1) A definição de Kant é simetricamente oposta à definição aristotélica.
2.1) O homem, como animal que erra, esteve uma vez separado da justiça e da lei natural, a qual remonta a Deus.
2.2) Mas como Deus criou o homem à sua imagem e semelhança, a natureza mesma fez com que o homem não esquecesse o seu Criador, uma vez que ela religou o homem à idéia de Deus, de conformidade com o Todo que vem de Deus.
2.3.1) Com o tempo, todo um caminho precisou ser pavimentado até que o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem viesse a nós na forma de criança e estabelecesse uma nova antropologia.
2.3.2) Sendo Cristo igual a nós em tudo, menos no pecado, ele se tornou o modelo pelo qual devemos imitar a Deus, quando assume a forma humana, se quisermos ser humanos melhores ou santos. Por isso mesmo, Cristo é tanto rosto divino no homem quanto rosto humano de Deus. Eis a Cristologia enquanto antropologia aperfeiçoada.
3.1) O homem como animal que mente vive em conformidade com o nada que vem da serpente, que incutiu na mente do primeiro casal de que seríamos deuses, se comêssemos do fruto proibido. Para os filhos da serpente, o mau é bom e e o feio é belo.
3.2.1) Quando se erra, uma vontade, fundada no amor de si até o desprezo de Deus, reprime o sentimento de arrependimento.
3.2.2) Essa vontade, fundada no orgulho, é o motor para se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, pois nela o homem, e não Deus se torna a medida de todas as coisas. Quanto mais divinizado o homem, quanto mais humanista é uma filosofia, mais revolucionária ela se torna, por conta de estar conservando coisas convenientes e dissociadas da verdade.
3.2.3) Sem Deus, o homem que se basta é a medida do anti-humano, uma verdadeira pseudociência antropológica. Ela é um verdadeiro horror metafísico. Por isso mesmo, Kant é o definidor do anticristo, pois o homem como animal que mente é servo do pai da mentira, que é o diabo.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 05 de janeiro de 2021.
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