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terça-feira, 17 de dezembro de 2019

Notas sobre ensino e capitalização moral

1) Um dia vou estudar estas disciplinas de maneira integrada: economia, administração, sociologia, antropologia e biblioteconomia

2) Vou estudando o que me interessa e vou juntando as coisas de modo que elas se integrem na minha alma. E uma vez este conhecimento integrado à minha alma, ao meu jeito de ser, eu poderei passá-lo adiante, uma vez que meu exemplo e minha experiência de vida servirão de modelo para os que estão ao meu redor possam imitá-lo e segui-lo. Eu preciso estar revestido de Cristo de modo que todos possam amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento - assim, o ensinamento nunca será esquecido.

3) Este é o verdadeiro fundamento da transmissão do conhecimento: um encontro permanente, fundado na amizade com o saber, para com a verdade - enquanto for vivo e virtuoso, os que aprendem comigo podem se encontrar comigo de modo a aprenderem sobre coisas novas que eu sei ou passar o que sabem para mim de modo a aprender mais coisas sobre a realidade. O ensino, neste aspecto, é um mercado moral - enquanto a verdade for o fundamento da liberdade, ele sempre conservará sua finalidade produtiva, a ponto de haver ganhos sobre a incerteza por conta disso.

4) A educação de hoje em dia não passa de um teatro - depois que a aula termina, cada um vai para o seu lado, uma vez que nela exerço meu papel social de professor, onde finjo que ensino, e os alunos cumprem seu papel social de aluno, onde fingem que aprendem. Isso é fazer com que o encontro seja voltado para o nada - trata-se de um encontro onde os animais que mentem se encontram, a ponto de um asno afagar o ego de outro asno sistematicamente.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2019.

Notas sobre digitalização e uma importante lição do cristianismo

1) Os que não querem ter trabalho vão dizer que digitalização é perda de tempo; quem vive a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, no entanto, sabe que é preciso perder a vida para se ganhar a vida eterna.

2.1) Quem perde a vida se dedicando à digitalização está se santificando através do trabalho de modo a santificar não só a própria inteligência mas também a de muitos. Se a digitalização for feita de maneira artesanal, tal como eu faço, em um ano você faz três livros, se você for muito tarimbado. Em 10 anos, você faz em torno de 30 livros.

2.2) O tempo a ser gasto num livro varia muito: depende das condições do material, do número de páginas do projeto e se ele não é um livro de bolso (livros de bolso são mais difíceis de trabalhar, digo por experiência própria). Se você digitaliza pelo menos 70 páginas por mês, você é capaz de digitalizar um livro de 200 páginas em pelo menos 3 meses. Se o livro for bom, ele produzirá muitos frutos.

3) Eu posso dizer que digitalização é uma espécie de agricultura - trata-se de cultivar os campos da alma, onde a própria palavra, além de arado, é também espada em tempos de crise. Se você dedica sua vida a ser jardineiro deste paraíso que se perdeu por conta do conservantismo alheio, então a vida eterna será ganha por meio deste trabalho. É ganho sobre a incerteza, principalmente nestes momentos decisivos da História do Brasil

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de dezembro de 2019.

domingo, 15 de dezembro de 2019

Olavismo, conservantismo e a questão da mentalidade revolucionária no Brasil - panoramas do atual cenário histórico e cultural em que estamos metidos desde o ato de apatria de 1822.

1) Há quem diga que nem a constituição, nem a vontade popular, nem o bem comum têm qualquer sentido no Brasil de hoje, uma vez que reina nesta república maçônica a guerra das gangues ideológicas, as guerras de facção. Nela, os organismos burocráticos são apenas um poder moderador precário, que regula as coisas de modo que a guerra não passe para as vias de fato, a ponto de ficar restrita apenas à política e à cultura.

2.1) Este estado de coisas começou a existir a partir do momento em que Bonifácio inventou o argumento de que éramos colônia de Portugal - a justificação de todo esse falso poder que levou à independência do Brasil.

2.2) Desde que o Brasil se separou de Portugal, o país passou a ser concebido como uma comunidade imaginada e planejada pela maçonaria, destinada a ser o império dos impérios do mundo a ponto de servir como laboratório de experimento para experiências revolucionárias, o que antecipou o socialismo científico de Marx décadas antes de ele haver formulado isso em sua obra.

2.3) Nessas comunidades imaginadas pela maçonaria, onde a utopia revolucionária tem seu lugar na realidade fundada no que se conserva de conveniente e dissociada da verdade, o povo é gado, é embrutecido e é selvagem. Basta vermos como é a Bolívia, enquanto comunidade imaginada por Bolívar - ela é antessala daquilo que é a Pátria Grande, onde Pachamama é o Deus-Rei dessa terra.

3.1) O segredo para reverter este estado de coisas é estudarmos a História de Portugal com o intuito de melhor compreender o Brasil. Esta dica foi dada pelo professor Loryel Rocha.

3.2.1) É um erro pensar Bonifácio como pai fundador de alguma coisa, a não ser de uma grande mentira.

3.2.2) Por conta disso, o olavismo está nos colocando numa pista falsa. Por isso que digo que o horizonte de consciência do olavismo está equivocado, a ponto de fomentar má consciência em muitos e gerar um conservantismo sistemático. Eles estão à esquerda do Pai, ainda que se digam de direita, nominalmente falando.

3.2.3) Os founding fathers americanos também não são santos. Eles por muito tempo ajudaram a causa jacobina, o que fomentou uma revolução anticatólica e regicida na França, a qual desaguou no Brasil 100 anos depois. Recentemente fui marcado numa postagem que cita um livro nessa direção. Eu não tenho o livro, mas pretendo importá-lo dos EUA, assim que eu possa.

4.1) Eis a ironia da História: quando Bonifácio disse que éramos colônia de Portugal, isso abriu uma porta onde nosso imaginário passou a ser colonizado por qualquer potência que foi aos mares em busca de si mesma, a ponto de fazer da riqueza sinal de salvação e piratear o que os outros produzem em prol desse verdadeiro bem comum que é a cristandade. Da heresia de Henrique VIII surgiu esse horror metafísico, político e jurídico chamado Estados Unidos da América. Enquanto a maçonaria faz a América, a maçonaria daqui afunda o Brasil, criando uma verdadeira técnica das tesouras que não é observada, por conta da cegueira ideológica conservantista, uma cegueira escolhida.

4.2.1) Por isso que digo que não sou a favor dos vermelhos, nem dos verde-amarelos - sou ouriqueano, pois defendo o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, o Império que foi criado para que o nome de Cristo fosse propagado em terras distantes, para propagar a fé fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus (a fé católica).

4.2.2) Esta é a verdadeira realidade que defendo, posto que aponta para a realeza de Cristo, enquanto todas as demais não passam de embuste, porque não estudam toda a História, o que implica tomar Portugal e Brasil como um mesmo lar em Cristo, em razão da missão recebida.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de dezembro de 2019.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2019

Sobre o papel das comunidades reveladas na economia da comunhão - o caso do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves

1) Na economia voltada para a salvação do homem do pecado, as comunidades reveladas são ofertadas por Deus e seu trabalho tem sua razão de ser fundada na missão de servir a Cristo em terras distantes. 
 
2) Estas comunidades vão se expandindo conforme vai se demandando o conhecimento da palavra de Deus, a ponto de o Santo Nome do Senhor ser publicado em terras distantes.

3.1) Um país será tomado como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo enquanto o interesse nacional estiver casado com o interesse universal, fundado no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem.

3.2) Todo habitante desta terra será marcado pelo signo da santa cruz e todo trabalho visando a glorificar este estado de coisas é uma forma de santificação através do trabalho, seja extraindo pau-brasil, seja escrevendo livros a ponto de destilar isto em uma teoria política ou histórica, a ponto de outros povos imitarem Portugal neste aspecto e assim expandirem seus mundos sem piratear as riquezas criadas para se promover a Glória de Deus e de toda a Cristandade, este bem comum que deve ser preservado e promovido.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de dezembro de 2019.

quarta-feira, 11 de dezembro de 2019

Ser perfeito como Deus é perfeito - notas sobre a importância disso

1) Ser perfeito como Deus é perfeito. Isso é possível se amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. E isso só é possível imitando-O.

2) Se catolicismo é compromisso com a excelência, então esse comportamento pode ser exigido se alguém quiser ter compromisso com você.

3) O melhor evangelho que conheço é o de medir as coisas tendo o melhor e mais perfeito modelo como fundamento. Se o verdadeiro Deus e verdadeiro homem é a medida de todas as coisas, então que as pessoas façam o que deve ser feito tendo por Ele fundamento. Se a pessoa pecou, que se confesse - e os pecados serão perdoados.

4) Os mandamentos de Deus são exigentes - se fossem observados, não haveria esta sociedade liberal e este relativismo moral em que estamos metidos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 2019.

Qual será minha postura no meu próximo namoro?

1) Vou ter que adotar a seguinte postura desta vez: se alguma mulher me pedir em namoro ou disser que sou o homem de sua vida, que me prove ser minha amiga antes, a ponto de amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, que é a razão pela qual pauto minhas relações sociais.

2) Dentre minhas amigas, ela precisa ser a melhor delas, a primeira dentre os meus pares, a ponto de ser chamada de princesa por mim. Se não for nada disso, é melhor nem começar a se envolver comigo, a ponto de me ter como marido.

3) Antes eu não era exigente com essas coisas: agora vou ficar. A palavra não deve ser servida vazia, Se ela quiser meu afeto, que faça gestos concretos neste sentido.

4) É melhor ficar para a tia do que casar com alguém e ver esse casamento ruir depois. Casamento é algo sagrado - e ele começa a ser construído num namoro onde a palavra dada não é servida de forma vazia.

5) Sempre fui exigente, pois gosto das coisas feitas do modo mais correto possível. E vou exigir que meus relacionamentos se dêem dessa forma. Se você não andar na linha, te boto pra fora - simples assim. Ninguém vai me fazer de palhaço nunca mais.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 2019.

Notas sobre a Era das Grandes Navegações Virtuais - notas fundadas na minha experiência pessoal

1) Quando você organiza uma atividade intelectual organizada - necessária à economia da salvação, a ponto de fazer as pessoas amarem e rejeitarem as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, ainda que elas estejam em terras distantes -, você é apenas uma gota no Mar Oceano da misericórdia, um mísero ponto neste mar nunca dantes navegado que é a rede social, que é uma rede ponto a ponto, peer to peer.

2) Se você mostra a outro ponto que Cristo é o caminho, a verdade e a vida, você começa a integrar este outro ponto a esta atividade organizada, a ponto de uma integração entre os pontos criar verdadeiros nós, verdadeiros laços de solidariedade onde a promessa é dívida e que ela deve ser honrada, uma vez que o organizador da atividade intelectual organizada está revestido de Cristo Jesus, verdadeiro Deus e verdadeiro Homem - e este verdadeiro Deus e verdadeiro Homem deve ser honrado, da mesma forma que o pai e a mãe.

3.1) Os verdadeiros relacionamentos produtivos são aqueles onde as pessoas honram suas promessas a ponto de remunerar o que se santifica através do trabalho intelectual organizado, de modo que ele tenha o direito de comer o pão de cada dia.

3.2.1) Quanto mais pontos criados, quanto mais nós são criados nessa rede, maior a capitalização moral fundada nesses laços de solidariedade, fundados naquilo que há de mais sagrado, de mais sólido.

3.2.1) Quando esses nós integrados migrarem do campo virtual para o campo real, uma comunidade fundada nesses laços de amizade é revelada, passando a exercer um papel real na sociedade, uma vez que é Igreja militante também.

4.1) Quando a liberdade é servida com fins, a impressão é que se tem é que cada um tem o direito de dizer o que bem entender, sem conseqüência alguma, a ponto de chamarem isso de "liberdade de expressão".

4.2.1) Se a pessoa faz uma promessa vã, ela gera um conflito de interesses que pode desaguar num processo judicial.

4.2.2) Como a justiça deste mundo não se sujeita aos ensinamentos da Santa Madre Igreja Católica, a lide não será resolvida de modo que os litigantes se reconciliem tendo por Cristo fundamento, uma vez que este é o verdadeiro fundamento da justiça, a ponto de ser tomada como uma relação produtiva. 

4.2.3) Se a verdade não existe, se Cristo não é visto no sofrimento de quem mais necessita da justiça, então ela é uma ilusão, a ponto de a definitividade do caso concreto, ainda que advindo de uma rede social, não passar apenas de um mero feito julgado, uma maçaroca de folhas de papel chamada de processo, a ponto de gerar uma crise social sem precedentes. E neste ponto, todos os membros do poder judiciário (todos os juízes, promotores, oficiais de justiça e técnicos judiciários) serão tomados como membros de uma classe ociosa, um verdadeiro exército que custará caro ao erário e não produzirá nada em troca, uma vez que não há verdade nem justiça a ser dita, a ponto de a arte de dizer o direito ser servida com fins vazios, a ponto de se reduzir ao mais puro ativismo judicial.

4.3.1) Eis aí os perigos que há neste mar tempestuoso fundado no relativismo moral.

4.3.2) Quem se santifica através do trabalho intelectual está sujeito a este tipo de intempérie, uma vez que viver nestes tempos é perigoso e o mar não está pra peixe. Mas, não obstante a todos estes perigos, o que se lança nestes mares por Cristo o faz sabendo que tudo vale a pena, quando a alma não é pequena. Basta ele não ser como a Espanha, que se lançou em mares pretéritos rica no amor de si até o desprezo de Deus.

4.3.3) Infelizmente, não é o que vemos na maioria das pessoas, principalmente nos youtubers, que fazem da monetização riqueza tomada como um sinal de salvação - eles terminarão naufragando, uma vez que este Mar da Misericórdia é caudaloso com os vaidosos, a ponto de terminarem seus dias à deriva e afogados por conta do mal que causam a si mesmos, quando fomentam má consciência nos outros, a ponto de criar uma cultura onde conservar o que é conveniente e dissociado da verdade é meritório, embora isso seja odioso.

4.3.4) A ética protestante e o espírito do capitalismo não são a melhor resposta que deve ser dada a estes tempos de crise - e este é o espírito deste tempo, que é uma pequena janela para a eternidade, esse todo que é a maior do que a soma de todas as épocas já passadas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 2019.