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domingo, 18 de abril de 2021

Notas sobre o potencial de se investir em debêntures de empresas

1) No dia 17 de abril de 2021, eu passei o dia estudando como investir em debêntures. 

2.1) Certa ocasião, quando assistia ao True Outspeak, o professor Olavo disse que a melhor forma de construir poder não é fundando um partido, mas tomando um já existente. Como não tenho muita experiência nesse setor, decidi estudar uma forma de tomar uma empresa já existente, já que fundar uma empresa dá muito trabalho. 

2.2.1) Pelos meus estudos, a melhor forma de tomar uma empresa já existente é investindo na dívida dessa empresa, a ponto de serem reféns das minhas ações, mais ou menos como a China faz com os outros países enquanto esta se expande pelo mundo afora., através do sistema one belt, one route.

2.2.2) Enquanto estudava o assunto, descobri algumas coisas interessantes: investindo em debêntures incentivadas (algo que foi criado no artigo 1º da lei 12.431, de 2011), eu fico isento do imposto de renda se investir em empresas que trabalham em desenvolver a infra-estrutura da pátria. Por isso, vou investir nelas.

3.1) Quando for investir nessas debêntures, devo investir em debêntures conversíveis, que podem ser convertidas em ações. Essas ações podem podem ser ordinárias, que me dão direito a voto, ou preferenciais, que me permitirão recuperar o capital em caso de dissolução da sociedade.

3.2) As ações preferenciais também me darão prioridade no pagamento de dividendos, fora que posso passar esse papéis para outras pessoas sem observar prazo de carência algum - é a chamada liqüidez, pois posso converter facilmente esses papéis em dinheiro. Por outro lado, se eu investir em ações ordinárias, eu recebo um prêmio adicional caso a empresa seja vendida - o chamado tag along, que pode ser de 80 a 100% do valor de mercado da ação, quando da sua aquisição. Muito embora o dinheiro do tag along me seja bem-vindo, o mais importante é tirar a empresa das mãos dos comunistas - esta é a coisa correta a se fazer.

3.3) Se as debêntures conversíveis me gerarem ações preferenciais, eu não as recusarei. Estas ações têm mais liqüidez pois podem ser mais facilmente trocadas por dinheiro no mercado secundário. E se houver previsão estatutária, terei direito ao voto se os dividendos que devo receber com prioridade não forem pagos dentro de três exercícios financeiros (ou três anos). É o que vamos no estatuto social do Itaú, por exemplo.

3.4.1) Algumas ações ordinárias têm classes a, b, c e d, enquanto as ações preferenciais têm classes a,b,c e d. Algumas classes são exclusivas de brasileiros e outras podem ser oferecidas a investidores estrangeiros.

3.4.2) Uma das razões pelas quais quero que meus filhos tenham dupla nacionalidade é justamente para que possam ter amplo acesso ao mercado de capitais tanto do Brasil quanto da Polônia  - ou mesmo dos Estados Unidos, caso eu me case com uma americana. 

3.4.3) Tendo esse duplo vínculo, eles poderão conhecer muito mais coisas do que eu, pois como um simples brasileiro jamais poderia conhecer essas coisas. Esse conhecimento gera um poder maior para se criar pontes que conectem uma coisa à outra - o que gera maiores responsabilidade no propósito de servir a Cristo em terras distantes. 

4.1) Uma outra postagem que me inspirou na minha decisão de atuar no mercado financeiro foi a seguinte: "o Estado não é o último recurso, mas você". 

4.2.1) Se devo fazer as coisas de modo que tudo dependa de mim, então é crucial que eu entre no mercado financeiro com o objetivo de tomar alguma grande empresa já estabelecida. Afinal, ficar rico não é o mais importante, pois o dinheiro é só o meio necessário para que eu possa executar esse fim. 

4.2.2) O mais importante, para mim, é fazer com que certas empresas fiquem sob meu controle de modo a cortar o financiamento dos comunistas. Por isso, meu plano é tomar um banco como o Itaú, que é o banco onde tenho uma poupança - sob meu comando, essa empresa vai parar de lacrar e financiar comunismo e vai começar a investir no que é produtivo, fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus. 

4.2.3) Como o comunismo é mal e deve ser substituído pela verdade, pela conformidade com o Todo que vem de Deus, então esse financiamento que era dado aos comunistas será agora direcionado a grupos pró-vida e pró-católicos. Se eu tomar o controle de um banco como esse aqui, é menos um banco comprometido com a mentalidade revolucionária. E ao invés de este banco investir dinheiro em projetos dos metacapitalistas e dos progressistas, eu vou investir dinheiro em organizações católicas de modo que possam destruir o comunismo, o progressismo e a mentalidade revolucionária.

4.2.4.1) Quando tiver o controle de um banco, só usarei a permissão do Estado para cobrar usura contra clientes não-católicos, pois eles não são meus irmãos em Cristo. Aos católicos, não cobrarei nenhum empréstimo com usura - eu investirei neles de modo que os juros sejam realmente devidos, por conta de uma relação realmente produtiva, em razão de um parceria pessoal entre mim, que sou o dono do banco, e o cliente do banco, já que vou me envolver nos sonhos de todos os católicos do meu país, se assim for chamado., uma vez que todos os clientes como cristos necessitados, como pessoas que são parte da minha família, tal como um bom rei faria. E para garantir que meus empregados adotem a linha de pensamento correta, eu fundarei uma faculdade de economia e de administração de negócios de modo que meus futuros empregados sejam todos egressos desta instituição. 

5.1) Minha instituição de ensino será uma instituição especializada em economia tendo por base a doutrina social da Igreja Católica. Dali não sairá nenhum liberal ou comunista.

5.2) Como condeno a ética protestante e seu subproduto, o capitalismo, não farei nenhum ato de filantropia. Doarei dinheiro para a caridade, mas não quero nenhuma publicidade para mim ou para o banco. Como bom empreendedor que sou, vejo que investir na Igreja é a melhor forma de melhorar a vida das pessoas no Brasil, já que o pobre é o banco de Deus. E o meu trabalho é fomentar o desenvolvimento econômico das pessoas - o que não pode estar divorciado do desenvolvimento espiritual, pois a verdade é o fundamento da liberdade. Se for necessário, eu rebatizarei o Itaú com o meu nome, a ponto de virar Dettbank ou Itamaraty. E a marca deve refletir ao meu caráter cristão, a ponto de os tês do meu nome formarem uma cruz.

5.3) Se esses canalhas usam o dinheiro e a propriedade privada para destruir a sociedade, agora vou usar isso contra eles, pois vou empoderar a população comum, com medidas distributivistas. Vou tomar um pequeno município que sirva de experimento para que essas idéias sejam implementadas. Se o município prosperar e se desenvolver, vamos exportar a contra-revolução para o resto do Brasil, senão para o mundo inteiro.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 17 de abril de 2021 (data da postagem original).

Rio de Janeiro, 18 de abril de 2021 (data da postagem atualizada). 

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sexta-feira, 16 de abril de 2021

Eis o que perdi, por conta de não ter tido a visão de comprar a copiadora de roms do colega de viagem do meu pai

1) Se tivesse tido a visão de copiar as roms dos cartuchos de Mega Drive e SNES logo cedo, nos anos 2000 eu já teria procurado um emulador desses jogos e venderia meu produto para os colegas de faculdade. Não faria isso a qualquer um, mas somente aos que eu mais prezo.

2.1) Com o surgimento da economia digital, eu teria desenvolvido uma forma de alugar essas roms até ter minha própria Netflix de jogos. A mesma coisa faria com relação aos filmes, na época em que havia a blockbuster. 

2.2) Eu sempre tive o hábito de copiar os DVD's da minha família. E isso se tornou crucial quando estávamos sem internet em tempos de carnaval e papai queria assistir a um filme. E aí assistimos todos nós ao filme O Poderoso Chefão, graças ao backup que fiz do filme original, pois meu irmão levou consigo os DVD's para São Paulo.  Isso possibilitou que sobrevivêssemos a esse tempo infernal, pois a liberdade de ir e vir acaba por conta disso, pois somos obrigados a gostar disso ou somos obrigados a ficar em casa - e isso era realidade muito antes da pandemia.

3.1) Desde que aquele dia, copiar filmes, músicas, jogos, livros é parte da minha cultura, a ponto de se tornar uma cultura pessoal. Quando preciso de dinheiro, ofereço meus produtos aos conhecidos e ganho um pouco de dinheiro com isso. 

3.2.1) Formalmente, isso seria considerado ato de pirataria. Mas, como ofereço somente aos que mais prezo, isso não é nem pirataria, mas prestação de serviço. Todos os meus produtos são oferecidos em razão do meu caráter reservado e por que sei que, em tempos de crise, você precisa agir na catacumba, uma vez que o mundo está pautado no relativismo moral, a ponto de jazer no maligno.

3.2.2) Seria pirataria se oferecesse isso a qualquer um, sem olhar a quem, pois os mesmos babacas que me denunciariam por pirataria são os mesmos babacas que me denunciariam ao Estado se eu fosse à Igreja para assistir à Santa Missa e receber a Santa Eucaristia a que tenho direito, principalmente num contexto quando o Estado decreta que a atividade missionária da Igreja não é atividade essencial, a ponto de ser obrigado a ficar em casa sem uma razão justa. Enfim, eles não passam de idiotas úteis - essa gente obedece cegamente a lei, pois conserva o que é conveniente e dissociado da verdade. E muitos irão ao inferno por força disso, por serem maus colegas, maus companheiros e maus vizinhos. 

3.2.3) Como muitas das desenvolvedoras estão fomentando comunismo e ataque aos nossos valores por meio dos jogos, então eu copio esses jogos e os distribuo a quem tem interesse no combate a esse mal objetivo, a quem interessar possa. 

3.2.4) É por esta razão que a pirataria assumiu um relevante um caráter ético para mim, tal como o hacking. E isso não é crime, mas atividade contra-revolucionária, continuação da política por meios burlescos, já que estou dando um bypass no que é conveniente e dissociado da verdade.  Isso virou uma contracultura fundada numa legítima desobediência civil. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de abril de 2021 (data da postagem original).

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Da locadora para a netflix de jogos - relatos da minha experiência pessoal

1) Antigamente, quando eu era criança, eu costumava alugar os cartuchos físicos de videogame e jogava por tantos dias até a devolução da fita. Como eu era criança, a idéia era me divertir mesmo, como se não houvesse amanhã. 

2) Ainda na minha época de criança, papai tinha um colega de viagem que trouxe uma copiadora de roms do Paraguai. Ele deu uma passadinha na nossa antiga casa em Padre Miguel e copiou a rom do Desert Strike do Super Nintendo, jogo esse que eu estava jogando naquele momento, e reproduziu o jogo no emulador, pois a copiadora também emulava os jogos. Eu fiquei muito impressionado com a copiadora de roms que ele trouxe, mas não sei por que razão eu não pressionei o meu pai a comprar uma. Se tivesse visão, eu alugaria fitas da locadora e copiava as roms. Devolvia as fitas e ficava jogando os jogos até desenvolver minha habilidade nos jogos. 

3.1) Naquela  época, eu era uma criança de apenas 10 anos de idade - eu era muito jovem e mal tinha experiência de vida. Naquela época, educação sobre empreendedorismo não havia, muito menos de liberalismo econômico - isso passou a ser mais difundido com a internet, já nos anos 2000. 

3.2) Hoje, aos 40 anos, eu desenvolvi a visão que me faltava - tudo isso em razão de ter aprendido muita coisa com meu amigo Rodrigo Arantes, que foi aluno do professor Ubiratan Iorio, que deu aulas na UERJ. Se tivesse a experiência de vida que tenho nessa época, eu logo teria compreendido que a locação, para ser produtiva, ela não deveria recair sobre uma coisa, o cartucho ou o DVD de jogos, mas sobre uma experiência, que está na rom dos jogos. Tal como os e-books que faço, posso alugar a rom por 15 horas - e se a pessoa gostar, ela poderia comprar a rom. Muito anos antes do Netflix, eu já teria minha própria Netflix de jogos operando. 

4) Pela idade que tenho hoje, e pela experiência de ter digitalizado e-books, eu poderia dizer isso com propriedade. Era isso que faria, se tivesse a experiência que tenho hoje.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de abril de 2021 (data da postagem original).

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sábado, 10 de abril de 2021

Se comunismo é loucura, então a ambição estúpida dos metacapitalistas se funda numa loucura

1) O metacapitalista usa os poderes de usar, gozar e dispor dos bens da vida contra a sociedade que deu causa para a sua prosperidade.

2) Além das penas criminais cabíveis, ele deveria ser interditado no direito de adquirir bens e direitos, já que ele é absolutamente incapaz de usar esses serviços visando ao bem comum, uma vez que ele não acredita em Deus, mas no amor de si até o desprezo de Deus. Sua ambição estúpida o torna uma pessoa perigosamente louca, a ponto de fomentar a ação de comunistas na tomada no poder, esses psicopatas políticos da pior espécie - tudo para conseguir o seu tão-sonhado monopólio.

3) A mente de um Zuckerberg, de um Soros, de um Bezos ou de um Bill Gates deveriam ser estudadas de uma maneira clínica, pois o que eles fazem é doença. É caso de internação num manicômio.  

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de abril de 2021 (data da postagem original).

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Como os títulos de nobreza funcionam como um bom poder moderador econômico?

1) Considerando que as terras são o alicerce do Estado e que a autoridade em Cristo deve zelar pelo bem comum de todos de modo a aperfeiçoar a liberdade de muitos, a concessão de bens públicos que podem ser transformados em propriedade privada por meio de usucapião deve atender não somente os critérios de posse mansa e pacífica do bem ocupado, mas também se o ocupante tem boa reputação junto à comunidade em que reside, se ele é bom vizinho, se é bom cristão, se ele é bom patrão e bom pai de família, além do justo título necessário para adquirir esse bem, fora a vontade ser dono e tornar estas terras que vão ser ocupadas rentáveis e produtivas, visto que ele está ganhando a confiança daquele que deve aperfeiçoar a liberdade de muitos, a ponto de colaborar com ele nesta espinhosa tarefa - e isso não poder ser servido com fins vazios.

2) Se tivéssemos nobreza, os requisitos seriam objetivos: se a titulação do pretendente permitir que ele possua 3 terrenos de certo tamanho, ele não poderá adquirir um quarto nem mesmo usucapindo, a menos que tenha a justa titulação para que seu direito seja reconhecido. Ele precisaria comprar a titulação necessária para que possa ter o seu direito reconhecido.

3) Os títulos de nobreza constituem um verdadeiro poder moderador de caráter econômico. E para que eles possam ser realidade, a sociedade precisa ser católica, muito católica - e a heresia protestante da riqueza tomada como sinal de salvação precisaria combatida tal como se combate o comunismo, pois ela gera uma cultura onde a liberdade de bem servir não valerá de nada. Boa honra e boa reputação não valerão de nada se o dinheiro, se o vil metal, rege todas as coisas.

4.1) Esse poder moderador econômico modera também a ambição dos indivíduos. Eles não precisarão ter ego inflado e agir como animais que mentem, no tocante a ocuparem algum cargo público no sentido carreirista do termo. 

4.2.1) E isso constitui um poder moderador que não exclui o princípio da ultima ratio regis do vassalo de Cristo, que decide a coisas do reino agindo como se Cristo reinasse neste terra. 

4.2.2) Como o rei reina visando ao bem de todos, ele age como Cristo, a ponto de ser incapaz de pecar ou errar nesta matéria. Se ele erra, é porque não agiu como Cristo, mas como tirano  - e ele deve responder por isso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de abril de 2021 (data da postagem original).

As terras são o alicerce do Estado, do país que deve ser tomado como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo

1.1) Em seu livro A Arte da Guerra, Sun Tzu dizia que as terras são o alicerce do Estado. 

1.2) Considerando que o Brasil foi fundado para servir a Cristo em terras distantes e para propagar a fé cristã, então em regra todas as terras que constituem o território brasileiro são públicas - o que é considerado de propriedade privada eram terras originalmente devolutas que as pessoas ocuparam mansa e pacificamente ao longo tempo e das gerações a ponto de se santificarem através do trabalho  nelas, a ponto de tomarem o país como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo. 

1.3) Esse direito não pode ser traído, pois os que estão sob proteção e autoridade do vassalo de Cristo colaboram com ele na missão de servir a Cristo em terras distantes, a ponto de cumprirem sua missão se santificando através do trabalho em suas respectivas profissões.

2.1) A definição de bem público e bem privado atual passa ao largo dessa verdade histórica, que deveria ser por todos conhecida, pois decorre do milagre de Ourique, a ponto de verdade revelada, digna de ser observada.

2.2.1) Como a república brasileira é de cariz maçônico, ela não passa de uma comunidade imaginada, um império de domínio a serviço dos maçons, um laboratório permanente de experiências revolucionárias a ponto de serem exportadas para outros países.

2.2.2) O que decorre de Deus não passa de preconceito para essa gente pretensamente iluminada - e eles vão passar por cima de tudo o que há de mais sagrado. Até mesmo esse ensinamento de Sun Tzu que citei será jogado pra escanteio ou mesmo considerado ultrapassado, pois a obstinação de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade não tem limites.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de março de 2021 (data da postagem original).

Da importância da nobreza de modo a se impedir a concentração de bens da vida em poucas mãos

1) Dizia Chesterton que os megacapitalistas (aqui estou usando o temo do Olavo emprestado) nunca foram contrários à propriedade privada - na verdade, eles eram contrários ao limites dela. 

2) Ora, se a propriedade não tem limite, aí ela começa a ser improdutiva, pois os poderes de usar, gozar e dispor das coisas serão voltados para o nada, de modo a ostentar a vaidade de seus detentores, o que é odioso. Isso prova que essas pessoas conquistaram o que têm sem mérito, sem agir com honra.

3) Na Idade Média, era comum os títulos de nobreza conferirem o direito ao detentor de usar, gozar e dispor de uma gleba de terra de um certo limite. Se ele quisesse aumentar o seu poder de usar gozar e dispor das coisas, ele precisaria comprar um título de hierarquia superior. 

4.1) Os títulos de hierarquia superior davam vantagens adicionais, como, por exemplo o direito de votar e ser votado nas assembléias municipais. 

4.2) Até a pessoa adquirir esses títulos, ela precisaria mostrar o seu valor trabalhando, a ponto de juntar capital e adquirir uma excelente reputação de bom prestador de serviço junto à comunidade. Uma vez reunido o capital e a prova testemunhal que confirmam tudo isso, o pretendente podia adquirir esse título de hierarquia superior, uma vez que ela está aperfeiçoando a liberdade de muitos com o seu trabalho. Por isso, ela está agindo com honras.

4.3.1) Os títulos de nobreza também determinavam quantos tipos de negócios a pessoa tem direito, o que dificultava que ela tivesse o controle de toda a cadeia de produção se não agisse com honras. 

4.3.2) Era por conta de uma sociedade sem tradição, sem títulos de nobreza, que Andrew Carnegie foi o primeiro a controlar todos os aspectos da cadeia produtiva de seu negócio, a ponto de exercer monopólio sobre seus negócios. Carnegie oprimiu seus empregados e construiu sua riqueza no pecado, pois fez da riqueza sinal de salvação - a filantropia que ele fez no final da vida foi uma tentativa de apagar a sujeira de seu legado. Isso pode reabilitar sua imagem junto aos homens, mas não diante de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de abril de 2021 (data da postagem original).