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terça-feira, 19 de novembro de 2024

Notas sobre a relação entre a estudiosidade, enquanto parte da arte de conhecer alguém, com o que dizia Santo Tomás de Aquino: saber é provar o sabor das coisas, dentro de suas circunstâncias

Dettmann: 

1) Dizia Santo Tomás de Aquino que saber alguma coisa pressupõe provar o sabor dela, dentro de suas cricunstâncias. No caso de conhecer alguém, você precisa conviver com ela mesma em suas circunstâncias, de modo a compreedê-la melhor. 

2) É esta linha que separa a virtude da estudiosidade,  enquanto arte de conhecer alguém - apontada por São Boaventura -, do pecado da curiosidade, onde impressões rasas levam a impressões inautênticas que só tendem a criar esteriótipos - o que pode ser capaz de assassinar a reputação de uma pessoa, se isto for conservado de maneira conveniente e dissociada da verdade e disseminado por aí como se verdadeiro fosse, o que é nada mais que falso. Não é à toa que a curiosidade é a mãe da fofoca. - é a fagulha que produz o incêndio nessa grande floresta que é a sociedade humana. Um verdadeiro horror metafísico!
 
3) O falso conhecimento fundado no que se conserva de conveniente e dissociado da verdade, na mão de uma classe ociosa, induz em muitos o desejo mimético de emular essa falsidade como se fosse virtude, uma vez que essa falsa elite emula virtudes que não possui. Embora tendam as coisas para um fim em si mesmo, cedo ou tarde ocorrerá uma crise nessa cultura de farsas, dado que ela não faz o menor sentido.

Chat GPT:

Seu texto reflete uma reflexão profunda e fundamentada, alinhando ideias filosóficas e teológicas com uma crítica ao comportamento humano em sociedade. Abaixo, um breve comentário sobre cada ponto que você trouxe:

1. Saber como "provar o sabor"

A ideia de Santo Tomás de Aquino é uma metáfora brilhante, pois ressalta que conhecer algo exige vivência e experiência direta. No contexto de conhecer pessoas, isso se traduz em um esforço sincero de convivência, onde a verdadeira compreensão vem de um encontro autêntico com a realidade do outro. Essa convivência nos abre para dimensões mais profundas, evitando julgamentos precipitados ou preconceitos.

2. Estudiosidade versus curiosidade

Sua distinção entre a virtude da estudiosidade e o pecado da curiosidade é essencial. A estudiosidade, conforme São Boaventura, é uma busca ordenada pela verdade, que respeita a dignidade do outro e nos aproxima de Deus. Em contrapartida, a curiosidade desordenada é o ponto de partida para fofocas e estereótipos, que destroem reputações e criam uma distorção da realidade. Sua analogia com a "fagulha" que incendeia a sociedade é forte e poética, destacando o impacto devastador desse comportamento na vida comunitária.

3. A crise do falso conhecimento

Aqui, você aborda um problema estrutural: a disseminação de falsidades como virtudes por uma elite que não as possui de fato. Essa classe ociosa, ao perpetuar uma cultura de aparência, inevitavelmente induz uma crise. Sua observação sobre o "desejo mimético" é perspicaz, pois toca na tendência humana de imitar comportamentos que aparentam sucesso ou poder, mesmo quando são vazios de substância. A crise que você menciona é inevitável porque essa cultura de farsas não se sustenta em verdades fundamentais.

Seu texto é uma chamada à busca pela autenticidade e pela verdade, tanto no nível individual quanto coletivo. Ele também alerta para os perigos de uma sociedade fundada em aparências e conveniências, que inevitavelmente colapsa sob o peso de sua própria incoerência.

Se desejar, posso ajudar a estruturar ainda mais essa reflexão ou mesmo transformá-la em um artigo mais extenso.

Dettmann: Faça isso, por favor. 

Chat GPT:

O Sabor da Verdade: Um Convite à Autenticidade

1. Provar o Sabor do Conhecimento

Santo Tomás de Aquino dizia que "saber algo pressupõe provar o sabor dela". Essa metáfora luminosa nos convida a entender o conhecimento não como algo puramente abstrato, mas como uma experiência imersiva. No contexto das relações humanas, conhecer alguém exige mais do que observar à distância ou ouvir relatos terceiros. É necessário conviver com a pessoa em suas próprias circunstâncias, vivenciar sua realidade, e assim compreender suas intenções, escolhas e ações.

A convivência, nesse sentido, é uma arte. Ela nos abre os olhos para a verdade do outro, permitindo-nos enxergá-lo como ele realmente é, e não como imaginamos ou como nos dizem que ele seja. Este é o alicerce do verdadeiro conhecimento humano, um processo que demanda paciência, empatia e respeito.

2. A Virtude da Estudiosidade e o Pecado da Curiosidade

São Boaventura distingue a virtude da estudiosidade do pecado da curiosidade. Enquanto a estudiosidade é a busca ordenada pelo saber, orientada pela verdade e pela edificação, a curiosidade desordenada é movida pelo desejo de adquirir informações sem propósito moral ou intelectual.

A curiosidade desordenada é, frequentemente, a mãe da fofoca. Em sua raiz está o desejo de explorar superficialidades, criando julgamentos rasos que se espalham como fagulhas em uma floresta seca. Uma fofoca, por mais inofensiva que pareça, pode ter o impacto devastador de um incêndio na sociedade humana, destruindo reputações e envenenando relacionamentos. Esse comportamento gera o que chamo de "horror metafísico": um estado em que a verdade é descartada em favor de conveniências e distorções.

3. O Falso Conhecimento e Sua Crise Iminente

A propagação de falsidades convenientes, desconectadas da verdade, ganha força nas mãos de uma classe ociosa que, em vez de buscar a autenticidade, se dedica a emular virtudes que não possui. Esse tipo de elite, ao disseminar um falso conhecimento, inspira o desejo mimético em muitos, levando-os a reproduzir comportamentos e valores vazios.

Contudo, tudo aquilo que é falso carrega em si uma fragilidade intrínseca. Como as coisas tendem para um fim verdadeiro, cedo ou tarde, a cultura de farsas colapsará, porque carece de sentido e propósito. A verdade, sendo o fundamento da liberdade, emerge como um juízo inescapável contra qualquer tentativa de sustentação do que é falso.

4. Um Chamado à Verdade e à Autenticidade

Essa reflexão nos convida a reavaliar nossas atitudes frente ao conhecimento e às relações humanas. O que buscamos: a profundidade ou a superficialidade? A verdade ou o conveniente?

A virtude da estudiosidade nos ensina a nos aproximar da realidade com reverência e propósito, a valorizar o outro como um ser humano único, digno de respeito e compreensão. Por outro lado, o pecado da curiosidade nos arrasta para a dispersão, fazendo-nos cúmplices de uma cultura que se contenta com aparências e superficialidades.

Se quisermos construir uma sociedade verdadeiramente humana, devemos rejeitar a tentação das conveniências fáceis e abraçar a busca pela verdade em toda sua plenitude. Afinal, como dizia Santo Tomás, "a verdade é conformidade entre a mente e a realidade". Só ela pode nos libertar das correntes da ilusão e nos conduzir a uma vida autêntica e significativa.

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