Do emocionalismo como corrupção da inteligência

O católico moderno, imbuído de mentalidade e visão burguesa, acredita mesmo que o único problema relativo a imagens, séries e filmes é o do soft porn desenfreado. Ele toma dos santos padres a visão de que imagens sensuais são problemáticas, atribuindo sensualidade à pornografia implícita ou explícita.

Essa visão não deixa de estar certa, porém é tremendamente superficial.

Os santos padres condenavam e criticavam imagens sensuais ou desonrosas, mas o significado nunca foi SÓ esse.

Sensuais é traduzido por empatheís, termo amplo no original grego e com difícil tradução, entretanto, podemos entender isso como algo "patético", "emotivo", etc. Empatheis é o que causa o PATHOS, move as paixões da alma do observador, compremetendo seu autodomínio pelo obscurecimento da inteligência.

Isso quer dizer que uma obra, como The Chosen, que queira representar um Jesus além das escrituras, um Jesus "humano, demasiado humano", onde se foca no emocionalismo e no contato puramente antropomórfico é tão problemático (talvez até pior) do que um soft porn ou algum tipo de imagem mais esdrúxula. As imagens esdrúxulas não são sutis e é muito fácil de se perceber os problemas; na ascética o pior inimigo é aquele que não é facilmente percebido, mas que fica quase que sorrateiramente dentro do campo de fundo imaginário e controlando as pequenas ações da inteligência.

Uma imagem gravada que transmita uma mensagem ou uma percepção errada e que faça os sentimentos serem o carro chefe do entendimento a respeito de quem é nosso Senhor também se enquadra em uma imagem sensual.

Yuri do Anjos

Fonte: https://www.facebook.com/ricardo.charles.9/posts/pfbid0GVMnAdnLnTymkdD1PR4oZ1C8cM3mNfxkfrtVCj9KnDD5uJE6cE27tj33CH9u6E1Gl

Postagem Relacionada:

https://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2024/03/silas-feitosa-sobre-relacao-entre-o.html

Como manter a sanidade num mundo insano?

Numa civilização cada vez menos civilizada, o que um indivíduo pode fazer para não enlouquecer? 

Bem, antes de qualquer coisa, sugerimos que escolha suas batalhas. Assim como nos demonstram as comissárias de bordo, antes de auxiliar o passageiro ao lado, devemos nos assegurar que nosso suporte respiratório esteja bem fixado. Depois, priorizemos os mais frágeis.

Tal analogia nos serve de duas formas: primeiro, se tentarmos salvar o mundo antes de garantirmos manter a consciência, provavelmente a perderemos antes de realizar qualquer coisa. Em segundo lugar, devemos resguardar as proporções e priorizar aquilo e aqueles que mais precisam.

Partindo desse panorama, tracemos um mapa; se a insanidade é uma desordem de espírito, cuidemos do nosso. No lugar de tentar consertar a fé da Igreja, conserte sua vida de oração.

No trabalho ou nos estudos, entregue o seu melhor resultado. Olhe deliberadamente para suas atribuições e busque, a cada migalha, ser uma fração mais eficiente que fora no dia anterior.

Em casa, cuide de si, dos seus e das suas coisas. Seja o agente da solução de problemas e não a alma miserável eternamente descontente pelas coisas não estarem como o planejado.

Finalmente, ajude aqueles ao seu redor a resolver os problemas deles, mas lembre-se, problemas não se resolvem só com o ar das palavras; geralmente, a solução vem dos calos nas mãos.

Seguindo este caminho, além de ter pouquíssimo tempo para pensar sobre os problemas no mundo, você será um pilar de sanidade para os demais ao seu redor.

Caso sobre tempo, mantenha sua sanidade: leia Chesterton.

Sociedade Chesterton Brasil

Fonte: https://www.facebook.com/chestertonnobrasil/posts/pfbid02gsQmFZC3t7pgSJpWEmM5qdbCWV59SZ7S5m8ePA8nBU3Mri9SXRFxVfkmx9MtjbLbl

O que impede à busca da vedade num debate (ou disputatio, em latim)?

 

Este é o primeiro impedimento da busca da verdade pela disputa: quando alguém não quer ouvir o que o adversário diz. O segundo impedimento é quando alguém responde com gritos e contumeliosamente ao que ouviu, pois, como diz Ambrósio, "é a impugnação da verdade pela confiança nos gritos". O terceiro impedimento é quando alguém não tenciona a verdade, mas a vitória e a glória, como acontece nas disputas litigiosas e sofísticas.

 

Santo Tomás, "Expositio super Iob ad litteram", cap. VI. Tradução de Raul Costa

 

Fonte: https://www.facebook.com/rudolfallersbrasil/posts/pfbid0Gvuyk4Pc2S9sXpxpoBLLgW67TQfYdH1oB8XctbvBLX6NkP6FLsKi2vxJEMVoXv3bl

“De gênio e de louco todo mundo tem um pouco!”

Todos nós já nos deparamos com alguma versão deste ditado. É um daqueles dizeres inevitáveis, daqueles que se não pensamos a respeito do que foi dito foi porque alguém já nos despejou o que quis dizer com aquilo.

Acontece que, raramente, pensamos na posição contrária, naquele que crê vorazmente não ter nada de louco: o insano. E é justamente para meditar sobre a relação entre esta figura e a perspectiva materialista que Chesterton evoca o dizer. Observemos como ele continua:

“O materialista está plenamente convencido de que a história não é mais que uma simples cadeia casual, assim como o homem interessantíssimo de quem falamos está convencido de que ele mesmo não é mais do que um frango. Materialistas e loucos nunca têm dúvidas.”

Ora, se o insano não tem qualquer dúvida de que é um frango, o materialista justifica que ao analisarmos a composição e os processos químicos que animam um frango, seria quase impossível argumentar que a vida dele ou do frango apresentam grandes distinções.

Pelo contrário, são perfeitamente vivas e entediantemente acidentais.

É claro que, para o leitor perspicaz e razoável, logo despontará alguma sorte de resguarda moral. “É claro que uma vida humana vale mais que sua contraparte galinácea”, nossos estimados interlocutores podem (e devem) inferir, mas com pesar informaremos que, num ponto de vista puramente material, isso não passa de um favoritismo especista e emocional.

E justamente por isso Chesterton bate nessa tecla: não somos puramente materiais. A insanidade dessa abordagem tão estreita à realidade só satisfaz uma mente tão estreita que não poderia sequer ser responsabilizada pela imoralidade de seus atos, vez que é incapaz de conceber no seu escopo material a noção de “moral”.

Preserve sua sanidade! Preserve sua moralidade! Leia Chesterton!

 Sociedade Chesterton Brasil

Fonte:  

https://www.facebook.com/chestertonnobrasil/posts/pfbid02pr8iCG19PH4fdjtdssjD1KTdgpauYSiMu3syDr8raDQALYZj7oj7xAawStNLE7jYl

Olavo de Carvalho, sobre a ditadura da ignorância presunçosa de quem deveria ensinar e dar o bom exemplo, que são os professores

Como a minha professora de inglês no ginásio era muito chata, eu costumava me esconder no fundo da sala com algum livro. Um dia eu estava lendo um estudo do crítico Osvaldino Marques sobre a técnica poética de Cassiano Ricardo (eu tinha talvez a ilusão de ser poeta algum dia), e a professora me pegou no pulo, apreendendo o livro. No dia seguinte ela comentou que ela e outros professores tinham rido muito do "livro esquisito" que eu estava lendo. Nesse momento entendi que a ditadura da ignorância presunçosa era uma coisa temível.

Olavo de Carvalho

 

Facebook,  13 de março de 2024.

Fonte: https://www.facebook.com/tributoaolavodecarvalho/posts/pfbid04zCEcY79NmXS7uF4mxbFrguJyKqyZEjaj8xQ99N56dB9g4SoD7upX92BCx7hywcil

Da esquerda como uma hidra

1) A esquerda é uma hidra de mil faces que vai em todas as direções da existência humana e abarca cada aspecto da vida. Sua mensagem é dirigida não às inteligências das pessoas, mas aos seus sentimentos. Sua força é tão avassaladora que até seus oponentes são influenciados por algum aspecto de sua mensagem, pois, se não caem numa cantilena, caem em outra - daí sua imensa vantagem sobre qualquer outra corrente de pensamento.

2) Só a mensagem do cristianismo é capaz de lhe opor resistência, uma vez que também abarca toda a existência humana. Jesus convida seus seguidores a uma existência inteiramente oposta ao “mundo”. Por isso o objetivo fulcral do marxismo é destruir o cristianismo, rotulando-o de distração burguesa para desviar os seres humanos de sua vocação para a felicidade terrena. Pois enquanto o cristianismo aponta para a eternidade, o marxismo materialista promete o paraíso neste mundo, que jaz no maligno.

Silas Feitosa

Facebook, 12 de março de 2024.

Do potencial de uso de uma conta da Avenue

1) Eu tenho uma conta da Avenue. Recebo do meu irmão uma pequena colaboração, já que ele também tem conta por lá também.

2) A vantagem da conta Avenue é posso fazer compras não só na Amazon Americana - posso fazer compras também na Humble Bundle, no Abebooks e no Alibris - o que amplia muito meu leque de escolhas

3) Como a Avenue é situada nos EUA, eu não pago IOF, se trabalho com o cartão virtual deles.

4) Além disso, se eu descobrir algum brasileiro que tem conta na Avenue, posso fazer uma transação p2p de modo que eu possa vender e-books para ele em dólar ou em euro, a depender da situação.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de março de 2024 (data da postagem original).