1) Fico imaginando um personagem na literatura que fosse a mistura do Bandarra (profeta do V Império) com o Olavo de Carvalho (que no meu entender foi outro profeta), dentro de uma circunstância muito parecida com a do Enéas, onde o cenário cultural estava tão contaminado que ele mais parecia um louco, mas que, com o passar do tempo, as pessoas percebiam que ele tinha razão.
2.1) Esse profeta, além de ser muito sábio, ele evocava as tradições mais antigas da época em que Portugal foi fundado, da época em D. Afonso Henriques teve um encontro com o próprio Cristo na Batalha de Ourique. Quando ele abre a boca, ele lembra São João Paulo II consagrando a eucaristia: você sente que Deus está presente nessa pessoa, a ponto de ser nosso guia em face da escuridão. Ele seria uma espécie de Moisés.
2.2) E para auxiliar ao povo nesse tempo de crise, ele designa um herói: que é uma mistura de cavaleiro medieval com Josué e Jair Bolsonaro, uma figura principesca que cuida do povo tal como os monarcas que sempre tivemos e um excelente guerreiro na luta contra o comunismo, a ponto de nessa parte ser inspirado no Salazar, que combateu o comunismo e a maçonaria no seu tempo.
3) Para criar personagens com essa força monstruosa, eu precisaria não só de muito conhecimento da História do Brasil e de Portugal, além de freqüentar a missa tridentina todos os dias e ter comunhão freqüente. Para algo de excelência, eu teria que viver a santidade em toda a sua plenitude, o que não seria fácil.
4) O pano de fundo da história é esse em que nos encontramos, que é o cenário perfeito da História. Mas trabalharia as coisas de maneira alegórica, pois a ordem simbólica transmite coisas com muito mais profundidade que a realidade nua e crua das ruas não seria capaz de transmitir.
5) Este realmente seria um desafio para a vida inteira, não só para mim, mas também para quem se inspira no meu trabalho para escrever também.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 10 de novembro de 2022 (data da postagem original).
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