Pesquisar este blog

quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Das conseqüências de se permitir ensino confessional nas escolas públicas, nas atuais circunstâncias em que nos encontramos

Eu acabei de publicar esta matéria: https://oglobo.globo.com/sociedade/educacao/stf-decide-que-escolas-publicas-podem-ter-ensino-confessional-21878145?utm_source=Facebook&utm_medium=Social&utm_campaign=O+Globo

E me vieram com esta pergunta:

João Damasceno: Dettmann, qual sua opinião sobre essa decisão do STF de possibilitar o ensino confessional nas escolas públicas, considerando o nosso contexto em que as crenças pagãs estão em alta no pais (afro-amerindias, islamismo, espiritismo, protestantismo)? Será que isso é bom?

José Octavio Dettmann: Em contexto de Igreja separada do Estado, o confessionalismo, da forma como o STF decidiu, será liberal. Basta o diretor ser macumbeiro que todo mundo será macumbeiro. É um microcosmos do "um príncipe (o diretor), uma religião".

João Damasceno: Isso será uma tragédia para a fé cristã deste país. O princípio do sucesso da ação política confessional para a formação das Virtudes, Conceitos e Modelos Católicos na sociedade, haveria de estar dentro do contexto do próprio Estado Confessional. 

José Octavio Dettmann: Considerando que os diretores são eleitos de quatro em quatro anos, a religião mudará de quatro em quatro anos. Em um mandato A, o colégio será católico, se o diretor for católico; num mandato B, o ensino confessional será protestante, se o diretor for protestante. E num mandato C, o ensino confessional será muçulmano, se o diretor for muçulmano. Enfim, é um prato cheio para o multiculturalismo.

João Damasceno: Enfim, a confissão tendo por variante a crença do agente político ou público incumbido da organização da política educacional poderá criar uma deformação nos valores e princípios católicos, desorganizando toda a construção catequética que o aluno já tiver, dado que há uma lacuna na decisão: o ateismo e a cientologia são CONFISSÕES DE FÉ; são confissões NEGATIVAS, mas confissões. O Acordão não deixou expresso, mas, com base no princípio constitucional da liberdade de consciência e credo, uma escola poderá também ministrar aula de religião fazendo apologia a fé negativa, a não crença em Deus. A mesma coisa em relação ao satanismo expresso.

José Octavio Dettmann: Não é à toa que isso é parte do processo de se tomar o país como se fosse religião política em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele. E isso se caracteriza por fazer com que o confessionalismo seja voltado para o nada, uma vez que libertarismo (liberalismo, tal como o mundo entende) é buscar liberdade fora da liberdade em Cristo. Como isso é ilusão, o ensino será confundido com doutrinação. E a ação do Escola sem Partido será anulada neste aspecto. Saem os comunistas, mas entra o multiculturalismo dos libertários-conservantistas, os quais pavimentam o caminho para o totalitarismo, a longo prazo.

William Botazzini Rezende: Querer resgatar a moral e os valores em um Estado laico é como tentar fazer boneco de neve no Saara. A próxima luta deve ser por uma Constituição que explicite a defesa dos valores cristãos da nação, doa a quem doer. Estado laico é ao mesmo tempo cemitério da civilização e parque de diversão dos aloprados. (https://web.facebook.com/william.bottazzini/posts/901484483340939)

Francisco Campos: Estado laico é mais uma invenção da maçonaria, entidade deísta explicitamente contrária à fé cristã, especialista em vender progresso e avanço civilizacional por meio de medidas que só trouxeram à humanidade degradação moral, brutalidade e genocídio. Resumindo, trata-se do retorno à barbárie pré-cristã.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de setembro de 2017.

Postagens Relacionadas:

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2017/09/qual-o-significado-desta-decisao-do-stf.html

http://blogdejoseoctaviodettmann.blogspot.com/2017/09/como-o-multicuralismo-fortalece-o-culto.html 

quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Não há virtudes nobres nas filhas de Mariane (a mãe de todas as republicanas)

1) A pior desgraça para um jovem mancebo é ser boy de piranha ou ser boy de vaca.

2) Como república e desgraça completa são a mesma coisa, então não é nem um pouco sensato para um jovem homem de família lidar com gente republicana, posto que república, tal como conhecemos, é a mãe de todas as perversões, de todas as prostituições, coisa essa que nos afasta da conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de setembro de 2017.

Aviso a quem vive a língua portuguesa na conformidade com o Todo que vem desse aborto ortográfico, que leva ao nada


1) Todos os livros que vier a publicar serão feitos na regra anterior ao chamado aborto ortográfico (e nesse ponto, estou com os portugueses). Se o revisor e o editor violarem meu desejo, eles serão processados.

2) Não admito que esse vagabundo, esse cachaceiro que não gosta de ler, chamado Luís Inácio Lula da Silva me imponha o que é certo ou errado na língua portuguesa. Não me sujeito a arbítrios de apátrida ou de qualquer eventual palhaço que venha a ocupar o Palácio do Planalto.

3) Vou escrever idéia com acento e "anti-socal" da forma como fui alfabetizado - e vou ensinar meus filhos a escreverem dessa forma. Ai de quem fizer troça disso que faço, pois vai ser pior. Tanto é verdade que eu vou lançar uma próxima edição na regra que vigorava na época do Império.

4) Dentro de mim, há um Brasil que não se sujeita à República e não se sujeita a esse projeto arbitrário de poder que nasceu quando esse famigerado príncipe-regente, chamado Pedro de Bragança, rompeu com Portugal e com aquele projeto de civilização fundado em Cristo que nasceu em Ourique. Não reconheço esse ato de apatria, o qual chamam de "independência" - muito menos esse aborto ortográfico. Minha língua é o português e meu país se chama Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. E ponto final!

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de setembro de 2017.

terça-feira, 26 de setembro de 2017

Notas sobre digitalização e distributivismo

1) No meu tempo, para se completar um álbum de figurinhas, você fazia trocas com os colegas de colégio, você participava de torneios de bafo e, quando não se tinha a quem mais recorrer, você fazia encomendas à editora, de modo a completar o álbum.

2) No caso dos livros que digitalizo, eu guardo o original das fotos que digitalizo, pois é provável que eu possa perder o e-book original. Se guardo as fotos, basta processá-las no snapter novamente, redimensioná-las no pix resizer e reduzir o peso delas com advanced JPEG compressor.

3) O banco de fotos original pode ser perfeitamente trocado com outras pessoas que estejam fazendo a mesma coisa que eu faço. Assim, eu posso fazer o e-book sem a necessidade de passar três meses fotografando o projeto, pois alguém fez esse trabalho por mim. Para isso, eu precisaria formar esses fotógrafos de livros - e nas atuais condições, não estou podendo montar turmas de ensino presencial, já que não posso abrir a casa para os interessados virem aqui em casa para aprenderem comigo presencialmente. Só quando eu tiver minha própria casa é que poderei fazer isso, pois aí não haveria objeção dos meus pais quanto a isso.

4) Como essas "figurinhas" são produzidas por mim, então eu posso distribuí-las com outra pessoa que faça a mesma coisa que eu faço. Enfim, é a evolução do velho hábito só que dentro de uma nuance distributivista e comunitarista.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de setembro de 2017.

Digitalizar um livro é como completar um álbum de figurinhas

1.1) Quando tinha 10 anos, eu participei de um jogo de bafo com os colegas de meu primeiro colégio onde passei, o Curumim. Como havia ganhado o jogo, eu levei as figurinhas todas comigo.

1.2) Quando voltei pra casa, eu pedi ao meu pai que me comprasse um álbum de figurinhas (no caso, as figurinhas eram relativas aos jogadores que estavam atuando no campeonato brasileiro de 1991).

1.3) Como não consegui completar o álbum, quando o álbum relativo ao campeonato brasileiro de 1992 foi lançado, encomendei as figurinhas faltantes pelo correio, por meio da editora Panini. E só assim completei o álbum de figurinhas.

2.1) Quando estou digitalizando meus livros, eu lembro sempre da experiência que tive com álbuns de figurinhas.

2.2) É com paciência que vou completando o livro - é como se fosse um verdadeiro álbum, uma vez que as páginas dos livros são como figurinhas, enquanto as constantes fotos, marcadas pelo processo de tentativa e erro, são como repetições dessas figurinhas até encontrar a melhor dentre elas.

3) É desta experiência que tiro toda a minha motivação para digitalizar um livro.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 26 de setembro de 2017.

domingo, 24 de setembro de 2017

Comentários à Parábola do Patrão Generoso, constante no Evangelho segundo São Matheus

1) Quando tratei de nacionismo, sobre o senso de tomar o país como um lar em Cristo e não como se fosse religião de Estado em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele, às vezes eu precisei dizer o que antes era indizível. E a tarefa é tão espinhosa que só consigo explicar essas coisas somente por escrito - se tivesse que explicar falando, eu não seria tão efetivo quanto sou escrevendo.

2.1) Mesmo escrevendo sobre assuntos tão complicados, há uma coisa sobre a qual sempre quis muito escrever e nunca fui capaz de fazê-lo. Trata-se da parábola do patrão generoso.

2.2.1) No Evangelho segundo São Matheus, há um proprietário de uma vinha que foi contratando trabalhadores.

2.2.2) Os que estavam disponíveis desde o começo do dia foram logo chamados, combinando com eles o pagamento de um dinheiro de prata.

2.2.3) Em seguida, recrutou os que se encontravam na praça por volta das nove da manhã e para eles combinou que pagaria o que era de costume. O mesmo disse para quem estava na praça por volta do meio-dia.

2.2.4) Ao cair da tarde, encontrou mais gente disponível. Como estes nunca haviam sido chamados, recrutou-os para trabalhar na vinha, prometendo-lhes pagar o que fosse justo.

2.2.5) Terminado o dia de trabalho, mandou chamar os que por último chamou. Para eles deu um dinheiro de prata. O mesmo se deu para quem foi chamado ao meio-dia e para quem foi chamado às nove da manhã.

2.2.6) Quando os primeiros receberam um dinheiro de prata, estes ficaram indignados, pois haviam dado duro o dia inteiro. Mas o patrão foi justo com eles - se o combinado foi uma moeda de prata, então eles receberiam uma moeda de prata.

3) Embora o valor fosse o mesmo, o motivo determinante do contrato que foi firmado com os primeiros trabalhadores foi diferente dos demais. Com estes, que eram os melhores disponíveis, fez-se um acordo liberal: o trabalhador diz o seu preço e você paga o que ele pede.

4) Com os demais trabalhadores, que foram chamados mais tarde, eles receberiam o mesmo salário do paradigma, os melhores trabalhadores, de modo que fossem estimulados a produzir. Como o salário do melhor é um dinheiro de prata, então a remuneração costumeira e justa é de um dinheiro de prata.

5.1) Se os empregados estão com o mesmo encargo, com a mesma responsabilidade, então eles percebem o mesmo salário.

5.2.1) Como a natureza desse serviço é de natureza civilizatória e se funda na eternidade, posto que se volta para a salvação de todos, então a justiça tende a ser distributiva e não proporcional.

5.2.2) Não é importante saber quantas almas você salvou ou quantas você levou a fazer com que o país seja tomado como se fosse um lar em Cristo de modo que isto os prepare para a pátria definitiva, a qual se dá no Céu; o que importa é se você cumpriu o seu dever fielmente, no tocante de ir servir a Cristo em terras distantes, tal como se deu em Ourique.

5.2.3) É isto que o proprietário da vinha, o próprio Deus, quer de seus servos - principalmente de alguém como D. Afonso Henriques, que deve ser servo dos servos, ao ser o senhor dos senhores de todo o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves. E ele deve fazer isso imitando a Cristo no mesmo gesto que Este fez ao lavar os pés dos apóstolos, pois os últimos - o povo debaixo de sua proteção e autoridade - serão os primeiros a liderarem toda uma cruzada em defesa da civilização ocidental e da fé cristã - e ele, como o primeiro dentre os primeiros, deveria fazer com que toda essa empreitada fundada em Cristo desse frutos.

5.2.4) Eis porque havia toda uma cumplicidade entre o povo e o Rei - ela obedecia a esse princípio.

6.1) O verdadeiro princípio da economia é a vida eterna - e é por força da vida eterna que as riquezas são construídas e distribuídas de modo a se gerar um bem comum. E é por força dessa vida eterna que se constrói uma civilização fundada no fato de se tomar o país como um lar em Cristo.

6.2) O dinheiro não é o que move o lar - na verdade, é o amor fundado no fato de se amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento quem o move. Servir ao próximo não se mede em quantidade de horas, mas em servir bem ao maior número de pessoas possível. Seja se comecei cedo ou se comecei tarde, o que importa é que fiz bem o meu papel e receberei a recompensa justa, tendo por paradigma o que fez da vivência fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus um compromisso com a excelência. Afinal, nesta vida somos todos passageiros, pois somos todos trabalhadores da vinha do Senhor.

7.1) Os liberais, presos ao materialismo, só entendem a proporção, pois tempo para eles é dinheiro - e isso é tão verdade que o eterno para eles é inconcebível, a ponto de dizer que Deus está morto.

7.2) O deus do dinheiro não passa de um demiurgo. E quanto mais amarmos ao dinheiro do que a Deus, mais nos afastamos de Deus, a ponto de cairmos na apatria e na ilusão de se buscar liberdade fora da liberdade em Cristo, a ponto de esta vir a ser nossa prisão definitiva, nosso fogo eterno. 
7.3) E o lugar mais quente do Inferno é destinado a quem conservou o que é conveniente e dissociado da verdade em tempos de crise, a ponto de edificar liberdade com fins vazios. Não é à toa que chamo esses liberais (da forma como o mundo entende) de libertários-conservantistas, pois é o que eles realmente são.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 24 de setembro de 2017.

sábado, 23 de setembro de 2017

Qual é o segredo para ensinar uma língua estrangeira a um aluno como eu?

1) Quando se é criado nos anos 80 e acostumado a ouvir músicas do Legião Urbana, Tears for Fears e outras bandas cujas letras carregam toda uma carga filosófica profunda, certamente uma pessoa como eu, criada nesta circunstância, receberá um tremendo de downgrade quando o professor inventa de colocar Beatles nas aulas de inglês. Do jeito como as letras dessa banda são tão pueris, elas são mais apropriadas para crianças.

2) Para alguém acostumado a pauleiras intelectuais complexas, não é conveniente confundir nível fácil com retardamento mental. A maior prova disso é que nas aulas de polonês eu aprendi o básico: aprendi o Pai Nosso e a Ave Maria em polonês. Se tivesse aprendido o Pai Nosso e a Ave Maria em inglês, isso já teria sido um bom começo.

3) Quando fui aprimorar meu conhecimento de língua portuguesa no Glioche, o meu professor dizia que  nível básico em língua portuguesa  não quer dizer prova do Mobral. Da mesma forma, inglês básico não quer dizer retardamento mental (tipo música dos Beatles).

4.1) Se meus professores de inglês tirassem couro de mim como meus professores de língua portuguesa sempre fizeram, eu iria ficar satisfeito.

4.2) Se dessem aula de inglês no nível em que as escolas nos EUA dão para os seus alunos, daquelas que preparam o candidato para a universidade, certamente eu iria aprender bastante. Estou acostumado à cultura americana - a diferença é que eu não moro nos EUA, por falta de oportunidade.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de setembro de 2017.