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quarta-feira, 20 de maio de 2020

Dos rascunhos como armazéns de idéias a serem publicadas

1) Na economia, enquanto ciência da informação, há um custo de oportunidade decorrente do tempo que você leva para vender todos os bens de uma loja, de modo a esvaziar o estoque, e o tempo necessário para repô-lo ou preenchê-lo estrategicamente de modo a atender uma demanda futura. Esse descompasso pode levar a um eventual prejuízo.

2) A maior função do armazém é ser o lugar onde se faz a transição de um tempo para outro. Ali ocorre a troca intertemporal. É por conta disso que se resolve o problema do descompasso entre uma demanda forte e a capacidade de atender essa demanda por longos períodos até a sua posterior queda.

3) Quando escrevemos um determinado texto, nós temos um rascunho. Além de ser um lugar onde planejamos o texto que vamos escrever, sempre há um descompasso entre um pico de produção intelectual e a publicação de um texto. E o rascunho, neste aspecto, exerce a função de armazém, estocando uma idéia criada até a sua posterior publicação. Em economia criativa, isso é extremamente vital, uma vez que a ação do escritor e a ação do editor tendem a um descompasso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de maio de 2020.

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Da ciência e da técnica como ideologias e como causas da má consciência nacional

1) Toda boa consciência, para ser fomentada, precisa estar com a ciência, enquanto conhecimento acumulado das coisas que foram provadas e convenientemente guardadas de maneira sensata, uma vez que elas apontam para Deus. Por conta disso, esses alimentos espirituais provados e experimentados tendem a ser estocados numa despensa especial, capaz de resistir ao teste do tempo, o que faz com que biblioteca não seja muito diferente de uma geladeira, posto que tudo isso se funda na eternidade.

2) Toda má consciência, para ser fomentada, precisa que a ciência e a técnica sejam usadas à serviço da ideologia. Ela se funda na cultura de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. É com esses alimentos espirituais estragados que se envenena a alma de um povo. E esses alimentos espirituais estragados são vendidos como se fossem banana na feira, nas livrarias, à luz do dia - o que é um grave crime contra a economia popular.

3) A raiz da ciência e da técnica como ideologias se dá com o divórcio da fé e da razão. Se a fé não decorre do verdadeiro Deus e verdadeiro homem, então esse saber produzido, estocado e acumulado será usado com fins vazios, a ponto buscar uma pretensa salvação vazia. E isso fomenta políticas revolucionárias, marcadas pelo salvacionismo, tal como já vimos ao longo da história da República.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de maio de 2020.

Notas sobre uma qualidade e um defeito marcantes do povo brasileiro e como isso influi na questão do coronavirus

1.1) Uma qualidade de meu povo é indiscutivelmente o asseio. Até onde sei não há povo que se preocupe tanto com a higiene quanto o brasileiro. 

1.2) O hábito de comermos com guardanapo essas comidas de lanchonete, enquanto os demais povos comem com as mãos, já demonstra essa preocupação. Às vezes, isso chega a ser uma obsessão, a ponto de ser uma porta para neuroses. E num cenário de pandemia, isso pode ser fatal, pois é a porta de entrada para a tirania, como de fato está ocorrendo.

2) Um defeito marcante de meu povo é o desprezo pelo conhecimento. Se o amor pelo saber fosse combinado pelo amor ao asseio, o Brasil indiscutivelmente seria uma excelente civilização, a ponto de combinar o legado cultural indígena do asseio, que é próprio do corpo, aos cuidados da alma, através do amor pelos livros, uma das marcas da civilização européia. E isso criaria uma civilização sui generis, como a japonesa.

3) O desprezo pelo conhecimento, aliado à obsessão pelo asseio - coisa que foi fomentada pelas políticas higienistas da República Velha - fez com que as pessoas se preocupassem apenas com os aspectos aparentes da alma humana. Um bom escritor, se for capaz de remover esse verniz de conservantismo pretensamente civilizatório, de tradição inventada, verá que nada sobra. 

4) A grande verdade é que o culto ao asseio por si mesmo não é capaz de formar uma grande civilização. Ele precisa de um complemento de modo que isso torne a civilização ainda mais refinada do já que é - e isso se dá através do amor pelo saber, a ponto de casar o europeu com o indígena. E o mestiço, o híbrido disso, não será um horror metafísico, tal como pensam os gregos antigos, mas uma verdadeira porta de entrada para a virtude, fundada no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de maio de 2020.

Introdução ao estudo da biblioteconomia

1) A biblioteconomia combina o conhecimento de duas disciplinas: a economia e a arte de ser bibliotecário.

2) Sobre a arte de ser bibliotecário, você deve compreender a natureza de uma biblioteca, enquanto celeiro. E o modelo para compreendê-la está em estudarmos a Grande Biblioteca de Alexandria no Egito, assim como o Egito enquanto celeiro do mundo, enquanto dádiva do Nilo.

3.1) A economia lida com informações, no tocante à produção e consumo dos bens da vida. É uma ciência acessória à política e à justiça, que não deve ser confundida nem com a plutologia, nem com a crematística.

3.2) Dos bens da vida, o livro é tão vital para a civilização que ele merece um estudo particularizado, uma vez que conhecimento é poder. Trata-se de um alimento para a vida intelectual, uma das necessidades da alma.

4) De nada adianta uma economia organizada na informação ou uma ciência auxiliar voltada para a difusão dessa informação  sem a bibliofilia, sem o amor pelos livros. E o amor pelos livros deriva do amor pelo conhecimento.

5.1) Antes de digitalizar ebooks e vender livros físicos, eu comecei colecionando livros. Sempre gostei de conhecimento, sobretudo conhecimento histórico - desde os 14 anos eu monto a minha biblioteca. 

5.2.1) Se você quiser melhorar a cultura de um povo, você deve ensinar seus filhos desde o berço a terem amor pelos livros, a ponto de bem cuidarem deles.

5.2.2) Da mesma forma como repreendemos nossos filhos quando eles desperdiçam alimento, devemos repreendê-los quando eles não dão o devido valor a um livro cujo conteúdo é inestimável para uma civilização inteira, a ponto de este perecer por conta da falta de cuidado. Afinal, o livro é o alimento da alma e este alimento igualmente não deve ser desperdiçado, a ponto de ser um pecado contra o Espírito Santo, contra a missão que recebemos do Crucificado de Ourique de modo a servir a Ele em terras distantes, de modo a propagar a fé cristã. E o que mata a alma por inanição não é passível de perdão.

José Octavio Dettmann

terça-feira, 19 de maio de 2020

Considerações sobre a semana de trabalho fundada numa ordem social pautada no crédito social

1) Uma semana tem 7 dias. 

2) Tirando o domingo, que é o dia do descanso, os demais dias são de trabalho. A jornada semanal é de 48 horas semanais - a pessoa trabalha 8 horas por dia e tem uma hora de almoço. 

3) Se a pessoa trabalha 48 horas em 6 dias, então tem direito a folgar por 48 horas. Dessa forma o ritmo de trabalho na sociedade é movido pela trindade.

4) As folgas podem ser acumuladas e convertidas em férias ou mesmo licenças, por conta da relação de crédito e débito. 

5) Duas são as maneiras de se obter um ano sabático: trabalhando 7 anos para um mesmo empregador ou convertendo 12 meses de férias acumuladas através da poupança.

6.1) O uso das folgas acumuladas do banco atenderá a este binômio: a necessidade da empresa do serviço desse empregado específico e o bem-estar desse trabalhador em particular. 

6.2) É mais sensato que o empregador e o empregado entrem num acordo de modo que a relação seja a mais harmônica possível. Esta é a melhor justiça do trabalho que pode ser feita, fundada na concórdia entre as classes.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de maio de 2020.

Por que a teoria do crédito social surgiu da disciplina nas penitenciárias?

1) O sistema de fazer o preso trabalhar e estudar por três dias de modo a ter um dia a menos de pena na cadeia estimula a disciplina. E com a disciplina a pessoa aprende a servir os outros e a seguir o caminho das honras, deixando assim o crime.

2) Através da disciplina, a pessoa consegue estabelecer uma poupança. E com essa poupança, ela vai organizando uma economia própria, a ponto de ser empregador e ter colaboradores na sua empresa.

3.1) Esta idéia da disciplina das penitenciárias - instituto este criado pela Santa Madre Igreja de modo a corrigir os pecadores que cometem crimes - pode ser estendida a toda a sociedade, pois muitas pessoas não dão o devido valor ao trabalho, enquanto pena, enquanto sacrifício pessoal visando o melhor de uma nação inteira. 

3.2) Por conta da visão de mundo muito socialista, enraizada na consciência das pessoas há muitas décadas, muitos inventam maneiras de faltar ao trabalho, a sair mais cedo do trabalho, a dar desfalque na empresa, a ponto de até mesmo buscarem um meio de acabar com a empresa na justiça do Trabalho, através da cultura do jeitinho, de se querer ter vantagem em tudo. Como diz o professor Olavo, a consciência média das pessoas está voltada para o crime - e a melhor forma de combatê-la é introduzindo um mecanismo de disciplina social, através de um sistema de crédito e débito, a ponto de a honra e a lealdade serem estimuladas e premiadas.

4) O valor objetivo dessa honra é o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem - Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele deve ser imitado e visto em toda e qualquer pessoa. Quanto mais cristã for a sociedade, maior o senso de lealdade e de integração entre as pessoas, maior a disciplina social, a ponto de a mente não se voltar para o pecado, para o crime. 

5) Cristo não pode ser retirado da sociedade sob pena de isso ser servido com fins vazios, a ponto de um grupo de animais que mentem ter controle sobre tudo e sobre todos. Por isso, o combate ao comunismo é fundamental, pois a eterna vigilância garante a liberdade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de maio de 2020.

Dos direitos previdenciários que podem ser adquiridos em razão da relação de crédito e débito havida nas relações de trabalho

1) Se as folgas podem ser convertidas em férias, e estas num período sabático, então elas também podem ser perfeitamente usadas para se adquirir um auxílio-doença e outros direitos previdenciários.

2.1) Se houver necessidade, o empregado deve usar os créditos que tem com o empregador de modo a se recuperar da doença. Esses créditos podem ser usados emergencialmente ou preventivamente, pois nunca se sabe quando uma pessoa saudável vai perder sua capacidade laborativa em razão de uma doença ou mesmo de um acidente.

2.2) Licenças como gala ou nojo podem ser adquiridas a partir dessas folgas acumuladas. Um empregado disciplinado e produtivo deve fazer uma poupança desses dias dias de modo a usá-los, quando mais precisar.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de maio de 2020.