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sábado, 30 de dezembro de 2023

Sobre a divinização do trust in the process - reflexões sobre isto

1) Eu não sei se foi o Taylor quem disse isto, em seus Princípios de Administração Científica, mas eu lembro de uma passagem onde se dizia que não devemos culpar as pessoas, mas o sistema. Como o sistema de produção industrial é baseado em processos, em métodos organizados e testados de maneira científica, então ele é o pai da expressão trust in the process, tal como ele é propagada pelo mundo, hoje em dia.

2.1) Mas acontece que o sistema é composto de animais que erram, que cometem erros por conta da imprudência, da imperícia e da negligência todos os dias, a tal ponto que isto é constantemente estudado em constantes estudos de caso de modo a se aperfeiçoar o sistema produtivo.

2.2) O processo constante de aperfeiçoamento dos sistemas de produção e de relacionamentos interpessoais no âmbito de uma atividade economicamente organizada não dá salvoconduto para a sua divinização, a tal ponto que a ciência e a técnica a serviço da produção de bens da vida e da economia de mercado vão estar a serviço da ideologia e de tal forma que seus diretores, como animais que mentem que são, patrocinarão paus-mandados seja na política, seja na cultura, de modo a transmitirem o vírus da desinformação no mundo, habilmente camuflado de jornalismo, entretenimento e cultura de massas. Eis o marxismo cultural.

3) Confiar no processo, a ponto de divinizá-lo, é dar todo poder aos animais que mentem e isto é pérfido. Eis o neocomunismo. Ele é mais um sintoma desse mal-estar, que é modernidade.

 José Octavio Dettmannn

 Rio de Janeiro, 30 de dezembro de 2023 (data da postagem original). 



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