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quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

Notas sobre o princípio da não-traição aplicável à missão estabelecida em Ourique (o caso de D. Pedro e a secessão do Brasil do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves)

1) Com base naquela declaração do professor Loryel Rocha mostrando que D. Pedro e Bonifácio de Andrade e Silva inventaram a alegação de que o Brasil foi colônia de Portugal, o que levou o Brasil à secessão do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves, minha amiga Sara Rozante me fez esta pergunta: "A separação que Dom Pedro fez foi um ato de apatria. Com isso, a legitimidade dele e de sua casa pode ser questionada?"

2) Observando o princípio da não-traição à verdade revelada e a cláusula de enquanto bem servir edificada em Ourique, D. Pedro acabou violando estes dois fundamentos de Direito Natural. E ao trair estes dois fundamentos, ele acabou violando a missão que recebemos por conta daquilo que foi edificando em Ourique.

3) Dentre os sucessores de El-Rei D. Afonso Henriques, D. Pedro pode ser chamado de Judas, uma vez que D. Afonso, vassalo de Cristo e rei de Portugal pela graça de Deus, é considerado o apóstolo de Cristo enquanto construtor e destruidor de Império, cristologia essa se encontra bem documentada na História de Portugal e fora da Bíblia, mas ainda assim tradição católica, fundada no fato de se tomar o país como um lar em Cristo por força dessa missão.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de dezembro de 2016.

Notas sobre conversantismo e pós-verdade

1) Houve quem me dissesse que as pessoas hoje são pós-modernas. Elas sabem que Cristo é o caminho, a verdade e a vida, mas no fundo gostam de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de criar o pseudoconceito de pós-verdade, como se o Cristianismo tivesse sido superado.

2) Eu vejo isso em algumas pessoas: algumas me adicionam e depois me deletam quando resolvo ir ao lago dessas pessoas, seus respectivos murais de facebook, de modo a pescar mais e mais pessoas de modo a viverem a vida na conformidade com o Todo que vem de Deus e a tomarem o Brasil como um lar em Cristo, com base naquilo que foi edificado em Ourique. E a maioria desses contatos de facebook que me bloqueiam se dizem católicos e conservadores.

3) Se essas pessoas realmente amassem e rejeitassem as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, jamais fariam o que fazem, que é cassar a palavra deste que está sendo apenas um missionário da História do Brasil e da fé verdadeira que fundou esta terra. No fundo, essa gente é tão egoísta que acha que o mural de facebook é como se fosse a sua casa -  um asilo inviolável, fundado num título de propriedade sobre o qual versam seus direitos sobre a coisa, que são absolutos. Ora, se na Constituição não há direitos absolutos, então muitos você vai esperar tal respeito por parte do Zuckerberg. É uma perda do senso das proporções completa. Esta não é a nossa atual realidade - e é por estarem fora da realidade que estão a praticar arbítrio contra quem só fala a verdade.

4) O que tenho no facebook é uma permissão - posso falar o que quiser, desde que issi não viole as regras do facebook. Ou seja, posso edificar liberdade para o nada, defender o que não presto, que nada vai acontecer comigo. Agora, quando vou exercer a prerrogativa própria da conformidade com o Todo que vem de Deus - que é falar a verdade, de maneira caridosa, livre e sincera, mostrando minha real presença diante de um ouvinte onisciente -, aí eu sou bloqueado PELOS PRÓPRIOS CATÓLICOS, os quais, a bem da verdade, não passam de católicos de IBGE, de idiotas úteis que colaboram com a tirania do Zuckerberg, ateu militante autodeclarado.

5) Certa ocasião eu compartilhei uma matéria falando que menos de 10% da população declaradamente católica no Brasil guarda o domingo. Se essa gente mal guarda o domingo, como essa gente será capaz de guardar a palavra de Deus? Essa gente com certeza vai impedir o trabalho que faço. Por isso que o Olavo condena esse fingimento - e a maior prova da cultura do fingimento é isso: no final termino sendo descartado porque falo a verdade. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de dezembro de 2016.

Por que o senso de tomar o país como um lar pede monarcas esclarecidos?

fóton - uma partícula sub-atômica que emite energia, na forma de luz. É o que decorre da troca de cargas decorrentes da interação entre prótons e elétrons, de modo a criar as ligações químicas.

fotel - cadeira, em polonês

1) Uma autoridade sábia - que serve a Cristo em terras distantes quando está sentada em seu trono, que é uma espécie de cadeira - toma decisões esclarecidas. 

2) E a partir de decisões esclarecidas o país é tomado como se fosse um lar em Cristo, pois Ele, que é a luz do mundo, não deixará que o inferno, a fonte das trevas, não prevaleça nestas terras, enquanto prevalecer a cláusula de bem servir estabelecida em Ourique.

3) Boa políticas fazem efeito ao longo das gerações. E  monarquia é voltada para as próximas gerações e não para as próximas eleições.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de dezembro de 2016.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2016

Notas sobre um problema epistemológico relativo ao estudo das histórias de cada região do Brasil

1) Eu vejo que muita gente quer estudar a História do Brasil olhando para os vários brasis, que serão tomados como se fossem coisa sem olhar para a outra ponta, fundada em Ourique. O risco inerente desse esforço é ver esses outros brasis tomados como se fossem religião, a ponto de a naturalidade ser convertida em nacionalidade. Isso certamente gerará a cultura do separatismo, como se esses brasis tivessem sua própria verdade, agindo como filhos pródigos no micro da mesma forma que o macro fez no dia 7 de setembro de 1822.

2.1) Não é por questão de purismo - até porque não vejo vaidade em que deseja fazer estudos nessa natureza, mas de inocência própria de quem é caipira, que não percebe esta realidade, bem documentada por Vianna Moog em seu livro Bandeirantes e Pioneiros: muitos dos que são nascidos aqui possuem a tendência de se contentar com o que está disponível.

2.2) Como não há essa preocupação de se rastrear as origens desses vários brasis, que deságuam naquilo que foi edificado em Ourique, isso terminará em conservantismo, o que acaba edificando mentalidade revolucionária e liberdade para o nada.

3) Pela minha experiência, nem é sensato que se tente a convencê-los a também verem esse lado. Serei rotulado de colonialista e centralista, pois muitos debocharão daquilo que não compreendem - e este tipo estupidez é algo bem difundido nesta terra, principalmente nas escolas e nas redes sociais. Por isso que fico na minha e faço o que deve ser feito: ser farol ilhado nestas trevas continentais. Não só sou luz como também sou fermento e sal - e isso é próprio da conformidade com o Todo que vem de Deus. E quem me ouve certamente seguirá os meus passos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de dezembro de 2016

Do Brasil como construção interrompida - o que realmente significa isso?

1) Houve um livro que dizia que o Brasil era uma construção interrompida. Quem escreveu este livro partiu do quinhentismo como pressuposto, pois o autor, influenciado por idéias positivistas, acreditava que começo do despertar da nação brasileira, enquanto nação ivre, deu-se com a independência, o que é tecnicamente errado.

2) O Brasil nasceu em Ourique e começou a ser uma realidade quando o descobrimento da Terra de Santa Cruz passou a ser um desdobramento desta tradição em terras americanas. Além do mais, o país não foi construído, mas governado sob o apoio da Divina providência, coisa estabelecida desde 25 de julho de 1139: a Aliança do Altar com o Trono. E este governo era algo extramente natural e favoreceu o desenvolvimento econômico, moral e cultural da Terra de Santa Cruz, de modo a ser tomada como se fosse um lar em Cristo. Ou seja, desde o descobrimento, o país nasceu livre em Cristo: e a maior prova disso foi a santa missa aqui celebrada.

3.1) A secessão do Brasil do Reino Unido marcou a troca do governo natural, fundado na Aliança do Altar com o trono, por um governo artificial, já que o sentido de país tomado como um lar foi trocado pelo senso de tomar o país como se fosse religião, amputado daquilo que foi edificado em Ourique: a missão de servir a Cristo em terras distantes. Buscou-se a falsa alegação de que o Brasil foi colônia de Portugal, criando a ideologia da liberdade fora da liberdade em Cristo, o que gera apatria no longo prazo e liberdade voltada para o nada, a ponto de o país perder toda a sua conexão de sentido em relação àquilo que foi fundado em Ourique. Ou seja, desde o 7 de setembro de 1822 o país adota a lógica do filho pródigo - o detalhe é que, ao contrário do filho pródigo, ele ainda insiste em não querer voltar à casa do Pai. 

3.2) A queda daquilo que foi edificado em Ourique fez com que a Aliança do Altar com o Trono fosse mantida por meios artificiais, coisa que se deu por meio da carta de 1824 com o regime do padroado, criando uma verdadeira distanásia política, já que o poder secular não pode subjugar o poder espiritual, fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus. 

3.3) O Imperador, tal qual napoleão, nomeava os bispos - como ele estava envolvido com idéias liberais, revolucionárias (idéias essas vindas da maçonaria), isso acabou desaguando na questão religiosa, envolvendo D. Vital e D. Pedro II. Esse padroado artificial, enfim, favoreceu a laicização promovida pelos republicanos (a separação definitiva da Igreja e do Estado, edificada em Ourique), o que confirma o argumento do Loryel Rocha, ao dizer que o Império, aqui, serviu de transição para a República.

3.4) O governo artificial, fundado em mentiras históricas e em arranjos artificiais que favoreciam a interferência do Imperador em assuntos da Igreja - assuntos esses que não lhe competiam, por força da Lei Natural -, interrompeu tudo aquilo que foi edificado em Ourique, levando tudo à estaca zero. 

3.5) O país ficou sem cultura, sem espiritualidade, destituído de sentido e bestializado. Foi algo, no campo cultural, tão nefasto quanto a hecatombe nuclear que deu fim à Segunda Guerra Mundial. A história da nacionalidade brasileira, tal como os positivistas contam, é a história da vinculação de um povo a algo voltado para o nada, fora daquilo que foi edificado em Ourique, que lhe deu origem. Logo, é a história de apatria sistemática.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de dezembro de 2016.

Os apátridas são a maioria da população - eis a prova da minha afirmação

Saiu a notícia de que, no Brasil, o número de católicos caiu para 50%. E se eu lhe disser que nunca chegamos a 10%, você se assustaria? Pois bem. Na Polônia, 85% da população vai à Missa aos domingos; no Brasil, apenas 8%. Se o nosso país fosse católico,

1 - Não seria campeão em corrupção.

2 - Não haveria tantas clínicas de aborto.

3 - Nossa Senhora não seria levada na Escola de Samba. 

4 - As novelas não teriam tanta audiência. 

5 - O carnaval não seria a maior festa do mundo.

Somos minoria. Sempre fomos! Vamos evangelizar enquanto há tempo.


Rio de Janeiro, 28 de dezembro de 2016.

terça-feira, 27 de dezembro de 2016

Caberia limite à execução da pena por crime eleitoral?

1.1) Lindbergh Farias já recebeu condenação por crimes eleitorais que, somados, o tornam inelegível por nove anos.

1.2) Considerando que os membros da orcrim fazem da prática da corrupção e da malversação do dinheiro público um estilo de vida, naturalmente a soma de todas as falcatruas sistemáticas praticadas pelo famigerado Lindbergh Farias pode superar trinta anos. 

1.3) No entanto, dado que há uma regra na execução penal, em matéria geral, de que nenhum brasileiro ficará preso (ou terá seus direitos políticos cassados, considerando a questão político-eleitoral) por mais de 30 anos - mesmo que seja condenado a mais de 200 anos, por conta do somatório de crimes -, talvez já haja algum jurista FDP ligado ao PT defendendo o limite da pena (da suspensão dos direitos políticos) aplicável a somente 30 anos. Um dos fundamentos disso está no fato de que a Constituição veda penas de caráter perpétuo, dado que o somatório de penas por conta dos crimes praticados e condenados ensejaria um caráter perpétuo impróprio, algo que é fora dos termos da atual Constituição, por ser considerado cruel. 

2.1) Este tipo de argumento não merece prosperar. Se corrupção é genocídio, então matar alguém por força de malversar dinheiro público não pode ser tomado como um gesto humanista, pois isso é fora da verdade, fora da conformidade com o Todo que vem de Deus, daquilo que foi edificado em Ourique, como tudo o que há nesta infame República.

2.2) Da mesma forma como é fora da Lei Natural os termos da Constituição que vedam as penas de caráter perpétuo e esse falso conceito de crueldade, o limite da execução penal que limita a prisão de alguém por 30 anos também é fora da mesma Lei Natural. O que os políticos fazem é hediondo, posto que gera dano permanente; e dano permanente - irreparável, por força da morte de alguém que morre num hospital cujo atendimento é precário - pede pena permanente.

3.1) Muitos podem dizer que não cabe analogia no Direito Penal Eleitoral em relação ao Direito Penal geral, já que matéria eleitoral é matéria especial - e a lei especial prevalece sobre a lei gral. 

3.2) No entanto, considerando a realidade jurídica em que vivemos, por conta do ativismo judicial, é bem provável que os ministros do TSE e do STF acabem rasgando os princípios gerais de Direito, assim como a Constituição, neste aspecto.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de dezembro de 2016.