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sábado, 12 de janeiro de 2019

Notas sobre a relação entre indústria de bens duráveis e o distributivismo

1.1) Quando você usa constantemente um bem durável, você dá a quem é capaz de criá-lo liberdade para que ele possa fazer bens melhores para você, a ponto de estabelecer uma relação de confiança.

1.2) Todo advogado dá a seu alfaiate uma "procuração" de modo que esse profissional da alta costura, um dos componentes da alta cultura, faça o terno para ele, uma vez que o advogado não tem competência para fazê-lo. E dessa forma, o alfaiate representa o advogado neste aspecto, quando faz o seu trabalho.

2) Se todos fossem donos de seus próprios instrumentos de trabalho, isso geraria uma economia onde todos dependeriam de todos, a ponto de estabelecer uma sociedade fundada na confiança, uma vez que as pessoas estão vendo sistematicamente o Cristo necessitado umas nas outras, uma vez que elas amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento,

3.1) Uma classe profissional inteira dá ao alfaiate poderes para que ele possa vestir a classe nas suas melhores roupas, uma vez que o terno dignifica a profissão, tal como o hábito é para um monge.

3.2) Se essa procuração, essa representação é dada sistematicamente, então isso é dar sistematicamente o poder de fazer roupas para que alguém o faça, uma vez que esta pessoa dispõe dos meios para poder fazer isso e tem talento para isso, já que nem todo advogado dispõe na família de um alfaiate próprio, uma vez que o talento é escasso e é distribuído desigualmente ao longo de toda a sociedade, a ponto de algumas famílias terem membros com esse talento específico e outras não, a ponto de gerarem uma interdependência entre elas, o que leva à integração entre as pessoas e à distribuição de responsabilidades a ponto de gerar uma ordem social fundada na confiança, o que faz com que a ordem fundada na verdade, na conformidade com o Todo que vem de Deus, ganhe caráter produtivo. Isso leva a edificar um bem comum - o que faz com que o país seja tomado como um lar em Cristo a ponto de levar o maior número de pessoas possível para a pátria definitiva, que se dá no Céu.

3.3.1) As guildas, as corporações de ofício, surgem num ambiente onde as classes profissionais dependem umas das outras, a ponto de famílias serem constituídas a partir do casamento dos membros dessas famílias que atuam em classes profissionais diversas de modo a haver mútua assistência e mútua santificação através do trabalho.

3.3.2) Quando tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele, tudo o que é sólido, porque fundado em Cristo, tende a virar líqüido. uma vez que Cristo foi expulso da vida pública de uma nação inteira, pois os que fazem da riqueza sinal de salvação conservaram o que é conveniente e dissociado, a ponto de levar muitos à apatria, à danação eterna.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de janeiro de 2019 (data da postagem original).

Notas sobre a santificação através do trabalho como fundamento para o surgimento de uma indústria de bens de consumo duráveis e como a negação disso, na forma de uma classe ociosa, leva a economia a servir liberdade com fins vazios

1) A indústria de bens duráveis, para poder prosperar, necessita que os bens sejam usados com o intuito de se conseguir dinheiro em razão de sua utilidade.

2.1) Um computador para um escritor não precisa de muito upgrade de modo a se ganhar dinheiro com ele. Um 386, que é como se fosse um fusca para os nossos atuais padrões, serve muito bem aos propósitos de quem escreve profissionalmente.

2.2.1) Mas o computador é muito mais do que uma máquina de escrever onde você corrige o erro na hora, quando você o comete: você pode jogar com ele, você pode estar na rede social com ele, bem como é possível fazer muitas outras coisas com ele.

2.2.2) Por conta de sua versatilidade, por conta de sua utilidade para outras coisas que não o trabalho, trocar de computador uma vez a cada cinco ou seis é dar a si mesmo um prêmio, em razão de se trabalhar constantemente pela santificação das almas através dos escritos - e isso é perfeitamente justo, pois você trabalhou para isso.

3.1) Se você usa terno e gravata para poder trabalhar, de modo a passar uma imagem respeitável para o seu trabalho, então o terno e trabalho se autopagam, uma vez que eles são usados como uniforme de trabalho.

3.2) O trabalho do alfaiate tende a ser mais valorizado se os seus clientes são advogados, uma vez que ele faz roupas de qualidade para quem faz do terno e gravata uniforme de trabalho.

3.3.1) Se uso as melhores roupas para ir à missa, então o trabalho da costureira se autopaga, uma vez que a ida à missa todo domingo dá um aspecto produtivo ao traje de passeio, a ponto de fazer do trabalho dela produtivo, como era antigamente.

3.3.2) Agora, quando a roupa é voltada para a moda, de modo a imitar o artista engajado e descolado - comprometido cada vez mais com causas revolucionárias -, então a vestimenta de passeio tende a promover o feio e o imodesto, uma vez que essas coisas tendem a ser servidas com fins vazios. Pois não é a nossa alma, que tem sede constante de Deus, que se alimenta dessas coisas, mas a nossa vaidade e a nossa má consciência - e essas coisas nos levam ao inferno, pois estamos agindo como verdadeiros idiotas úteis, a ponto de estarmos dando dinheiro aos que fazem da riqueza sinal de salvação, pois os que se enriquecem à custa da vaidade alheia vão desperdiçá-la com tolices e que em nada nos acrescentam, de modo a sermos pessoas melhores dia após dia.

3.3.3) Eis o grande problema da classe artística, enquanto parte da classe ociosa - ela perverte o aspecto produtivo da alta costura, enquanto parte da alta cultura voltada para a excelência, coisa que é fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3.3.4) A mesma coisa pode ser dita com relação à indústria de tecnologia. Ela leva ao consumo conspícuo. Você compra o produto com o intuito de ostentar um status - e isso é vaidade. A mesma coisa pode ser dita de quem compra carro do ano sem uma razão justa para se comprar um carro novo, uma vez que a pessoa não está ganhando dinheiro com ele, a ponto de fazer dele meio para se ter o sustento.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de janeiro de 2019.

O computador de um escritor tende a se autopagar com o tempo, do mesmo modo que o carro para um motorista de táxi

1.1) Nas atuais condições, um bom computador de trabalho custa em torno de três mil reais.

1.2) Considerando que meu trabalho tem se mostrado extremamente produtivo, já que tenho estado a escrever bastante, esse computador se autopaga em menos de 2 anos de trabalho, uma vez que eu ganho 200 reais por mês de doação (R$ 2.400,00/ano).

2.1) É mais ou menos a lógica do motorista, que troca de carro após uns trinta ou quarenta mil quilômetros rodados (ou dois ou três anos de uso).

2.2) Para um escritor como eu, posso trocar de computador uma vez a cada cinco ou seis anos de uso, uma vez que uso este instrumento para trabalhar e para santificar meus leitores através do meu trabalho, tornando-os mais inteligentes e mais amigos de Deus, mais santos. Os jogos que compro neste ano vão rodar que é uma beleza nos computadores seguintes. Tudo o que tenho a fazer é trabalhar, da forma como venho fazendo. Se tivesse mais doadores, em questão de meses a nova aquisição se autopagaria.

2.3) Parando para pensar, não é preciso ter um computador gamer, a menos que eu seja um jogador profissional de videogame, coisa que eu não sou. Se eu fosse jogador profissional, eu teria de trocar de computador duas vezes por ano, em razão do constante avanço da tecnologia - e isso é um desperdício de dinheiro.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de janeiro de 2019 (data da postagem original).

Da liberdade de imprensa num ambiente católico

1.1) Em si, a frase "imprensa se combate com imprensa" não está errada.

1.2) O requisito para essa frase ser realidade se dá numa ordem onde a liberdade e a verdade caminhem de mãos juntas, tal como foi proposto na Libertas Praestantissimum. E isso se dá num Estado que se submete aos ensinamentos da Igreja e serve a Cristo em terras distantes, tal como se deu em Ourique. Por essa razão, a única imprensa confiável era a Imprensa Régia, tal como havia no tempo em que éramos parte do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

2.1) Escrever para o próximo é um ato de caridade, fora que é serviço, uma vez que o escritor e os leitores se encontram num ambiente aberto, a ponto de haver um mercado moral onde os leitores remuneram os escritores por conta da prestação de serviço fundada na verdade. Afinal, eu posso me santificar através do meu trabalho, que é escrever - ao fazer isso, eu santifico quem me lê.

2.2) Num ambiente realmente católico, se houver uma inverdade publicada no jornal, que ela seja combatida com a verdade, pois a correção fraterna se faz necessária; onde houver mentira e desinformação, a ponto de haver revolta contra a Igreja e contra o Estado que se submete a ela, a solução é processo e pena capital, pois é uma verdadeira ofensa a Cristo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de janeiro de 2019.

Comentários a uma fala de Sua Majestade, o Imperador D. Pedro II

1) D. Pedro II dizia que "imprensa se combate com imprensa".

2.1) Se os meios de imprensa já na época eram propriedade dos maçons, então eles certamente iriam mentir em nome da verdade, conservando tudo o que era conveniente de modo que essa mentira tomasse o poder.

2.2) E contra mentira, a solução não é mentir, a ponto de se pagar o mal com o mal - a solução para esses casos é processo mesmo, a ponto de os jornalistas e, solidariamente, o proprietário do jornal serem responsabilizados pela ação criminosa, uma vez que são cúmplices, já que a maioria dos jornais eram e ainda são de propriedade dos maçons, em sua maior parte.

3.1) Nestes tempos atuais, onde o banditismo tomou conta de tudo, tem valido mais a pena fazer valer o exercício arbitrário das próprias razões contra os que praticam crimes de imprensa, sobretudo nos rincões.

3.2.1) O Brasil é o lugar onde mais se mata jornalista no mundo.

3.2.2) Se já naquela época o pensamento do Imperador era fora da realidade, o que se pode dizer desta atual época? A civilidade já foi para o brejo, uma vez que estamos vivendo a fase mais radical de todo esse processo revolucionário iniciado desde o dia 7 de setembro de 1822, com a mentirosa alegação de que o Brasil foi colônia de Portugal. Tudo o que começa na mentira sempre termina mal.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 12 de janeiro de 2019 (data da postagem original).

sexta-feira, 11 de janeiro de 2019

Por que não uso youtube?

1.1) Durante muitos anos, eu morei numa casa baixa. Os muros garantiam muito bem a privacidade do que era dito em casa.

1.2.1) Desde 2008, eu moro num condomínio onde as paredes têm ouvidos.

1.2.2) Como ainda moro com os meus pais, que têm uma visão de mundo muito diferente da minha, eu evito de gravar vídeos para os meus contatos. Afinal, não tenho privacidade para fazer tal ato, embora muitos me peçam para gravar vídeo.

2.1) Na falta de um ambiente onde me sinta confortável para fazer tal coisa, a única solução foi escrever. Como na minha rede só tem aqueles que se interessam pelo que penso, então eu escrevo para eles - e tem sido assim, desde então.

2.2.1) Para quem escreve, a habilidade em rede social (networking) equivale ao carisma, para quem tem o dom de falar.

2.2.2) Para desenvolver o dom de falar, você precisa passar horas falando em frente ao espelho de modo a treinar suas expressões e gestos a ponto de convencer uma pessoa a fazer aquilo que você deseja. Eu só comecei a antever a importância do espelho para isso quando joguei The Sims pela primeira vez, aos 19 anos.

3.1) Para me tornar um youtuber, eu vou ter que passar horas treinando em frente ao espelho de modo que eu perca a inibição.

3.2) Como meus pais e a falta de privacidade no condomínio me inibem muito neste aspecto, prefiro fazer essas coisas quando tiver minha própria casa, longe do convívio com os meus pais e dos vizinhos bisbilhoteiros.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de janeiro de 2018.

Por que eu quase não tomo a iniciativa de adicionar as pessoas na rede social? Comentários sobre isso

1) Quando lido com uma pessoa que tem conteúdo e que não está adicionada ao meu perfil, eu não a adiciono de imediato. Anoto o link do seu perfil e o coloco num banco de dados onde analiso as coisas ao longo do tempo. De tempos em tempos, eu clico nos links das postagens que me interessam e vou coletando esses dados para ler mais tarde.

2) Quando estou inspirado, faço leituras desses links, analiso o que meu contato fala, teço comentários a respeito do que ele diz e remeto tudo isso a essa pessoa inbox, de modo a estabelecer o debate. Às vezes, eu comparo o que ele falou com o que outro contato que conheço falou de modo a estabelecer uma acareação entre eles.

3.1) Por conta dos muitos anos de experiência que tenho nesta rede social, eu criei uma cultura de busca e produção de informação estratégica, a ponto de desenvolver uma consciência nesta direção com o intuito de nortear minhas ações na rede.

3.2.1) É muito raro eu apertar o botão de modo a solicitar a amizade de alguém, até porque não quero fazer isso com fins vazios - quando faço isso, é somente após muitos anos de conversa com essa pessoa, o que pode ser muito demorado, mas é o único caminho que conheço para se ter amizades mais qualificada. Para eu tomar a iniciativa de adicionar alguém, eu preciso estudar e muito como pensa aquela pessoa. Posso ter uma boa idéia da natureza dela vendo o seu perfil.

3.2.2) Mas, como estamos em tempos urgentes, eu tenho me pautado por uma conduta de rede mais prática, voltada para o serviço, coisa que se funda na oferta e demanda das informações que produzo. É mais comum eu receber pedidos de solicitação de amizade, pois as pessoas estão realmente interessadas nas minhas postagens. E como estão interessadas, então vou marcando-as em tudo que eu produzo, de modo a atrair muito mais gente.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de janeiro de 2019.