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sábado, 7 de dezembro de 2019

Notas sobre causas imediatas e verdadeiras na História

1) Quando estava no segundo grau, minha professora de História falava que deveríamos ver as causas imediatas e as verdadeiras, quando se trata da passagem de uma Era Histórica para outra.

2) Se tomarmos isso como verdade, as causas imediatas da passagem do mundo clássico para a Idade Média se deram com a queda de Roma. Mas as verdadeiras causas que deram início ao Ocidente Cristão se deram a partir do momento em que Santo Agostinho foi batizado em Milão por Santo Ambrósio. Foi em Milão que foi assinado o famoso edito que pôs fim à perseguição religiosa aos cristãos - e foi neste ponto que César, imitador do Faraó do Egito, deu seu lugar a Cristo, a ponto de seu vigário, o Papa, reinar neste lugar. Foi neste lugar que a Idade das Trevas deu lugar a uma idade luz que foi Idade Média, já que a vida venceu a morte.

3) Santo Agostinho lançou as sementes intelectuais onde germinaria o tomismo, o ápice intelectual e espiritual dessa época e de todas as épocas de ouro que virão fundadas no fato de povos e nações inteiras amarem e rejeitarem as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, na conformidade com o Todo que vem de Deus.

4) Este é o segredo para se compreender as coisas. Nem sempre o verdadeiro marco de passagem de uma época para outra está no consenso dos historiadores, mas naquelas personalidades que imitaram a Cristo e que agiram de modo que Jesus fosse o supremo juiz de toda a História. E a forma está na maneira como Santo Agostinho escreveu suas Confissões - a primeira autobiografia da História.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 7 de dezembro de 2019 (data da postagem original).

Notas cristológicas acerca da autoridade legítima

1) Se Cristo é Rei de uma nação, então a autoridade aperfeiçoa a liberdade de tal maneira que o bem comum gera um ambiente onde as pessoas se integram de tal forma a amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Ele fundamento, na conformidade com o Todo que vem de Deus. Como essa integração tem natureza produtiva, pois faz com que todos acabem prosperando materialmente e espiritualmente em razão da concórdia havida entre as classes profissionais, a ponto de todos tomarem o país como um lar em Cristo. Por conta disso, tributos são dados a essa pessoa, a esse verdadeiro Deus e verdadeiro Homem em razão do serviço prestado, o que é ganho sobre a incerteza, uma vez que a vida venceu a morte.

2.1) Quando tributos são dados ao Faraó, ao homem que se acha Deus, eles tendem a ter uma natureza improdutiva, que é própria da usura.

2.2) A classe governamental ilegítima tende a ser uma classe ociosa - ela não contribui em nada para o aprimoramento da sociedade política fundada na missão de servir a Cristo em terras distantes. Ela se preocupa com a sua própria prole, que herdará os contatos de seu pai, a ponto de fazer da política uma profissão, não uma vocação.

3.1) Os tributos podem ser dados na forma de trabalho (prestação in natura) ou na forma de moeda (dízimo).

3.2) Se eles são destinados ao verdadeiro Deus e verdadeiro homem, os que se santificam através do trabalho fazem as melhores coisas de modo a agradar a Deus - se eles se destacam na prestação desse serviço in natura, eles passam a ser tomados como os melhores da sociedade, a ponto de constituírem a nobreza, dado que serão os primeiros que derramarão seu sangue por Cristo, a exemplo dos mártires. E por conta disso, devem ser remunerados com os melhores produtos, já que imitaram a Cristo neste aspecto - eis a verdadeira elite.

3.3) Os tributos dados na forma de trabalho, se forem destinados a um Faraó, fazem com que a liberdade seja servida com fins vazios, o que leva à tirania. E da tirania vem a escravidão, a opressão. E neste ponto, é possível dizer que imposto é roubo - ele decorre da usura, da cobrança de algo que não pertence ao governante, uma vez que ele não imitou o verdadeiro Deus e verdadeiro homem naquilo que é próprio de um Rei.

José Octavio Dettmann

sexta-feira, 6 de dezembro de 2019

Do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves como comunidade revelada

1) O que é a Bolívia, senão a comunidade imaginada por Bolívar? Ou o Egito, enquanto comunidade imaginada pelos Faraós do Egito, que foi capaz de resistir ao teste do tempo, a ponto de ser chamada de civilização? Ou o Brasil pós-1822, que toma Bonifácio como pai fundador daquilo que é, na verdade, uma grande mentira: de que o Brasil foi colônia de Portugal?

2) Comunidades imaginadas, ainda que tenham resistido ao teste do tempo, não são nada. A verdadeira comunidade é revelada. Em Ourique, ela se revelou - com o tempo novas comunidades são reveladas, fundadas na missão de servir a Cristo em terras distantes, a ponto de se santificar através do trabalho não só na América, mas também na África, na Ásia e na Oceania - nos cinco continentes.

3) Não ousem abstrair, não ousem imaginar tendo por base o amor de si até o desprezo de Deus. Deixem que Deus conduza todo o processo. O verdadeiro Deus e verdadeiro Homem é que tem o condão de prometer, pois Ele foi igual a nós em tudo, exceto no pecado. Se vocês não imitam a Cristo, não prometam nada - apenas executem o que foi estabelecido. Afinal, vocês não são deuses, mas meros pecadores, tal como Bolívar, Bonifácio e o Faraó do Egito.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de dezembro de 2019 (data da postagem original).

Assim como não há monarquista sem estudo, não há nacionista e ouriqueano sem estudo das duas pontas da nossa História

1) Somos monarquistas porque somos portugueses, ainda que nascidos na América. Nós amamos e rejeitamos as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento - por conta de conservarmos a memória da dor que esse verdadeiro Deus e verdadeiro Homem sofreu na cruz, somos livres em Cristo, por Cristo e para Cristo, a ponto de servirmos a Ele em terras distantes - e nessas terras nos santificamos através do trabalho.

2) Por conhecermos estas verdades, decorridas do milagre de Ourique, é preciso nos opormos tenazmente à monarquia liberal, uma vez que ela pavimentou o caminho para esta república maçônica em que estamos metidos há mais de 130 anos. Se a monarquia liberal for contada como transição para esses 130 anos, são 197 anos de dominação maçônica (visto que a transição durou 67 anos).

3.1) Para se tomar o Brasil como um lar em Cristo, é preciso um sentido: e esse sentido vocês só encontram estudando o milagre de Ourique, não no ato de apatria de 1822, impropriamente chamado de Independência do Brasil e que rompeu com essa razão de ser.

3.2) O estudo das origens de Portugal é negado pela historiografia oficial. Por isso, temos que lutar contra estas coisas, uma vez que isso é lutar contra o mundo e contra o diabo (a carne, nós a presenciamos nesta pública rasteira que é praticada em Brasília, todo santo dia - uma política fisiológica e abjeta, cujo combate a ela já está em curso desde os grandes protestos que se iniciaram em 2013).

3.3) Assim como não há monarquista sem estudo, não há nacionista e ouriqueano sério sem estudo. Você precisa tomar as duas pontas como um mesmo lar em Cristo - o Mar Oceano, o antigo nome do Oceano Atlântico, não é muro de Berlim e não é o bastante para nos separar.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de dezembro de 2019.

Para além do argumento de que a monarquia é melhor, por ser mais estável do que a república

1) Quando o assunto é estabilidade, o mero argumento de que a monarquia é mais estável do que a república não é o bastante.

2) Dentre as monarquias européias, a mais estável de todas era a portuguesa - por sinal, a mais antiga delas todas. Ela foi fundada por Cristo, que escolheu D. Afonso Henriques para conduzir o povo português na missão de servir a Ele em terras distantes. Por isso ela tinha uma razão de ser sobrenatural, fundado no Cristo enquanto Rei e enquanto verdadeiro Deus e verdadeiro Homem.

3) Defender a monarquia implica necessariamente recuperar toda aquela tradição política e cultural que foi escamoteada pelo ato de apatria de 1822 e o regicídio de 1908 em Portugal, enquanto subproduto da revolução republicana que houve aqui no Brasil em 1889.

4) Defender a volta da monarquia e conservar as estruturas revolucionárias de 1822, baseadas na mentirosa alegação de que o Brasil foi colônia, é viver em conformidade com as idéias de José Bonifácio, que imaginou essa comunidade. E isso é conservantismo, pois isso nega Cristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de dezembro de 2019.

Como se funda um partido político?

1.1) Numa sociedade de massas, partidos políticos podem ser fundados por arranjos conservantistas, aos moldes oligarcas ou salvacionistas, aos moldes nacionalistas ou populistas.

1.2.1) O programa do partido, se estiver dissociado daquilo que se fundou em Ourique, não passa de uma constituição, da forma como foi pensada por Ferdinand Lassalle: uma folha de papel.

1.2.2) E por conta disso, a fisiologia nesses partidos impera, visto que não passam de clubes eleitorais onde o império da quantidade de votos impera, não os motivos determinantes fundados no fato de se amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, coisa que constitui o império dos votos qualitativos, onde só os melhores são capazes de fazer o que é fundamental: motivar os votos, como um bom juiz faria.

2.1) Os verdadeiros partidos são associações de pessoas que unem em prol do bem comum. E isso se torna ainda mais importante quando o nosso real sentido é servir a Cristo em terras distantes, tal como se deu em Ourique.

2,2.1) Esses partidos começam como uma associação de pessoas que se unem para estudar a sério a História do Brasil. Começam como uma sociedade iniciática.

2.2.2) Com o tempo, essas sociedades inciáticas surgem como uma academia. E depois evoluem para guildas profissionais.

2.2.3) Na fase de Guilda, onde a santificação através do trabalho se torna a base para se servir a Cristo em terras distantes, é que é possível se fundar um partido brasileiro, dado que é um partido de trabalhadores. Da fase das sociedade iniciáticas, um partido português pode ser fundado, pois é um partido de nobres, que se santificaram através do trabalho de estudar.

3.1) É preciso haver toda uma evolução institucional de modo que se fomente cultura e consciência de modo que haja toda uma geração de políticos dedicada a fazer com que o Brasil deixe de ser esse filho ingrato que é, a ponto de voltar para a casa do Pai e servir a Cristo em terras distantes. Só assim o Brasil será tomado como um lar em Cristo na sua verdadeira razão de ser.

3.2) É preciso que se fomente uma cultura nesta direção. E só aí é que vem a verdadeira ação política.

3.3) A sobrevivência a este estado de anarquia em que nos encontramos pede adaptação e cultivo das almas para a verdade - o que pede espírito de reserva, discrição e senso de empreendedorismo.

3.4) Se você conhece o verdadeiro sentido pelo qual o país foi fundado, trabalhe e reze para que este estado de transição que foi criado por conta da eleição de Bolsonaro não seja descosturado. Estamos na corda bamba - e precisamos nos equilibrar para não cair. E na medida do possível, vamos organizando toda essa evolução institucional necessária.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de dezembro de 2019.

Sobre o médico e os monstros

1) Não me responsabilizo pelo mau uso que fazem das minhas postagens.

2.1) Já usaram uma postagem que escrevi a respeito da necessidade de se fazer votos de pobreza em matéria de promessa para criticar Bolsonaro.

2.2) Embora ela atinja a realidade de quase todos os políticos do Brasil, é preciso que se veja o que não se vê: os políticos são o espelho do que há em muitos membros da população. Já lidei com muita gente que me prometeu muita coisa e que não cumpriu nada do que me foi acordado, a ponto de a ordem pública ser um espelho da ordem privada (ou uma imagem distorcida desse mesmo espelho, se virmos as coisas pelo prisma da mentalidade revolucionária)

3.1) Se a política, assim como a riqueza para o protestante, é vista como salvação, então o político é erroneamente tomado como médico. Só que esse médico representa o que há de pior no eleitorado, os verdadeiros monstros.

3.2) Na República, os piores vícios do povo são representados. Um desses vícios é lançar as sementes da promessa no vazio, o que edifica liberdade com fins vazios - e isso é um prato cheio para o comunismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de dezembro de 2019.