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sexta-feira, 19 de junho de 2020

Meditando sobre o conceito de nacionidade em John Borneman

1) Em um debate com Ernst Gellner, constante na obra Belonging in the Two Berlins, John Bornneman estabeleceu a diferença entre nacionidade e nacionalidade. Para ele, nacionidade seria tomar o país como um lar, enquanto nacionalidade seria tomar o país como se fosse religião.

2.1) Em uma certa postagem de facebook, eu observei que a idéia de lar está associada à idéia de intimidade. E é na intimidade que se faz da necessidade de se ter vínculo com alguém ou alguma coisa liberdade, a ponto de produzir cultura. 

2.2.1) Ocorre que sem a verdade, sem a conformidade com o Todo que vem de Deus, esses vínculos tendem a ser frágeis, líqüidos, pois tendem a ser úteis enquanto bem servirem aos propósitos nefastos daqueles que conservam o que é o conveniente e dissociado da verdade. 

2.2.2) Como neste ponto o homem tende a ser um animal que mente, então o liberalismo prepara o caminho para uma cultura de relativismo e de traição, a ponto de gerar uma sociedade niilista, o que é a base de uma sociedade totalitária.

3.1) É por esta razão que fui sábio em acrescentar à definição de nacionidade isto: tomar o país como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo, pois a verdade é o fundamento da liberdade, posto que isto decorreu do sacrifício do cordeiro pelo perdão dos nossos pecados. 

3.2) Borneman esteve perto da verdade - como ele não era católico, e como acredita piamente que a história não está atrelada a nenhum homem ou objeto em particular, acabou por aderir a uma tradição liberal que só prepara o caminho para que os animais que mentem tenham poder total, a ponto de terem poder sobre tudo e sobre todos. E como Borneman é americano, ele certamente é ligado ao pessoal do Partido Democrata, que é ligado ao partido comunista chinês, ao partido mais assassino que tem.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de junho de 2020.

quinta-feira, 18 de junho de 2020

A verdade sobre a questão das privatizações

1) Por muito tempo havia um clássico debate entre ser a favor da privatização e ser contra, por motivos estratégicos.

2) Estamos num tempo agora em que, se vendermos a Petrobras, a China vai comprar tudo. Esta privatização, portanto, é ilusória, pois é a troca de um Estado por outro, de um governo totalitário por outro.

3) Este é o grande trade-off da privatização: qualquer um que tenha dinheiro pode comprar, incluindo os que seguem ideologias satânicas, como o Islã e o comunismo.

4.1) A solução é o caminho do meio. Se vendermos a Petrobras, que a vendamos para um grupo empresarial ligado a um governo aliado, como os EUA, por exemplo. Eles exploram a riqueza que há no nosso subsolo, atendem nossas necessidades e ainda fortalecem o laço que há entre nós e os EUA, nestes tempos tão difíceis. Até porque temos um inimigo em comum, que é a China.

4.2) Se há uma empresa privada de um governo aliado contribuindo para o nosso desenvolvimento econômico, o petróleo continua sendo nosso. E abrir o mercado para os aliados é a melhor estratégia que há.

5) O debate das duas posições foi marcado pela abstração. Ou ao menos esta abstração ficou no horizonte durante décadas sem que pudéssemos vislumbrar uma ameaça real no horizonte. E essa ameaça veio: é a China.

6.1) Estou escrevendo estas linhas porque isto já me ficou patente. Para outras pessoas, como o Dr. Plínio Corrêa de Oliveira, isso já teria ficado patente desde a década de 90, se ele tivesse condições de ver isso.

6.2) Que falta faz um homem público como ele! Nós não tivemos um homem como ele dentre nós durante os anos 90 e 2000, quando houve a hegemonia cultural esquerdista. A verdade está patente até para diaristas como eu. Só não enxerga quem não quer. E ser burro, neste ponto, não tem perdão, por ser pecado contra o Santo Espírito de Deus.

7) Esta é a conclusão a que chego após todo esse debate sobre a questão da privatização das nossas empresas, o eterno embate entre nacionalistas e entreguistas, coisa que permeia nossa realidade desde o tempo da Campanha "O Petróleo é Nosso".

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de junho de 2020.

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Da literatura como um mistério servido

1) Meus contatos de facebook, a primeira leva de leitores, acompanhou meu trabalho, a ponto de consumi-lo praticamente de maneira gratuita, sem pagar nada por isso. No entanto, na hora de ajudar naquilo que realmente importa, nunca me ajudaram.

2) Agora que estou dedicando cada vez mais meu tempo no Twoo para ensinar outras pessoas, estou adotando um esquema diferente: coloco os artigos em pdf e publico no payhip. Se a pessoa quiser o artigo, que pague por ele. No Twoo, eu me ponho a serviço das pessoas a ponto de ser pago por isso.

3) A idéia é fazer do serviço literário um mistério, que vai sendo revelado à medida que a pessoa vai pagando pelo conteúdo que forneço. Quando a pessoa compra o artigo, ela terá uma agradável surpresa.

4) As pessoas gostam de mistérios e a graça na vida é justamente isso. Se você serve mistérios que edificam, você colhe ganho sobre a incerteza. E o bom escritor é um jogador que sabe muito bem o momento de quando mostrar e de quando esconder as coisas na hora certa.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de junho de 2020 (data da postagem original).

https://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2020/08/como-fugir-da-ideologia-e-do.html


quarta-feira, 17 de junho de 2020

Do potencial de whatsapp como rede social preparatória para outras redes sociais

1) Durante muito tempo, adicionei pessoas do Twoo para o meu perfil no facebook. Mas fui percebendo que muitas dessas pessoas estão muito alheias em relação ao que realmente importa, se comparadas ao pessoal que conheci no facebook, que constitui o meu meio natural, já que trabalho com política.

2) Antes de incluir estas pessoas que conheci no Twoo no facebook, eu devo primeiramente prepará-las individualmente no whatsapp, antes de virem para a minha rede aqui no facebook. Uma vez devidamente preparadas, eu as adiciono à minha base de trabalho, pois elas me ajudarão naquilo de que necessito, uma vez que a amizade é a base da sociedade política.

3.1) Se não houver este preparo, ocorrerá o pecado mais comum praticado por 10 entre 10 pessoas: misturar contatos das mais diferentes tendências num único perfil, a ponto de ocorrer confusão, conflito. 

3.2) Se pararmos para pensar, ainda que eu seja uma só pessoa, eu tenho outros perfis de vida, a ponto de seguir outros caminhos de rede social, pois tenho outros interesses além da política, mas a exteriorização desses interesses se dá na forma de um outro perfil diverso deste que uso, voltado para a política.  

3.3.1) O fator unificante desses perfis, dessas facetas da personalidade, é sempre invisível - só Deus pode vê-lo, pois ele é leitor e ouvinte onisciente. 

3.3.2) O fato de tornar visível o que o próprio Deus e as circunstâncias naturalmente puseram um véu só expõe a vaidade dos homens de quererem se exibir, a ponto de fazer com que a ferramenta seja usada com fins vazios. 

3.3.3) Este me parece o maior problema do uso da rede social: o desconhecimento das fronteiras da própria vida, onde termina uma faceta da sua personalidade e onde começa a outra, fundada nos seus interesses pessoais. Se as pessoas tivessem vida intelectual, vida reflexiva, e passassem anos escrevendo em diário, elas, poderiam perfeitamente gerenciar quais seriam esses limites, a ponto de saber incluir quais pessoas seriam as mais adequadas aos seus perfis de trabalho, e assim evitar usar esta ferramenta com fins vazios.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de junho de 2020.

Da casa de palha para a casa de madeira: notas sobre as primeiras notas de síntese que estou elaborando

1) Os mais de cinco mil artigos, e contando, que escrevi em meu blog constituem matéria-prima para artigos ainda mais elaborados, caso eu resolva dar um encadeamento a eles. Estes cinco mil artigos constituem as notas de base do meu trabalho intelectual - eles são a pedra angular através da qual poderei construir um edifício teórico mais elaborado.

2) Essas pedras não são o único material de construção de que disponho: além dos artigos, tenho as notas de playbook que escrevi dos jogos que já joguei. Estas notas de jogos, devidamente adaptadas para a realidade, podem ser contadas como notas de base, pois muita coisa que pensei só me foi possível através do uso de simuladores.

3) Quando junto os dados, eu produzo uma nota de síntese mais elaborada. Ela constitui um mosaico reunido de todos os textos que já escrevi, escritos na forma de um texto mais completo e mais rico. Tento, na medida das minhas possibilidades, dizer o indizível e apontar para o belo, que se funda em Deus.

4) Por ser um trabalho mais elaborado, eu não coloco as notas de síntese no meu blog. Elas ficam na minha lojinha no payhip. Quem quiser lê-las, é só comprá-las.

5) Estas notas de síntese são a passagem da casa de palha para a casa de madeira. O livro, que é a casa de tijolos, é a reunião elaborada e meticulosa de várias notas de síntese. Se a Polônia, enquanto nação, passou por este grau evolutivo, então como escritor passarei por este mesmo grau, pois é preciso ser humilde de modo a ser elevado.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de junho de 2020.

terça-feira, 16 de junho de 2020

Dos requisitos mínimos para se ter uma loja, quando se opera num mercado local

1) Antes de ter um armazém, um empório de livros, ao menos eu devo ter uma quantidade de pessoas conhecidas que acompanham meu trabalho como intelectual e que estejam dispostas a consumir meus produtos (meus artigos e os livros que vendo e digitalizo). 

2) Quando tiver um público considerável num mesmo local, aí por direito natural estarei autorizado a abrir uma loja. A loja só será aberta para receber os clientes agendados e cadastrados - ela não estará aberta para receber qualquer pessoa. Além de ser lugar de venda, é também lugar de reunião.

3.1) Como a minha loja é minha casa para fins comerciais, ela é inviolável. Ninguém entra nela sem o consentimento do proprietário do negócio. Se eu quiser receber pelo menos 50 pessoas da minha inteira confiança, eu as recebo sem problemas.

3.2) Se o Estado tomado como se fosse religião tentar frustrar o direito de reunião, que ele seja aniquilado à bala. Aprenderei a fabricar armas, montarei um paiol e armarei os que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento de modo a cortarmos o mal totalitário pela raiz.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de junho de 2020.

segunda-feira, 15 de junho de 2020

Do casamento fundado no amor romântico à retomada do casamento arranjado - considerações sobre isso

1) Na geração dos meus pais, eu via muitas brigas de família. As esposas dos meus tios, dos irmãos da minha mãe, eram todas ricas em má consciência e acabaram desunindo a família. Todas essas pessoas eram cheias de si e conservavam o que era conveniente e dissociado da verdade.

2) Na minha geração seguirei o conselho do professor Luiz Gonzaga, o filho do professor Olavo: vou tingir o sangue da minha família de azul. Vou casar com uma mulher virtuosa e que goste de estudar; se tiver um amigo virtuoso, vou me casar com a irmã dele, pois desejo que ele seja tio dos meus filhos. Para que a união seja possível, a irmã precisa ter qualidades que viabilizem essa união para a vida toda. Se tiver um amigo mais velho do que eu, a ponto de me tratar como filho, eu me caso com a filha dele - assim, serei filho dele, segundo as leis do casamento, a ponto de ser seu genro. 

3) Se casamento é ato nobre, então escolhamos pessoas com espírito de nobreza. Escolhamos pessoas ricas de virtude e conteúdo, uma vez que isso é buscar o Reino de Deus e sua Justiça. Isso fará com que o casamento assuma uma natureza mais política, já que a amizade é a base é da amizade política, a ponto de o casamento se tornar uma coisa arranjada.

4.1) O casamento fundado no amor romântico se baseia no princípio de que o importante é ser feliz. E nestes tempos de crise, onde tudo é relativo, o que realmente mais importa é a verdade, que é o fundamento da liberdade.

4.2) Devemos amar e rejeitar as mesmas coisas tendo o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem por fundamento, pois Ele deu sua vida pelo perdão de nossas faltas. E é isto o que realmente importa. Que a renovação comece neste aspecto!

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de junho de 2020.