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segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Notas sobre a filosofia da crise da ciência histórica: o caso das duas revoluções industriais, fundadas nos dois significados da palavra revolução, um germânico e outro romano

1) Historiografia marxista é historiografia fundada no conservantismo mais extremado, a serviço da tomada do poder de modo a se destruir tudo o que há de mais sagrado. Isto leva a uma crise do estudo da história onde a verdade é posta de lado, de modo a nada fazer mais sentido.

2) Os que realmente amam a verdade botam o pé na estrada e vão servir a Cristo nestas terras e em terras distantes de modo a reunir informações que estão dispersas pelo mundo afora de modo a serem reunidas num esforço coordenado de defesa da verdade contra essa invasão vertical do bárbaros, já que ela é o fundamento da nossa liberdade em Cristo, por Cristo e para Cristo, na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) Se a filosofia nasce do espanto, então o motor da reação contra tudo o que não presta, contra esse conservantismo, é o senso de conservar a dor de Cristo, cuja memória de seu sacrifício derradeiro na Cruz deu a razão de sermos o que somos, a ponto de nos dar um sentido de tomar este país como um lar n'Ele, por Ele e para Ele, assim como de uma tradição política de que devemos servir a Ele de modo que esta nobre ordem se expanda, já que o verdadeiro Império é espiritual, fundado no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem - e ele foi revelado no Milagre de Ourique.

4) O estudo dos dois sentidos da Revolução Industrial é um estudo à luz da filosofia da crise, tal como foi entendido por Mário Ferreira dos Santos. Além de ser uma crise educacional, ela aponta para uma crise espiritual que deve ser combatida o quanto antes.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 09 de agosto de 2021 (data da postagem original).

Sobre os dois sentidos de revolução industrial ao longo da História

1) No sentido romano do termo, toda revolução indica uma renovação, uma atualização de uma tradição. 

2.1) A maior prova disso é que a Pax Romana indica o fim do ciclo político da República Romana e o início do ciclo político do  Império Romano, pautado pela concórdia entre a classe que produz alimentos para o povo (que são os patrícios) e a classe que distribui essa riqueza e as riquezas de outras partes do império a toda a gente de Roma, os plebeus. 

2.2) Da concórdia entre as classes, um novo instituto nasceu da síntese desses interesses outrora antagônicos: a corporação de ofício. Estava nascida uma organização social fundada na união de trabalhadores das mais diversas origens, associadas por interesses em comum e sem nenhum laço que as forcem a se associarem ou permanecerem associadas, a não ser a liberdade. E com a vitória do Cristianismo, a verdade - fundada no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, que é Cristo - tornou-se o fundamento dessa liberdade, a ponto de dar um sentido às coisas de modo a resistirem ao teste do tempo, das marchas e contramarchas históricas.

3.1) A corporação do ofício foi responsável por uma verdadeira revolução industrial ao fazer da atividade artesanal uma atividade econômica organizada, pois fez da necessidade de desenvolver coisas para suprir as necessidades dos outros uma cultura, a ponto de servir uma nova ordem com propósitos ainda mais nobres, salvíficos, posto que a necessidade é a mãe das descobertas.  Novas técnicas de produção e de registro contábil foram descobertas a partir de métodos empíricos e de constantes observações que foram registradas nos diários das famílias de cada membro da guilda, a ponto de serem melhor passadas de pai para filho para depois serem passadas para uma família muito mais ampla, que era a dos associados da guilda da profissão em que a família estava tradicionalmente associada há muitas gerações. 

3.2) Associando progresso e tradição, essa revolução industrial foi-se tornando uma atualização constante das nobres tradições da república romana, a ponto de ser transmutada na Ordem Social da Igreja Católica, em sua Doutrina Social, posto que verdade conhecida deve ser obedecida.

4.1) Nos manuais de História, nós estudamos a revolução industrial no sentido germânico do termo. Essa revolução tem suas bases na Revolução protestante contra o cristianismo, prega a luta de classes e a destruição de tudo o que há de mais sagrado, sagrado esse fundado no fato de conservarmos a dor de Cristo, dor essa que edificou a verdadeira ordem entre nós. 

4.2) O industrialismo, fundado na riqueza tomada como sinal de salvação, derruba todas as tradições consideradas arcaicas, pois essa gente pensa que novas idéias, ainda que não tenham passado pelo teste do tempo, são necessariamente as melhores. 

4.3.1) Os defensores do progressismo rejeitam Deus como a razão de ser todas as coisas do universo e conservam o que há de conveniente e dissociado da verdade. 

4.3.2) A ciência para eles é um ídolo que aponta para o verdadeiro deus deles, que é o Homem como centro do Universo. E isso é ingaia ciência, pois negam uma verdade de Cícero: que a própria natureza incutiu no homem a idéia de Deus, de conformidade com o Todo que vem de Deus. 

5) Quando levamos em consideração que há dois sentidos para a palavra revolução, há que se considerar que há duas revoluções industriais: uma no sentido romano e outra no sentido germânico, que fez a liberdade dos modernos romper com o sentido de liberdade dado pelos antigos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 09 de agosto de 2021 (data da postagem original).

Da corporação de ofício como fruto da concórdia entre as classes - notas sobre as conseqüências da Pax Romana de Otávio César Augusto

1) As corporações de ofício, enquanto instituto social, elas surgiram na época em que houve a transição da república para o império em Roma. Elas são o fruto da política conciliatória de Otávio César Augusto, de modo a por fim a guerra civil entre a plebe e o patriciado. 

2) Por um lado, foram confirmados os valores tradicionais da República de liberdade e de não-sujeição de um homem ao arbítrio de outro homem seja por meio da força bruta, seja por meio de contratos leoninos, tal como havia nos contratos de comércio antigos, o que levaria ao retorno da escravidão por dívidas, à volta da barbárie - e esta crítica do patriciado aos costumes da plebe eram válidos e foram apreciados, porque era uma questão de justiça, de matéria de ordem pública; por outro lado, servir o que você produz de maneira livre a quem realmente necessita de serviço de modo a ser bem pago por isso é algo realmente justo, pois isso nos aponta para novas verdades que devem ser conhecidas e observadas. Isso fomenta novas uniões políticas que renovarão a força política da ordem romana, criando um novo tempo de atualização da tradição fundadora - o que agrada os interesses progressistas da plebe. 

3.1) As corporações de ofício nasceram neste contexto de conciliação, passando a ser um símbolo de um novo tempo na História da Civilização. Pessoas que trabalham no mesmo ramo, sejam elas de origem plebéia ou patrícia, podiam se associar por um interesse em comum fundado nos interesses da profissão que lhes dava sustento, servindo aos interesses do bem comum, da sociedade romana como um todo. 

3.2) Como a amizade é a base da sociedade política, isso dava causa a casamentos legítimos, fomentando ainda mais liberdade na orbe romana. Dentro deste ambiente conciliatório, a lex canulea, criada a partir da lei das 12 tábuas, ganhou cada vez mais força. O conjunto de trabalhadores de uma mesma profissão associados eram chamados de corpora - como eles eram agentes políticos na sociedade, eles eram chamados de corporações de ofício, pois é do espírito de corpo que se toma um pais como um lar. 

3.3) Com a vitória do Cristianismo sobre o paganismo, isso serviu de base para a santificação através do trabalho, pois elas eram associações de várias famílias em seus diferentes ramos de profissão. E a exemplo da família romana, nelas havia hierarquia, onde as pessoas progrediam nelas passando pelo caminho das honras, horando a seus superiores tal com fariam com o pai e com a mãe, como mandam as Sagradas Escrituras.

4.1) As corporações de ofício são síntese dos interesses antagônicos dos optimates (que faziam da agricultura a base da sua riqueza) e dos populares (que faziam do comércio a base da sua riqueza). Elas transformam matéria-prima em produto acabado, a ponto de gerar a indústria artesanal, gerando novos tipos de riqueza e novos tipos de demanda.

4.2) A base da revolução industrial estava lançada na história do mundo - o processo de automação industrial e as conseqüências sociais e políticas desse processo, elas viriam após uma longa história de marchas e contramarchas ao longo da história da civilização.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 09 de agosto de 2021 (data da postagem original).

terça-feira, 27 de julho de 2021

Da boa conversa intelectual como um bom combate espiritual

1) Agora percebo que uma conversa de alto nível é um verdadeiro combate espiritual, no sentido de conduzir os espíritos para a verdade, para a conformidade com o Todo que vem de Deus. 

2) Quando o debate é conduzido por horas e é produtivo, a sensação de gratificação e de dever cumprido é enorme. Você não precisa fazer mais nada pelo resto do dia que se segue até o seu fim.

3.1) Depois de uma boa conversa, a alma só quer estar a sós com Deus e mais nada, pois no dia seguinte ela está pronta para o combate novamente - e para um combate maior, onde cobrirei não só a política brasileira como também a polonesa. 

3.2.1) Para quem toma a terra de São João Paulo II como um lar em Cristo, acompanhar a luta contra a esquerda - bem como a preocupação de ver o país dividido por conta de o Oeste da Polônia ter caído nas mãos da hegemonia canhota - é um privilégio e um desafio muito grande. 

3.2.2) Digo privilégio porque a imprensa não está fazendo o seu papel, o que abre uma grande oportunidade de cobrir tal realidade para o público brasileiro. Digo desafio porque isso exigirá que eu me aprimore cada vez mais, a ponto de dominar o idioma de São João Paulo II e toda a cultura local de modo a melhor compreender a a política local, pois todos os atos da política só podem ser explicados a partir da literatura local, o que pede muitos anos de estudo. Por isso que é um desafio. 

4.1) Como essas coisas se fundam em Deus, eu não quero holofotes para mim, mas para os fatos que vou expor nos meus escritos. Se eu ficar famoso por conta do meu trabalho, mais eu quero o anonimato e a discrição - sinal de que a mortificação se faz cada vez mais necessária, movimento esse que meus outros colegas da direita não são capazes de fazer e que botam tudo a perder, em razão da vaidade.

4.2) Minha maior luta será não ser vencido pelo ego - e neste ponto, Deus há de me ajudar. Farei o melhor que puder.  

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de julho de 2021 (data da postagem original).

Da importância do espírito bandeirante para se tomar múltiplos países como um mesmo lar em Cristo (da nacionidade como um direito a ser conquistado)

1) De nada adianta reagir ao incêndio da estátua se falta o espírito bandeirante, o espírito de ir servir a Cristo em terras distantes. Tal reação será fogo de palha, a ponto de dar bandeira ao que se conserva de conveniente e dissociado da verdade: o seu nacionalismo caricato.

2) O espírito bandeirante pede mais que um espírito de defesa, mas um espirito de conquista, de expansão da verdadeira fé, pois o país foi fundado para propagar a fé cristã, tal como foi edificado no milagre de Ourique. E isto leva a um espírito empreendedor, pioneiro, desbravador - algo que é próprio da natureza dos paulistas.

3) Para conquistar algo nestes tempos atuais, não é preciso matar gente, pisar em cima de gente inocente. Basta unir-se aos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

4.1) Como todo bom bandeirante, eu me caso com a filha de um cacique local de modo a ter influência junto à comunidade local, como faziam os portugueses. 

4.2) Se eu me casar com uma polonesa, poderia tomar a Polônia como um lar em Cristo. Poderei ter cidadania polonesa, poderei votar nas eleições polonesas e poderei exercer influência naquela sociedade, criando as pontes entre meu país e o país dela. Tenho um bom conhecimento da realidade do meu país e vou passar o que eu sei a eles.

4.3.1) Dupla nacionalidade é um grande poder e uma grande responsabilidade. As pessoas só se lembram dela quando vão passear na Europa, sem passar pela imigração. Trata-se de um luxo, não de um bem necessário.

4.3.2) É justamente porque sei o quão isso é valioso que eu quero esse poder para mim e para os meus filhos. Afinal, eu não sou gado e tenho plena consciência dos meus deveres de brasileiro e de católico a ponto de querer ter deveres próprios de polonês, já que tomo o país de São João Paulo II como meu lar em Cristo tanto quanto o Brasil.

4.3.3) A maioria dos que têm dupla nacionalidade não têm consciência do poder que possuem. Se dessem valor, não seriam apátridas no seu duplo grau.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de julho de 2021 (data da postagem original).

segunda-feira, 26 de julho de 2021

Como ser um bandeirante virtual - lições da minha experiência pessoal

1) De tanto rezar com as mãos, escrevendo meus artigos, e com o coração, desejando conhecer amigos poloneses que me sejam adequados de modo que eu possa tomar o país de São João Paulo II como meu lar em Cristo tanto quanto o Brasil, eis que meu pedido foi realizado. Conheci cinco ou seis poloneses ao longo de uma semana, quando coloquei o filtro de defesa da missa tridentina na minha foto.

2) Conversando com uma dessas pessoas, conheci um autor polonês, Feliks Koneczny, que escreveu textos interessantes sobre História da Civilização comparada. A maioria desses livros sequer foi traduzida para o inglês. 

3.1) De tanto trocar informações, comecei a tomar conhecimento da política polonesa, dos melhores autores da História polonesa e muitas outras coisas. Neste sentido, um colega me disse que eu estava agindo como um verdadeiro bandeirante, um verdadeiro vassalo do rei de Portugal, que por sua vez era vassalo do Crucificado de Ourique, que estimulava o povo a ir servir ao verdadeiro Deus e verdadeiro Homem em terras distantes, já que Ele quis um império para Si. 

3.2.1) O caminho, a verdade e a vida é também construtor e destruidor de impérios - e esta é a razão de nossas vidas: mais do que defesa da fé, devemos expandi-la a todo custo. O motor do conservadorismo verdadeiro é a tradição: e Ourique é a base disso. 

3.2.2) Neste tempo onde as pessoas estão indignadas por terem visto os comunistas queimarem a estátua de Borba Gato, eu estou buscando, a partir dos exemplos da História portuguesa, ser um bandeirante virtual, criando os laços de tal maneira a tomar muitos países como um mesmo lar em Cristo. Eis as pontes que estou criando - e ninguém está fazendo isso. Onde está o espírito bandeirante das pessoas? Ou a reação delas é só mero fogo de palha?

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de julho de 2021 (data da postagem original).

sábado, 24 de julho de 2021

Do bahiano ao baiano - crônicas da decadência política e cultural brasileira

1) Nos tempos do Império do Brasil, bahiano era escrito com "h". Isso marcava os originários da Bahia. Dali vinham os mais brilhantes homens públicos que o país já teve em sua história.

2) Atualmente, o nativo da Bahia é baiano, que é escrito da mesma forma que um animal que fica na baia da de um estábulo: o animal baiano. O estado já não produz homens públicos notáveis, mas animais que mentem da pior espécie. E o lugar desses animais que mentem é a prisão.

3) O maior exemplo de animal que mente que ocupou lugar de destaque na política brasileira foi o Lula. Embora tenha nascido em Pernambuco, em SP todo migrante nordestino é considerando "baiano". Como ele glamouriza a ignorância e conserva tudo o que há de conveniente e dissociado da verdade, este é sem dúvida o pior animal de baia do rebanho revolucionário que há no país. Ele é o pior exemplar de sua espécie. Um verdadeiro perigo à sociedade, pois ele está à solta.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de julho de 2021 (data da postagem original).