Pesquisar este blog

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2020

Da literatura universal e história universal como conceitos liberais a serviço de uma Nova Ordem Mundial

1.1) Esqueçam esse negócio de literatura universal. Você não pode ler Shakespeare sem compreender a dimensão sociológica da Inglaterra Elizabetana, assim como você não pode ler nenhuma outra outra grande obra de arte literária inglesa das Eras Edwardiana ou Vitoriana fora de seus contextos originais.

1.2.1) As grandes obras de artes são acessórios, são retratos de uma época - e seguem a sorte de seu principal.

1.2.2) O estudo dessas obras, abstraído de seus contextos históricos e de seus símbolos, fará com que o conhecimento literário seja servido com fins vazios, a ponto de você não ser capaz de não ter empatia com o passado de uma sociedade que deseja ser tomada com um lar em Cristo, por Cristo e para Cristo, visando ao bem comum de toda a Cristandade.

2) É justamente por haver literatura universal que se tem História Universal, o estudo dessas obras a partir da migração de símbolos, fazendo com que toda a experiência de séculos ou milênios de um povo seja reduzida a não mais do que um mero capítulo ou dois de um apanhado geral, que só capta o superficial, mas não a essência das coisas em Cristo fundada. Afinal, o mundo se reduziu a uma idéia, a uma abstração - e isto foi um dos males deixados por Kant.

3.1) Tomar o pais como um lar em Cristo implica compreender todos os símbolos, todos os cânones, todas as formas que fazem a sociedade ser o que é, quando se tenta tomar o país como um lar em Cristo, por conta de se servir a Ele em terras distantes, tal como foi estabelecido em Ourique.

3.2.1) Quando vamos para outras terras da Lusitânia Dispersa, como os Estados Unidos, nós estudamos a literatura americana a partir de dois cânones: a herança inglesa e a experiência decorrente da Revolução Americana, de modo a compreender a sociedade americana tal como ela é.

3.2.2) É compreendendo a razão de ser desta sociedade que a tomamos como um lar em Cristo e a passamos a conquistá-la de tal maneira que toda a herança maçônica e anticatólica morra para dar lugar a uma América Católica, serva de Cristo, capaz de fazer a Inglaterra se reconciliar com a Igreja. Só assim a República Americana é refundada de tal maneira a desaguar numa contra-revolução gloriosa, onde o Rei da Inglaterra seja servo de Cristo tanto quanto foi D.Afonso Henriques para Portugal.

3.2.3) A verdadeira América está pra nascer, uma vez que Cristo é construtor e destruidor de Impérios - e o império maçônico há de cair por terra. E quando esse império maçônico for desmontado a partir de dentro, o império maçônico que há no Brasil começa a ser desmontado junto.

3.2.4) Para que o Império maçônico americano possa crescer, os maçons precisam afundar o Brasil verdadeiro. Para libertar o Brasil verdadeiro, você precisa conquistar o império maçônico americano, levando uma guerra cultural para dentro do território deles.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de fevereiro de 2020.

Notas sobre literatura portuguesa e literatura brasileira como fontes de epistemologia histórica

1.1) As grandes obras da literatura nacional são o que são porque elas retratam a razão de ser de um povo em uma experiência capital, que serve de modelo para a História da Humanidade.

1.2) Exemplo disso são Os Lusíadas, de Camões. Aquilo ali retrata mais do que As Grandes Navegações - todo o espírito de Portugal dessa época fundado na missão de servir a Cristo em terras distantes, tal como foi estabelecido em Ourique, está ali retratado. Aquela obra é, portanto, a que sintetiza o espírito português e toda a sociedade portuguesa deve ser lida dentro desse cânone: o mitologema ouriqueano.

2.1) A literatura brasileira tem sua razão de ser a partir de 1822, a partir do desmonte dessa razão de ser, quando foi inventada a alegação que o Brasil era colônia de Portugal.

2.2.1) Esse falso dado de que fomos colônia de Portugal fez com que a mentira, o fingimento, a inveja, a mesquinharia fossem retratadas nas obras literárias do país, como se nós tivéssemos um complexo de vira-latas.

2.2.2) Foi uma experiência que foi insuflada pela maçonaria através de muita propaganda e manipulação através dos jornais e por conta dos muitos anos de instabilidade política, o que certamente afeta e muito psicologia de um povo a ponto de ser cada vez individualista e egoísta. E isso ficou registrado na literatura a ponto de ser uma antiliteratura, pois ela não aponta para o belo, mas para o grotesco que é viver numa comunidade imaginada, que foi forjada para servir de laboratório para experiências revolucionárias do mundo inteiro, o que por si só já mereceria uma obra literária.

2.2.3) O valor literário da literatura decorrente de 1822 está justamente neste sentido. Uma obra de referência neste sentido é o Brasil concebido como o Império dos Impérios do Mundo, feito para não servir ao Crucificado de Ourique, tal como foi bem apontado por Sacramento Blake.

3) Quando estudamos o caminho canônico fundado em Ourique e esse beco sem saída, nós estamos estudando filosofia da história - e a experiência literária nos fornece os subsídios necessários às nossas especulações filosóficas. A síntese entre o caminho e o não-caminho é o Brasil ser como o filho pródigo: voltar à casa do pai e servir a Cristo em terras distantes, tal como era antigamente.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de fevereiro de 2020.

Notas sobre nacionidade e o problema da forma canônica de se ler uma obra literária

1) Certa ocasião, eu estava jogando Civilization 5 e obtive um trecho de uma grande obra literária. Trata-se de um destaque do livro O último dos moicanos.

2) Li o trecho no original em inglês - é de uma beleza impressionante e que cheguei a pensar: "para compreender as obras da literatura estrangeira, devo tomar os países que a produziram como um lar em Cristo. Dessa forma, devo ler aquela obra consoante ao espírito da sociedade que produziu tal obra, da mesma forma como devo ler a Bíblia em consonância com o espírito que a produziu, de modo que ela seja corretamente compreendida, o que me leva a uma forma canônica de ler aquela obra, o que me pede conhecimento de história e de sociologia daquela sociedade que produziu tal obra".

3.1) Normalmente, quando tomo contato com as obras, eu já tomo contato com elas já traduzidas para o português, adaptadas para os filmes, consumidas por um público cuja cultura não tem nada a ver com o espírito criador dessas obras, a ponto de ficar totalmente alheio da experiência nacional ou abraçar uma experiência substituta, a ponto de ser uma colônia de outro povo e querer cada vez mais ser americano, por conta da aparente prosperidade material que tem lá - o que caracteriza ato de apatria, uma vez que essa realidade nos é servida a partir de uma ordem jurídica e econômica onde a liberdade e a verdade estão em divórcio permanente.

3.2.1) Eis no que dá a cultura de massa - ela leva à migração dos símbolos. Eu jamais poderei compreender a história desse livro sem compreender a sociedade colonial americana da época da guerra dos 7 anos, esse fato que precipitou a Independência dos Estados Unidos e A Revolução Francesa.

3.2.2) A necessidade de compreensão desses fatos históricos e da sociedade daquela através do estudo da História e da sociologia me levará a um estudo literário proveitoso, o que me poderá me servir de base para tomar aquela sociedade como um lar em Cristo, quando o chão no Brasil me faltar.

4.1) Da mesma forma, os filmes no cinema: eu só comecei a me interessar por filmes americanos dentro do contexto americano, como forma de estudar a sociedade americana, pois assistir a filme americano dentro de um contexto brasileiro como produto de consumo, como produto de entretenimento é alienação - por isso que nunca gostei de ver filmes como meu pai gosta, pois a pessoa fica exposta a toda sorte propaganda subliminar. É este tipo de coisa que faz de uma pessoa um crítico de arte, pois ela estuda a história de um povo através de suas grandes obras de arte.

4.2) É exatamente este tipo de coisa que separa homens de meninos - é a partir do estudo dessa arte que reparamos se a sociedade ali retratada espelha a realidade ou aquilo é propaganda de uma comunidade imaginada, destinada a promover a vanguarda revolucionária, na forma de uma arte moderna, como aconteceu em 1922 aqui no Brasil.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de fevereiro de 2020.

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2020

Como os canais de pornografia produzem esse horror metafísico que lhes é característico?

1) Certa ocasião estava vendo o Sextreme. As "atrizes pornôs" desse canal são de longe as mais bonitas.

2) Eu sinto pena de a beleza delas ser servida com fins vazios. A quantidade de moças envolvidas é tanta e os créditos passam tão rapidamente que fica realmente impossível se prender a uma pessoa em particular. A profusão de imagens de corpos nus é tanta que chega a produzir o caos, um horror metafísico, como se sexo fosse um encontro casual e tivesse um fim em si mesmo, como se não tivesse amor envolvido. Some-se a isso a brutalidade das cenas de sexo do canal, a ponto de homem e mulher não serem muito diferentes de dois animais no cio.

3) Na Idade Média os homens que se casassem com prostitutas recebiam indulgência plenária. O mesmo poderia ser aplicado a todo homem que conseguisse tirar essas moças dessa indústria maldita, a ponto de dar-lhes uma vida digna como esposas e rainhas do lar.

4.1) A atriz pornô que consegue ser convertida em esposa deixa de ser ídolo, de ser objeto a ser descartado quando morre, e passa a ser ícone, pois o que estava morto tornou a viver em Cristo Jesus.

4.2) O grande problema de hoje em dia é que o homens estão ficando afeminados - se os homens tivessem educação própria de homens, eles salvariam essas mulheres e acabariam com essa indústria maldita nem que fosse a fio de espada.

4.3.1) Uma das grandes missões civilizatórias de nossos tempos é fazer uma cruzada contra a indústria pornográfica. 
 
4.3.2) A beleza da mulher não pode ser servida com fins vazios. A vocação da mulher é ser mãe e esposa - esta é a missão que foi dada a ela por Deus. Precisamos salvar nossas mulheres dessa escravidão e devolver-lhes a liberdade dentro de um lar, com homens que as amem de verdade. E isso pede mais ação católica no mundo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 3 de fevereiro de 2020.

Notas sobre um projeto literário

1) Vocês conhecem algum personagem da literatura que tenha o contrário do toque de Midas: em tudo que toca, tudo se corrompe, a ponto de a melhor das criaturas se tornar um merda, cheio do amor de si até o desprezo de Deus?
 
2.1) Nas minhas andanças na internet, eu já vi experiências assim.

2.2) Preciso melhorar minhas habilidades de narração e descrição. No final dos anos 2000 e no inícios dos anos 2010, eu vi pessoas muitos jovens querendo minha amizade; como não tinha tempo para lhes dar a devida atenção, foram bater a porta noutra freguesia. Hoje são pessoas cheias de si, bem-sucedidas materialmente, falam palavrão, pregam que Bonifácio é founding father do Brasil, dizem que a ética protestante é a salvação da lavoura, que o liberalismo da escola austríaca vai nos salvar e todas essas balelas.

2.3) Todas essas passaram pelas mesmas mãos e dizem que essas mãos têm sempre razão. E essas pessoas não se importam com a quantidade de absurdos que aquela língua cortante, cheia de cerol chileno, já falou acerca da História do Brasil e de Portugal. Eu passei por essas mãos também, mas não fiz pacto com o diabo.

3) Talvez um dia eu escreva uma ficção sobre esse rei cujo toque é o inverso de Midas. Muita gente acredita que os ensinamentos desse rei levarão o Brasil a uma era de ouro sem precedentes, mas eu vejo o contrário.

4.1) Eu sou culpado por não ter acolhido essas pessoas? Não - na época, estava na UFF, me formando em Direito. Tinha estágio na PGE à tarde e faculdade à noite; aos sábados tinha psicólogo.

4.2) Como não tinha tempo de me cuidar, usava uma barba grande, a ponto de acharem que eu fosse judeu ou ortodoxo. Alguns chegavam ao cúmulo de fazer de mim uma espécie de padre confessor, pois sempre tive fama de confiável, de bom ouvinte, de bom conselheiro. Atendia "confissões" à tarde, quando chegava cedo do estágio. Talvez isto tenha me preparado para a vida católica que teria depois dos estudos, a partir de 2012.

4.3.1) Se tivesse naquela época o tempo que tenho hoje, eu teria dado mais atenção ao jovem Ítalo Marsili, antes de se tornar o que se tornou hoje. Quando eu o conheci, isso se deu por volta de 2006 ou 2007, eu acho.

4.3.2) Ele não é o único, mas foi a primeira pessoa que conheci que tentou inicialmente fazer amizade comigo - como não deu certo, acabou encontrando uma mina de ouro em outro lugar. E é exatamente a malvadez da fortuna que o está levando a ter os problemas que está tendo agora.

4.3.3) Além desse caso, eu conheci a Dra. Ludmila Lins Grilo num grupo de estudos para concursos públicos, em 2011. Acredito que ela se tornou aluna do Olavo depois que se tornou juíza. Ela sempre foi gentil comigo - só não tive um envolvimento mais pessoal com ela antes porque não sabia se ela era confiável. Eu já combatia comunistas desde 2007, na rede social - meu receio é um homem como eu me envolver com uma mulher errada. 
 
4.3.4) Eu só descobri que ela é mesmo confiável somente agora, depois que enquadrou os figurões do STF. Perdi uma chance e tanto de ter uma excelente companheira comigo, mas tudo bem. O mais importante é que as melhores mulheres para mim são as que são comprovadamente virtuosas. Deus proverá uma para mim - se não for ela, que seja outra. O que importa é que escolhi esperar - enquanto espero, vou escrevendo. Até agora, eu não vi nenhuma marca de má consciência na Dra. Ludmila - talvez esta seja a única pessoa que tenha passado pelas mãos do Olavo em que eu possa confiar.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 3 de fevereiro de 2020.

Da necessidade de mapear as paróquias do Rio

1) Se o Rio de Janeiro fosse seguro, eu faria meu próprio mapa paralelo das paróquias onde há párocos confiáveis na cidade ((Allan dos Santos diz ter um mapa das paróquias do Brasil inteiro). Eu só conheço duas: a Paróquia Nossa Senhora de Fátima no Pechincha, administrada pelo Padre Jan, e a Paróquia São Sebastião em Quintino, administrada pelo padre Evandro, que foi meu confessor, nos tempos em que Dilma estava no poder

2) Se o pároco for sério, dou um jeito de marcar uma confissão. Além dos pecados, eu conto tudo o que sei para o pároco sobre o que os comunistas estão fazendo e muitas outras coisas. Se o pároco tiver uma pastoral de comunicação, ele repassa isso para o jornal paroquial ou me emprega no jornal paroquial como colaborador.

3) Quando não se tem informação de gente conhecida, a solução é freqüentar a paróquia. É o teste da farinha: se a paróquia tiver um vermelho de batida, pulo fora enquanto há tempo, antes que ele enfie o crucifixo na minha bunda.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 3 de fevereiro de 2020.

A pornografia é como a gula

1) A gula ocorre quando a pessoa ingere muito alimento além do necessário para saciar a sua fome. Geralmente a pessoa que come compulsivamente transfere seus anseios na comida. Por isso, é uma doença espiritual.

2) Da mesma forma que o corpo e a alma (que se alimenta de eucaristia), o espírito necessita se alimentar. Ele se alimenta através de imagens contemplativas. Alimente os olhos com o belo e sua vida será produtiva e feliz!

3.1) A pornografia é como a gula. Não há nada de belo a ser contemplado.

3.2) Não é o corpo de sua esposa exposto, sobre o qual você tem direito ao deleite, em razão do casamento, que é em Deus fundado - trata-se do corpo de uma mulher qualquer, de uma prostituta, que foi paga para fazer sexo diante das câmeras, ainda que sob o nome pomposo de "atriz pornô".

3.3) Prostitutas são aliciadas a fazer o que não querem, pois são escravas sexuais. Elas são vítimas dessa indústria pornográfica maldita tanto quanto o homo videns que volta seus olhos para o nada, como se nela houvesse um Céu, quando na verdade há um inferno, um submundo. Por isso nisso, as produtoras de vídeos pornôs deveriam ser enquadradas como traficantes de droga.

4.1) Se você der um sentido à vida da pessoa que é viciada em pornografia, o imaginário dela será reeducado de tal maneira a trocar o corpo exposto de uma estranha pelo corpo exposto de uma mulher conhecida e que a ama, o da esposa.

4.2) Um vício só se combate com a virtude oposta - o ídolo, a prostituta, deve dar lugar a um ícone, a esposa. Assim como na religião, as imagens dos ídolos devem ser trocadas pelas imagens dos santos. Suprimi-las, por meio da iconoclastia, é um grande erro.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 3 de fevereiro de 2020.