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quarta-feira, 26 de fevereiro de 2020

Sobre a arte de conhecer alguém

1) Quando admiramos uma pessoa, nós a admiramos porque ela faz as coisas com excelência, uma vez que isso aponta para o alto, diretamente para Deus. Quando desprezamos alguém, nós a desprezamos porque ela vive a conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, o que volta nossos olhos para baixo, para a mansão dos mortos.

2) Santo Agostinho sempre nos fala para olharmos para o que a pessoa ama, de modo a conhecermos melhor. E o que ela ama é o que ela assume como profissão de fé, uma que vez isso representa o que ela pensa, acredita, representa e prevê - a base de toda opinião. Uma pessoa admirável dirá na maior parte das vezes coisas sensatas, ao passo que uma pessoa desprezível dirá coisas insensatas, vazias, das quais nada ou quase nada se aproveita.

3) Mesmo que eu nada saiba sobre política, ao menos eu posso aprender alguma coisa sobre o assunto ouvindo uma pessoa muito inteligente e sensata discorrer sobre o assunto - isso servirá de base para as minhas opiniões futuras. Quanto mais opiniões dessa mesma pessoa eu ouvir, mais eu a conheço. E quanto mais coisas sensatas ouvir de diferentes pessoas sensatas sobre o mesmo assunto, melhor, pois saberei ainda mais coisas. Com relação aos insensatos, padre Pio nos recomenda que fujamos deles, pois suas conversas são inúteis.

4) A vida contemplativa é uma vida ativa. Você ouve os sensatos, registra o que foi dito e medita sobre o que foi falado. O fundamento da ciência é provar do fruto das coisas e ficar com o que é conveniente e sensato, pois isso nos aponta para a conformidade com o Todo que vem de Deus, para o verbo que se fez carne.

José Octavio Dettmann

terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Notas de diário intelectual (25/02/2020)

1) Logo que escrevi meditações sobre o papel do diário no Ultima Online, mais dados sobre mendicância me vieram.

2.1) Com isso, um novo ciclo intelectual foi aberto de modo a aprofundar e integrar tudo o que já escrevi sobre o tema.

2.2) O que já escrevi antes serve de caravançarai, de ponto de partida que leva os viajantes para um caminho ainda mais profundo, onde estes encontrarão mais riqueza de modo a entender a sociedade no seu anseio de conhcer a Deus cada vez mais, pois capital é trabalho acumulado ao longo do tempo e capitalização moral pressupõe admirar a grandeza da obra de Deus por um bom tempo a ponto de produzir impressões autênticas sobre o tema, pois escrever pressupõe registrar o que realmente merece ser observado.

2.3) E quanto mais você contempla a grandeza de Deus, mais você registra, mais você incute na ordem social dos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento a necessidade de observar essas coisas, a ponto de se tornar um costume, uma lei que todos devem observar na sociedade, através do exemplo do mais virtuoso, daquele que é amigo de Deus sem medida.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de fevereiro de 2020.

Da esmola como prólogo para uma historia fundada na santificação através do trabalho

1) Quando um Cristo-príncipe ajuda a um Cristo mendigo, a primeira esmola serve de prólogo para uma bela história de amor fundada no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem. Se o Cristo-mendigo souber ler e escrever, ele anotará o nome desse Cristo-príncipe a ponto de prestar mais favores a ele de modo a conseguir mais esmolas ou mesmo um emprego.

2) A primeira esmola, registrada no diário, serve de condão para se contar toda uma história onde o Cristo-mendigo ouve o chamado do Cristo-príncipe de modo a segui-lo na missão de estabelecer uma economia organizada de tal modo a se tomar o país como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo, a ponto de o Santo Nome do Senhor ser publicado em terras distantes através dos produtos de excelente qualidade que são exportados para os confins da terra e que tornarão a vida de muitos mais útil e mais produtivas, posto que se funda na verdade, no verbo que se fez carne.

3) Esse Cristo-mendigo, quando jovem, vira aprendiz, depois vira companheiro e depois mestre, a ponto de ser capaz de estabelecer uma economia própria e colaborar com o seu mestre de modo que esse legado civilizacional se expanda e perdure pelos séculos sem fim.

4) Se a primeira esmola serve de prólogo para se contar uma história onde o eu do mendigo se reveste de príncipe de modo a ajudar outros mendigos, isso já tem o condão suficiente de se tornar autobiografia, pois isto é obra autêntica de santidade, pois a santificação através do trabalho é tema crucial para se tomar um país como um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo e deixar um legado civilizatório duradouro.

José Octavio Dettmann

Quando o hábito de ler e escrever é difundido a toda a sociedade, as vocações intelectuais florescem - e com ela a educação superior, a alta cultura.

1.1) Quando se ensina a sociedade inteira a manejar o lápis e o papel, naturalmente surge a vocação intelectual.

1.2) Cristo como sacerdote está recrutado dentre os que sabem ler e escrever os que escutam o seu chamado através das letras. A essas pessoas com vocação para as letras não posso recusar educação mais elevada, pois ela aponta para Deus.

2.1) A Igreja Católica sempre compreendeu essa importância porque nem todo mundo que sabe ler e escrever tem vocação para a vida intelectual, a capacidade de contar histórias que apontem para Deus ou que descrevam a sociedade de modo a fazer ciência de tal forma que isso aponte para Deus.

2.2.1) Formar a elite, formar os melhores, significa prepará-los para servir a Cristo nesta terra e em terras distantes através do ofício de escritor, que é sagrado, quase um sacerdócio.

2.2.2) Por isso mesmo, isso gera um império de cultura, a ponto de fazer desse escritores profetas, a pedra angular através da qual a fé em Cristo se expande de modo que o Santo Nome do Senhor seja publicado entre os povos mais estranhos. É através desses profetas, portanto, que o Império fundado em Ourique é movido - e nele vemos a ação do Divino Espírito Santo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de fevereiro de 2020.

Dos fundamentos cristológicos de se ensinar uma sociedade inteira a ler e escrever

1) Em toda sociedade que ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, é conveniente que se ensine a todos da comunidade a ler e a escrever, incluindo os mendigos.

2) Os mendigos mais inteligentes sempre manterão um diário de modo a manter o registro do quanto arrecadaram com esmolas e o nome de quem doou, assim como um lugar de referência onde esse doador on esse Cristo-príncipe, pode ser mais facilmente encontrado. Se ele prestar mais favores a esses bons príncipes, mais esmolas poderá obter (quem sabe, um emprego).

3.1) Se eu, na qualidade de mendigo, recebo esmola de um Cristo-príncipe, então eu devo favores a esse mesmo príncipe, de modo a conseguir mais esmolas ou quem sabe sair da condição de mendicância e ser elevado a príncipe, se for da boa vontade de Deus.

3.2) Quando registro a esmola no meu caderninho e o nome de quem me doou, além do lugar habitual onde este Cristo-príncipe pode ser mais facilmente encontrado, isto cria um compromisso, uma ponte onde eu como devedor me integro ao meu credor - e isso leva à pedagogia da responsabilidade pessoal. Se eu servir a ele com excelência, eu sou alçado à condição de bogaty, por conta do constante trabalho acumulado.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de fevereiro de 2020.

Pelo Estatuto da Destamborização da Sociedade

1) Meus pais botaram num vídeo do youtube onde tinha gente tocando gaita de fole (o vídeo foi feito na Escócia). De repente, o mesmo grupo começou a tocar tambor num ritmo que mais me lembra os bárbaros pagãos dos tempos antigos. 

2) Assim não dá! Vamos fazer o estatuto da destamborização, pois tambor é arma que gera má consciência coletiva (e pelo que ouvi falar, um certo sociólogo marxista falou para um amigo meu que o tambor nos faz lembrar do africano que há em nós e eu quero me livrar desse africano, desse pobre diabo que há em mim)! Vai tocar tambor assim lá no inferno!

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 25 de fevereiro de 2020.

segunda-feira, 24 de fevereiro de 2020

Pequeno manual que toda candidata à namorada deveria ler antes de me pedir em namoro

1) Não vote em comunista (ou mesmo em liberal que apóia a relativização do Cristianismo na sociedade)

2) Não dê ouvidos a quem for anticatólico.

3) Estude História do Brasil a sério, sobretudo a partir do milagre do Ourique, que deu origem ao Reino de Portugal.

4) Reze muito por mim, para que eu possa escrever bastante visando o bem do país.

5) Fuja do carnaval junto comigo - isso não é bom.

6.1) Se você decidir colaborar com o meu trabalho fazendo doação em dinheiro ou livros, não me prometa nada, pois estou farto de promessas. Faça um gesto concreto nessa direção.

6.2) Se quiser fazer surpresa, entregue tudo a mim no dia do meu aniversário (23 de janeiro). Compre o essencial - eu tenho uma lista de mais de 2000 livros - posso te passar a lista, se me pedir.

6.3.1) Se você é boa leitora dos meus artigos, você saberá de quais livros estou realmente precisando.

6.3.2) Pela minha experiência, eu conheci algumas mulheres que tinham essa intuição e me davam o presente certo, aquilo de que estava precisando. Só não tive um relacionamento mais sério com minhas namoradas anteriores porque descobri mais tarde que não eram católicas - e aí amigavelmente eu terminei com todas elas.

7.1) Com mulher não católica eu não quero nada, nem mesmo amizade.

7.2) O presente, vindo de um não-católico, é uma forma de corrupção - e eu geralmente termino devolvendo o presente ou o dinheiro que foi gasto em sua aquisição.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de fevereiro de 2020 (data da postagem original).