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segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Aforismo sobre a função social da mente de um esquerdista

1) A cabeça de um comunista não me parece muito produtiva, uma vez que mente vazia é oficina do diabo.

2) Ei, projeto de Boulos sem futuro! Que tal você ocupar essa sua cabeça oca com algo produtivo, como lendo o que escrevi, por exemplo? Ou então lendo Olavo de Carvalho? Assim você pára de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de estar à esquerda do Pai!

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 16 de outubro de 2018.

Notas sobre a utopia arquitetônica de Paolo Soleri

1) Arcologia => arquitetura + ecologia.

2) Se arquitetura em grego quer dizer segunda construção, então isso quer dizer que ela necessita de um segundo Adão, de um Deus que se fez carne a ponto de fazer santa habitação em nós de modo que essa segunda construção se torne definitiva, uma vez que o conceito de beleza está irremediavelmente associado ao conceito de verdade, àquilo que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.1) Se aquilo que decorre do segundo Adão for tomado como ecologia, então a tendência é tomar a polis humana como um espelho da polis divina, uma vez que o homem se aperfeiçoa na sociedade.

3.2.1) Se a urbe estiver povoada de elementos que apontem para aquilo que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus, então podemos dizer que as cidades são verdadeiras ecologias, pois nos servem de escola para a pátria definitiva, que se dá no Céu.

3.2.2) A ecologia da urbe depende da ecologia do campo, uma vez que é preciso haver a concórdia entre as classes que habitam a urbe e a classe dos produtores rurais de modo que tudo corra perfeitamente bem. E a política é o lugar onde se dá conciliação dos interesses de classe, que não são necessariamente antagônicos, a ponto de haver uma luta de morte por força disso.

4.1) Se Cristo for negado, a segunda construção volta a ser primeira construção, embora formalmente o termo "arquitetura" continue existindo.

4.2) Mas o termo "arquitetura" será servido com fins vazios, do mesmo modo que a liberdade é servida com fins vazios tal como ocorre no liberalismo. Se não há verdade, então o belo dá lugar ao tosco, pois cada um terá a verdade que quiser, a ponto de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, uma vez que tal pessoa estará à esquerda do Pai por força disso.

4.3) Se o tosco for tomado como ecologia, então a polis, tal como na Grécia, tende a ter um fim nela mesma, a ponto de ser agravada ainda mais com a noção de promovê-la como se fosse uma verdadeira torre de babel, uma verdadeira aldeia global.

5.1) Eis no que dá essa tal arcologia, tão presente nos livros de ficção científica e nas idéias de Paolo Soleri, um arquiteto ítalo-americano que reside no Arizona - ela retoma esse aspecto da polis grega e combina com a pretensão dos homens de quererem tomar o lugar de Deus, a ponto de criarem uma espécie de torre de babel sustentável, um ecossistema que basta a si mesmo a ponto de fazer da arquitetura a ecologia do homem rico no amor de si até o desprezo de Deus.

5.2) Os Estados tomados como se fossem religião serão repúblicas neste aspecto. Esta é mais uma utopia de nossos tempos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de outubro de 2018.

Notas sobre o marrom, enquanto cor das vestes de certas ordens monásticas

1) Alguns hábitos dos monges, quando não são pretos, são marrons, cuja cor resulta da combinação de verde com vermelho.

2.1) Como diz São Bento, ora et labora. O trabalho santifica, pois você faz da alma um arado.

2.2) Como o cristão luta o bom combate, incluindo o combate espiritual, então a espada para se lutar esse combate se dá na pena, uma vez que muitos monges são monges copistas.

3) Os monges são uma classe muito especial de guerreiros, pois são capazes de dar a vida por Cristo quando é preciso e também imitam a nobreza dos que se santificam pelo arado, quando fazem da pena a espada para se lutar o bom combate, como fez São Paulo.

4.1) Por essa razão, a verdadeira trindade está no marrom do hábito de certas ordens monásticas, no púrpura dos nobres e no verde dos que se santificam através do trabalho.

4.2) Direta ou indiretamente, o azul do manto da Virgem Maria é a base dessa trindade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de outubro de 2018.

Antes do choque de civilizações, temos um verdadeiro choque de ordens econômicas

1) A única coisa que pode se contrapor ao liberalismo, simbolizado na cor laranja, é a ordem fundada na santificação através do trabalho, simbolizada na cor verde.

2) Do verde vem a verdade - quando uma atividade economicamente organizada é feita de tal maneira a se tomar o país como um lar em Cristo, o empresário vê no empregado uma espelho daquilo que ele é, uma vez que o empresário foi antes empregado, pois ele passou por vários empregos anteriores, adquiriu experiência e capital de modo a tomar a iniciativa e servir aos seus semelhantes naquilo que tem de melhor, uma vez que isso agrada a Deus. Por isso, ele recompensa o empregado dando a ele uma fração dos poderes de usar, gozar e dispor das coisas, de modo que possa se organizar e servir a todos da melhor maneira possível. Se os poderes de usar, gozar e dispor estão disseminados por toda a sociedade, então nós temos o distributivismo.

3.1) O liberalismo esvazia o mundo dessa verdade, ao fazer da riqueza sinal da salvação, uma vez que descristianiza o mundo, ao refazer do homem, rico no amor de si até o desprezo de Deus, a medida de todas as coisas.

3.2) Com a Europa descristianizada por força disso, os islâmicos acabam ocupando o espaço, cirando um verdadeiro choque de civilizações, aproveitando-se daquilo que decorreu das heresias de Lutero e Calvino, a ponto de fazer do Cristianismo daquilo que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus, uma ordem enfraquecida, combalida.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de outubro de 2018.

Do laranja como a cor dos que vivem em conformidade com a ética protestante e o espírito do capitalismo

1) Se o laranja é a combinação do vermelho com o amarelo, então certamente é a cor daqueles que fazem da riqueza sinal de salvação, uma vez que o mundo foi dividido entre eleitos e condenados. Além disso, é a cor dos que não tomam a Virgem Maria por mãe. E por não a tomarem por mãe, então eles não terão a Deus por Pai.

2) O capitalismo pode ser representado pelo laranja, que é a cor do Novo. Por isso, acaba preparando o caminho para que revolucionários mais radicais tomem o poder e acabem destruindo tudo aquilo que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.1) A primeira nação capitalista da História foi a Holanda, o berço do calvinismo. E a cor da realeza dos Países Baixos é o laranja.

3.2) Se o amarelo do laranja for arrancado, então fica só o vermelho, uma vez que o amor ao dinheiro sem medida prepara o caminho para que se ame o poder pelo poder sem medida, a ponto de produzir mais de 100 milhões de mortos pelo caminho.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de outubro de 2018.

Notas sobre o verde, enquanto cor do tempo comum, do tempo de santificação através do trabalho

1) Os que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento provam o sabor das coisas de modo a melhor conservar o que é conveniente e sensato, a qual aponta para a para aquilo que decorre da dor de Cristo, cujo memorial se dá na eucaristia. Afinal, eles se são a luz do mundo e o sal da terra

2) Como a sabedoria vale mais que do ouro e prata, então essa riqueza decorre da nobreza de Cristo, uma vez que ela é o verdadeiro ouro, pois o que se funda na sabedoria se reproduz, uma vez que decorre do verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, enquanto o vil metal não. Se essa riqueza for usada na construção do bem comum, de modo que o maior número de pessoas possível acabe indo para o Céu por conta de tomar o país como um lar em Cristo, então ela acaba fazendo da santificação do trabalho a ordem do dia.

3) O verde, que decorre da combinação do amarelo com o azul, é a cor do tempo comum. E o tempo comum é o tempo da santificação através do trabalho, o tempo onde a alma se faz arado, a ponto de fazer da cidade dos homens uma imitação da terra daquilo que decorre da Jerusalém celeste.

4.1) Os que fazem da alma uma espada vêem nos que fazem da alma um arado uma imagem perfeita do que são, no espelho perfeito da santidade. Os que se dedicam ao arado, quando a guerra é total, podem fazer da alma uma arma, uma vez que são exército de reserva, a ponto de irem lutar por Cristo, quando a situação o exigir.

4.2) Como a palavra de Deus é distribuída a todos, então dessa trindade (clero, nobreza e povo) vem a unidade necessária para se tomar o país como um lar em Cristo.

4.3) Se há a missão de servir a Cristo em terras distantes, a qual se funda na eternidade, então esta ordem fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus está sendo pensada de maneira sistemática em todas as suas 4 dimensões.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de outubro de 2018.

Notas sobre a porfirogênese cristã

1) Do sangue dos mártires, que amaram e rejeitaram sem medida as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento e que tiveram a Virgem Maria por mãe, nasce um novo tipo de nobreza, uma vez que o roxo é a combinação de vermelho e azul.

2) Os nascidos desse roxo aprendem a fazer da alma sua arma, uma verdadeira espada. Essa espada, quando está trabalhando, pode ser facilmente trocada pelo arado, em tempos de ausência de guerra.

3) A verdadeira porfirogênese estuda justamente a história de vida dos que foram batizados e que são livres em Cristo, a ponto de conservarem sem medida a dor do verbo que se fez carne e que passou a fazer santa habitação em nós por intermédio da santa eucaristia, já que Ele é a verdade em pessoa.

4) O estudo dessa porfirogênese nos faz perceber que a verdadeira nobreza está distribuída em todo o povo que ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. E a hierarquia nobiliárquica se funda no histórico das famílias que serviram sem medida a Cristo ao longo das gerações, a ponto de serem consideradas as melhores dentre toda a sociedade por conta de sua lealdade ao Rei dos Reis, que foi verdadeiro Deus e verdadeiro Homem.

5) Se o ouro é valioso porque é escasso, então o roxo também o é, uma vez que são poucos os que passam pela porta estreita da santidade, da conformidade com o Todo que vem de Deus. A maioria, que é insensata e conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, prefere a porta larga do inferno a ponto de todos irem para a danação eterna.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 15 de outubro de 2018.