Pesquisar este blog

terça-feira, 19 de janeiro de 2021

Notas sobre os quatro celeiros ou notas sobre os graus de humildade e da soberba econômica

1) O controle dos celeiros, das bibliotecas e dos bancos fez com que o poder fosse deslocado da base, que é o povo, para o topo da pirâmide, que é o faraó. Quanto mais o faraó fosse rico no amor de si até o desprezo de Deus, mais soberbo ele se tornava. A concentração de celeiros, bancos e bibliotecas permite ver os graus de soberba de uma classe governante: quanto mais cheia de si ela se tornava, mais ociosa ela se tornava. Portanto, ela se tornava ilegítima.

2) O controle do processo produtivo é o único que não admite um planejamento central, visto que é preciso conhecimento das circunstâncias locais para se gerenciar o reaproveitamento das sobras de material, evitando assim o desperdício e garantindo assim a eficiência. Quando mais democratizado for esse processo produtivo, quanto mais colaborativas forem as relações de produção, maior a necessidade de uma reciclagem das sobras de material, de modo a se combater o desperdício e por tabela a corrupção. E é da democratização do processo produtivo que a reciclagem tonou-se uma cultura e um estilo de vida, a ponto de se gerar os graus de humildade necessários que podem reverter o processo de centralização do poder.

3) Se as pessoas produzem energia, alimento, conhecimento e fazem uma poupança, a tendência é que isso acabe gerando um imposto de renda negativo. E isso fará com que o tamanho do Estado se reduza a tal ponto que conduza a classe governante a voltar para a realidade, de tal modo que a elite veja no povo um espelho de seu próprio eu, restaurando o senso de nobreza. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de janeiro de 2021 (data da postagem atualizada).

Postagem Relacionada:

https://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2021/01/da-funcao-do-armazem-na-industria-e-no.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário