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sexta-feira, 3 de novembro de 2017

Comentários sobre uma antiga regra do português e da entropia que decorre por força de não haver essa regra mais entre nós

ágora - local de reunião, onde aconteciam os principais acontecimentos de Atenas, no tempo da democracia. Nos tempos atuais é a praça, que é por natureza pública e aberta.

agora - o atual momento. Não é nem passado, nem futuro.

1) No português imperial, razoavelmente se escrevia desta forma: "razoàvelmente", pois derivava de razoável. O a se tornava subtônico, além de indicar que o advérbio é palavra derivava de um adjetivo, modificando a qualidade ao dar mais intesididade ao modo com o qual é praticado um ato. A regra existia no português republicano dos anos 50 e 60. Quando aprendi o português, nos anos 80, essa regra já havia caído, por força da reforma ortográfica de 1973.

2) A existência desta regra permitia diferenciar dois tipos de palavra:

A) Àgorafobia: medo de lugar público e aberto

B) Agorafobia: medo do agora - um tipo de covardia

3) Quando tiver editora própria, os livros terão duas versões: português imperial e português republicano até os anos 50 e 60. Haverá o português do PT, mas só publicarei estes livros somente sob demanda e para as escolas.

4) Eu já pratico desobediência civil, pois me recuso a escrever nas regras atuais. Afinal, o que decorre de um cachaceiro vagabundo que não gosta de ler ou estudar eu simplesmente não sigo. E quem fizer troça disso que arda no inferno, por conta de sua estupidez petulante, pois isso é pecar contra o Espírto Santo e contra o Cristo Crucificado de Ourique, que nos fez povoar o Brasil por força de se servir a Ele nestas terras distantes do Atlântico Sul.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 3 de novembro de 2017.

quarta-feira, 1 de novembro de 2017

Por que não confio num regime político onde a emoção prevalece sobre a razão?

1.1) Uma das razões pelas quais eu detesto a democracia é porque os motivos determinantes do voto não se dão de maneira racional. Se os motivos fossem racionais, o eleitor teria que agir como juiz e fundamentar todas as razões por que vota neste e não naquele candidato. E ao juiz não cabe o direito de ser tolo.

1.2) Este tipo de coisa só pode ser feita por quem conhece a história do país de tal maneira a tomá-lo como um lar em Cristo, por saber de onde veio e para onde vai - e isso é uma prerrogativa da nobreza, dos que são essencialmente bons, por viverem a vida na conformidade com o Todo que vem de Deus ao longo das gerações.

2.1) Neste mundo descristianizado, em que o país é tomado como se fosse religião em que tudo está no Estado nada pode estar fora dele ou contra ele, os políticos apelam para a emoção, para a concupiscência do eleitorado afim de conseguir os votos necessários de que necessita de modo a poder assumir um cargo político.

2.2) Como o eleitor é materialista e tão fisiológico quanto o político, podemos dizer que há uma relação muito íntima entre política e comércio, a ponto de haver compra de votos, a mãe de todas as corrupções. E o processo de compra de votos se dá por meio do marketing político.

3.1) Esta é a prova cabal de que a esquerda ama tanto o dinheiro quanto aquele que vê a riqueza como um sinal de salvação, uma vez que ela, tal como o mercador, apela para a emoção do comprador de modo a conseguir o que deseja.

3.2) Como o mercador recorre ao amor próprio destituído de Deus para conseguir o que almeja, assim é o político quando faz o mesmo no âmbito das eleições. 

3.3) Por isso que Platão, em seu livro a República, condenava a democracia, pois ela tem o mesmo caráter concupiscente daqueles que edificam uma ordem econômica onde a riqueza é vista como um sinal de salvação, o que faz da liberdade para o nada a ordem. E, neste ponto, Aristóteles aponta a democracia (ou demagogia, como alguns chamam) como a perversão da politia, concordando com o seu mestre.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de novembro de 2017.

Por que acredito em Deus?

1) Todas as coisas que consegui eu consegui agindo racionalmente, nunca de maneira irracional ou apaixonada. Quando eu rezo, eu peço as coisas a Deus porque eu tenho uma boa razão para isso: preciso d'Ele para poder fazer meu trabalho - e sem a assistência do Espírito Santo eu não sou capaz de fazer bem meu papel de escritor.

2) Para eu acreditar em algo, eu preciso de provas que me convençam de que aquilo é verdade. Como Deus prova o que fala e sempre cumpre o que promete, eu tendo a acreditar n'Ele porque Ele é bom.

3) O fato de Ele instituir certos mistérios se funda numa boa razão: nós somos ainda pecadores e precisamos ser salvos. Se entendêssemos as coisas nesta condição pecaminosa, nós estaríamos profanando coisas que deveriam ser sagradas, de modo a edificar liberdade com fins vazios, sem a presença de Deus - e a origem dessa profanação está no orgulho - bem como na vaidade, quando conservamos o que é conveniente e dissociado da verdade, que é Cristo Jesus. Por isso que certas coisas são cobertas com véu de modo que só os dignos, os que vivem a vida em conformidade com o Todo que vem Deus, tenham acesso a essas coisas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de novembro de 2017.

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Por que não se deve debater com qualquer aventureiro petulante na rede social?

1) Para eu debater com alguém, eu preciso levar em conta que meu adversário é honesto, quando se trata de buscar a verdade, na conformidade com o Todo que vem de Deus.

2) Quando o sujeito defende coisas fundadas no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, e é obstinado nessa pretensão, é conveniente que não sejam atiradas pérolas aos porcos. A mera presença neste debate já é derrota automática.

3) Se o sujeito é um neófito neste assunto e adere ao conservantismo por ingenuidade, então é preciso agir com caridade e debater com ele de modo que o erro seja trocado pelo que é certo, conforme o Todo que vem de Deus.

4) O que move um debate é o fato de que você conhece a pessoa com a qual você vai debater, uma vez que ela ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo até prova em contrário.

5) Tirando o professor Olavo, o professor Loryel e o professor Carlos Nougué, cujos pensamentos estou mais ou menos familiarizado, não aceito debater com qualquer aventureiro da internet, pois essa gente só sabe conservar o que é conveniente e dissociado, na sua forma mais obstinada. Para esses casos, a solução é a espada, pois herege deve combatido dessa forma. Não vejo outra solução para esses casos do que uma santa cruzada contra os libertários-conservantistas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de outubro de 2017.

Notas sobre o que é subjetividade

1) Subjetividade é fazer da sujeição à lei uma atividade organizada de modo que a pessoa seja livre em Cristo. Como Cristo é a verdade em pessoa, então quem O imita é livre verdadeiramente falando, objetivamente falando.

2) Como devemos tomar o país como um lar em Cristo, organizar uma atividade econômica organizada de tal maneira a servir aos irmãos necessitados, uma vez que devemos ver neles a figura do Cristo necessitado, é estar sujeito sistematicamente à lei natural que se dá na carne e dar pleno cumprimento a ela, na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) Se a pessoa é sujeita às leis de uma liberdade voltada para o nada, fundada no fato de que devemos conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, então a sujeição às leis do demiurgo tendem à barbárie. E como buscar liberdade fora da liberdade em Cristo é ilusão, então sujeitar-se às falsas leis dos falsos deuses dos pagãos é voltar aos tempos da escravidão.

4) Por isso a ordem livre em Cristo, fundada na verdade, não se confunde com a ordem livre fundada no fato de se buscar a liberdade fora da liberdade em Cristo, uma vez que o verdadeiro liberalismo não é libertarismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de outubro de 2017.

Notas sobre ergonomia e praxeologia

1) Ergonomia é o estudo da organização do trabalho de tal maneira que uma vocação possa melhor ser aproveitada para atender às necessidades salvíficas da Criação. E atender aos irmãos necessitados por meio do trabalho honesto e santificado é uma escola de nacionidade, pois a pessoa deixa um caminho de vida que nos leva a tomar o país como um lar em Cristo, o que nos prepara para a pátria definitiva, a qual se dá no Céu. E quanto mais pessoas escolherem seguir este caminho, mais este exemplo, esta história de vida, este tesouro de vida é distribuído sistematicamente, uma vez que esta riqueza não se esgota, uma vez que Deus veio para trazer a vida e vida em abundância.

2.1) Para cada dia do ano, para cada época do ano há sempre um propósito - e esse propósito se funda na conformidade com o Todo que vem de Deus.

2.2) Para o dia de sol, há uma atividade que deve ser feita com bom propósito; se houver chuva, uma outra atividade deve ser feita no lugar daquela que deve ser feita em dia de sol, coisa que não pode ser feita no momento. Para os dias de muito calor, há coisas que podem e precisam ser feitas neste tempo favorável; para os dias de muito frio, há certas coisas que podem ser feitas neste tempo propício. Enfim, os fins dos tempos são múltiplos - e o manejo dessas circunstâncias precisa ser feito de modo a garantir a integridade do sim daquele que serve aos outros que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento de modo a se ter o pão de cada dia na mesa. As tribulações são enormes - e fazer do sim um sim e do seu não um não precisa resistir ao teste do tempo de modo que o sagrado ofício seja um caminho santo.

3.1) Se quem serve aos semelhantes em Cristo achar conveniente e oportuno servir a mais clientes, ele vai buscar uma forma de fazer esse trabalho mais bem produtivo e mais organizado para quem bate a sua porta, necessitado de seus serviços;

3.2) Melhorar a organização do trabalho de modo a este ser mais produtivo e útil a quem necessita de seus serviços deve ser visto não como um fim em si mesmo, mas com o propósito de que a vida deve ser vivida de maneira melhor, de modo que as pessoas tenham mais tempo para Deus. Se a inovação for buscada como um fim em si mesmo, a organização do trabalho será voltada para o nada, uma vez que a organização do trabalho será usada de tal modo a se angariar riqueza, que é vista como um sinal de salvação, num mundo dividido entre eleitos e condenados.

3.3.1) Se a ciência nos conduz à verdade, àquilo que é fundado na conformidade com o Todo que vem de Deus, a organização do trabalho deve ser buscada de tal modo que as pessoas possam melhor aproveitar seu tempo servindo a Deus e a todos aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento em outros aspectos que não o da produção de riquezas.

3.3.2) Afinal, um único indivíduo tem múltiplas facetas em sua personalidade: podemos encontrar nele não só a faceta do pai de família, mas também a do escritor, a do fotógrafo, mas também a do amigo e irmão em Cristo. Quanto mais tetraédrica for a sua personalidade, mais virtuoso será o seu caminho de vida, uma vez que o tetraedro é a figura geométrica mais estável conhecida, uma vez que a estabilidade indica uma firmeza no caráter, pois o sim será um sim e um não será um não, imitando Jesus Cristo neste aspecto.
José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de outubro de 2017.

Mises dizia que no estudo da ação humana o sol é preferível à chuva - notas sobre o significado do sol para cada classe profissional objetivamente falando: o caso da lavadeira e do fotógrafo

1) Assim como o americano tem o hábito de ver a previsão do tempo e poder planejar uma ação útil para o dia que virá, aqui em casa nós também temos o mesmo hábito.

2) Enquanto minha mãe vê quais são os dias de sol de modo a poder lavar as roupas e secá-las no varal, eu vejo quais são os dias de sol de modo a tirar fotos de boa qualidade, uma vez que trabalho com digitalização de textos.

3.1) Enfim, para cada classe profissional, uma circunstância. Para a lavadeira, que serve a todos os necessitados por roupas limpas, o sol ajuda a secar a roupa após esta ficar bem limpa, o que permite atender a mais clientes para um mesmo dia de trabalho; para o fotógrafo, o sol permite a produção de fotos de boa qualidade - e o serviço de fotografia costuma ser remunerado pela qualidade das fotos tiradas.

3.2) Embora o sol objetivamente marque o dia separado da noite, para cada classe profissional que honestamente serve aos irmãos necessitados este pode ter múltiplas utilidades, dependendo das circunstâncias em que se realiza uma atividade econômica organizada. Não é algo de todo subjetivo, uma vez que servir ao irmão necessitado tendo por Cristo fundamento não é interesse egoísta, mas altruísta - trata-se de uma particularidade, de uma circunstância de vida que se dá por força de vivê-la servindo aos irmãos naquilo que temos de melhor. E como diz Ortega y Gasset, o indivíduo é o que é por conta das circunstâncias em que se dá a sua vida - e para viver a vida na conformidade com o Todo que vem de Deus, ele precisa manejar essas circunstâncias, ainda que desfavoráveis, de modo que diga sim a Deus por meio das virtudes - e a atividade econômica organizada por meio do trabalho é um desses caminhos, pois a pessoa precisa reabsorver essas circunstâncias de modo a ser útil a todos aqueles que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento de tal maneira que o país seja tomado como se fosse um lar n'Ele, por Ele e para Ele.

4.2) A particularidade das circunstâncias é um desdobramento da verdade geral de que todos devemos ser santos através do trabalho, permitindo que um caminho de santidade, uma história de vida particular, possa ser contada a partir do fato de se melhor servir a quem ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, fazendo o que o país seja tomado como um lar em Cristo mais facilmente - o que nos prepara para a pátria definitiva, a qual se dá no Céu.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de outubro de 2017.