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terça-feira, 26 de julho de 2022

Notas sobre cristianismo e hospitalidade - um tema muito caro à teoria da nacionidade

1) Certa ocasião, eu estava na missa de domingo e estava escutando sobre o tema da hospitalidade.

2) No judaísmo antigo, que mais tarde se transmutou em cristianismo, quem acolhesse um peregrino estava a acolher ao próprio Deus. A maior prova disso é que Abraão acolheu a alguns anjos que às vezes se faziam de peregrinos e eles lhe anunciaram que Sarah, então estéril, conceberia Isaac.

3) Quando o salvador feito homem veio ao mundo, os judeus já haviam esquecido essas lições de tal maneira que o filho do homem sequer tinha lugar onde pudesse reclinar a cabeça para descansar.

4.1) Jesus não só restaurou esse legado antigo como deu um novo sentido à criação, a ponto de as coisas ficarem em conformidade com o Todo que vem de Deus, que enviou para nos salvar aquele foi o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem: Jesus Cristo. 

4.2) Todo doente desprezado era um Cristo precisando de hospitalidade e quem desse hospitalidade a eles estava acolhendo ao próprio Cristo - assim nasceram os hospitais. Quem protegesse os peregrinos que estivessem viajando até a Terra Santa estava a acolher esses viajantes em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo, a ponto de consagrar o Reino Latino de Jerusalém como o verdadeiro Estado de Israel nos méritos de Cristo. Assim surgiram os cavaleiros hospitalários, um dos braços da Ordem do Templo, que se transmutou mais tarde na Ordem de Cristo, que viabilizou o projeto de servir a Cristo em terras distantes, tal como foi estabelecido em Ourique. 

5) O tema da nacionidade está intimamente ligado ao tema da hospitalidade. Quando isto é servido com fins vazios, isto vira turismo, uma das chagas do liberalismo e que fomenta o relativismo cultural.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de julho de 2022 (data da postagem original).

Maria e Eva como arquétipos de comportamento de duas antropologias diferentes (ou da diferença entre ser feminina e ser feminista)

1) A autêntica mulher total é aquela que imita o exemplo da virgem Maria, quando repete em gestos concretos o que ela disse ao anjo, quando este anunciou que ela foi escolhida para ser a mãe de Nosso Senhor: "eu sou a serva do Senhor. Faça-se em mim segundo vossa palavra". Em razão de seu corajoso exemplo, os mais corajosos filhos da Igreja, como São João Paulo II, são totalmente escravos da Virgem Maria, a ponto de serem totalmente dela, posto que acessório segue a sorte do principal.

2) A mulher não-toda é a que segue o exemplo de Eva: dá ouvidos à serpente e come da maçã, além de  induzir Adão a provar do fruto da árvore do conhecimento, pois assim seremos como deuses. No final, acordamos nus, expulsos do paraíso e mortais, a ponto de no final estarmos todos mortos, despojados da filiação divina. Não é à toa que as mulheres são a causa da falência de um homem, segundo Roberto Campos, ainda mais se ele tem tendências mulherengas.

3) A mariologia é antropologia feminina aperfeiçoada, pois Maria foi verdadeira mulher e verdadeira serva do Senhor, além de ser mãe de Deus, ao passo que a mulher não-toda, que adota o comportamento de Eva como a medida de todas as coisas, é a base do feminismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de julho de 2022 (data da postagem original).


terça-feira, 19 de julho de 2022

Da bandeira americana como uma tradição inventada

 Bandeira da Companhia das Índias Orientais Britânicas. A bandeira americana é uma cópia fajuta e descarada dessa bandeira. Eis a prova cabal de que a direita tupiniquim ignora a história, além de ser chegada a um piratinha.


Além da bandeira americana, a bandeira do governo provisório da República dos Estados Unidos do Brasil é também filhote dessa bandeira de pirata, que reduz o país a um balcão de negócio, como é próprio da herética fé puritana.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de julho de 2022 (data da postagem original).

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terça-feira, 12 de julho de 2022

Por que os poloneses comemoram o dia do santo onomástico como se fosse um aniversário? Comentários sobre esta importante lição em tempos de crise

1) Agora eu compreendo o motivo pelo qual os poloneses comemoram o imieniny (o dia do nome do santo que dá o nome à pessoa), não o urodziny (o dia do nascimento da pessoa para o mundo).

2) Vamos supor que a pessoa tenha nascido em 21 de abril (Tiradentes), 14 de julho (Revolução Francesa) ou 15 de novembro (o dia do famigerado golpe de estado que instaurou a república e pôs fim à monarquia no Brasil). Ninguém em sã consciência comemora aniversário nesses dias, pois são dias de luto nacional - e a memória coletiva é maior do que a memória individual. São dias para se conservar a memória da dor de Cristo, já que o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem foi crucificado nesses dias na terra onde habitamos por conta do conservantismo alheio, que foi imposto à toda a sociedade.

3) Se uma pessoa nascesse num desses dias e se chamasse Maria ou José, o dia em que celebramos a memória desses santos salva a pessoa da condenação e é seu verdadeiro aniversário, pois a pessoa que nasceu em datas revolucionárias está destinada a morrer para o mundo, para o diabo e para a carne. Eis o maior evangelho pessoal que pode haver em tempos de crise, uma vez que isso se funda nos méritos de Cristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de julho de 2022 (data da postagem original).


segunda-feira, 11 de julho de 2022

Por que não devemos seguir os conselhos de um economista, sobretudo liberal?

1) Dizia Roberto Campos que o modo mais seguro de alguém entrar em falência era seguir os conselhos de um economista. 

2.1) Se você observar a história de Richard Cantillon, que é considerado o primeiro economista da História, ele era banqueiro agiota e especulador, a tal ponto que deu desfalque numa companhia que havia no Mississippi, numa época em que o território era de colonização francesa, a ponto de gerar sérios prejuízos a seus investidores. 

2.2) Por conta disso, seus escritos sobre economia permaneceram em segredo e foram publicados somente 21 anos após sua morte. Eles certamente foram usados pela maçonaria, a tal ponto que isso deu origem aos fisiocratas e ao pensamento de Adam Smith. Tudo isso serviu de laboratório para a fabricação de crises no mundo inteiro. Neste ponto, a economia é a ciência da fabricação dessas crises - e nela a técnica se torna uma magia, pois o homem deseja se tornar um Deus. E neste sentido a economia tende a uma plutologia, dada à natureza revolucionária da mentalidade liberal, o que põe em dúvida a qualidade dessa dita ciência, já que ela está a serviço de uma ideologia revolucionária.

3.1) Quando analisamos a história do primeiro economista, enquanto modelo para todos os demais, isso indica que não devemos ser como ele, pois eles são especialistas em fraudes contra credores, em crimes financeiros e em lavagem de dinheiro. 

3.2) A diferença de Richard Cantillon para a época atual é que não existia uma lava-jato e toda uma estrutura de Estado preparada e especializada para reprimir crimes iguais ao que este praticou, crimes estes que acabaram pondo fim à monarquia Francesa, à aliança do altar com o trono e que certamente estão destruindo tudo o que há de bom da civilização ocidental, que é essencialmente greco-romana, além de ibérica, pois devemos dar à Espanha e a Portugal o crédito de terem expandido a fé cristã pelos quatro cantos do mundo. 

4) A conclusão a que podemos chegar é que a Era das Revoluções é essencialmente a era do banditismo - e a espinha dorsal do banditismo são os crimes de natureza financeira praticados pela maçonaria. E a economia, praticada por essa gente, serviu muito a este propósito.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de julho de 2022 (data da postagem original).

domingo, 10 de julho de 2022

Notas sobre a relação entre patriotismo constitucional e o conceito de comunidades imaginadas, enquanto receptáculos dos projetos maçônicos de poder

1) Um pouco antes de terminar as aulas de Direito Constitucional com o professor José Ribas Vieira, quando estava fazendo graduação na UFF, no início dos anos 2000, ele havia falado à minha turma que havia constitucionalistas alemães estavam falando em "patriotismo constitucional".

2) Tempos mais tarde, quando fui estudar a teoria da nacionidade, percebi que esse "patriotismo constitucional" tem relação com a arte de se imaginar e construir qualquer comunidade onde qualquer utopia possa ser realizada. Nela, a idéia de nação e de socialismo se tornam uma coisa só a ponto de tudo estar no Estado e nada estar fora dele ou contra ele. E isso é certamente nazi-fascismo. 

3.1) Quando digo que nacionalismo é furada, é por conta disso: por conta desse socialismo de nação. Mancini viabilizou o sonho de Maquiavel de uma Itália unificada e Mussolini foi o homem forte que habitou o edifício teórico já construído. Tudo isso pavimentou o caminho para as idéias de Gramsci, em seus cadernos escritos no cárcere.

3.2) Em torno da mentira de que o Brasil foi colônia de Portugal, o Brasil foi separado de Portugal e toda uma comunidade foi imaginada de modo que toda e qualquer utopia pudesse ser realizada, a ponto de se ter a pretensão de ser o império dos impérios do mundo, o grande laboratório exportador das experiências revolucionárias do mundo inteiro. Isto explica o nacionalismo ufanista dos militares (mal sabem eles que esse império, que se transmutou nesta república maldita, perecerá, pois isso não é de Cristo).

3.3) E antes que me acusem de fake news, leiam o manifesto do Grão-Brasil, que está sendo vendido pelo IMUB. O professor Loryel Rocha tem se dedicado muito a este tema. Escutem o que ele tem a dizer neste ponto. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de julho de 2022 (data da postagem original).

Como era a França na época de Richard Cantillon, o pai da Economia Política Moderna?

1) Na época de Richard Cantillon, a França era uma das filhas favoritas da Igreja Católica. O Rei da França, na qualidade de vassalo de Cristo entre os franceses, patrocinava as artes e os ofícios, o que levava ao desenvolvimento econômico e civilizatório daquela sociedade onde, ao menos, a maioria das pessoas amavam e rejeitavam as mesmas coisas tendo o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem por fundamento. 

2) Toda a economia era voltada para atender as necessidades do soberano - e as pessoas trabalhavam de modo a atendê-lo como se fossem atender ao próprio Cristo: com excelência. Eis a razão da economia e da manufatura de luxo, pois o dinheiro que se ganhava atendendo às necessidades do Rei e da Nobreza era empregado no desenvolvimento de produtos de modo a atender as necessidades da gente comum da população. Não eram da mesma qualidade que os produtos destinados à nobreza e à realeza, mas eram feitos com excelência e feitos para durar, uma vez que eram destinados ao atendimento das necessidades práticas da população pelo pão de cada dia.

3.1) Se o soberano patrocinava a manufatura de luxo, ele certamente patrocinava o desenvolvimento de uma toda economia de segunda mão que visava ao atendimento da população comum, já que a maioria dos membros do povo eram considerados filhos da Igreja e, portanto, protegidos desse vassalo de Cristo. 

3.2) Como a autoridade do soberano aperfeiçoava a liberdade de muitos, isso fazia com que os poderes de se usar, gozar e dispor dos bens da via fossem distribuídos ao maior número de pessoas possível - esse foi o maior legado dos vicentinos na ordem social, o que antecipou as idéias de Chesterton e Belloc em séculos.

4.1) Por que razão digo isso? Porque o vassalo de Cristo é patriarca: além de ser pai de seus filhos, ele é também pai de muitos, como são os padres da Igreja - e este é o poder natural dos reis. E a função natural dos pais, além da segurança, é aperfeiçoar a liberdade de seus filhos de tal modo que o desenvolvimento seja uma expressão da verdade - como Cristo é o caminho, a verdade e a vida, então a liberdade é a expressão maior do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem que fez tudo o que Pai Eterno queria por amor, dentro dessa conformidade com o Todo que vem de Deus.

4.2.1) Quando há traição a esse princípio sagrado, onde o homem busca a si mesmo e não deseja mais ser amigo de Deus, então temos a economia da não-sujeição ao verdadeiro Deus e verdadeiro Homem  a ponto de se tornar um sério problema espiritual, político e material - um verdadeiro problema civilizatório. 

4.2.2) Este é o maior problema que precisa ser resolvido, pois ele é fruto desse mistério, que é a iniqüidade revolucionária.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de julho de 2022 (data da postagem original).