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sexta-feira, 20 de abril de 2018

Se a revolução é um bem para o revolucionário, um bem imaginário, então a lei de utilidade marginal decrescente não incide neste caso, pois a necessidade nunca será satisfeita.

1.1) A demanda por revolução não é como demandar um bem concreto destinado a satisfazer necessidades fisiológicas.
 
1.2) Trata-se de uma demanda por bens imaginários, fundados no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade. É como fabricar bonecos vodus de modo que todos possam fazer bruxaria - para quem é conforme o Todo que vem de Deus, isso não tem utilidade nenhuma, mas para quem acredita que pode mudar o mundo, isso é muito útil para espalhar o mal pelo mundo, já que as pessoas não estão fazendo absolutamente nada para impedir que esse mal aconteça e prospere.

2) No caso de demanda por bens imaginários, fundados na mentalidade revolucionária, não há a observação da utilidade marginal decrescente. Quem quer revolução sempre quererá uma revolução maior ainda - é como um saco sem fundo. Quem compra um boneco de vodu sempre vai querer muito mais bonecos para poder praticar bruxaria - e sua sanha acaba quando o dinheiro acaba. Afinal, o comunismo dura enquanto durar o dinheiro dos outros.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de abril de 2018.

Notas sobre a diferença entre revolucionário e revolucionista

André Tavares me fez esta pergunta

"Dett, fiz uma reflexão acerca da diferença revolucionário e revolucionista. A militância de baixo galardão é revolucionária, isto é, quer revolução; a caterva de elite é revolucionista, pois vive de promover revolução e ganhar poder no processo, sem se importar se tal coisa vai ou não acontecer. Isso procede?"

Eu respondo:

1) O Revolucionista promove também a renovação do ciclo da evolução. 

1.1) No sentido romano do termo, o revolucionista é quem promove a renovação de um ciclo (que pode ser uma coisa boa também, como o ciclo de uma colheita ou um ciclo econômico)

1.2) No sentido germânico do termo, é renovar o ciclo de caos e destruição conservando sistematicamente o que é conveniente e dissociado da verdade. E quanto mais renovar esse ciclo de caos e renovação, mais o conservantista estará à esquerda do Pai. Eis o darwinismo social, pois só o mais fortes, os mais capazes de promover revolução, vencem, já que a história é dita pelos vencedores, a ponto de dizerem que o forte deve destruir o fraco e não fundir-se a ele.

2) A relação do revolucionário com o revolucionista é que nem a relação de oferta e demanda. Se o povo - isto é o conjunto dos revolucionários que amam e rejeitam as mesmas coisas fundadas no que é conveniente e dissociado da verdade - quer revolução, então haverá uma classe dirigente que a promova - e como sempre, as coisas feitas no homem pelo homem e para o homem tendem a piorar.

3.1) Se democracia é o governo do povo, pelo povo e para o povo - revolucionário -, então esta é a maior tirania que pode haver, pois esse progresso será inevitável, inflexível. Será um eterno avançar sem transigir, sem negociar, pois isso se funda no conflito de interesses qualificado pela pretensão resistida. 

3.2) E não é à toa que o judiciário tende a ser o sumo pontífice dessa nova ordem onde o país será tomado como se fosse religião em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele. É ele quem diz definitivamente quem tem ou não razão - e não é à toa que acabam legislando, passando por cima do poder legislativo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de abril de 2018.

quinta-feira, 19 de abril de 2018

Louco é quem conserva o que é conveniente e dissociado da verdade

1) Ainda bem que meu blog é moderado. Tem gente achando que sou louco e não diz a razão pela qual fala isso.

2) Sabe que eu faço? Excluo o comentário. Quem conserva o que é conveniente e dissociado da verdade é mais louco do que eu, pois ama a si mesmo de tal maneira a desprezar Deus.

3) Nos tempos atuais, Meu Senhor e Meu Deus seria chamado de louco por esses conservantistas. Isso indica de que estou fazendo bem o meu trabalho.

4.1) Se vocês lessem tudo o que escrevi  "Sobre as fundações lógicas da pátria" até aqui, vocês veriam que não estou louco.

4.2) Tudo o que faço é estudar a História de Portugal e restaurar a nossa realidade, já que nego a falsidade histórica dessa terra, fundada na mais pura mentira documental, feita à revelia da documentação portuguesa, como tem mostrado o professor Loryel Rocha.

4.3) E falar a verdade, nestes tempos atuais, tornou-se loucura - eis o martírio dos nossos tempos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de abril de 2018.

quarta-feira, 18 de abril de 2018

Quem paga foro anual ao vassalo de Cristo não precisa pagar imposto de renda

1.1) Se a monarquia de Ourique ainda existisse, o povo ainda pagaria foro anual ao vassalo de Cristo - no caso, D. Duarte Pio de Bragança -, já que Portugal e seus domínios de além-mar são uma grande enfiteuse. Em troca, ele protegeria todos os que estão sob sua proteção e autoridade de modo que o país seja tomado como um lar em Cristo. 
 
1.2) Esse foro, por conta do arrendamento enfitêutico, seria um tributo por força da honra que deve ser dada não só a ele mas a todos que reinaram e regeram Portugal de modo a imitar o exemplo de D. Afonso Henriques, a ponto de servir a Cristo em terras distantes. 
 
1.3) Se eu tomo o país como um lar em Cristo, então eu devo honrar o vassalo que meu Deus e Senhor deu ao meu país, já que ele me toma como parte da família, ao me dar liberdade para ser livre nesta terra e servir aos meus semelhantes, a ponto de amarmos e rejeitarmos as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

2.1) Quem paga foro anual a quem rege o país pela graça de Deus não precisa pagar imposto de renda.
 
2.2) Até porque o fundamento do imposto de renda se versa sobre moeda, já que a riqueza se tornou uma espécie de salvação - e a sanha do Estado tomado como se fosse religião é devorar tudo o que encontra pela frente, a ponto de transformar a nação numa danação. 
 
2.3) É dentro dessa lógica que o mundo dividido entre eleitos e condenados persiste - e isso não decorre da conformidade com o todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de abril de 2018.

Das espécies de prestação de trabalho in natura e sobre a dação em pagamento por força de tributo

1) A prestação de trabalho in natura pode se dar de várias formas:

A) Uma delas é construindo obras públicas - as pirâmides do Egito foram construídas dessa forma.

B) Serviço militar. Se houver homens na família em idade militar e dispostos a lutar por seu príncipe, por Deus e seu país, eles vão para a guerra. E se forem bons guerreiros, eles serão agraciados com honrarias, títulos e terras.

C) Se você é médico, você pode clinicar num hospital público, assistindo aos desvalidos.

D) Se você é advogado, você pode atuar na Defensoria Pública Real, dando assistência jurídica aos pobres. Ou mesmo na Procuradoria-Geral da Coroa, evitando que o dinheiro público seja perdido por meio de litigâncias de má-fé movidas contra a administração pública que coordena os esforços na construção do bem comum. Se você for um bom advogado, você pode ser efetivado e se tornar um procurador do Estado ou defensor público de carreira.

E) Se você é professor, você pode dar aulas numa escola pública, caso falte professor. E se você for bom, você se torna professor de carreira.

F) Se você é pesquisador, pode fazer palestras numa Universidade Real, estimulando muito mais gente a estudar e a buscar a verdade, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus. Se você for bom, você passa a ser parte da casa, como pesquisador permanente.

2.1) No caso de dar coisa diversa de dinheiro, as colheitas e a produção da cidade dados por honra ao príncipe e à Igreja por conta de seus relevantes serviços prestados são geralmente depositadas no estoques reais ou mesmo nos estoques das paróquias ou da catedral.

2.2.1) Em caso de carestia ou calamidade pública, essa comida e outros bens dados por força de tributo é liberada de modo a ajudar os necessitados; no caso da Igreja, ela se sente livre a ajudar os necessitados, por meio da caridade. Isso pode se dar tanto na cidade ou no mundo inteiro.

2.2.2) Essa coisa dada facilita que o governo ou a Santa Religião possam cumprir seus propósitos, o que faz o país ser tomado como um lar em Cristo mais facilmente.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de abril de 2018.

Por que o tributo deve recair somente sobre coisas que se reproduzem (como colheitas ou prestação de trabalho in natura)?

1) Meu colega Roberto Santos apontou que a cobrança de juros era possível na agricultura porque as sementes e os animais se reproduzem.

2) Se um príncipe estimula todo um povo a colaborar com ele na promoção do bem comum, então a melhor parte das colheitas e da produção artesanal da cidade é destinada ao príncipe - e por extensão à própria Igreja, pois o príncipe só é o que é por força de Deus.

3.1) Como as sementes e os animais se reproduzem, então a indústria tem trabalho para as estações e anos seguintes, pois só há matéria-prima porque as plantas e os animais se reproduzem. Por força disso, o tributo que é dado ao príncipe, por força de fazer a cidade ser tomada como um lar em Cristo, tende a ser costumeiro e a se renovar ano após ano, sem a necessidade de haver mudanças naquilo que é costumeiro.

3.2) Trata-se de um tipo de capitalização moral, pois muitos darão o seu melhor de modo a colaborar com o príncipe na tarefa de promover o bem comum e fazer com que o país deixe um legado civilizatório ainda maior para a toda a cristandade.

4.1) Em estações onde a agricultura não pode ser praticada, por força de as terras estarem descansando ou por força do inverno, a mão-de-obra disponível podia prestar seu tributo ao soberano por meio do trabalho in natura - como o pai pode ter filhos, então esse tipo de tributo pode ser oferecido porque o ser humano também se reproduz.

4.2) Essa mão-de-obra disponível pode ajudar na construção de obras públicas, seja abrindo estradas, seja construindo aparelhos urbanos que favoreçam a economia e o bem-estar da cidade ou construindo alguma maravilha do mundo, ao melhorar o palácio do príncipe em gratidão pelo serviço de proteger o povo e estimulá-lo a bem servir seus semelhantes, fazendo com que a cidade seja tomada como um lar em Cristo.

5.1) Quando a moeda é exigida no lugar de colheitas ou trabalho in natura, você não só inviabiliza uma negociação entre o Estado e o administrado como também você acaba estimulando a corrupção do governo, pois a moeda não se reproduz, por ser um metal. fora que é um bem escasso.

5.2) Se a riqueza é vista como sinal de salvação, a tendência é o governo concentrar poderes absolutos, a ponto de confiscar tudo nas mãos do Estado. Eis o comunismo!

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de abril de 2018 (data da postagem original).

Mais notas sobre a diferença entre tributo e imposto

1.1) O tributo que é dado ao príncipe pode ser feito por força de honra e tende a ser costumeiro.

1.2) Se ele ensinou todo um povo que está a ele sujeito a sua proteção e autoridade a tomar o país como um lar em Cristo - o que certamente prepara para a pátria definitiva, que se dá no Céu -, então é justo e necessário que os que tomam a cidade como um lar neste fundamento reservem a melhor parte de seus rendimentos ou de suas colheitas ao príncipe - e por extensão, à própria Igreja, já que ele só é príncipe pela graça de Deus.

1.3) Se alguém age por egoísmo e não colabora com a tarefa de tomar o lugarejo como um lar neste fundamento dito em 1.2, então esse egoísta será considerado persona non grata na comunidade, a ponto de ser tomado como um apátrida.

1.4) Se o tributo tende a ser costumeiro, então a melhor parte que é dada tanto ao príncipe quanto à Igreja tende a variar ano após ano. Em alguns anos, o rendimento é maior e em outros o rendimento é menor. Isso varia muito por conta das alterações climáticas, das guerras e de outras circunstâncias por que passa o país.

2.1) Quando se toma o país como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele, a relação entre governo e administrados tende a ser um conflito permanente, pois tomar o país dessa forma é revolucionário e anticristão.

2.3.1) Se a relação entre Estado e administrados tende a um conflito permanente, então tudo terá que ser regido por lei, que dirá o direito por força desse conflito e nem sempre observará a verdade, já que os revolucionários só conservam o que é conveniente e dissociado da verdade.

2.3.2) A lei, por natureza, é abstrata e tende a regular relações gerais e uniformes, a ponto de estar fora da realidade, no tocante a tomar o país como um lar em Cristo. Por força disso, basta que haja alguém rico no amor de si até o desprezo de Deus baixar uma lei que o tributo se torna um instrumento de opressão e confisco, de os que têm menos dinheiro pagarem mais imposto do que os mais ricos.

2.3.3) Eis porque os impostos, por sua natureza, só beneficiam toda uma elite dirigente egoísta e apátrida - a riqueza para eles se tornou uma salvação, a tal ponto que querem se locupletar às custas de todo um povo que toma o país como um lar em Cristo.

2.3.4) Pouco importa se o imposto é ordinário ou extraordinário (cujo fato gerador se dá por força de uma guerra declarada conta uma potência estrangeira) - quando são revolucionários que governam o país, então ele está em guerra civil permanente. E esses revolucionários são tanto comunistas quanto maçons - eles devem ser combatidos com todas as forças, pois são todos apátridas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de abril de 2018 (data da postagem original).

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