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quinta-feira, 30 de março de 2017

Acessão intelectual num tempo de mentalidade revolucionária causa escravidão

1) Os que edificam liberdade para o nada dizem: "meu corpo, minhas regras". Partem da concepção de que o corpo é uma propriedade.

2) Em meu artigo mais recente, eu disse que havia uma doutrina antiga, do tempo em que o Código Civil de 1916 vigorava entre nós, em que uma casa podia ser adquirida se a razão de ser dela fosse para abrigar o quadro de alguém famoso, o que acabaria se tornando um museu. Trata-se da inversão da regra de que o acessório segue a sorte do principal - desta vez, o acessório, o quadro de alguém famoso, era o principal - e a casa que vai abrigá-lo vai ser o invólucro que vai proteger a obra da intempérie - e neste ponto a casa se torna um museu ou um armazém.

3) As feministas dizem "meu corpo, minhas regras". Se um ambientalista colocar uma melancia no pescoço delas, elas se tornam escravas do ambientalismo. É como se houvesse uma espécie de programação mental ou coisa parecida.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de janeiro de 2017.

Notas sobre nacionidade e acessão intelectual

1) No Código Civil anterior a 2002, havia uma classificação doutrinária chamada acessão intelectual.

2) Havia uma acessão intelectual quando você colocava um quadro de Picasso na parede. E justamente porque esta casa tinha um Picasso na parede que ela se tornava mais valiosa. Isso fazia com que o acessório se tornasse a razão de ser da casa, de modo a ser visitada por todos da comunidade. E de tanto acumular obras de pessoas ilustres, a casa acaba virando museu.

3.1) Outro exemplo: a casa habitada por alguém famoso e que contribuiu para a comunidade de tal maneira que ela fosse tomada como se fosse um lar em Cristo.

3.2) Essa casa acabava se tornando lembrança viva de que alguém importante esteve entre nós - a ponto de que o solo que a abriga acabava se tornando consagrado.

3.3) Seja a casa habitada pela Santa Mãe de Deus, seja a casa de um escritor que viveu a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, a casa acaba se tornando um exemplo de que devemos tomar o país como se fosse um lar em Cristo. O arquiteto que a projetou acaba sendo tomado por um benfeitor, pois serviu a um santo.

4) É por haver essas pessoas ilustres, que tomaram o país como um lar em Cristo, que esse senso acaba sendo distribuído a toda a comunidade. E a casa, por conta do estilo arquitetônico da época, acaba virando escola de santidade para os arquitetos do futuro.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de março de 2017 (data da postagem original).

quarta-feira, 29 de março de 2017

Alguém me fez esta pergunta no inbox

_ José, vejo que você é muito bom na escrita. Por que não funda um jornal conservador?

Eu respondo:

1) Embora seja verdade o que o Olavo fala - de que o começo de carreira dos escritores é no jornalismo -, a verdade é que nunca trabalhei em jornal, já que não tenho formação jornalística e não sei como lidar com jornais.

2.1) Isso sem falar que essas coisas também demandam dinheiro, coisa que eu não tenho.

2.2) Ainda tenho poucos doadores - se tivesse doadores suficientes me doando de maneira regular, eu faria um trabalho dessa natureza.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de março de 2017.

terça-feira, 28 de março de 2017

Será que saber economia é suficiente para se bem governar esta terra? Isto só não basta!

1) Dizem que o presidente deve saber de economia.

2.1) Se economia pressupõe organizar a casa de tal maneira que ela produza riquezas, então isso pressupõe que você estude nacionidade antes - o que implica tomar o país como um lar, tendo por Cristo fundamento.

2.2) Afinal, a riqueza é o meio de que dispomos modo que o bem comum seja aprimorado de tal maneira que isso nos prepare para a pátria de definitiva, que se dá no Céu.

2.3) Se ela for tomada como se fosse religião, vira capitalismo (idolatria pelo dinheiro, o que atiça os invejosos, os comunistas, que se alimentam dessa liberdade voltada para o nada edificada por aqueles que amam o dinheiro como se fosse um Deus)

3.1) De nada adianta adianta a riqueza ser vista como salvação, dado que isso edificará salvacionismo e isso acabará edificando liberdade com fins vazios - e tudo o que for pensado dessa maneira terá efeito temporário, nunca permanente - a maior prova disso é o sem-número de constituições que já tivemos (7, desde que houve o fatídico golpe de 15 de novembro de 1889).

3.2.1) Para se bem governar, isso pede ao bom governante o estudo da organização social de modo a que se produza riquezas e que isso beneficie a todos que habitam esta terra, enquanto decisões políticas  - e isso tudo pede necessariamente aliança do Altar com o Trono, tal como foi estabelecida em Ourique.

3.2.2) Sem a monarquia, tomar o país como um lar fica sem sentido, dado que foi através dela que passamos a ter uma razão de ser neste mundo, de modo a bem servir a Deus.

3.2.3) E a restauração da monarquia é parte do resgate do senso de se tomar o país como um lar. Afinal, nacionismo é cultura - e estou convertendo a necessidade de tomar este meu país como um lar como a base da minha liberdade, da minha razão de ser já que isso me leva à conformidade com o Todo que vem de Deus

3.2.4) Por isso mesmo, quem chefia o Estado deve saber de História do Brasil tendo por referência a fundação de Portugal em Ourique, assim como amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. Assim, o exercente deste Poder poderá moderar os conflitos de modo a que o Executivo, o Legislativo e Judiciário trabalhem em prol do povo. Afinal, o povo deve ser tomado como parte da família do governante, nunca como animais de baia, tal como a República está fazendo conosco, há 128 anos.

3.2.5) Do mesmo modo, o exercente deste poder deve estudar economia como um meio que prepara o caminho para a salvação de todos, de modo a que o maior número de pessoas possível vá para a pátria definitiva, após servir a Cristo nestas terras e em terras distantes, de modo que ambas sejam tomadas como parte de um mesmo lar em Cristo, que é exatamente isso que herdamos, a partir de 1500.

3.2.6) Esse tipo de coisa leva ao distributivismo - afinal, de nada adianta ser mais rico se isso corrói a alma do indivíduo, levando-o à apatria na pátria celestial, de modo a desligar esta terra àquilo que decorre do Céu.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de março de 2017.

A teoria da nacionidade pré-existe a qualquer discussão processual (os fins devem ser antepostos aos meios)

Andréa Martins:

1) José, Estou precisando de uma orientação sobre direito processual civil e pensei que talvez você pudesse me ajudar.

2) Eu estou acompanhando um debate sobre a Teoria da Relação Jurídica no Direito Processual versus a Teoria do Processo como Instrumento, em que um dos palestrantes sustenta que a Teoria da Relação Jurídica é romana, totalitária, que sustentou o nazismo, o fascismo de Mussolini, e que a Constitucionalização do processo criada na América Latina é a única compatível com o Estado Democrático de Direito.

3) Infelizmente, não tenho a fundamentação filosófica, histórica e jurídica para analisar essa linha teórica, mas isso tá me cheirando muito mal.

4) Por isso estou pedindo sua orientação, sua opinião sobre o tema, se você a tiver, e obras indicadas para que eu possa entender a discussão e não ser envenenada com teorias marxistas. Agradeço desde já.

José Octavio Dettmann:

1) A respeito dessa discussão, eu não tenho muito conhecimento sobre isso, mas pretendo estudar esse assunto assim que puder.

2) Para entender este debate, contudo, você precisa antes saber qual é o fim do Estado que está sendo esposado. Ou o país deve ser tomado como se fosse um lar em Cristo ou deve ser tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nadapode estar fora dele ou contra ele - e como diria o Olavo, não há terceira via.

3) Por isso mesmo, recomendo meus estudos sobre nacionidade e nacionalidade - como é um debate jurídico e filosófico no âmbito da constituição, então ele está acima do debate processual, em termos de hierarquia (pelo menos, é isso que o pessoal do Direito costuma pensar). Por isso, peço que vá ao meu blog e faça uma pesquisa sobre os posts em que falo sobre nacionidade. Isso em si mesmo já daria um livro.

Atenciosamente,

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de março de 2017.

Petróleo, nióbio e grafeno são recursos, não ideologia

A) Vargas fez de um hidrocarboneto uma ideologia.

B) Enéas fez do nióbio uma ideologia.

C) Bolsonaro fará do grafeno uma ideologia.

1) Até quando vamos ver milicos agindo como embaixadores de um futuro que talvez nem se realize? Isso já aconteceu tantas vezes e isso eles não aprendem. É por isso que considero essa gente muito estúpida. E a estupidez leva à apatria

2) Se isso é postura de esquerda, ser embaixador do futuro que se adia por si mesmo, então Bolsonaro é também esquerdista, ainda que se diga de direita - e os militares, influenciados pelo positivismo, são exatamente assim.

3.1) Infelizmente, para a circunstância atual, ele é a única opção que temos.

3.2) Não há nenhum político que se enquadre naquilo que defini - a não ser o presidente Duda, da Polônia, ou a Família Imperial, que está acima da política, pois eles são os titulares do Poder Moderador que deve reger esta terra, para o seu próprio bem. Até haver um que se enquadre nisso, esse político certamente deve passar ao menos uns 20 anos estudando História do Brasil a sério, sem se deixar contaminar pelo quinhentismo. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de março de 2017.

segunda-feira, 27 de março de 2017

Carta especial aos meus leitores

1.1) Quando uso o termo liberal, eu não uso o termo da forma como muitos usam: de forma vazia, voltada para o nada.

1,2) Até porque eu diferencio liberal (o que é livre em Cristo, pois a verdade - fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus - edifica uma verdadeira ordem salvífica que nos prepara a pátria definitiva, que se dá no Céu) de libertário (que busca liberdade fora da liberdade em Cristo, conservando o que é conveniente e dissociado da verdade, criando pontes ou caminhos voltados para o nada, para o vazio).

1.3) Faço isso porque segui o conselho do Olavo de estudar a linguagem. E a língua portuguesa tem várias nuances: liberal-libertário, conservador-conservantista e outras tantas. Embora o dicionário diga que são sinônimas, a verdade é que essas coisas são diferentes, se você parar pra refletir.

2.1) A maioria dos que se dizem de "direita" não fazem esse trabalho de dominar as nuances da linguagem - e acabam se tornando esquerdistas sem perceberem, pois não conseguem se libertar da ignorância. Por essa razão, eles acabam confundindo alhos com bugalhos e acabam criando organizações políticas proporcionais a esse estado de confusão.

2.2) Quando trabalho com essas dicotomias, eu consigo verbalizar coisas que estavam escondidas, já que eu não aceitei a definição do dicionário de que são sinônimos, já que isso é fora da realidade.

2.3) Se você consegue verbalizar com precisão essas nuances da linguagem, você nunca mais precisará reduzir as coisas a uma crença de livro. Afinal, não podemos interpretar a Bíblia ao pé da letra - do mesmo, modo o dicionário.

3.1) A maioria dos que discordam do meu pensamento não se deram nem o trabalho de ler tudo o que escrevi.

3.2.1) Geralmente chegam discordando de maneira peremptória, pois o que escrevo, de alguma forma, está ferindo uma vaidade que estes estão a conservar conveniente - e essa vaidade está fora da verdade, que é Cristo. E isso corrobora a importância de se ter um estilo literário eficaz, pois isso desmascara essas vaidades a ponto de chegarem discordando peremptoriamente, o que revela a prepotência do sujeito.

3.2.2) Se eles amassem a verdade, eles me perguntariam: "José, qual é o fundamento da sua crítica? Preciso saber, antes de julgar se está errado ou não". E reportaria aos meus escritos anteriores.

3.2.3) Pessoas como Werner Nabiça Coelho e Conde Loppeux de la Villanueva foram sumariamente bloqueadas justamente porque não fizeram o que manda o bom senso: estudar o meu trabalho, antes de discordarem do meu pensamento, de maneira peremptória - pessoas como o Douglas Bonafé, ao contrário, fazem questão de estudar o que escrevo e sabem muito bem que sou muito cuidadoso nas minhas reflexões, pois sempre tento motivar as coisas da melhor maneira possível - e se estou errado, elas farão a crítica de maneira fundamentada, o que me agrada e muito, pois isso me corrige fraternalmente. É disso que eu gosto.

3.2.4) Às vezes, tenho a impressão de que um juiz da inquisição me trataria com muito mais indulgência do que esse "conservadores" de facebook, que não passam de uma farsa. Afinal, eu amo a verdade - e farei as correções necessárias.

4.1) Posso não ser celebridade, mas tenho um trabalho de 3100 artigos feitos e um blog onde vocês podem encontrar tudo o que produzi. Ninguém pesquisa porque ninguém quer.

4.2) Afinal, eu não surgi da noite pro dia: passei 7 anos aprendendo o que precisava aprender antes de começar a escrever o que penso. Só em 2014, livre dos compromissos, é que passei a ser escritor em tempo integral - e aí minha jornada começou.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de março de 2017.