1) Agora eu compreendo o motivo pelo qual os poloneses comemoram o imieniny (o dia do nome do santo que dá o nome à pessoa), não o urodziny (o dia do nascimento da pessoa para o mundo).
2) Vamos supor que a pessoa tenha nascido em 21 de abril (Tiradentes), 14 de julho (Revolução Francesa) ou 15 de novembro (o dia do famigerado golpe de estado que instaurou a república e pôs fim à monarquia no Brasil). Ninguém em sã consciência comemora aniversário nesses dias, pois são dias de luto nacional - e a memória coletiva é maior do que a memória individual. São dias para se conservar a memória da dor de Cristo, já que o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem foi crucificado nesses dias na terra onde habitamos por conta do conservantismo alheio, que foi imposto à toda a sociedade.
3) Se uma pessoa nascesse num desses dias e se chamasse Maria ou José, o dia em que celebramos a memória desses santos salva a pessoa da condenação e é seu verdadeiro aniversário, pois a pessoa que nasceu em datas revolucionárias está destinada a morrer para o mundo, para o diabo e para a carne. Eis o maior evangelho pessoal que pode haver em tempos de crise, uma vez que isso se funda nos méritos de Cristo.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 12 de julho de 2022 (data da postagem original).
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