistema presidencialista autoritário. O vídeo do professor HOC, por outro lado, adota uma abordagem mais comparativa, analisando as origens revolucionárias de ditaduras como China, Irã e Rússia, e como essas origens contribuem para sua longevidade.

Pontos de Convergência:

  • Autoritarismo e Personalismo: Ambos destacam o papel do autoritarismo e do personalismo na manutenção de ditaduras. Hambloch argumenta que a figura do "presidente-monarca" no Brasil, com poderes quase ilimitados, é central para a perpetuação do sistema. O vídeo do professor HOC, por sua vez, demonstra como líderes como Mao, Khomeini e Putin consolidaram seu poder por meio da eliminação de opositores e da centralização do controle.

  • Papel das Forças Armadas: Ambos reconhecem a importância das forças armadas na sustentação de regimes autoritários. Hambloch descreve como os militares brasileiros frequentemente intervieram na política, seja por meio de golpes ou do apoio a presidentes autoritários. O vídeo do professor HOC também enfatiza o papel crucial das forças de segurança na repressão da dissidência e na manutenção da ordem, como exemplificado pela Guarda Revolucionária Iraniana e pela KGB russa.

  • Fragilidade da Oposição: Tanto o livro quanto o vídeo apontam para a dificuldade de se construir uma oposição eficaz em regimes autoritários. Hambloch observa que a falta de um sistema partidário forte e a constante repressão dificultam a organização de movimentos de oposição no Brasil. O vídeo do professor HOC, de forma similar, argumenta que as origens revolucionárias de algumas ditaduras, como a China, resultaram na eliminação de qualquer oposição organizada, facilitando o controle do Estado.

Pontos de Divergência:

  • Foco de Análise: O livro de Hambloch se concentra exclusivamente no Brasil, enquanto o vídeo do professor HOC adota uma perspectiva mais global, comparando diferentes ditaduras revolucionárias.

  • Origens do Autoritarismo: Hambloch atribui o autoritarismo brasileiro à sua herança caudilhista e à falta de uma tradição democrática sólida. O professor, por outro lado, enfatiza as origens revolucionárias de algumas ditaduras e como a violência e a instabilidade dos primeiros anos desses regimes contribuíram para sua consolidação e longevidade.

  • Fatores Econômicos: Hambloch dedica grande parte de sua análise aos aspectos econômicos do autoritarismo brasileiro, argumentando que a má gestão financeira e a corrupção perpetuam o sistema. O professor HOC, embora reconheça a importância da economia, foca mais nos aspectos políticos e sociais das ditaduras.

Conclusão:

Apesar de suas diferenças de foco e abordagem, o livro e o vídeo oferecem insights complementares sobre a natureza e a dinâmica das ditaduras. O livro de Hambloch fornece um estudo detalhado do caso brasileiro, enquanto o vídeo do professor HOC oferece uma perspectiva comparativa mais ampla. Juntos, eles contribuem para uma compreensão mais profunda dos desafios da construção e manutenção da democracia em contextos autoritários.