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quarta-feira, 30 de janeiro de 2019

Notas sobre o tetraedro enquanto símbolo de símbolo de estabilidade e permanência

1) O Deus de Abrahão, Isaac e Jacob é o Deus verdadeiro - Ele criou o mundo por amor, a ponto de fazer do homem a primazia de sua criação, posto que foi criado à imagem e semelhança de Deus.

2) Deus enviou seu Filho muito amado de modo a nos salvar do pecado - e Este, por sua vez, mandou o Espírito Santo de modo que pudéssemos fazer as coisas através do auxílio do verbo que se fez carne, a ponto de Este fazer santa habitação em nós através da Santa Eucaristia.

3) Se todos os herdeiros dessa tradição tiverem o senso de amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo a si mesmo, então o homem se torna tetraédrico, uma vez que a trindade estará em todas as dimensões do homem que vive a vida em conformidade com Todo que vem de Deus.

4.1) Como a estabilidade e a constância são prerrogativas do eterno, então o tetraedro simboliza a Pax Christiana, uma vez que é a forma geométrica mais estável que há.

4.2) Não é à toa que ela simboliza a santidade, pois o santo vive a conformidade com o Todo que vem de Deus do modo mais radical que há, em todas as facetas da sua vida, seja pública ou particular, uma vez que não é homem ou mulher de duas caras, a ponto de uma negar a outra, pois isso é a falsidade por excelência.

5) Neste sentido, a afirmação de Orlando Fedeli de que o homem santo é um homem tetraédrico está corretíssima, pois a trindade está na ordem política, na ordem cultural, na ordem simbólica, na ordem espiritual e na ordem econômica do país a ser tomado como um lar em Cristo, em todas as facetas da polis.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de janeiro de 2019.

Uma meditação acerca da palavra "responsabilidade"

1) A palavra "responsabilidade" abrange uma trindade: res (coisa, em latim) + sponsio (garantia) + mais habilidade de assegurar que a coisa esteja segura, sem causar riscos à vida ou ao patrimônio alheio.

2) Essa habilidade decorre de duas coisas:

A) consciência moral a ponto de ver no seu semelhante um irmão. E sendo ele um irmão, é melhor servir a ele da melhor forma que puder, já que prestador de serviço e consumidor amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. Dessa forma, o mercado é o encontro constante, de modo a se descobrir os outros que comungam dos mesmos valores.

B) Capacidade técnica e financeira de modo a garantir a integridade da coisa de modo que não gere prejuízo à vida ou patrimônio alheio, a ponto de gerar um conflito sistemático de interesses qualificado pela pretensão resistida, o que afeta gravemente a ordem pública.

3) Quem tem capacidade técnica e financeira para assegurar a integridade de uma coisa e consciência moral para servir ao seus semelhantes dentro do seu melhor pode oferecer garantias de que o serviço será bem prestado. Com isso os conflitos são resolvidos amigavelmente, sem necessidade de intervenção judicial.

4.1) A palavra sponsio está relacionada à palavra sponsor (patrocínio, em inglês).

4.2) A nobreza é a única classe social que pode proporcionar uma economia social responsável, pois ela tem consciência histórica; ela sabe de onde veio e sabe até onde uma nação pode ir, se ela souber conduzir os destinos de uma nação de tal maneira que ela tome o país como um lar em Cristo cada vez mais, a ponto de sua prosperidade depender cada vez da magnanimidade de Deus.

4.3) Por essa razão, é da nobreza os cargos públicos que fazem com que a autoridade acabe aperfeiçoando a liberdade, a ponto de as pessoas que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento descubram constantemente os outros no mercado a ponto de o produtor oferecer a seu consumidor os seus serviços, da melhor maneira possível.

5.1) A palavra responsabilidade é uma verdadeira trindade: três palavras se juntam a ponto de formar uma só, a ponto de serem inseparáveis.

5.2) É isso que catalisa a integração entre as pessoas, uma vez que esse senso depende de uma consciência fundada no desejo de servir aos outros da melhor maneira possível, uma vez que vejo nos outros o Cristo necessitado. E nesse ponto o servidor se santifica através desse trabalho de modo a obter o pão de cada dia.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de janeiro de 2019.

Notas sobre a relação entre os direitos naturais, a questão dos direitos líqüidos e certos e os direitos fundados nas circunstâncias de pessoa

1) Todo direito líqüido e certo decorre dos direitos naturais, dos direitos inalienáveis do homem enquanto criatura muito amada por Deus.

2) Se o Estado é organizado de modo a edificar um bem comum - de modo a levar o maior número de pessoas possível para a pátria definitiva, que se dá no Céu - e a ser um instrumento de legítima defesa contra todos aqueles grupos humanos que conservam o que é conveniente e dissociado da verdade, então todo direito constitucional derivado do natural deve prever mecanismos ou remédios constitucionais de modo que a conformidade com o Todo que vem de Deus não seja traída, a ponto de trocar o senso de se tomar o país como um lar em Cristo pelo senso de se tomar o país como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada poder estar fora dele ou contra ele.

3) É por essa razão que temos habeas corpus e o habeas data, além do mandado de segurança e a ordem de injunção

4.1) A concessão desses direitos decorre de um ambiente cultural onde as pessoas amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

4.2) Se alguém do povo que ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento é prejudicado, então isso prejudica a comunidade por um todo, por extensão - por isso, esses pedidos são concedidos objetivamente falando, uma vez que os governantes tomam o povo como extensão de sua família, tal como se deu em Ourique.

4.3) Se o Estado é impessoal e não se sujeita aos ensinamentos da Santa Madre Igreja Católica, então esses remédios serão ministrados com fins vazios, uma vez que o homem - enquanto animal que conserva o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de mentir em nome da verdade - se tornou a medida de todas as coisas, a ponto de querer arrogar o papel que não lhe cabe, que é o de ser Deus. E a cura tende a ser pior do que a doença, pois basta a verdade ser relativizada que a aplicação da justiça se torna inócua e sem sentido, pois o multiculturalismo é um desses sintomas da doença liberal.

4.4.1) Em se tratando de direito que é próprio de um determinado indivíduo em particular, coisa que se dá por conta de suas circunstâncias particulares de vida, é preciso ver se ele faz jus a ele.

4.4.2) Uma pessoa que matou pai e mãe como Suzane von Richthoffen tem direito à autorização de saída que é própria do dia dos pais e do dia das mães? É lógico que não! Ela não honrou o mandamento bíblico de honrar pai e mãe, muitos menos os amou tal como Cristo nos amou. Se tal pessoa não se arrependeu de seus crimes e de seus pecados, a ponto de manter-se impenitente, então não faz sentido conceder tal benefício, uma vez que a penitenciária foi feita para recuperar o preso, para regenerá-lo de seus pecados, uma vez que ele é uma ameaça ao convívio social.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de janeiro de 2019 (data da postagem original).

terça-feira, 29 de janeiro de 2019

Da responsabilidade penal objetiva dos Estados diante da Cristandade (que é a verdadeira comunidade internacional)

1) O homem é primazia da Criação - Deus o fez à sua imagem e semelhança. Por conta disso, ele tem o direito natural à vida, à liberdade, a usufruir dos frutos do seu trabalho e a tomar o país onde habita como um lar em Cristo, já que Ele é a verdade.

2) Todo Estado que não se sujeita aos ensinamentos da Santa Igreja Católica é objetivamente responsável por todas as calamidades públicas decorrentes da tirania e do totalitarismo, uma vez que liberdade sem verdade leva uma nação inteira a definhar espiritualmente, a ponto de sumir do mapa.

3) Todo país que for aos mares ou ao espaço sem servir a Cristo em terras distantes, com o intuito de escravizar a população local e vilipendiar suas riquezas, é objetivamente responsável diante de Deus por seus atos de apatria.

4) Toda Liga das Nações ou entidade equivalente às Nações Unidas que condenar uma nação que tenha ido servir a Cristo em terras distantes sob a mentirosa alegação de que os povos sujeitos à sua proteção e autoridade foram reduzidos a um estado de inferioridade - a ponto de serem tratados como seres desprezíveis - é objetivamente responsável por suas mentiras e sentenças iníquas.

5) O Brasil, se conhecesse a verdadeira História de Portugal, deveria denunciar o tratado da ONU e sair dessa organização nefasta.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de janeiro de 2019.

Da importância dos precedentes - como julgaria a autorização de saída de Lula para o funeral de seu irmão

1) O irmão do Lula, Vavá, faleceu.

2) Em termos de Direito Penal objetivo, o apenado tem direito de se despedir de cônjuge, de descendente, ascendente e irmão. Isso está previsto na Lei de Execuções Penais.

3) Quando a esposa de Lula faleceu, ele fez comício em cima do caixão.

4) Quando foi expedida ordem de prisão contra Lula de modo a assegurar o cumprimento de sua sentença, ele antes ofereceu resistência à prisão, ao ficar acastelado no Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.

5.1) A saída de Lula vai ser usada como bandeira política do PT, a ponto de gerar uma verdadeira confusão por onde ele passa - o que afeta gravemente a ordem pública, sem contar todo esse fingimento histérico decorrente da morte do irmão, alegando que o "filho do Brasil não tem o direito natural de chorar a morte de seus entes queridos". 

5.2) Toda essa vitimização petista já deu tudo o que tinha de dar. O Brasil não precisa ver essa cena patética de novo, como vimos no dia 7 de abril do ano passado. Se eu fosse a juíza, eu negaria esse pedido, uma vez que há precedentes de sobra que apontam para a inconveniência dessa concessão.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de janeiro de 2019.

Projeto de pesquisa futura

1) Agora que sei quem foi o autor mencionado pelo Olavo no filme O Jardim das Aflições, o próximo passo agora será estudar A Filosofia da Lealdade de Josiah Royce junto com a obra A sociedade de confiança, de Allain Peyrefitte. Até agora, não vi ninguém fazendo um estudo nessa direção. Por isso, vou investigar essas coisas com muito cuidado.

2) Quero ver aonde vão os 5 efeitos da propriedade privada descritos na obra O Mistério do Capital, de Hernando de Soto, sobretudo estes: a integração entre as pessoas e o surgimento do senso de responsabilidade das mesmas. Isso daria um bom estudo a respeito, pois sem lealdade não há confiança.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de janeiro de 2019.

Notas sobre uma história pessoal minha na busca pelo saber - o caso de querer compreender a questão da lealdade

1) Quando assisti ao filme do Olavo de Carvalho, O Jardim das Aflições, ele mencionou, na parte final do filme um autor que desenvolveu uma filosofia acerca da lealdade - e ele viveu no tempo do Velho Oeste: a Califórnia do século XIX. Perguntei a contatos mais gabaritados o nome desse autor, mas ninguém soube me informar.

2.1) Tempos depois, no Civilization VI Rise & Fall, a primeira expansão do jogo Civilization IV, voltei a me deparar com o conceito de lealdade novamente.

2.2) Depois de muito meditar, consegui criar um artigo estabelecendo a relação entre nacionalidade e lealdade, a ponto de relacioná-la com a dicotomia estabelecida por Borneman entre nacionidade e nacionalidade, que uso tanto em meu trabalho. Eu encontrei a resposta a esse problema numa citação de Maquiavel, constante numa tecnologia do Alpha Centauri: a doutrina da lealdade.

2.3) Depois que encontrei uma possível resposta às minhas indagações, eu resolvi dar uma pesquisa no google e finalmente encontrei a resposta para o item 1: o nome do autor era Josiah Royce.

2.4.1) Alguns me fariam esta pergunta: Dettmann, por que você não fez uma pesquisa no Google logo?

2.4.2) A resposta: eu confio muito nas pessoas que conheço - e substituí-las pela tecnologia de busca é um tipo de traição, pois estaria buscando o saber de tal maneira a não depender dos que me são mais próximos - e isso edifica má consciência, pois querer nem sempre é poder.

2.4.3) Além disso, as respostas às indagações que tenho vêm com o tempo. Não preciso fazer muita coisa - basta meditar um pouco que a coisa vem, pois ajo sob a inspiração de Deus. Tempos depois, quando não há alguém que me forneça uma resposta, é que recorro ao Google.

3.1) Num jantar paroquial, uma das minhas catequistas tinha um pai que sabia tudo e já estava em idade avançada: ele era músico.

3.2) Em vez de ficar buscando no google, ela usava a reserva de sabedoria que havia em casa e anotava tudo o que ele dizia. Só depois, se não houvesse mais gente disponível para responder às suas indagações, ela recorria ao Google, mas só quando não havia alternativa.

3.3) Foi a partir dessa conversa que aprendi a agir dessa forma - eu respeito a sabedoria dos mais velhos e dos que sabem mais do que eu, uma vez que isso eu não vou descartar. Se não há outra forma de aquisição de conhecimento disponível, só aí recorro ao Google, mas só em último caso, quando não há alternativa.

3.4) Muitos velhinhos estão indo terminar seus dias no asilo por conta da má consciência coletiva que o Google fomenta. Para que o desejo de saber sem limite? Faz sentido eu ficar rico no amor de si até o desprezo de Deus? Para que a pressa em querer saber, se o que estou investigando não é questão de vida ou morte? São essas coisas que meus pais não compreendem.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 29 de janeiro de 2019.