1.1) Digitalizar livros é como construir um caravançarai a partir desse deserto, que é o conservantismo alheio.
1.2) Depois que você digitaliza o livro físico, faz uma cópia digital a partir dele e passa o livro físico a uma outra pessoa interessada nos mesmos temas que você, você pode usufruir da maior vantagem que essa nova construção pode proporcionar no meio desse deserto criado pelos homens: um merecido descanso após dias de extenuantes de trabalho (que podem ser interpretados como uma verdadeira viagem).
1.3) Uma vez que você já esteja refeito para prosseguir seu trabalho, você prossegue viagem a partir dos pontos conhecidos da obra digitalizada, a ponto de descobrir novas coisas a partir do que se conhece de outros autores, tal como se fosse um mapa.
2.1) Olavo de Carvalho citou muitos livros durante o COF e cada livro deve ter citado uma extensa bibliografia de modo a dar validade às teses que seus respectivos autores defendem.
2.2) Se eu pudesse adquirir esses livros ao longo do tempo e digitalizá-los, certamente eu teria uma extensa biblioteca não só pra mim, mas também para quem me sucede.
3.1) A principal vantagem da digitalização é que você pode criar um livro físico a partir dos pdfs. Por isso, saber fotografar e preservar a memória do que se adquiriu é uma maneira inteligente de se preservar o investimento e expandir o patrimônio intelectual, visto que papel envelhece, fora que você evita as chamadas patologias do livro.
3.2) Não é à toa que isso é uma cultura e um verdadeiro estilo de vida sobre o qual é possível se fundar uma atividade econômica organizada, onde nela você pode se santificar através desse trabalho, que é muito relacionado ao estudo, outra via de santificação pessoal.
José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 29 de novembro de 2022 (data da postagem original).
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