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sábado, 1 de setembro de 2018

A proletarização geral da sociedade leva ao surgimento de um Estado totalitário e patrimonialista

1) Por força do amor de si até o desprezo de Deus, o que levou os plutocratas a concentrarem sistematicamente os poderes de usar, gozar e dispor dos bens da vida em poucas mãos, a sociedade foi proletarizada, a ponto de a opinião do melhor ter o mesmo peso que a opinião do medíocre. E neste ponto, o número governa o mundo, na forma de democracia, o que edifica liberdade com fins vazios.

2.1) É pela proletarização geral da sociedade que o público se confunde com o privado, a ponto de criar um estado totalitário e patrimonialista.

2.2.1) O fundamento desta ordem está em retirar Cristo da ordem pública. Aqui no Brasil, isso se deu em 1822, quando D. Pedro e José Bonifácio retiraram o Crucificado de Ourique da ordem pública, a ponto de reduzir o Brasil a uma colônia.

2.2.2) Isso equivale a dizer que Portugal foi aos mares como a Espanha, a Holanda, a França e a Inglaterra o foram: em busca de si mesmas, o que é um argumento de extrema má-fé, um argumento extremamente criminoso.

2.2.3) Isso é ensinar história pátria com fins vazios, o que favorece a agenda revolucionária.

3) Não é à toa que o estudo do distibutivismo no Brasil está relacionado ao estudo da América Portuguesa a partir do problema gerado pela secessão do Brasil de Portugal, em 1822, quando o Estado brasileiro foi tomado como se fosse religião, a ponto de desaguar nesta república maldita em que vivemos.

4) E o estudo dos problemas da América Portuguesa nesta circunstância totalitária fazem do parte do estudo de Portugal enquanto problema, que deve ser solucionado de modo que o país seja tomado como um lar em Cristo, por força de Ourique.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de setembro de 2018.

Notas sobre a relação entre público e privado

1) Pelo que andei observando, o liberal confunde público com privado, a ponto de reduzir o público a tão-somente aquilo que envolve o Estado, a ponto de estar no Estado e nada estar fora dele ou contra ele. Por conta do amor de si até o desprezo de Deus, eles criam uma luta de classes entre o público e o privado, o que é um prato cheio para o comunismo.

2) Pelo princípio da concórdia entre as classes e da integração entre as pessoas, bem como do incentivo ao senso de bem servir ao país - que deve ser tomado como um lar em Cristo -, devemos ver sempre que nem todas as coisas estão no Estado. Particulares com vocação de servir devem ser chamados a ponto de criarem uma atividade econômica organizada, uma vez que eles devem a ver Cristo nos irmãos necessitados. E se ele for bem organizado e servir muito bem, ele será bem remunerado pelo seu esforço, já que lucro é ganho sobre a incerteza, uma vez que a vida é incerteza.

3.1) É por essa razão que os empresários são considerados agentes públicos, pois edificam ordem pública. Eles ajudam na edificação da polis, mas não têm o poder do império, tal como tem o vassalo de Cristo, por força de Ourique. É um caminho de honra, a ponto de seus serviços serem contados como parte da nobreza.

3.2.1) Não se trata de um serviço fundado no amor de si até o desprezo de Deus, a ponto de fazer da riqueza sinal de salvação.

3.2.2) A riqueza é instrumento de evangelização, umas vez que o trabalho é meio de santificação não só de quem trabalha mas também de todo um povo que está tomando o país como um lar, amando e rejeitando as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, na conformidade com o Todo que vem de Deus. Da associação de vários empresários que colaboram com o governo ao estabelecer uma atividade econômica organizada surgem as guildas, uma vez que essa atividade organizada envolve famílias inteiras, comunidades inteiras.

4) Se há uma relação público x privado, ela se dá no foro da intimidade. Estado nenhum deve se meter na vida privada de ninguém. Uma vez que vida privada é vida espiritual, isso é assunto da Igreja - esta, sim tem jurisdição sobre a matéria, pois a família decorre dessa realidade. E esse é o verdadeiro direito privado.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de setembro de 2018.

Notas sobre a questão da moeda fiduciária, no tocante à liberdade bancária

1) Durante minhas investigações sobre a questão da moeda fiduciária, eu percebi que há um outro tipo de liberdade bancária: se a moeda for lastreada na principal riqueza local e se tiver a garantia de que Estado não vai ser tomado como se fosse religião e que não vai manipular o valor da moeda, então o investimento produtivo nessa moeda estará lastreado no princípio da confiança, o que é essencial para a paz pública e para a estabilidade social. Afinal, o Estado foi criado para servir ao homem - e como o homem tem sua razão de ser vivendo a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, então o Estado deve se submeter ao magistério da Igreja, que é a esposa de Cristo, nunca ao amor de si dos homens a ponto de desprezarem Deus, o que edifica liberdade com fins vazios.

2) Afinal, se a moeda é como se fosse uma ação, uma vez que eu tenho direito a uma parte de todas as riquezas do país, então o lastro serve de garantia, uma vez que estou emprestando ao Estado minha confiança de modo que este edifique um bem comum e faça o país ser tomado como um lar em Cristo, a ponto de nos preparar para a pátria definitiva, que se dá no Céu. E essa confiança se dá na forma de tributos, onde sacrifico parte de minha renda de modo que esse compromisso se torne uma realidade concreta.

3) Como moeda é um símbolo de justiça, somente autoridades da mais alta nobreza, e com passado de servir ao governo e ao povo da localidade, é que podem emitir moeda. Afinal, produzir riqueza é uma atividade organizada, de altíssima responsabilidade - como é atividade que afeta a todos ao redor, trata-se de atividade pública no sentido mais amplo do termo, pois envolve toda a sociedade e o governo, já que isso edifica ordem. E o caráter da ordem é promover a integração entre as pessoas, distribuindo responsabilidades a elas a ponto de tomarem o país que estão ajudando a construir como um lar em Cristo, o que certamente preparará a todos para a pátria definitiva, que se dá no Céu. E este é o verdadeiro fundamento de uma tradição fundada na vida em conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de setembro de 2018.

sexta-feira, 31 de agosto de 2018

Notas sobre uma descoberta interessante

1) Estava eu vendo jogos no Steam e descobri um jogo baseado na mitologia eslava chamado The End of the Sun. Curioso, tratei de ver na wikipedia referências sobre o assunto.

2) Durante a análise, eu descobri algo interessante. O mundo seria uma grande árvore de carvalho. Na parte alta fica o reino de Nav, fundado no mundo imaterial. No meio, o Reino de Prav, que rege a relação entre o mundo imaterial, superior, e o mundo material, inferior (uma vez que inferno vem de inferus, do qual se deriva inferior). Na base do carvalho, no seu tronco, o reino de Yav, onde ficam as criaturas vivas.

3) Em polonês, prawo é a palavra para direito. E o direito positivo, se inspirado em Deus, acaba servindo de meio intermediário a ponto de a lei que se dá na carne de cada um nós se tornar uma realidade prática, um costume a ser observado, pois boas leis geram bons costumes.

4) Não sei se o professor William Bottazzini Rezende ensina mitologia romana, quando ensina latim. O estudo da mitologia ajuda muito no entendimento de uma língua, pois as coisas têm uma origem, uma razão de ser.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de agosto de 2018.

quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Notas sobre o federalismo monetário

1) Se o Brasil não foi colônia e foi povoado num regime de federalismo pleno de tal maneira que todos os lugares fossem tomados como se fossem um mesmo lar em Cristo até a sua máxima extensão, por conta da missão de servir a Cristo em terras distantes - o que explicaria a dimensão continental do Brasil -, então é provável que cada lugar tivesse tido sua própria moeda - e nela a principal riqueza local acabou servindo de lastro para ela.

2.1) Se cada província teve sua própria moeda, então essas moedas podiam ser trocadas umas pelas outras, pois eram conversíveis. E sendo conversíveis, então podíamos resgatar pau-brasil para exportá-lo para a Europa e trocá-lo por ouro, o que seria altamente rentável para a época. Se eu tivesse moedas lastreadas em pau-brasil, em café, em gado leiteiro, em nióbio, em borracha, então eu acabaria tomando vários lugares do Brasil como um mesmo lar em Cristo, criando uma espécie de federalismo monetário.

2.2) Se meu estado fosse fabril, ele sintetizaria essas riquezas de cada lugar no Brasil de modo a produzir outros tipos de riqueza. E como estaria assimilando as qualidades de cada lugar do Brasil, constantes em suas riquezas, então a atividade industrial seria a síntese do Brasil como um todo tomado como um lar em Cristo, pois haveria uma verdadeira continentalização das almas, uma vez que estas serviram a Cristo em terras distantes deste continente americano.

3.1) Afinal, os municípios podem dizer o direito - e se podem dizer o direito, então eles podem emitir moeda tendo por lastro a principal riqueza do lugar. De uma federação de municípios, surge uma província - e de uma federação de províncias uma nação.

3.2) A moeda deve exprimir a síntese dessa complexidade, pois é um dado cultural; se servirmos aos nossos semelhantes de maneira liberal (livres em Cristo, por Cristo e para Cristo), então devemos ser remunerados de maneira justa, uma vez que justiça é descobrir o outro. E quando fazemos isso, nós praticamos distributivismo, uma vez que trabalho livre é trabalho santificador. E o átrio da paróquia se torna um lugar de encontro (um mercado), não um lugar de sujeição, fundado no amor de si até o desprezo de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de agosto de 2018. (data da postagem original)

Notas sobre economia industrial e integração ibero-americana

1) Como a riqueza sempre vem da terra, então a terra que se notabiliza por produzir tal riqueza deve ser tomada como um lar em Cristo.

2) Como a indústria transforma a matéria-prima como um produto acabado, então o país que se notabiliza pela economia industrial deve ser tomado como um lar em Cristo quando sintetiza as riquezas importadas e as transforma em algo que sintetiza o fruto da integração desses países, a ponto de serem tomadas como um mesmo lar em Cristo em união.

3) Afinal, a economia fabril, de certa forma, seria antropofágica, pois processaria as riquezas primárias dos países de modo a assimilar as qualidades dos que produzem tal riqueza, tal como o pau-brasil que é processado de modo a virar uma tinta vermelha, que será empregada na veste de um cardeal, de um príncipe da Igreja que se compromete a derramar seu sangue por Cristo, tal como foram os mártires. Ou tal como ocorre com o trigo da Argentina e a uva da qual se faz o vinho do Porto - eles são esmagados tal como o corpo e o sangue de Cristo, a ponto de evangelizarem nações inteiras, já que eles acabam fazendo dos nossos lares verdadeiras igrejas domésticas, umas vez que boa alimentação é evangelização. E se estiverem numa boa taverna ou num bom restaurante, é também apostolado da diversão.

4) A transformação de matéria-prima deve ser local de diálogo onde as riquezas se transformam em riquezas que simbolizem a união ibero-americana. E aí a moeda terá por lastro a síntese que se dá na indústria.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de agosto de 2018 (data da postagem original).

Notas sobre a integração ibero-americana, ditada por aquilo que se funda em Ourique

1) Se o Brasil tivesse lastreado sua moeda com base naquilo que produz de melhor, outros países seguiriam seu exemplo, como a Argentina, que se notabiliza por produzir trigo, a ponto de servir a Cristo em terras distantes sendo o celeiro do mundo.

2.1) Se houvesse uma integração entre essas duas nações, a ponto de ambas serem tomadas como um mesmo lar em Cristo por força de Ourique, então poderia haver um união ibero-americana com base no que cada país teria de melhor.

2.2) Seria o contrário da União Européia, em que o Euro matou a nacionidade de pátrias inteiras ao desnacionalizarem a moeda, a ponto de fazê-la sinal de salvação, onde tudo está em Bruxelas e nada pode estar contra ou fora de Bruxelas.

3.1) Se houver União Ibero-americana, então isso será por força do que há de melhor de cada país, a ponto de juntas criarem um patrimônio comum de tal maneira que o mundo ibero-americano seja tomado como um lar em Cristo na forma de um bloco, que é o vir-a-ser de uma nação ao longo de sucessivas gerações.

3.2) Por força de Ourique, a Espanha acabaria se consagrando a Cristo novamente, convalidando o erro de ir aos mares em busca de si mesma.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 30 de agosto de 2018.