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domingo, 31 de dezembro de 2017

Advertência aos leitores

1) Não esperem de mim uma explicação da História do Brasil neutra - até porque creio na aliança do altar com o trono edificada em Ourique e a ela sou fiel. Sou pró-Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves e tentarei explicar a história com o objetivo de formar uma classe intelectual e política que busque reverter o ato de apatria praticado por D. Pedro I, chamado erroneamente de "independência do Brasil"

2) Não tomo o Brasil como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele. Como o Brasil "independente" depende desse culto para existir, então o que vocês verão em mim será uma explicação sobre a gênese dessa anticivilização surgida da traição que D. Pedro I fez a seu pai, D. João VI, e a tudo o que foi fundado em Ourique.

3.1) Eu sou católico e escrevo de católico para católico. Por isso escreverei a história do Brasil olhando para os problemas que decorreram do povoamento desta terra distante, tão distante a tal ponto que dizer o direito de fazer o bem através da justiça era algo bem complicado, pois as demandas judiciais eram grandes e o banditismo era enorme.

3.2) Como a ocasião faz o ladrão, então isso acabou moldando o imaginário nacional, a tal ponto que a literatura nacional registra isso muito bem.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de dezembro de 2017 (data da postagem original).

Se não houve feudalismo em Portugal, então toda explicação marxista, que necessita do feudalismo para existir, é falsa

1) O Brasil foi povoado por Portugal de modo a ser tomado como um lar em Cristo, por força do que houve em Ourique. Foi uma província, um Estado, um vice-reinado até tornar-se Reino Unido a Portugal e Algarves.

2) Em Portugal não houve feudalismo. Por força disso, toda e qualquer tentativa marxista, que usa o feudalismo como matéria-prima para explicar a existência do capitalismo de modo a este ser suplantado pelo comunismo, ruirá por terra. Se Portugal não teve feudalismo, então o Brasil nunca teve feudalismo.

3.1) O país tomado como um lar em Cristo precisa de uma nobreza que sirva a Cristo em terras distantes.

3.2) Como a nobreza exerceu também funções administrativas e mercantis, então ela serviu a Cristo em terras distantes distribuindo bens e serviços nos territórios onde Portugal esteve para propagar a fé cristã. E a maneira de proteger esses território da cobiça dos que iam aos mares em busca de si mesmos era por meio do sigilo.

3.3) Era por meio do sigilo, próprio da política do mare clausum, que uma verdadeira economia de mercado começou a ser construída, fundada no fato de que os produtos e a gente do Brasil encontraram produtos e gente da África, da Ásia e de Portugal de modo que todos se reunissem debaixo da autoridade e proteção do mesmo vassalo de Cristo e servissem uns aos outros como se fossem uma grande família. Assim, os descobrimentos portugueses criaram um verdadeiro Estado-mercado - não aquele mencionado por Bobbitt -, onde as diferentes culturas se integravam e eram assimiladas de modo a serem tomadas como parte da mesma cristandade. E nesse Estado-mercado o Brasil estava prosperando, por ser uma terra muito rica.

3.4.1) Este Estado-mercado não era um paraíso terrestre e nele havia problemas. A própria riqueza atraiu a cobiça de diversos tipos de Judas e dos que iam aos mares em busca do amor de si até o desprezo de Deus (no caso as potências estrangeiras, sobretudo a Holanda, que professava uma fé herética em que a riqueza é vista como se fosse uma espécie de salvação predestinada, coisa que cria muito apátrida por aqui até hoje).

3.4.2) O Brasil ficava longe de Portugal e os que tinham o amor de si exacerbado até o desprezo de Deus começaram a burlar as leis portuguesas, a tomar a terra dos índios e a se sentirem donos de algo que não era seu. Foi por força desse estado de banditismo sistemático, surgido por força das circunstâncias da época, que o Brasil, essa ordem de coisas que decorreu da traição de D. Pedro I a seu pai D. João VI, foi construído e justificado por meio da falsificação histórica sistemática, feita à revelia da documentação portuguesa. 

3.4.3) É por força disso que o Brasil de hoje é uma anticivilização, por ser essencialmente anticristã, pois a ruptura - impropriamente chamada de "independência" - é obra da maçonaria.  

3.4.4) A culpa das nossas desgraças não é de Portugal - foi um capricho do demônio, uma vez que não havia naquela época uma tecnologia como temos hoje em que podemos nos comunicar com alguém em terras remotas e em tempo real, como temos na internet, por exemplo. Se isto existisse naquela época, certamente a cultura de banditismo que há por aqui sequer teria existido e o Brasil ainda seria parte do Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

4.1) Continuando o que falei, o Rei não administrava esse Estado-mercado - esse encargo coube à alta nobreza civil, militar e religiosa, já que a iniciativa da missão coube à Ordem de Cristo, uma ordem iniciática feita de modo a suscitar uma ordem onde o poder do Espírito Santo guiava Portugal de modo que este fizesse as coisas para a grande glória de Cristo.

4.2) Nessa ordem, haveria a conquista definitiva de Jerusalém por meio do caminho marítimo encontrado, que ia até a Índia, e vencer a cruzada de maneira definitiva contra toda essa gente maometana, os descendentes de Ismael. Esta ordem edificaria uma nova Era na História da Republica Christiana, pois o reinado de Cristo em Jerusalém começaria na figura do vassalo, o rei português, e esse vassalo entregaria o trono a Cristo, quando viesse pela segunda vez.

5) Enfim, toda tentativa para se tentar compreender o Brasil sem entender Portugal será inútil. Não passará de uma falsa história, de um conto de carochinha em que só apátridas e bárbaros acreditarão nessa história.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro,31 de dezembro de 2017.

Da passagem do feudalismo para o capitalismo e comunismo, tudo começou pela nobreza - e não pela burguesia, pelos que moravam nas cidades fortificadas protegidas pelos senhores feudais

1) Como já foi dito, as sociedades indo-européias são estruturadas em três classes: clero, nobreza, e povo (dedicada ao campesinato e ao artesanato).

2) A nobreza basicamente se dedica à guerra - e é no campo de batalha que surge a nobreza. Afinal, é na guerra que surge toda uma tradição que faz o país ser tomado como um lar em Cristo (se as guerras forem pautadas na fé cristã, de modo a expandir o Império de Cristo sobre a Terra contra as invasões dos islâmicos - e para isso é preciso haver uma relação de cumplicidade entre a nobreza e o povo, tal como se deu em Ourique).

3.1) Em Portugal, não houve feudalismo (Portugal esteve sob domínio dos árabes por muito tempo - é por essa razão que a natureza da nobreza de Portugal é toda pautada no serviço à fé cristã contra os infiéis e a servir a Cristo em terras distantes, numa cruzada permanente. E não é à toa que os almirantes portugueses, como Pedro Álvares Cabral, vinham todos da nobreza).

3.2) É no feudalismo que a guerra perde a natureza de guerra justa (de defesa da fé cristã) para ser guerra de agressão, fundada no amor de si até o desprezo de Deus, coisa que se dá por meio da expansão do território do feudo ou do reino.

3.3.1) A Itália da época de Maquiavel conheceu o feudalismo e esteve toda fragmentada em várias cidades-Estado ou ducados que brigavam entre si, agindo por direito próprio ou sob a influência de uma potência estrangeira, como a Espanha ou a França, que já haviam ido ao mar em busca de si mesmas.

3.3.2) Se a Itália unida é hoje uma comunidade imaginada feita de tal modo que o país seja tomado como se fosse uma segunda religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele, então certamente houve um intelectual orgânico, ligado à nobreza, que bolou toda uma doutrina política de tal modo que a Itália ressurgisse e voltasse à antiga glória dos romanos, ao tempos do paganismo. E esse alguém foi Maquiavel.

4.1) A doutrina de Mancini sobre nacionalidade é toda pautada em Maquiavel, assim como a doutrina de Gramsci é pautada em Maquiavel.

4.2) Se o país é tomado como se fosse religião, a ponto de a coroa ter os dois corpos - o corpo espiritual e temporal - , então a nação terá um caráter totalitário, já que o poder está acima da sociedade, a ponto de negar a verdade em pessoa, Cristo Jesus, quando disse que devemos dar a César o que é de César e Deus o que é de Deus. A mesma coisa podemos perceber na Revolução Francesa ou mesmo na Revolução Russa, onde a nobreza foi a grande responsável pela revolução.

4.3.1) Como foi bem dito por Marcelo Dantas, a degeneração da nobreza começa pela opulência - e isso podemos perceber na nobreza francesa e na nobreza russa, que passaram a se dedicar ao serviço público, pois viviam quase todos como nababos.

4.3.2) Como mente vazia é oficina do diabo, a mentalidade revolucionária tomou conta dessas pessoas - da classe inteira, que se tornou ociosa, já que as guerras em que se metiam se dava por força de que esses países iam em busca de si mesmos, de modo que a realeza de cada nação fosse uma mais rica do que a outra, a ponto de causar admiração ou inveja - e essa constante competição pela vanglória levou a um pecado sistemático, até desaguar numa grande marcha a ré pública, edificando liberdade com fins vazios.

4.3.3) Assim, seja por conquistas militares descristianizadas ou por aventuras no ultramar fundadas na vã cobiça, se deu a passagem da Idade Média para a Idade Moderna e Idade Contemporânea, que nada mais é do que uma continuação dos problemas da Idade Moderna acrescida do problema da mentalidade revolucionária (comunismo, fascismo, liberalismo e nazismo).

5.1) O professor Olavo de Carvalho comentou que a nobreza, por conta da experiência em guerra e em assuntos de Estado, começou a atuar também na atividade mercantil. E o surgimento da atividade bancária se deve justamente a isso.

5.2) Afinal, a logística feita para se atender a demanda que havia nas cidades, que estavam renascendo, necessitava de toda uma atividade mais ou menos organizada, que nem aquela que havia nos exércitos - e isso exigia muito dinheiro. E isso às vezes implicava atuar na política, seja ocupando cargos públicos ou agindo por outros meios violentos, como em guerra ou crimes, já que esses dois meios são também continuação da política enquanto conquista do poder fundada no amor de si até o desprezo de Deus.

6.1) O renascimento marcou o ressurgimento da antiga cultura clássica e pagã de que o fim da polis é ir em busca se si mesma, tal como podemos ver nas outras potências marítimas, exceto Portugal - a tal ponto que as nações, que são entidades maiores do que a polis, passaram a ser tomadas como se fossem religião. 

6.2) Neste ponto, podemos ver que a Europa - toda a civilização construída nisso - sucumbirá, exceto Portugal, que guardará a fé, se livre dessa influência nefasta plantada pelos maçons.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de dezembro de 2017.

Notas sobre a agricultura da alma - o caso da digitalização de livros

1) No The Sims 3, havia uma planta que se alimentava de qualquer coisa que você desse pra ela. Tratava-se da planta onívora. Eu costumava dar a ela um exemplar do livro mais caro que tinha e em troca ela me dava ou 3 ou 4 livros do mesmo gênero, quantidade e qualidade. Era bem melhor do que xérox.

2.1) Por conta disso, eu passei a ver o livro como uma semente e a biblioteca como um celeiro.

2.2) Quando digitalizo um livro, eu acabo plantando no meio digital uma cópia desse livro impresso, que será usado não só nos meus estudos como também para estimular os que me são mais próximos a acompanharem todo o trabalho intelectual que faço, mais ou menos nos mesmos moldes da pesquisa medieval, a qual se dava nas universidades.

3.1) É claro que o compartilhamento não deve ser feito a toda e qualquer pessoa, a ponto de o autor do trabalho não perceber seus royalties (direitos autorais) por conta do esforço feito. Não é à toa que pirataria é insensatez, além de ser muito contraproducente.

3.2) Mas quando você presta esse serviço a quem ama e rejeita as mesmas coisas que você, esta pessoa se sente obrigada a remunerar o autor do livro que você comprou (no caso, a semente que você comprou de modo a plantar e fomentar boa consciência nos pares que se encontram em terras distantes - e é neste ponto que faz muito sentido dizer a uma oliveira sair do seu lugar e ir se plantar no mar).

4) Esta é uma das razões pelas quais a digitalização pode ser vista como uma agricultura, pois o que deseja aprender, ainda que em terras distantes, é terra fértil que merece ser cultivada. E para se ter uma boa safra de pensadores, você precisa cultivá-la com sementes de boa qualidade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de dezembro de 2017.

sábado, 30 de dezembro de 2017

Notas sobre Direitos Humanos

1) Meu amigo Rodrigo Arantes dizia o seguinte sobre os direitos humanos: qual é o direito humano de uma baleia? Neste ponto ele foi profético: a justiça argentina concedeu HC para um macaco bonomo, alegando que é pessoa não-humana e que, portanto, tem dignidade.

2) Tudo que é pensado no homem como a medida de todas as coisas desliga a terra ao Céu. O Estado - que, para Hegel, é a mais alta das realizações humanas - será tomado como se fosse religião, pois tudo deve estar nele e nada pode estar fora dele ou contra ele. E neste ponto, ele concentra o corpo temporal e espiritual da nação - a ponto de ser o microcosmos do globalismo, da apatria sistemática, já que não há mais verdade, pois Deus está morto, como diria Nietzsche.

3) Toda vez que pensam sobre direitos humanos, tem-se a impressão de que a história não está conectada ao homem, nem a algum objeto em particular. A história se reduz a um catálogo de coisas em que o menor absurdo registrado é tomado como se fosse coisa, a primeira essência, a primeira verdade, a ponto de levar a qualquer caminho em que o amor de si até o desprezo de cria pontes para o abismo, edificando liberdades com fins vazios. E essa ponte para o abismo é construída por meio de conservantismos, em que se conserva o que é conveniente e dissociado da verdade. Nada mais insensato do que isso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de dezembro de 2017 (data da postagem original).

Aforismo sobre Brasília enquanto Terceira Roma

Presidente com pretensão de fazer uma terceira Roma (JK) + FDP comunista (Niemayer) + Assassino de Monumento (Lúcio Costa) = Brasília.

Avançar 50 anos em 5 soa atrasar o país em 500 anos. Não é à toa que progresso no Brasil e se dá a passos de Michael Jackson, em que as pessoas dão a entender que vão pra frente quando na verdade vão pra trás. Afinal, os nefelibatas caminham nas nuvens, assim como os lunáticos vivem no mundo da lua. E as estrelas permanecem firmes em seus lugares - Brasília não é Hollywood, mas é o sucesso dos que conspiram para o Brasil ser um país fracassado.

Do e-mail como forma de estabelecer parcerias de longo prazo com os meus contatos

1) Se tiver de criar meu próprio público, então deverei formá-lo. E a única maneira de formá-lo é conversar com os meus leitores e responder suas dúvidas. É por esta razão que estou transferindo minha base operações da rede social para o e-mail.

2) Esta é a maneira que encontrei para estreitar meus laços com os leitores, ao mesmo tempo em que me afasto dos libertários-conservantistas, que não sabem usar a rede social com um bom propósito.

3.1) Uma das maneiras de se incutir a boa consciência numa pessoa é tirá-la da barafunda, já que a internet cria um estado de confusão em que muitos confundem a figura do conservador com a figura do conservantista, dado que o relativismo moral favorece a confusão da linguagem. Se tiver de puxar da memória o que vi no volume 19 da História Essencial da Filosofia, o uso do e-mail me permite compartilhar as digitalizações que faço para os meus leitores mais sérios, forçando-os a acompanharem o mesmo raciocínio que adoto, o que restaura, de certo modo, os tempos escolásticos - a diferença é que meus contatos estão dispersos no país inteiro ou mesmo na Lusitânia Dispersa, tomando outros lugares como um mesmo lar em Cristo que o Brasil, por força de Ourique, embora não tenham consciência disso.

3.2) Se a pessoa estiver na mesma cidade, então devo me encontrar com esta pessoa na minha paróquia, que é o único lugar onde eu posso ir para conhecer pessoas, pois o Centro Cultural Banco do Brasil fica na zona da confusão, toda vez que há quebra-quebra na ALERJ.

3.3) O professor Olavo fala que é preciso haver o encontro real de pessoas - e o único lugar para fazer isso, na minha atual circunstância, é na minha paróquia. Foi assim que conheci meu amigo Helleno De Carvalho - eu lidei com ele por muitos anos online, até o dia em que me converti ao catolicismo. Acredito que seja dessa forma que devo trazer as pessoas para mim.

4.1) Uma regra de ouro que aprendi pela experiência é nunca trazer para rede social pessoas que conheci na vida real - até porque não sei se estou lidando com um esquerdista. Além disso, eu percebo que muitas se escandalizam com a postura radical com a qual defendo a verdade - e não entendem esse radicalismo, a menos que sejam cultivadas para isso.

4.2.1) É para isso que os e-mails servem. Servem para lidar com gente real, cujo contato não se esgota com o bloqueio. Enfim, é preciso ser gente antes de atuar na rede social - e muitos não têm a dimensão exata do que isso significa.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30, de dezembro de 2017.