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quinta-feira, 13 de setembro de 2018

Notas sobre a relação entre utilitarismo, pragmatismo e conservantismo

1.1) Algumas pessoas têm se declarado pragmáticas, ou seja, estão conservando o que é conveniente e útil para elas, sem se importarem com a verdade.

1.2) Se elas não se importam com a verdade, então elas não farão aquilo que o professor Olavo recomenda, que é rastrear a origem das coisas que consideram úteis - se fizessem isso, perceberiam que certas coisas estão à esquerda do Pai, fora da conformidade com o Todo que vem de Deus.

2.1) Por força disso, os defensores do pragmatismo político são necessariamente adeptos do conservantismo, pois estão conservando o que é conveniente e dissociado da verdade, uma vez que reduziram a própria conservação ao que é útil ao indivíduo que conserva as coisas sem levar em conta o sacrifício de Jesus, o verdadeiro Deus e verdadeiro homem, na Cruz.

2.2) Como utilidade é um conceito relativo, então ela ganha aspectos subjetivos, pois basta haver um amor de si exacerbado até o desprezo de Deus que isso se torna norma, a ponto de abolir o verbo que se fez carne da vida social por completo, o que faz com que a liberdade seja servida com fins vazios, o que favorece a ação dos comunistas, que prepara o caminho para os islâmicos se instalarem e destruírem tudo o que há pela frente, por meio do multiculturalismo.

3) O simples fato de haver gente que se declara de direita conservando coisas que são próprias da esquerda é um atestado de que essas pessoas são pragmáticas. E se elas não tiverem consciência do que estão fazendo, então isto é um sinal de idiotia útil sistemática.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 13 de setembro de 2018 (data da postagem original).

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Às vezes, estar muito à frente de seu tempo pode levar ao atraso e à ineficiência

1) Depois que comecei a passar para as medidas atuais as medidas que eram usadas por Portugal no tempo do povoamento do Brasil, eu fiquei impressionado com o tamanho da sesmaria. É uma coisa monstruosa.

2.1) Mesmo que Portugal investisse e muito em técnicas agrícolas, mesmo que Portugal investisse em progressos técnicos de navegação, a extensão de terras de uma sesmaria era tão grande que ninguém dava conta de torná-la produtiva, a menos que constituíssem famílias muito grandes e que a terra fosse distribuída em unidades menores de modo que o maior número de pessoas possível tocasse toda essa extensão com máxima produtividade, por meio do distributivismo.

2.2) Até porque Portugal é um país com pouca gente. Mesmo que Portugal estivesse bem à frente de seu tempo, a ineficiência era tremenda, por conta das circunstâncias da época.

3) Só agora, mais recentemente, é que áreas de 40 mil a 50 mil hectares conseguem ser produtivas, graças à mecanização dos campos, pois os tratores têm GPS. É graças à essa tecnologia que uma área do tamanho de uma sesmaria pode se tornar uma área produtiva, uma vez que agora é possível concentrar os poderes de usar, gozar e dispor sem que a eficiência seja perdida.

4.1) Olhando por esse ângulo, a lei das sesmarias em Portugal estava muito, mas muito à frente de seu tempo.

4.2) Se o Brasil fosse povoado nesta circunstância atual, aplicar a lei portuguesa seria muito mais fácil, pois os magistrados levariam um dia de avião para chegar ao Brasil e poderiam se comunicar com a Coroa, relatando tudo o que acontecesse por aqui em tempo real. E isso certamente fez muita falta naquela época.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de setembro de 2018 (data da postagem original).

Notas sobre a cultura de corrupção no Brasil

Se 1 sesmaria fosse dividida em duas partes iguais, admitindo que ela tivesse 6 léguas de frente x 6 léguas de fundo, então a medida dessa nova fazenda seria de 3 léguas de frente x 3 léguas de fundo => 9 léguas quadradas => aproximadamente 400 km² de área.

1 km² são 100 hectares => 400 x 100 => 40 mil hectares de terra. Ainda assim, um latifúndio.

1) Para um comunista, uma área acima de 10 mil hectares já é um latifúndio.

2) O problema é que estão muito fora da realidade. Os tais latifúndios atuais são terras médias, perto do que é uma sesmaria, ainda que dividida em duas partes iguais.

3) Se os 40 mil hectares fossem divididos a ponto de formar um minifúndio, então um cidadão comum teria espaço suficiente para produzir alimentos para satisfazer, além das necessidades de sua família, as necessidades do mundo inteiro.

4.1.1) O problema dos latifúndios está na concentração do poder de gozar, usar e dispor em poucas mãos.

4.1.2) Este é o verdadeiro problema - e neste ponto, os distributivistas estão corretos, pois muito poder de usar, gozar e dispor nas mãos de um só homem gera arbítrio, a ponto de servir liberdade com fins vazios, o que leva tudo o que é mais sagrado a ser sistematicamente relativizado. Além disso, há a cultura da riqueza que é vista como um sinal de salvação, o que agrava ainda mais as coisas.

4.2.1) A concentração desses poderes em poucas mãos gera gera ineficiência administrativa, pois fica muito difícil administrar as coisas, de modo a fazer com que a terra produza com o maior rendimento possível.

4.2.2) Além disso, a concentração dos poderes de usar, gozar e dispor em poucas mãos leva ao abuso de direito, o que leva a um conflito sistemático de interesses qualificado pela pretensão resistida. E o Estado será forçado a ter que dizer o direito sistematicamente. Como cada juiz é uma sentença, então a tendência é haver injustiça sistemática.

5.1) Quando Portugal implementou o sistema de sesmarias no Brasil, sem querer acabou criando uma cultura de corrupção por aqui.

5.2) Além do muito poder em poucas mãos, o fato de o Brasil estar muito distante de Portugal fez com que a Ordenação Afonsina fosse pouco observada. Como a justiça não era aplicada, isso gerava uma cultura de mandonismo local, coisa que leva à má consciência sistemática, a ponto de estar arraigada entre nós faz muitas gerações. Isso sem mencionar que Portugal tinha população pequena e era muito difícil encontrar mão-de-obra qualificada a ponto de dizer o direito com justiça. Seria preciso um batalhão de juízes e de servidores públicos de modo a poder fazer valer a lei portuguesa no Brasil.

5.3.1) Nos tempos atuais, com a internet, a gente é capaz de saber das coisas em tempo real - mas naquela época não havia isso.

5.3.2) O recurso até o desembargo do paço tinha que cruzar os mares, cuja travessia durava meses. A justiça era demorada, o que favorecia a impunidade. Enfim, o Estado era ineficiente em razão da distância do Brasil em relação a Portugal, bem como em relação ao fato de haver muito poder de usar, gozar e dispor que era dado ao capitão donatário. E muito poder em poucas mãos leva ao arbítrio.

6.1) Portugal aplicou no Brasil o mesmo sistema que levou a povoar com sucesso as terras ao sul de Portugal.

6.2) Acreditavam que tal iniciativa iria produzir os mesmos resultados, mas não deu certo, em razão da distância em relação à pátria-mãe, o que demanda um tempo muito grande para ser percorrida e certamente isso afeta a qualidade do trabalho jurisdicional.

6.3) Não é à toa que Portugal teve de implementar um sistema de Governo Geral, de modo que a justiça fosse melhor aplicada aqui.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de setembro de 2018 (data da postagem original).

Aprendendo por números 3 - extensão de uma sesmaria

1 Légua = 6,660 metros

1 sesmaria = 3 léguas de frente x 6 léguas de fundo => 18 léguas

18 x 6.660 => 119.880 metros => 120 km, aproximadamente

1) Por isso que o Brasil é grande. A sesmaria é um latifúndio tão grande, mas tão grande, que ninguém dava conta de produzir numa área tão grande, uma vez que Portugal é um país pequeno e "carente de braços".

2) Como os índios eram nômades, então certamente as áreas ocupadas não afetavam a sobrevivência dos índios, uma vez que o nomadismo cobre áreas maiores do que isso. Além disso, era muito comum os índios venderem as terras a quem quisesse ocupá-las ou dá-las como presente a quem fosse recém-chegado, o que certamente favorecia e muito a missão de servir a Cristo em terras distantes.

3.1) Os esquerdistas condenam o latifúndio, mas os latifúndios de hoje em dia são terras médias, perto da sesmaria.

3.2) Isto é prova cabal de que eles estão muito fora da realidade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de setembro de 2018.

Aprendendo por números 1 - é melhor já ir se acostumando

45 (PSDB) - 15 (PMDB) = 30 (NOVO)

30 (NOVO) - 13 PT = 17 PSL

17 é o único número primo entre e 13 e 19. É melhor Jair se acostumando - do contrário, vá pentear macaco.

Aprendendo por números 2

3 x 2 x Santa Maria, Mãe de Deus = Seis Marias

seis marias - i = sesmarias

1) Servir a Cristo em terras distantes implica lavrar as sesmarias.

2) É colonizando, no sentido de lavrar o solo sistematicamente, que você começa povoando o país de modo que o país seja tomado como um lar em Cristo, já que é da terra que extraímos todas as riquezas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de setembro de 2018.

Como fica o ensinamento de Platão numa cosmovisão ouriqueana?

1) Dizia Platão que verdade conhecida é verdade obedecida. Ele parte do pressuposto de que a geração mais velha já explorou o seu mapa circunstancial, experimentou de tudo e ficou com o que é conveniente e sensato, a ponto de conservar a dor de Cristo.

2) Se para a geração X nós temos um mapa descoberto, para a geração Y nós temos um mapa circunstancial encoberto. Para se ampliar o que se conhece, devemos explorar esse mapa também, ficar com o que é conveniente e sensato até conservarmos a dor de Cristo. Se juntarmos os mapas X e Y, teremos um mapa de dois mundos - e a história é narrada por conta da transformação que se dá por força das circunstâncias de cada geração, pois o que está descoberto revela novos caminhos encobertos.

3) A mesma coisa ocorrerá para a geração Z. Seu mapa circunstancial está encoberto - como Cristo é o alpha e o ômega de todas as coisas, os que vivem em conformidade com o Todo que vem de Deus explorarão todas as coisas de modo a ficar com o que é conveniente e sensato, pois tudo isso aponta para o sacrifício definitivo de Cristo na Santa Cruz.

4.1) Um estudo sensato da História abarca o mundo conhecido por três gerações, já que X,Y e Z correspondem a uma trindade, a três dimensões, a três horizontes de consciência da eternidade. Algumas coisas permanecerão as mesmas, enquanto outras coisas mudarão, pois as circunstâncias de X podem não ser as mesmas para Y e Z.

4.2) Uma vida lastreada pelas circunstâncias não é uma vida fundada no amor de si até o desprezo de Deus, o que caracteriza subjetivismo. Na verdade, ela pode servir como um caminho de modo a melhor responder a Deus e a servir ao próximo naquilo que você tem de melhor, em termos de vocação.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de setembro de 2018.