Pesquisar este blog

quinta-feira, 26 de março de 2020

Notas sobre a Política dos Estados de nosso tempo, comparada com a da época de Campos Sales, que resultou no café-com-leite

1.1) No tempo de Campos Sales, a Política dos Governadores (também chamada de Política dos Estados e que mais tarde serviu de base para a política do café-com-leite) era feita da seguinte forma: o interesse da União era definido pela forma como pensavam os Estados.

1.2) Era conciliando o interesse de todas as oligarquias que, unidas, elas ferravam com o Brasil. Assim, com as oligarquias satisfeitas, o presidente podia desmandar, agir como um tirano absolutista, mais do que na própria monarquia - que havia sido banida, por ser considerada um "atraso".

2.1) Hoje, nós temos o contrário disso, pois todos os governadores estaduais estão trabalhando contra a União e contra os interesses da população, a ponto de desservir ao bem comum. Os governadores se tornaram de fato presidentes estaduais e estão desobedecendo à Constituição e agindo como se fossem apátridas.

2.2) Como são todos comunistas, não se pode negociar nem conciliar o interesse dessa gente, que é fora da realidade, visto que não deixam as pessoas prosperarem nem progredirem.

3) O que vemos hoje é a política do "leite estragado", capitaneada por Doria e Witzel, pelo eixo Rio-São Paulo.

4.1) Tanto a velha política quanto a nova política dos estados é movida pela ambição estúpida, por gente cheia de se si até o desprezo de Deus, a ponto de dizer que devemos chamar um dia essas pessoas de "Suas Majestades, os presidentes do Brasil Doria e Witzel". 
 
4.2) Definitivamente, esse império precisa vir abaixo, tal como na época do bota-abaixo do prefeito Pereira Passos, que modernizou a cidade do Rio de Janeiro, então capital do meu país.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de março de 2020.

Notas sobre Bolsonaro, enquanto descompasso entre a sinceridade e falta de autoridade, enquanto falta de santidade

1) De que adianta a autenticidade, de que adianta falar a linguagem do povão, se você não guarda os mandamentos de Deus?

2) O Brasil de hoje é uma comunidade imaginada pela maçonaria - ele foi concebido a partir da mentirosa alegação de que Portugal era explorador, de que a Igreja Católica era má e de que a monarquia era um atraso de vida. E o povo aculturado que temos é resultado de toda uma política pública voltada para nos tornar alheios da nossa origem portuguesa e da missão de servir a Cristo em terras distantes. E o Bolsonaro é a personificação dessas coisas - ele espelha o que há de pior no povo, neste ponto. É um produto da maçonaria republicana que nos domina há mais de 130 anos.

3.1) Se independência pressupõe não-sujeição, então que não nos submetamos ao domínio dos maçons e dos comunistas, mas ao verdadeiro Deus e verdadeiro Homem que nos mandou que servíssemos a Ele em terras distantes.

3.2) A verdadeira independência do Brasil está naquilo que foi estabelecido em Ourique, pois nascemos livres em Cristo, por Cristo e para Cristo. Que o Brasil volte a ser o Império que foi criado para Cristo em Ourique.

3.3.1) Não espere do Bolsonaro essa independência, pois ele não tem a imaginação moral necessária para saber o que isso significa.

3.3.2) Isso pressupõe que ele rompa com a maçonaria, com o passado militar e com a esposa herege - e eu duvido que ele abra mão dessas coisas que ele conserva de conveniente e dissociado da verdade.

3.3.3) A verdadeira revolução pede que se rompa com a maçonaria. Como ele, Bolsonaro, é inexoravelmente ligado a essa gente, então não há independência, visto que estamos sujeitos ao império de domínio destes animais que mentem em nome da verdade, nem que façam disso sua liberdade, sua igualdade, sua fraternidade, ainda que isso custe a morte. Então, que essa gente, esses maçons, morram, pois é isso o que eles merecem - eles traíram a Cristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de março de 2020.

Quando se trata de casar ciência com literatura, então toda ficção deve ser tratada como realidade especulada, mas sem exageros

1.1) Estou desenvolvendo uma nova técnica de escrever histórias: escrevo uma nota de diário e uma continuação dessa história no próprio corpo de texto. 
 
1.2) Se as histórias têm ligação, fundo os artigos a ponto de virarem uma coisa só; se se desdobrarem numa outra história paralela, elas viram outro artigo, a ponto de comporem um outro capítulo da história. É como escrever novela - e para isso, eu preciso escrever diariamente.

2.1) Se tivesse que escrever ficção, eu precisaria fazer com que a história tenha algum fundamento em alguma história que vivi ou que tomei de empréstimo, a ponto de querer ter vivido essa experiência, se minhas circunstâncias fossem favoráveis.

2.2.1) Mesmo que minha circunstância de vida não me permita viver certas coisas, ao menos posso especular sobre isso - e a especulação já me dá uma imagem mais ou menos pálida do que poderia ser se essa experiência fosse real, embora isto não substitua a experiência real, plenamente vivida.

2.2.2) Talvez eu esteja enganado - e não me incomodo de meu depoimento, que é provisório para estes casos, ser substituído pelo depoimento de alguém que viveu realmente estas experiências que examinei ao menos do ponto de vista especulativo.

3.1) Do ponto de vista literário, é assim que faz ciência.

3.2.1) Quando se parte do que se sabe para o que não se sabe, primeiro especulamos sobre certas coisas que gostaríamos de ter vivenciado, mas que não nos foram possíveis.

3.2.2) O que foi refletido fica sujeito à confirmação de uma segunda testemunha, que realmente passou por essas experiências. Ela poderá falar com mais propriedade se isso que falo faz sentido ou não.

3.2.3) Esse segundo testemunho confirmará o que digo do ponto de vista especulativo, a ponto de a ficção ser chamada também de realismo especulado ou possível. Quando casamos ciência com literatura, nós adotamos este expediente.

4.1) Tudo o que falei sobre nacionismo, eu falei do ponto de vista especulativo. Faltou-me o critério da verificação - eu nunca estive no exterior realmente para saber se o que falei fazia sentido ou não. As circunstâncias não me foram favoráveis: nunca tive dinheiro para viajar - e nos tempos em que vivo, está muito perigoso fazê-lo, visto que a Europa está cheia de muçulmanos - e eles são a negação do experimento em pessoa.

4.2.1) Se alguém me suceder na experiência a ponto de viver num tempo em que o Cristianismo esteja vivo e forte novamente, numa Europa livre dessa ameaça maometana, então essa pessoa poderá falar com mais propriedade sobre aquilo que falei e que só pude traçar uma idéia geral, um pequeno esboço, pois meu depoimento não passa de uma pálida idéia, de uma situação provisória - o que fará desta ciência uma tradição intelectual.

4.2.2) Como nada substitui a experiência real, então somente uma pessoa que tenha realmente vivido a experiência de tomar vários países como um mesmo lar em Cristo pode falar com mais propriedade sobre o que falei ao menos no campo teórico, uma vez que a prática aperfeiçoa a teoria. Não me incomodo de nesta primeira geração eu ser apenas um mero teórico - gostaria de ter podido viajar, mas estes tempos, confesso, são muito perigosos.

4.2.3) Melhor que isso fique para outro momento, para uma outra geração ou para um contemporâneo meu que tenha condições de fazê-lo. Se aperfeiçoarem o que digo, eu fico satisfeito, uma vez que cumpri o que me propus a fazer, em Cristo Jesus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de março de 2020 (data da postagem original).

Notas sobre a relação entre eleições, candidatura, autoridade e santidade

1) Quando você vai eleger um político, você vai dar autoridade a alguém. Se a verdade é fundamento da liberdade, então a autoridade, em Deus fundada, aperfeiçoa a liberdade.

2.1) Antes de se dar poder a alguém, o candidato precisa ser no mínimo santo.

2.2) Ele precisa ser santo na vida privada e santo na vida profissional - e precisa ter percorrido todo um caminho de honras com santidade, antes de ser agraciado com o cargo. Se o sujeito almeja ser deputado estadual, ele precisa no mínimo ter sido um bom vereador, por exemplo.

2.3.1) Afinal, a palavra "candidatura" vem de "candura", que é algo relativo aos anjos, os santos mensageiros de Deus.

2.3.2) Num governo de representação, o político é o porta-voz do povo. Considerando que a política foi descristianizada, então não faz sentido falar em candidatura, já que ninguém almeja a santidade - e isso fará a autoridade ser servida com fins vazios, o que levará tudo à anarquia.

3.1) Eis as impurezas do branco, já que os símbolos foram servidos com fins vazios, a ponto de serem flatus vocis.

3.2.1) Se você vissem essas coisas, se vocês tivessem inteligência para compreender essas coisas, vocês jamais votariam em alguém sem antes apurar se o sujeito tem no mínimo bons antecedentes criminais ou se ele não tem histórico de uma vida privada escandalosa, como ser divorciado ou  viver em adultério com alguém. 

3.2.2) Afinal, a santidade é a base da autoridade - quanto mais amigo de Deus for um político, mais liberdade entre nós, que amamos e rejeitamos as mesmas coisas tendo Cristo fundamento, haverá.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de março de 2020.

Que lição podemos tirar deste quadriênio (2018 a 2022)?

1) Nunca eleja um positivista para se combater um comunista, pois o positivista é tão revolucionário quanto um comunista.

2) Você não resolverá o problema da mentalidade revolucionária trocando isto por aquilo. O que haverá é quiproquó - a marcha revolucionária continuará, pois os conservantistas prepararão o caminho para os comunistas fazerem um mal ainda pior.

3) É do sucesso da liberdade servida com fins vazios que muitos defendem a radicalidade de tal processo. E isto tem causa quando se conserva o que é conveniente e dissociado da verdade.

4.1) Maior exemplo de conservantismo que há é não fazer o Estado se sujeitar aos ensinamentos da Santa Madre Igreja.

4.2) Se a Igreja de Cristo é a mestra na verdade, como o Estado pode dizer o direito, dizer o certo e o errado, se ele não está escorado na verdade, na sã doutrina da Igreja? Isso não faz sentido!

4.3.1) Que me perdoem os eleitores de Bolsonaro, eu mesmo fui um deles, mas conservadorismo sério só haverá quando isto realmente acontecer. E nós precisamos imitar lideranças católicas como o presidente Duda da Polônia, este sim católico.

4.3.2) Prefiro ter como presidente um capacho de Kaczyński e que é realmente temente a Deus a ter alguém que, para se eleger, faz campanha em loja maçônica, a ponto de fazer literalmente o diabo para ganhar esta eleição. Isso para não falar que Bolsonaro é divorciado e vive em união adúltera com a atual esposa, que é protestante (portanto, herege).

4.3.3) Como um sujeito com esse histórico pode ser um grande líder com um histórico desse? Deus quer santidade - o político precisa ser exemplar tanto na política quanto na vida privada. Ele precisa ser mais santo do que um sapo, já que é um anfíbio, pois tem vida dupla - e nas duas precisa ser santo.

4.3.4) De nada adianta ele ser honesto na vida pública, a ponto de não ter nenhum caso de corrupção contra ele, se ele foi desonesto na vida privada, a ponto de cometer adultério, divorciar-se da mãe de seus filhos e viver em união adúltera com uma mulher que tem a mesma idade de seus filhos. E mais grave do que isso: como pode um homem com um histórico desse, cheio de pecados graves, ter a pretensão de consagrar o pais ao Sagrado Coração de Jesus? Você precisa de alguém com histórico de santidade, pois do contrário isso será servido com fins vazios, o que será uma grave ofensa a Cristo.

4.3.5) Se a estratégia da consagração se tornou parte do salvacionismo imanente, então é um sintoma claro de que as pessoas perderam literalmente o senso das proporções. Eis o sinal de que vamos amargar tempos muitos ruins daqui pra frente. Esta é que é a verdade!

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de março de 2020.

quarta-feira, 25 de março de 2020

Notas sobre o choque dos impérios chinês e ouriqueano ou a grande batalha sobre o verdadeiro sentido da grande unidade

1) Guildas, feitorias e latifúndios, enquanto institutos que contribuem de modo a se construir toda uma infra-estrutura política e social de uma civilização, devem ser pensados numa grande unidade.

2) Essa grande unidade deve ser fomentada não para se dominar outros povos, mas para servir a Cristo em terras distantes. Esta é a grande diferença que separa o Império Chinês do império desejado por Cristo em Ourique.

3.1) Estes são os dois grandes impérios que certamente entrarão em choque.

3.2) Por enquanto, o Brasil está adormecido, desconhecedor de sua verdadeira história. Rejeitou Portugal e agora está rejeitando a verdadeira fé, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.3.1) Não creio que um milagre salve o Brasil por conta de todo esse consevantismo acumulado desde a odiosa secessão havida em 1822, indevidamente chamada de "independência". Para se fazer frente ao imperialismo chinês, você vai precisar revitalizar o verdadeiro Império que foi estabelecido para Cristo a partir do milagre de Ourique. E isso implica lutar contra a maçonaria - justamente a maçonaria que está gravitando em torno do Bolsonarismo e que o povo é incapaz de enxergar.

3.3.2) Se essa força nefasta for eliminada, o processo de concórdia entre as classes é iniciado de tal modo que todos amem e rejeitem as mesmas tendo por Cristo fundamento, na conformidade com o Todo que vem de Deus, uma vez que a amizade no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, aquele constrói e destrói impérios, é a base da sociedade política. E naturalmente um clero realmente católico, realmente revestido de Cristo, governará a Igreja de maneira legítima, favorecendo com que a monarquia se concentre no governo civil e integre a todos de modo que a Santa Religião seja promovida em toda a terra. Sem isso, tudo não passará de falsidade.

3.3.3) A nossa luta é espiritual e tem impacto temporal. Ela pede estudo do Brasil verdadeiro, fundado em Ourique. Contra a grande unidade fundada no domínio, pensada na ambição de um homem ou de um partido, que se promova a grande unidade fundada no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem! Sirvamos a Cristo em terras distantes - esta é a verdadeira batalha que realmente importa!

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de março de 2020.

Comentários ao meu artigo de hoje

1.1) Para entender os primórdios da ZPE, quatro institutos devem ser pensados numa grande unidade: o latifúndio romano; a guilda medieval; a feitoria portuguesa (que na verdade é fenícia e que foi muito usada pelos romanos nas suas políticas clientelistas) e o engenho de cana-de-açúcar, enquanto conquista tecnológica decorrente das políticas de sigilo adotadas pelos portugueses e muito bem descritas nas obras de Jaime Cortesão.

1.2.1) Há algum tempo, eu escrevi um texto comentando a integração dos primeiros três institutos feitoria, guilda e latifúndio.

1.2.2) Esses três institutos integrados ajudaram no desenvolvimento da civilização européia cristã e pós-clássica, enquanto o engenho é um instituto que foi desenvolvido em Portugal no além-mar, a ponto de integrar o Velho Mundo ao Novo. Não gosto de usar o termo "medieval", visto que a sociedade que decorreu da queda da Roma dos Césares faz parte da chamada Antigüidade Tardia, cujo esplendor se perdeu por conta do renascimento do paganismo, que é o que caracteriza o modernismo enquanto heresia.

2) Os quatro institutos pensados em unidade levaram ao desenvolvimento de uma economia global pautada no protecionismo educador, feita de tal maneira a integrar os povos recém-descobertos à cristandade e a servirem a Cristo em terras distantes. Desta forma Portugal se tornou um império de cultura, não um império de domínio, como pretende ser a China.

3) Esse império foi jogado fora, sob a mentirosa alegação de que éramos colônia de Portugal. Agora, durma-se com um barulho desses!

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de março de 2020.