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segunda-feira, 9 de agosto de 2021

Estude línguas e fique imune ao comunismo - como o polonês me fez desmascarar Paulo Freire

1) Quando comunista - sobretudo Paulo Freire, em sua Pedagogia do Oprimido - fala de pobre, eu sempre me pergunto: de que pobre ele está falando? Do biedny ou do ubogi? O biedny que acha que sabe pensar é um sujeito cheio de si até o desprezo de Deus, pois ele perdeu tudo exceto a razão de conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de ser um bandido de altíssima periculosidade ou mesmo um psicopata - ele é na verdade um membro do lumpemproletariado. O ubogi, aquele pobre que Deus tanto preza, ele dificilmente cairá na mentira socialista, pois haverá bons pastores a darem a vida por suas ovelhas de modo a afugentarem esses lobos que ameaçam destruir a ordem fundada na conformidade com o todo que vem de Deus.

2) Desde que estudei polonês e as duas palavras que a língua tem para pobre, eu me sinto imune a toda manipulação semântica usando esta palavra em português. pois já superei os obstáculos epistemológicos decorrentes da crise semântica, por conta de muitos conservarem o que é conveniente e dissociado da verdade.

3) Se eu tiver a oportunidade de estudar outras línguas de modo a conhecer outras nuances e dicotomias, eu farei isso tão logo eu possa.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 09 de agosto de 2021 (data da postagem original).

Da importância de conhecer dicotomias em diferentes idiomas de modo a superar os obstáculos epistemológicos próprios do conservantismo que domina as ciências humanas

1) Quanto mais línguas vocês estuda, mais você é capaz de tomar contato com as dicotomias, o que exprime as diferentes nuances da linguagem entre uma língua e outra, tal como vejo entre inglês, português e polonês, as línguas que conheço. 

2) Quanto mais dicotomias você conhecer, mais você é capaz de sanar os desafios epistemológicos, a ponto de superar a crise da produção de conhecimento por conta da manipulação do discurso ideológico, uma vez que a produção do conhecimento deixou de ser serva da verdade e passou a ser fonte legitimadora de uma falsa ordem fundada naquilo que é conveniente e dissociado da verdade - a chamada pós-verdade, onde narrativas dirão que o sacrifício da Cristo por nós na Cruz foi em vão, como diria um bom herege jansenista.

3) O conhecimento de idiomas e de toda literatura escrita nesses idiomas enquanto ferramentas deve também estar alicerçado a um bom conhecimento de História, de Economia, de Filosofia, de Antropologia e Direito, desde que amparada na sã doutrina católica. Se você toma ao menos dois países como um mesmo lar em Cristo, por Cristo e para Cristo, então conheça bem as duas realidades de modo a criar as pontes de necessárias de modo a surgir uma concórdia entre os povos com os quais você tem vínculos, quer familiares, quer profissionais. 

4.1) Tomar posse desse senso de modo a servir a Cristo nas próprias terras e em terras distantes, uma vez que o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem é também construtor e destruidor de impérios - e Ele quis um império para Si de modo que Seu Santo Nome que fosse publicado pelos quatro cantos do mundo -, é a melhor forma de você absorver as circunstâncias em que você está metido. Você morre para si, passa a carregar a Cruz e a seguir o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, a ponto de se santificar através do trabalho de elevar a inteligência de muitos, já que Ele é o caminho, a verdade e a vida. 

4.2) Se você não fizer isso a partir de uma vocação, de um chamado que Deus te faz desde a eternidade para fazer isso, então você não fará nada de bom. Nenhuma obra boa virá de corações pretensiosos, de almas cheias de si até o desprezo de Deus. 

5) A crise da ciência histórica é antes de tudo uma crise educacional e espiritual. Para superá-la, você precisa trabalhar muito nas catacumbas e ser muito humilde, pois é uma crise do ser dessa ciência, já que historiadores arrogantes tornaram o estudo da História pobre e doente, assim como de qualquer outra disciplina essencial para se conhecer a verdade enquanto fundamento da liberdade em Cristo, por Cristo e para Cristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro,  09 de agosto de 2021 (data da postagem original).

Notas sobre pobreza e revolução - uma síntese de tudo o que aprendi ao longo do tempo

1) Assim como há dois sentidos de revolução, um latino e outro germânico, no polonês há duas palavras para pobre: ubogi e biedny.

2) Na Pax Romana o patrício, o bogaty (a pessoa agraciada com a riqueza), se associa ao ubogi (o pobre que Deus tanto gosta) de modo a promover a ordem social como convém no Senhor (Bóg, em polonês). Neste ponto, a política é sempre a concórdia entre as classes, a continuação da trindade, posto que é caridade organizada, já que todos os membros são tratados como iguais, por serem todos membros de uma só família de batizados.

3.1) Na Revolução Industrial que aprendemos na escola, fundada na ética protestante e no espírito da riqueza tomada como sinal de salvação, o rico se vê eleito e forte de antemão, e ele deseja eliminar o pobre, o fraco, o inferior. Isso leva ao Estado a ser tomado como se fosse religião, onde tudo está no Estado e nada poderá estar contra ele ou fora dele. 

3.2.1) O pobre, o biedny, vive na constante desesperação, própria destes dias atuais, porque foi condenado a viver na marginalidade por parte de todos todos aqueles que tomaram o poder conservando o que é conveniente e dissociado da verdade. Por isso, o despossuído material é um reflexo do vazio espiritual que há nas pessoas que são cheias de si até o desprezo de Deus. 

3.2.2) É por isso que não há verdadeiros ricos, no sentido polonês do termo - o que há são esbulhadores da riqueza alheia, que foi dada por Deus, de modo a ajudar os pobres, pois estes são o banco de Deus. Esses falsos ricos são verdadeiros administradores desonestos, pois fazem isso de modo a concentrar os poderes de usar, de gozar e dispor em suas poucas mãos para criar um projeto de poder para si de modo a destronar Deus, gerando uma odiosa oligarquia globalista, o que é fora da conformidade com o Todo que vem de Deus, fora dos ditames da Criação. E essa traição - que faz a pedra rejeitada se tornar pedra angular para tudo o que é bom - é a mãe de todas as revoluções, de todas as heresias.

4.1) Durante meus tempos de estudante, sempre estive atento às dicotomias - por isso, precisamos meditar sobre elas, pois elas nos dizem muito sobre muitas coisas que nossa língua mesma não é capaz de exprimir, como essas duas concepções de pobre no polonês ou mesmo essas duas concepções de revolução, cuja explicação só fui conhecer nos comentários de Ludwig von Mises sobre a obra de Marx, onde ele ressaltou a diferença entre revolução no sentido romano e revolução no sentido germânico do termo. 

4.2) No meu curso de Direito, eu conheci a diferença entre law e right. De posse do conhecimento dessas três dicotomias, vai chegar um tempo em que deverei meditar sobre a lei dos pobres que havia na Revolução Industrial inglesa. Afinal, existem dois tipos de pobre: o ubogi e o biedny - a autoridade que é posta por Deus de modo a aperfeiçoar a liberdade de muitos deve proteger os pobres que Deus tanto gosta, pois o próprio Cristo nos disse que sempre haverá pobres (ubogis) dentre nós, nunca biednys, pois estes são frutos do conservantismo dos animais que mentem em nome da verdade de modo a tomar o poder pelo poder de modo a aniquilar a verdadeira pobreza, que é evangélica.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 09 de agosto de 2021 (data da postagem original).

Notas sobre as causas da crise da ciência histórica: notas sobre a crise semântica provocada pela manipulação do discurso histórico, própria do marxismo

1) A causa da crise da ciência histórica se deve em muitos casos a uma crise semântica: quando as palavras perdem o seu real significado, nós perdemos a liberdade, pois dizer as coisas tais como elas são perdeu o seu mais completo sentido. E isso se deve justamente à manipulação semântica que os marxistas promovem, por conta de estarem dominando a mídia, a universidade, a cultura, fazendo com que as pessoas fiquem menos inteligentes sistematicamente. 

2) Para se restaurar o real significado histórico do que foi perdido, você precisa não só estudar as fontes, mas também estudar outras línguas de modo que se restaure o senso de verdade enquanto fundamento da liberdade. E tudo deve estar ancorado numa verdadeira ciência pautada na verdadeira fé, na sã doutrina da Igreja Católica.

3.1) Antes de escrever esta série de artigos, eu passei muito tempo estudando polonês e escrevendo outros artigos a partir de reflexões que vinha tendo a partir de postagens de outras pessoas. 

3.2) Como estamos num contexto de guerra cultural, onde dizer a verdade é mais urgente do que citar fontes, não me houve tempo de reunir todas as informações que me serviram de base de modo a citá-las e dirigir o estudo de quem deseja seguir o mesmo caminho que eu trilhei.  E se essas mesmas pessoas tivessem consciência do valor que deve ser dado à palavra escrita, elas deveriam fundar seus próprios blogs de modo a servir de repertório das postagens que postaram durante o tempo em que atuaram nas redes sociais. Eu, por exemplo, já tenho o meu desde 2011, com mais de 5800 artigos e contando. 

3.3) Quando me sentir seguro - de que nada de ruim vai acontecer comigo na rua, por conta da minha atividade de escritor -, aí publico compilados dos meus artigos na forma de livros. já que muitos me pediram para publicar meus artigos em livros. Enquanto o comunismo não for proibido, tenho receio de ser abordado na rua ou de que parentes meus sejam molestados por conta de ser escritor e falar o que penso visando o bem do meu país. Não tenho quem me proteja - se tivesse, já teria publicado livros faz tempo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 09 de agosto de 2021 (data da postagem original).

Notas sobre a filosofia da crise da ciência histórica: o caso das duas revoluções industriais, fundadas nos dois significados da palavra revolução, um germânico e outro romano

1) Historiografia marxista é historiografia fundada no conservantismo mais extremado, a serviço da tomada do poder de modo a se destruir tudo o que há de mais sagrado. Isto leva a uma crise do estudo da história onde a verdade é posta de lado, de modo a nada fazer mais sentido.

2) Os que realmente amam a verdade botam o pé na estrada e vão servir a Cristo nestas terras e em terras distantes de modo a reunir informações que estão dispersas pelo mundo afora de modo a serem reunidas num esforço coordenado de defesa da verdade contra essa invasão vertical do bárbaros, já que ela é o fundamento da nossa liberdade em Cristo, por Cristo e para Cristo, na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) Se a filosofia nasce do espanto, então o motor da reação contra tudo o que não presta, contra esse conservantismo, é o senso de conservar a dor de Cristo, cuja memória de seu sacrifício derradeiro na Cruz deu a razão de sermos o que somos, a ponto de nos dar um sentido de tomar este país como um lar n'Ele, por Ele e para Ele, assim como de uma tradição política de que devemos servir a Ele de modo que esta nobre ordem se expanda, já que o verdadeiro Império é espiritual, fundado no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem - e ele foi revelado no Milagre de Ourique.

4) O estudo dos dois sentidos da Revolução Industrial é um estudo à luz da filosofia da crise, tal como foi entendido por Mário Ferreira dos Santos. Além de ser uma crise educacional, ela aponta para uma crise espiritual que deve ser combatida o quanto antes.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 09 de agosto de 2021 (data da postagem original).

Sobre os dois sentidos de revolução industrial ao longo da História

1) No sentido romano do termo, toda revolução indica uma renovação, uma atualização de uma tradição. 

2.1) A maior prova disso é que a Pax Romana indica o fim do ciclo político da República Romana e o início do ciclo político do  Império Romano, pautado pela concórdia entre a classe que produz alimentos para o povo (que são os patrícios) e a classe que distribui essa riqueza e as riquezas de outras partes do império a toda a gente de Roma, os plebeus. 

2.2) Da concórdia entre as classes, um novo instituto nasceu da síntese desses interesses outrora antagônicos: a corporação de ofício. Estava nascida uma organização social fundada na união de trabalhadores das mais diversas origens, associadas por interesses em comum e sem nenhum laço que as forcem a se associarem ou permanecerem associadas, a não ser a liberdade. E com a vitória do Cristianismo, a verdade - fundada no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, que é Cristo - tornou-se o fundamento dessa liberdade, a ponto de dar um sentido às coisas de modo a resistirem ao teste do tempo, das marchas e contramarchas históricas.

3.1) A corporação do ofício foi responsável por uma verdadeira revolução industrial ao fazer da atividade artesanal uma atividade econômica organizada, pois fez da necessidade de desenvolver coisas para suprir as necessidades dos outros uma cultura, a ponto de servir uma nova ordem com propósitos ainda mais nobres, salvíficos, posto que a necessidade é a mãe das descobertas.  Novas técnicas de produção e de registro contábil foram descobertas a partir de métodos empíricos e de constantes observações que foram registradas nos diários das famílias de cada membro da guilda, a ponto de serem melhor passadas de pai para filho para depois serem passadas para uma família muito mais ampla, que era a dos associados da guilda da profissão em que a família estava tradicionalmente associada há muitas gerações. 

3.2) Associando progresso e tradição, essa revolução industrial foi-se tornando uma atualização constante das nobres tradições da república romana, a ponto de ser transmutada na Ordem Social da Igreja Católica, em sua Doutrina Social, posto que verdade conhecida deve ser obedecida.

4.1) Nos manuais de História, nós estudamos a revolução industrial no sentido germânico do termo. Essa revolução tem suas bases na Revolução protestante contra o cristianismo, prega a luta de classes e a destruição de tudo o que há de mais sagrado, sagrado esse fundado no fato de conservarmos a dor de Cristo, dor essa que edificou a verdadeira ordem entre nós. 

4.2) O industrialismo, fundado na riqueza tomada como sinal de salvação, derruba todas as tradições consideradas arcaicas, pois essa gente pensa que novas idéias, ainda que não tenham passado pelo teste do tempo, são necessariamente as melhores. 

4.3.1) Os defensores do progressismo rejeitam Deus como a razão de ser todas as coisas do universo e conservam o que há de conveniente e dissociado da verdade. 

4.3.2) A ciência para eles é um ídolo que aponta para o verdadeiro deus deles, que é o Homem como centro do Universo. E isso é ingaia ciência, pois negam uma verdade de Cícero: que a própria natureza incutiu no homem a idéia de Deus, de conformidade com o Todo que vem de Deus. 

5) Quando levamos em consideração que há dois sentidos para a palavra revolução, há que se considerar que há duas revoluções industriais: uma no sentido romano e outra no sentido germânico, que fez a liberdade dos modernos romper com o sentido de liberdade dado pelos antigos.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 09 de agosto de 2021 (data da postagem original).

Da corporação de ofício como fruto da concórdia entre as classes - notas sobre as conseqüências da Pax Romana de Otávio César Augusto

1) As corporações de ofício, enquanto instituto social, elas surgiram na época em que houve a transição da república para o império em Roma. Elas são o fruto da política conciliatória de Otávio César Augusto, de modo a por fim a guerra civil entre a plebe e o patriciado. 

2) Por um lado, foram confirmados os valores tradicionais da República de liberdade e de não-sujeição de um homem ao arbítrio de outro homem seja por meio da força bruta, seja por meio de contratos leoninos, tal como havia nos contratos de comércio antigos, o que levaria ao retorno da escravidão por dívidas, à volta da barbárie - e esta crítica do patriciado aos costumes da plebe eram válidos e foram apreciados, porque era uma questão de justiça, de matéria de ordem pública; por outro lado, servir o que você produz de maneira livre a quem realmente necessita de serviço de modo a ser bem pago por isso é algo realmente justo, pois isso nos aponta para novas verdades que devem ser conhecidas e observadas. Isso fomenta novas uniões políticas que renovarão a força política da ordem romana, criando um novo tempo de atualização da tradição fundadora - o que agrada os interesses progressistas da plebe. 

3.1) As corporações de ofício nasceram neste contexto de conciliação, passando a ser um símbolo de um novo tempo na História da Civilização. Pessoas que trabalham no mesmo ramo, sejam elas de origem plebéia ou patrícia, podiam se associar por um interesse em comum fundado nos interesses da profissão que lhes dava sustento, servindo aos interesses do bem comum, da sociedade romana como um todo. 

3.2) Como a amizade é a base da sociedade política, isso dava causa a casamentos legítimos, fomentando ainda mais liberdade na orbe romana. Dentro deste ambiente conciliatório, a lex canulea, criada a partir da lei das 12 tábuas, ganhou cada vez mais força. O conjunto de trabalhadores de uma mesma profissão associados eram chamados de corpora - como eles eram agentes políticos na sociedade, eles eram chamados de corporações de ofício, pois é do espírito de corpo que se toma um pais como um lar. 

3.3) Com a vitória do Cristianismo sobre o paganismo, isso serviu de base para a santificação através do trabalho, pois elas eram associações de várias famílias em seus diferentes ramos de profissão. E a exemplo da família romana, nelas havia hierarquia, onde as pessoas progrediam nelas passando pelo caminho das honras, horando a seus superiores tal com fariam com o pai e com a mãe, como mandam as Sagradas Escrituras.

4.1) As corporações de ofício são síntese dos interesses antagônicos dos optimates (que faziam da agricultura a base da sua riqueza) e dos populares (que faziam do comércio a base da sua riqueza). Elas transformam matéria-prima em produto acabado, a ponto de gerar a indústria artesanal, gerando novos tipos de riqueza e novos tipos de demanda.

4.2) A base da revolução industrial estava lançada na história do mundo - o processo de automação industrial e as conseqüências sociais e políticas desse processo, elas viriam após uma longa história de marchas e contramarchas ao longo da história da civilização.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 09 de agosto de 2021 (data da postagem original).