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quarta-feira, 1 de abril de 2015

A abolição da família nasce de um falso conceito de família

1) Dizem que família é aquela que se encontra no mesmo teto - trata-se de verdade sociológica, fundada a partir do fato social tomado como se fosse coisa, como se tivesse sua própria verdade.

2) Essas verdades sociológicas não são fundadas na conformidade com o todo que vem de Deus. Pois elas negam os conceitos de nação e de comunidade - coisas ampliadas, que vão além do conceito de teto e que nos levam à noção de vizinhança e de comunidade.

3) Não se pode confundir família (todo) com núcleo familiar (parte). O núcleo familiar é composto de pai, mãe e filhos morando no mesmo teto; a família, por sua vez, também inclui tios, primos, cunhados, sobrinhos, netos, afilhados, padrinhos e madrinhas. Os bens são reciprocamente considerados, de modo a que o acessório siga a sorte do principal - tudo deve estar em conformidade com o Todo que vem de Deus, pois a Igreja que se faz dentro de casa nasce de uma comunidade doméstica que dialoga com todas as outras até formar uma vizinhança, uma comunidade, uma nação. Sem isso, não há economia fundada na vida gregária, causa do livre mercado.

4) Se eu tivesse dois filhos crescidos com núcleos familiares estabelecidos, não seriam três famílias, mas uma família com três núcleos estabelecidos, pois a árvore ancestral gerou duas novas árvores. E se novas árvores fossem geradas, nós teríamos uma floresta. 

5) Se esses núcleos familiares dialogassem, oportunidades surgiriam e um senso de comunidade se fortaleceria, dando causa a que um país fosse tomado como se fosse um lar.

6) Confundir o todo com a parte é divinizar a parte. Pois o núcleo familiar foi tomado como se fosse religião, já que Deus e o Todo que ele criou foram excluídos da ordem social.

7) Eis a tragédia dessa falsa sociologia e dessa falsa antropologia, que reduzem a nossa intelecção ante as coisas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 01º de abril de 2015 (data da postagem original).

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