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sábado, 30 de abril de 2016

Pra frente e à direita do Pai

1) 1964 não existiria, se não tivesse havido 1889. Na verdade, 1964 é um desdobramento da revolução de 1930, quando o castilhismo passou a dominar o país de maneira incontestável até a Carta de 1988.

2) Os nazi-petistas são vingativos quanto à 1964, mas são conservantistas quanto à lógica revolucionária que nos rege desde 1889.

3) Essa espiral do silêncio precisa ser rompida. Não quero saber de esquerda de farda ou esquerda vermelha - eu prefiro estar servindo a quem está sentado à direita do Pai, servindo a Ele em terras distantes. Prefiro andar pra frente sob monarquia, fundada na Aliança do Altar com o Trono edificada lá em Ourique, em 25 de julho de 1139.

Notas sobre a nossa atual circunstância de espiral do silêncio

1) Quando vejo muita gente protestando contra o PT usando a bandeira da República, eu vejo uma espiral do silêncio. Os revolucionários, por sua ignorância manifesta, tentam gritar a plenos pulmões diante das câmeras que não vai ter golpe.

2) Na verdade, o golpe já foi dado no dia 15 de novembro de 1889. 

3) Os gritos enlouquecidos não deterão a contra-revolução, que faz em conformidade com o Todo que vem de Deus, conservando a dor de Cristo e tomando o País como se fosse um lar, por conta da missão que herdamos do Cristo Crucificado de Ourique, de modo a servir a Ele nestas terras distantes. 

Constituição de 1988 - estudo de caso sobre a tradição conservantista e revolucionária

1) Meus pais estavam assistindo a um vídeo cujo título é "Lula vai morrer no dia 13".

2) O expositor, um protestante, soltou alguns argumentos interessantes: 

2.1) Que a Carta Constitucional de 1988 criou um Brasil novo. Este argumento é tipicamente positivista, pois faz da carta de 1988 um marco e tudo o que ocorreu no passado será deletado. Argumento tipicamente neopagão - não deixa de ser um caso particular da tradição quinhentista.

2.2) O período azul, social-democracia, durou de 1989 a 2002 - 13 anos

2.3) O período vermelho, nazi-petismo, durará 13 anos - de 2003 a 2016.

2.4) As revoltas de 2014 não derrubaram a Dilma porque o ciclo não estava fechado.

2.5) Esse número tem relevância cabalística - para tudo ser manejado por conta de um ciclo de treze anos, fundado sabedoria humana dissociada da divina, isso é fruto de gnose. Pois os acontecimentos serão manipulados de tal sorte a respeitar ciclo fundado em sabedoria dissociada da divina, o que é marcadamente revolucionário, pois cria um determinismo histórico, coisa que justifica o marxismo

2.6) Quando o sujeito começou a atacar a Igreja Católica, usando o termo "ICAR", eu senti que era o sujo falando do mal lavado. E parei de ouvi-lo. 

2.7) Decidi tomar este fato como um estudo de caso a ser analisado porque este vídeo representou um exemplo de metalinguagem revolucionária: um sujeito, que não crê em fraternidade universal, combatendo algo que se desdobrou do protestantismo, como o libertarismo e a Nova Ordem Mundial. Chega a ser algo cômico, se não fosse trágico - lembra um pouco esse pessoal que quer combater o PT usando a bandeira da República, que é revolucionária e anticristã.

3) Enfim, esse pessoal perdeu o senso de realidade. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de abril de 2016 (data da postagem original)

quarta-feira, 27 de abril de 2016

Do escritor como um agricultor cultural

"Providing for body and soul can be a heavy responsability" (frase tirada da classe Patron, constante do jogo The Guild 2)

Eu digo mais, quanto ao ato de escrever:

1) Alimentar meus pares com dizeres que edificam a consciência é fornecer alimento para a alma. É uma responsabilidade tão tremenda quanto a do camponês que passa o tempo arando a terra.

2) O escritor, dentro da seara cultural, é também um agricultor: um agricultor de almas.

3) Quando almas são formadas dentro da conformidade com o Todo que vem de Deus desde o berço, menor a probabilidade de o mal pescar os virtuosos para o pecado, de modo a conduzi-los ao Cabo das Tormentas, para a perdição eterna. É um trabalho tão importante quanto o de pescar almas, tal como se fazia com os pagãos e os gentios.

Da relação entre nacionidade e hospitalidade

1) Quando se vai para um outro lugar, é preciso que se tenha em mente de que aquele lugar para onde se vai será sua morada, dentro daquela circunstância. Mesmo que a circunstância seja temporária, o lugar deve ser tomado como se fosse um lar, enquanto esta for sua circunstância. É mais ou menos a lógica do poeta Vinícius de Moraes: que isso seja infinito enquanto dure. 

2.1) Eis aí a grande diferença do hostel para o hotel. 

2.2) No hotel, a coisa é fundada de maneira impessoal, fundada no amor ao dinheiro: como foi feito para turismo de negócios, ele é perfeito para turismo em áreas onde a impessoalidade é a norma do dia, como as grandes cidades.

2.3) Em lugares mais familiares, em lugares onde não existe a impessoalidade, o senso de tomar o lugar como se fosse um lar se faz mais necessário. E isso leva necessariamente à hospitalidade.

2.4) A casa onde moro, o meu mundo interior, é o lugar onde desenvolvo as verdadeiras amizades. Caso um contato meu de internet esteja querendo fazer alguma coisa de relevo no Rio de Janeiro, ele pode simplesmente se fixar na minha casa pelo tempo que for necessário. Ele come minha comida, pode usar minha biblioteca e dorme num quarto de hóspedes - além disso, é próprio do Cristão dividir as coisas com os irmãos necessitados. Tão logo ele cumpra a sua missão, ele volta pra casa e acerta as contas comigo.

2.5) A hospitalidade e a nacionidade caminham juntas. 

2.6) Como isso é conforme o Todo que vem de Deus, o serviço hospitaleiro deve ser recompensado, levando-se conta o tempo que meu hóspede passou em minha casa e o quanto esta casa foi crucial para o desenvolvimento de sua atividade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de abril de 2016.

Matérias relacionadas:

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2016/12/notas-sobre-hospitalidade-uma-visao-que.html

Engenharia genética e o processo de proletarização do campo

1) A natureza fornece alguns recursos importantes, como certas espécies de vegetais que podem ser usadas em agricultura. Elas são pegas a partir de plantas selvagens.

2.1) Ao longo da civilização, a agricultura constituiu-se uma atividade basilar, pois fornecia todos os bens necessários para o atendimento das necessidades humanas. Do trigo vinha a farinha - e da farinha, combinada com água e outros bens complementares, temos o pão. Graças a isso, a classe camponesa, na Idade Média, adquiriu um poder político muito grande.

2.2) Com a engenharia genética, um novo tipo de bem complementar surgiu: a espécie geneticamente modificada. Da competição do modelo geneticamente modificado com a espécie domesticada, a espécie domesticada terminará extinta - logo, a cultura do colonato terminará escrava de empresas inescrupulosas que trabalham com engenharia genética, como a famigerada Monsanto. Da mesma forma, todo o conhecimento que se tinha por conta da cultura do colonato se perderá, por conta do progresso fundado na ganância, causa da entropia.

2.3) Essas espécies geneticamente modificadas forçam uma atividade agrária organizada tal qual uma fábrica, o que leva a se especular com comida, o que é um pecado contra a Doutrina Social da Igreja, pois querem proletarizar o campo da mesma forma como fizeram na cidade. Se o campo for proletarizado, haverá poder de vida e de morte sobre os que moram na cidade, pois a cidade é um eco-sistema dependente do campo, o que acaba gerando uma luta de classes mais ampla, de proporções gigantescas: campo x cidade.

3.1) Para haver engenharia genética dentro da conformidade com o Todo que vem de Deus, todo esse conhecimento deve estar nas mãos das famílias da forma mais ampla possível, através do distributivismo. Famílias sensatas preservarão suas espécies domesticadas e usarão espécies geneticamente modificadas de modo a colonizar novos ambientes onde a produção agrícola de certos gêneros não era possível, o que expande a fronteira agrícola e o senso de se tomar o país como se fosse um lar.

3.2) Se a genética veio a partir de um padre, então a engenharia genética deve se pautar por postulados próprios da conformidade com o Todo que vem de Deus e não trair tudo aquilo que há de mais sagrado.

sábado, 23 de abril de 2016

Notas sobre como o libertarismo esvazia tudo aquilo que decorre da dor de Cristo

1) Aqui no Pechincha, onde eu moro, sempre soltam fogos de artifício, por conta do dia de São Jorge.

2) Eles não estão comemorando a bravura e o martírio de São Jorge, por lutar contra o mal de modo a defender a fé em Jesus Cristo, que é o caminho, a verdade e a vida - na verdade, o que esses macumbeiros comemoram é o artigo 5º da Constituição de 1988, que garante a falsa liberdade de se crer no que quiser, ainda que isso esteja dissociado da verdade.

3) O libertarismo esvazia culturalmente tudo aquilo que decorre da dor de Cristo e só conserva o que é conveniente e dissociado da verdade. Por conta disso, acaba edificando liberdade para o nada.

4) Combater isso é crucial para se combater a mentalidade revolucionária e restaurar a Aliança do Altar com o Trono estabelecida em Ourique.