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quarta-feira, 28 de junho de 2017

Não há nacionidade na desordem - a não ser na mesa de um intelectual, que é por natureza uma bagunça

1) Certa ocasião, eu havia dito que não há nacionidade na desordem, como vemos na favela, impropriamente chamada de "comunidade".

2) A única exceção a este princípio descrito em 1 é a mesa de um intelectual, pois, para estudarmos as coisas que fazem o país ser tomado como se fosse um lar em Cristo, nós precisamos ter um monte de livros e anotações à mão - e isso acaba fazendo nossas mesas serem uma verdadeira bagunça.

3) É contraditório, mas faz sentido.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 28 de junho de 2017.

terça-feira, 27 de junho de 2017

Tomar o país como um lar em Cristo não é tarefa fácil porque a vida vivida em conformidade com o Todo que vem de Deus não é fácil

1) Esse negócio de nacionalismo que o mundo fala e mostra na TV é uma simplificação grosseira da realidade, que é muito mais complexa, pois tomar um país como um lar em Cristo não é tarefa das mais fáceis. Afinal, viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus não é tarefa fácil.

2) Se a maioria das pessoas fizesse ao menos o esforço de compreender o que é complexo, que sempre nos aponta para o transcendente, certamente muitas delas me chamariam atenção para aquilo em que estivesse errado - e como diz Fernando Pessoa, tudo vale a pena se a alma não for pequena. Mas, ao invés disso, haverá impugnações hostis, por conta de conservarem o que é conveniente e dissociado da verdade, uma vez que o nacionalismo deriva da ideologia, desse nefasto de conjunto de idéias pensadas pelo homem de modo a negar a realidade, fundada na vida vivida em conformidade com o Todo que vem de Deus, que não é fácil.

3) Afinal, se Deus é negado, então o Estado será tomado como se fosse religião, pois tudo estará no Estado e nada estará fora dele ou contra ele. Não existe via alternativa.

4.1) Este é o pano de fundo de tudo o que venho refletindo. Nunca aceitei esse negócio de tomar o Brasil como uma segunda religião, de modo a negar a verdadeira.

4.2) Afinal, se nasci no Brasil, ao menos tenho o direito de saber por que razão estou aqui. E isso me leva a estudar - como a escola não me deu uma boa razão para isso, então eu trilho meu caminho.

4.3.1) Afinal, há pessoas que não compreendem bem as razões pelas quais vivem neste país tão destituído de sentido - a maioria, ao invés de estudar, preferirá emigrar a estudar, o que constitui fuga do problema, fuga da realidade.

4.3.2) Como nada é fácil, o país será tomado como um lar a partir dos poucos que estudam e compreendem o Brasil como ele é, com seus encantos e suas feiuras.

4.3.3) Por isso que digo que este país é para poucos - e esses poucos serão tão numerosos quanto as estrelas do Céu, dado que constituem a minoria fundada no espírito de Abraão, que viveu a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de junho de 2017.

O nacionismo é complexo, mas isso não é vaidade minha

Cristina Bassôa De Moraes: Dettmann, você tem abordado temas muito complexos, de difícil compreensão para a maioria das pessoas. Tenho certeza de você não irá ser compreendido - ao menos, pela maioria das pessoas. Não sei se é esse seu objetivo, ou se é simplesmente formular uma teoria voltada à Ourique e à Monarquia.

José Octavio Dettmann:


1) Eu tenho tentado estudar uma teoria do Estado tendo por fundamento isso que se deu em Ourique. Por isso, corro o risco de ser mal compreendido. Se a maioria das pessoas buscasse estudar essas coisas, certamente eu aceitaria ser corrigido sem problema. Afinal, eu estudo para compreender aquilo que não compreendo, dado que esse negócio de nacionalismo é uma simplificação grosseira, para não dizer vil, da realidade, que é complexa.

2) Eu tenho observado que as teorias de Estado conhecidas não se aplicam ao que houve em Ourique. Por isso, tenho buscado estudar a questão, pois a nossa realidade é muito diferente da dos outros. Trata-se de uma forma que encontrei para compreender essa questão. Como você bem observou, essa questão é complexa. Não faço isso por vaidade, mas porque isso é profundo mesmo.

3) É como se estivesse dizendo o indizível, mas isso não é pretensão minha, pois esse negócio de nacionalismo, da forma como o mundo fala, é uma simplificação muito grosseira da realidade. O buraco é mais embaixo, se levarmos em conta o que foi estabelecido em Ourique. É o que venho observando não só no que Loryel fala, mas também no que o Olavo fala. É como se estivesse abrindo uma porta a um rumo desconhecido.

4.1) Por isso que falei em teoria da nacionidade, pois isso leva a uma teoria geral.

4.2) O que me chama atenção é que o Império Português permanecerá e os impérios de domínio passarão. E novos impérios de cultura vão surgir na História. Talvez o Império Português seja o primeiro de muitos nesta tendência.

4.3) Esses impérios não terão o mesmo papel específico que Portugal teve, mas Cristo dará a outros povos tão pios quanto os portugueses papéis específicos de modo a servir a Cristo no contexto da Cristandade. Basta pedir a Deus e Ele atenderá - e isso será concedido no tempo d'Ele, é claro.

5) Há muito a estudar. Não é assunto para um autor só, pois tem muita coisa que ainda não compreendo, mas isso pede muito estudo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de junho de 2017.

Notas sobre os critérios que devem ser usados para se apurar e reconhecer se um estrangeiro está tomando o Brasil como um lar, amando e rejeitando as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento

Róger Badalum: Que critério você usaria para declarar se o imigrante ama e rejeita as mesmas coisas, tendo por Cristo fundamento?

José Octavio Dettmann:

1) Além da aliança do altar com o trono, que é objetiva, eu usaria o critério de Savigny (o da teoria subjetiva da posse).

2) Quando você nasce no país, você tem o contato com a terra (o corpus). De que adianta ter o contato físico com a pátria, se você não toma o país como um lar, sem ânimo patriótico? Afinal, o ser humano não é uma folha de papel em branco - ele vem de uma família e a família precisa ensiná-lo a amar e a rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. Se essa família serve a si mesma e sem Deus, o filho ficará sem saber de onde veio ou para onde irá. Será apátrida, pois a família não fez o seu papel de educar. E a família termina se abolindo por não fazer o seu papel natural.

3) Quem vem de fora aprende a tomar o país como um lar conhecendo a história de seu país de origem e aprendendo a história do país que irá recebê-lo - e neste ponto ele se torna um diplomata perfeito. E se este país foi fundado pelo Cristo Crucificado de Ourique, então ele aprenderá a amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento; quando aprende isso, ele se torna brasileiro, pois tem corpus, tem animus e serviu ao país, pois ocupou a coisa com um fim útil e salvífico. E isto pode ser legado aos descendentes. E essas coisas que falo são provadas com testemunho dos vizinhos e com atestado de bons antecedentes (não condenação na justiça, seja civilmente ou criminalmente). Além dos requisitos subjetivos, como falar a língua ou o tempo de residência, há critérios objetivos, como organizar um negócio e gerar emprego aqui, estudar e colar grau aqui ou ter filhos aqui sob sua dependência econômica.

Róger Badalum: Mas esses critérios são institucionais. Que instituições seriam competentes para apurar esses critérios, em termos de política de imigração?

1) Isso seria matéria do Ministério da Justiça, junto com o Ministério de Relações Exteriores, dado que é condução dos negócios estrangeiros que são úteis à pátria. Seria uma pauta conjunta, interministerial, posto que se trata de Direito Internacional Privado. Se houver um conflito de interesses entre o Executivo e o Judiciário, o Poder Moderador decidirá os conflitos, pois é questão de Estado.

2) Do ponto de vista objetivo, isso pede que o trono esteja em aliança com o altar, como houve em Ourique e como havia nos termos da Carta de 1824, pois fazer o país ser tomado como se fosse um lar, nos termos da Aliança entre o Altar e o Trono, é política que fomenta ordem pública - e essa ordem pública precisa estar em conformidade com o Todo que vem de Deus e não voltada para o nada, como vemos na atual República.

3) Quando o povo está muito apátrida e cheio de má consciência, ele vai precisar da interação com outras pessoas que ensinem a esse povo a tomar o país como um lar - e o imigrante é um professor, pois vem em busca de uma vida melhor e ele certamente saberá honrar o que herdamos em Ourique. E isso pede imigrantes cristãos, pois o país é cristão. Jamais poremos islâmicos aqui, pois são inimigos de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de junho de 2017.

Dúvida que tirei acerca da Lei de Migração e seus derivados

Perguntaram-me qual é minha opinião a respeito de os imigrantes possuírem os mesmos diretos que os brasileiros natos? (direitos políticos)

Resposta:

1) Se o país for tomado como se fosse religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora do Estado, então essa concessão é um verdadeiro absurdo. A República é um governo ilegítimo e não pode dispor de algo que não é seu.

2) É por isso que sempre bato tanto na tecla da diferença entre nacionidade e nacionalidade. Para se ter os mesmos direitos dos que nasceram aqui, é preciso que se tome o país como um lar e que sirva a Cristo nestas terras distantes, tal como houve em Ourique. Se você ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, então você é brasileiro de corpo e alma - e isso tem mais valor do que nascer aqui e cuspir no prato em que se come.

3.1) A grande questão é que o Brasil renega o que foi fundado em Ourique. E se renega o que foi fundado em Ourique, então nada terá sentido, pois a verdade acerca de nossa razão de ser é negada e a liberdade será voltada para o nada.

3.2) A maior prova disso é que aprendemos uma história distorcida, a ponto de odiarmos nossos ancestrais, os portugueses. Se negamos a nobreza disso que houve no nosso passado, então somos apátridas. Se somos apátridas, então haverá um igualitarismo piorado, pois os refugiados são iguais a nós por serem apátridas.

3.3) Como a república brasileira é ilegítima, então isso é uma forma dissimulada de dizer que somos incapazes de tomar o país como um lar. Afinal, eles estão se valendo da própria torpeza, iniciada quando disseram que o Brasil era colônia de Portugal, o que é uma mentira.

José Octavio Dettmann


Rio de Janeiro, 27 de junho de 2017.

Ser brasileiro nato é correr o risco de ser condenado desde o nascimento a abraçar a mentira de que o Brasil foi colônia de Portugal, renegando sua origem e cuspindo no prato em que comeu (por isso mesmo, apátrida)

1) De que adianta ser nato no Brasil se você age como apátrida? Afinal, quem nega aquilo que foi fundado em Ourique e acredita no discurso de que os portugueses foram maus simplesmente não sabe de onde veio nem para onde vai. Por isso, um apátrida, pois nega a nobreza sob a qual este país foi fundado. Por isso, o seu destino é ser biruta de aeroporto - logo, a República é a vocação de quem vive a vida como uma biruta de aeroporto.

2.1) Isso é a prova cabal de que o requisito de que brasileiro nato não é argumento suficiente para ser chefe de Estado. 

2.2) Para ser chefe de Estado, é preciso que você seja pai, que você tome o povo como parte de sua família, pois desde D. Afonso Henriques o soberano é vassalo de Cristo e deve ensinar os que estão sujeitos à sua proteção e autoridade a servir a Cristo em terras distantes. Por isso, ele precisa tomar o país como um lar em Cristo - e mesmo que não tenha nascido nesta terra, deve aprender a fazê-lo pelo bem deste país, pois um dia esta pessoa será chamada para exercer tão nobre encargo, seja nesta vida ou na vida de seu descendente, seu sucessor na virtude.

2.3) Nenhum presidente do Brasil, cargo privativo de brasileiro nato, agiu assim. D. Pedro II nasceu no Brasil, mas ele era filho de D. Pedro I, descendente de D. João VI - enfim, a casa de Bragança descende de D. Afonso Henriques. Por isso mesmo, tem legitimidade para continuar o que foi fundado em Ourique, pois o Brasil é desdobramento de Ourique em terras americanas, uma extensão, uma província de Portugal.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de junho de 2017.

Notas sobre nacionidade e o livre exercício do direito de votar em quer que seja por força do prestígio manifesto

1) Na época em que D. Pedro II reinava no Brasil, ele recebeu muitos votos para ser presidente dos EUA, numa época em que se podia votar em qualquer pessoa para o cargo máximo daquele país.

2) Se um determinado país tem um governante que faz com que o Brasil seja tomado como se fosse um lar em Cristo, é natural que ele seja chamado a ensinar outros povos interessados a fazer isso. E, neste ponto, o prestígio é motivo determinante do voto - e isso é um tipo de nacionidade, pois os americanos daquela época, cansados dos abusos inerentes de seu regime de governo, quiseram tomar o Brasil como um lar por força do prestígio de nosso imperador.

3) Nas atuais circunstâncias, se este regime existisse, seria preferível votar no presidente Duda da Polônia: além de ser um católico no sentido verdadeiro da palavra, ele é um ótimo presidente, um excelente chefe de Estado que faz a Polônia ser tomada como se fosse um lar em Cristo. Diante da falta de nomes que sigam o exemplo do presidente Duda, o vácuo de poder que há neste país poderia ser preenchido por alguém que é tão honroso quanto foi D. Pedro II.

4) O único problema é quem vota: as pessoas deste país andam tão bestializadas que não são capazes de enxergar as virtudes manifestas de alguém - e acabam escolhendo sempre o que há de pior, dado que tomam o país como se fossem religião, em que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele. E como já foi dito, o problema é cultural.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de junho de 2017.