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segunda-feira, 27 de abril de 2020

Corpus, animus e spiritus, os três elementos para se ocupar alguma coisa de maneira produtiva e salvífica

1) Quando cursei Direito, havia um clássico debate sobre os critérios jurídicos para se definir o conceito de posse. Savigny defendia que, além do corpus, do contato físico com a coisa possuída, você deveria ter animus (vontade de ser dono da da coisa). Já Rudolf von Ihering defendia somente o corpus, a ponto de este desdobrar-se em posse direta e indireta, tal como vemos num contrato de locação.

2.1) O ser humano é dividido em corpo, alma e espírito. Para que ele possa ocupar uma coisa e nela se instalar como seu dono, ele necessita de um propósito. É preciso que a vida dessa pessoa tenha sentido de serviço a Deus e à comunidade.

2.2.1) O Brasil foi fundado para propagar a fé cristã, uma vez que Cristo quis um Império para si de modo que seu Santo Nome fosse publicado entre os povos das terras mais longínquas, que ainda não tinham conhecido as letras do Evangelho. 

2.2.2) Quando uma pessoa se instala sobre uma determinada propriedade e passa a ocupá-la de modo a produzir sustento para si e para sua família, essa pessoa está se santificando através do trabalho e está sempre pronta a servir a seus semelhantes ainda que em terras distantes, uma vez que vê nessas pessoas a figura do Cristo necessitado. 

2.2.3.1) O mercado é o encontro constante desses cristos necessitados, desses ubogis em alguma coisa específica com algum bogaty que é capaz de satisfazer tal demanda.  

2.2.3.2) Do encontro do Cristo-príncipe com o Cristo necessitado, nós temos a necessidade atendida e o ganho sobre a incerteza, uma vez que houve um acordo de vontades cujo pagamento se dá num preço justo, de modo que isso produza vantagem para ambas as partes. Assim, o Cristo necessitado adquire um pouco das virtudes do Cristo-príncipe e o Cristo-príncipe adquire um pouco das virtudes do Cristo necessitado.

3.1) Sem um spiritus, sem o propósito de se servir a Cristo em terras distantes ou de se tomar o país como um lar em Cristo, não faz sentido ter o animus de ser dono de alguma coisa, ainda que se tenha contato físico com ela (corpus).

3.2.1) Quando Deus e a missão de servir a Cristo em terras distantes são negados, esse spiritus se converte num nada jurídico chamado "função social da propriedade".

3.2.2) Ninguém consegue definir tal coisa, uma vez que Deus não é o centro da vida desta sociedade, mas o homem tomado como se fosse Deus, a ponto de a mentira ter o mesmo peso que a verdade, o que faz com a liberdade e a ordem decorrente dela sejam servidas com fins vazios.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de abril de 2020 (data da postagem original).

Notas sobre o regime constitucional das comunidades imaginadas, tal como vemos nas repúblicas presidencialistas da América Latina

1) No livro Sua Majestade, O Presidente do Brasil, Ernest Hambloch destaca em seu prefácio uma grande verdade: as constituições das repúblicas presidencialistas da América constituem licenças de corso, cartas de marca. 2.1) No Estado liberal, todo poder está novamente na mão do faraó. 2.2) Todo presidente imitará o Faraó do Egito Antigo a ponto de ser um Senhor Absoluto. A constituição, mais do uma carta de marca, é um livro de auto-ajuda. Como todas as leis foram escritas por animais que mentem, elas não passam de preconceitos burgueses, a ponto de a constituição de não passar de uma falsa crença de livro, uma vez que o papel aceita qualquer tolice escrita por essa gente que tem o poder ilegitimamente. 3.1) É através do sangue derramado dos inimigos sem sentido que se produz a tinta para se escrever este contrato social. 3.2.1) É a partir deste contrato social que se imagina uma comunidade onde o maior propósito não é glorificar a Deus, mas glorificar a estupidez dos governantes que deram as costas para Deus, a ponto de tornar qualquer utopia ser possível de ser realizada. 3.2.2) É por esta razão que essas comunidades imaginadas constituem verdadeiras casas de noca - não há autoridade nenhuma e nenhum respeito pelas pessoas - até porque não se vê o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem nessas pessoas que ocupam cargo. 4) Se isso ocorre no macro, imagine no micro, onde os livros de auto-ajuda são vendidos a rodo e onde o empreendedorismo de palco constitui a nova religião da moda? Aquilo ali é uma fábrica de presidentes, de futuros tiranetes, de novos homens kantianos. José Octavio Dettmann Rio de Janeiro, 27 de abril de 2020.

Notas sobre a cristologia do heroísmo e seus problemas no Brasil

1) Jesus, além de ser a fonte de toda a santidade, é também a fonte de todo heroísmo

2) O verdadeiro herói é aquele que se sacrifica em prol da verdade, em prol da missão de servir a Cristo em terras distantes, tal como se deu em Ourique, até porque o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem morreu por nós pelo perdão de nossas faltas. Por isso, ele é o verdadeiro Herói, pois é o verbo que se fez carne.

3.1) O Brasil está de costas para isso desde que se inventou a alegação de que era colônia de Portugal, a ponto de negar o povoamento desta terra dentro de um propósito salvífico, negando assim a expansão da fé cristã por todo o globo.

3.2.1) Desde que o Brasil se separou de Portugal o país está sujeito ao arbítrio de falsos homens, de animais que mentem e que conservam o que é conveniente e dissociado da verdade. 

3.2.2) Esses "libertadores" da América Portuguesa nos aprisionaram numa prisão mental, numa comunidade imaginada onde qualquer utopia pode e deve ser realizada sem qualquer restrição moral, a ponto de servirem de experiências laboratoriais para a Nova Orem Mundial. E segundo  o que diz o professor Loryel Rocha, muitas das experiências tiveram início no Brasil e já foram exportadas para o mundo inteiro. E a lava-jato certamente é uma dessas experiências.

4) Num Estado de costas para Deus, não busque cultivar heróis. O bom juiz é apenas um bom juiz e nada mais. Se você torná-lo um herói, apenas porque cumpre bem o seu papel, isso apenas inflará o ego desse servidor carreirista, a ponto de ficar cheio de si até o desprezo de Deus

5) Se vocês querem lutar contra isso, vocês precisam revestir o Estado de Cristo e restaurar o que foi estabelecido em Ourique, que é o verdadeiro establishment.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de abril de 2020. 

domingo, 26 de abril de 2020

Notas sobre Moro, enquanto pretenso símbolo da justiça

1) O que é justiça? Eis uma definição que encontrei, segundo o jogo Ultima IV: The Quest of Avatar: "Justiça é enxergar a verdade contida nas ações humanas".

2) Aristóteles dizia que a verdade está em nós e que devemos adequá-la à realidade. E a realidade é o verbo que se fez carne, a ponto de fazer santa habitação em nós através da Santa Eucaristia.

3) Um campeão da virtude da Justiça deve necessariamente imitar a Cristo neste fundamento, a ponto de dizer o direito com justiça e enxergar a verdade contida nas ações humanas, principalmente quando há conflito de interesses qualificados pela pretensão resistida, geralmente fundada em conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.

4.1) Num País onde PT e o PSDB roubaram, corromperam, saquearam e mataram de modo a destruir a essência das coisas, então o campeão da virtude da Justiça não deveria ter partidos - ele deveria pôr na cadeia gente do PT, do PMDB, do DEM e do PSDB.

4.2) Mas o dito "campeão" era tucano - e nunca apurou os crimes do PSDB. Ou seja, ele era um juiz parcial. E sendo um juiz parcial, certamente ele praticou cerceamento de defesa contra o PT, quando tentava mostrar que o esquema tinha origem no FHC. E agora que conhecemos esse cerceamento de defesa, esse julgamento será anulado e Lula será absolvido, por conta desse cerceamento de defesa.

4.3.1) De nada adianta ser técnico e competente, se a justiça de seu país é destinada aos carreiristas e se o Estado está de costas para a verdade. Se Cristo não for de fato o verdadeiro Rei do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves junto com sua mãe, a virgem Maria, a ponto de os monarcas aqui constituídos serem seus vassalos, homens como Moro não passarão de símbolos criados para serem servidos com fins vazios.

4.3.2) Para um homem como Moro, a justiça é uma ilusão, como diria Kelsen, uma vez que a verdade não existe. Este homem é um horror metafísico ambulante - um sujeito pérfido, desprezível.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2020.

Por que fiquei tanto tempo sem escrever?

1) Algumas pessoas sentiram minha falta - fiquei muito tempo sem escrever coisa alguma.

2) Neste mês muitas coisas aconteceram em pouco tempo: o coronavírus, a nova política dos governadores (a ponto de formarem a República dos Estados Unidos da China), a traição de Moro a Bolsonaro. E de quebra, meu computador de trabalho perdeu o boot. Estou trabalhando com o computador do meu pai, enquanto meu irmão não vem aqui ao Rio e traz o computador que comprou pra mim dos EUA.

3.1) Com tantos fatos acontecendo em pouco tempo, não sobrava tempo para poder refletir e produzir uma reflexão de qualidade.

3.2) Essas coisas demandam tempo e pedem o melhor de mim e só agora é que estou conseguindo produzir alguma coisa, pois a situação do Moro ficou patente - e como a verdade é filha do tempo, tecerei considerações sobre a questão da justiça e sobre a questão de Moro enquanto símbolo dessa justiça.

3.3.1) Podem ficar tranqüilos - eu escreverei sobre o que está acontecendo, mas dentro do seu devido tempo.

3.3.2) Como tendo a ser um historiador na essência, preciso ter um certo distanciamento em relação aos fatos, de modo que possa fazer uma análise racional dos mesmos. E essas coisas demandam tempo e de muitas evidências que me façam criar um juízo de certeza acerca do que realmente aconteceu.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2020.

O que Moro, Bolívar e Bonifácio têm em comum?

1) Se minha biografia, e não meu país, fosse o bem mais importante, meu destino seria morar na Bolívia, essa comunidade imaginada onde meu eu é o bem mais importante, onde eu sou a medida de todas as coisas. E a Constituição do país não passará de livro de auto-ajuda.

2) Bolívar era maçom e cometeu a atrocidade de separar a Espanha de seu espelho no Novo Mundo, a ponto de ambas as imagens verem-se como uma imagem distorcida uma da outra, sob a alegação de que a Igreja Católica é má e exploradora. A mesma coisa fez José Bonifácio aqui na América Portuguesa, sob a alegação de que o Brasil era colônia, a ponto de negar a missão de servir a Cristo em terras distantes, estabelecida em Ourique.
3) Por isso, Moro, Bolívar e Bonifácio não passam de falsos patriotas. A pátria do apátrida é o ego - nada cabe além da vaidade, que não passa de um gigantesco buraco negro. Não é à toa que a Bolívia lembra uma Coréia do Norte ou uma China. José Octavio Dettmann
Rio de Janeiro, 26 de abril de 2020.

Notas sobre videogame e de seu uso pedagógico na educação infantil

1.1) Ontem, eu passei bastante tempo ouvindo os vídeos do Sidão do Game. A parte que eu mais gostei do canal foi a sessão spoiler, onde ele conta a história das franquias mais famosas. 

1.2) Ontem à tarde, passei a tarde inteira escutando a sessão spoiler do Sidão do Game. Ouvi a história de todos os jogos da série God of War. A parte que trata mitologia grega, que é composta de seis jogos, constitui uma espécie de Parte 1, enquanto a parte que trata mitologia nódica constitui uma espécie de parte 2.  Por essa razão, a sessão spoiler do Sidão do Game acaba se tornando uma espécie de Mortimer Adler para os jogos, que mostra como devo jogar os jogos de modo a se compreender o universo da série, fazendo do ato de jogar parte essencial do processo de se conhecer toda uma realidade, todo um universo essencial para se compreender a realidade, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus. 

1.3) Por isso mesmo, trata-se de uma bela ferramenta pedagógica - quando tiver filhos, eles vão começar a infância jogando Atari, passando pelo Master System, pelo Nintendo 8-bits, pelo Super Nintendo, pelo Mega Drive, até chegar à tecnologia atual. 

2.1) Videogame é uma excelente ferramenta pedagógica e cada geração dos consoles deve ser introduzida à medida que a criança estiver madura para poder progredir. Ela deve aprender brincando - primeiro, ela deve aprender a imaginar a história e a contar essa história - só depois ela é introduzida à história com esquemas narrativos pré-determinados, a ponto de ser capaz de aprender o trivial - a literatura, a lógica e a gramática.  

2.2.1) A criança precisa ser educada como que num processo de fases - toda educação deve começar nos rudimentos (e o Atari é a ferramenta ideal) e aí ela vai progredindo nas gerações até chegar ao playstation 5.

2.2.2) Infelizmente, nenhum pai de família tem essa consciência, pois a criança desde cedo é criada com ferramentas inadequadas à idade dela e isso destrói a imaginação dela. Até porque as pessoas não conseguem conceber o videogame como uma ferramenta de trabalho - e na indústria do entretenimento e da criação, o videogame é uma ferramenta tal como a pistola é a ferramenta do policial, de modo a defender a sociedade do bandido. E as pessoas precisam estar prontas para bem manejá-la, para servirem ao bem comum - e isso se dá desde a tenra infância.

2.3.1) Se pararmos para pensar, a verdade é que a tecnologia ficou tão complexa que a arte de contar uma história ficou mais refinada, mais multimídia. Além da interatividade do videogame, há ainda as histórias em quadrinhos da série God of War, que dão um bom complemento à série. Quando você você junta todas as pontas, fica uma verdadeira obra-prima.

2.3.2) Mesmo que eu não jogue esses jogos, em razão de me sentir ultrapassado, as histórias são fascinantes - e ouvi-las de quem jogou todos os jogos já me deixa muito satisfeito. Estas informações da sessão spoiler podem ser usadas na reflexão dos meus artigos. Um exemplo disso são as asas de Ícaro e sua analogia com a definição de Aristóteles sobre o homem, como um animal que erra.

2.3.3.1) Afinal, sentir-se ultrapassado tem suas vantagens - quando o playstation 3 do Gregório esteve em casa, em nenhum momento o joguei, pois isso iria exigir de mim certas qualidades que não possuo. E por não ter estas qualidades, era certo que jogaria o controle contra a parede, por conta de estar com raiva, por estar frustrado por não avançar no jogo. 

2.3.3.2) Pela minha experiência, eu não posso aderir a nenhum produto tecnológico sem estar realmente pronto para poder usá-lo devidamente, como toda boa ferramenta que é, uma vez que essa ferramenta precisa ser parte do meu ser, a ponto de a integração homem e máquina serem uma coisa só a serviço da eternidade. Só assim um animal que erra pode acertar, se estiver movido pela prudência. 

2.3.3.3) Como todo bom indivíduo que sou, meu tempo não é o tempo do mundo, enquanto tempo da moda, até porque não sou Deus - a vida humana necessita de permanência no solo por certos momentos antes de alçar a vôos maiores. Não podemos ser como ícaro - como o homem é um animal que erra, ousar um vôo mais alto por vaidade, por puro progessismo, só fará com que o sol derreta as asas, a ponto de este perder esta prerrogativa acidental, que foi concedida por Deus aos pássaros e certos insetos, na sua essência.

3.1) É por essa razão que meus jogos de computador e meus jogos de videogame são parte do meu treinamento - eles me dão a inspiração necessária para poder escrever meus artigos, pois é por meio deles que sirvo a Cristo em terras distantes, a ponto de conservar por prudência estas prerrogativas acidentais de vôo nos méritos de Cristo e não nos meus méritos, de modo a serem essenciais para mim e para todos os que estão ao meu redor. 

3.2.1) Por isso, eu não posso comprar esses jogos por modismo, mas como ferramentas de análise, pois meus propósitos são mais sérios do que a média das massas. 

3.2.2) Como ferramentas de trabalho, devo investir meu dinheiro de maneira produtiva - um bom jogo me gera muitos artigos. Como ganho dinheiro com doações - e essas doações vitaminam a minha poupança -, o rendimento da poupança faz com que o jogo se autopague conforme vou usando o produto de modo a arrecadar cada vez mais doações, uma vez que lucro é ganho sobre a incerteza. E num país movido pela pós-verdade, a incerteza é uma constante - e quanto mais ganhos nesta circunstância eu tiver, mais meios de ação terei para poder sobreviver diante do mal e para poder me expandir de modo que o bem prevaleça sobre o mal.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de abril de 2020.