"Uma massa rochosa única, impermeável às ondas e a cada dia mais forte" - Gaius Plinius Secundus (23-79 a.C.), cientista e autor Romano, em uma nota descrevendo o concreto dos Antigos Romanos.
1) O concreto produzido pelos Antigos Romanos é invejado hoje pela engenharia. Por mais de 2 mil anos, sob exposição de zonas sísmicas, águas marinhas e ondas do mar, variações climáticas e outros agentes potencialmente erosivos, estruturas construídas com esse poderoso material persistem inabaláveis. Textos antigos fornecem detalhes não totalmente esclarecidos da receita usada para a argamassa, e as propriedades e características do material produzido pelos Antigos Romanos ainda são explorados pela comunidade científica. Aliás, em contato contínuo com água marinha, o concreto Romano não torna-se mais frágil, pelo contrário, sua estrutura fica mais forte com o tempo devido a dinâmicas cristalinas e iônicas em sua estrutura.
2) Em um recente estudo publicado na Science Advances, pesquisadores encontraram que certos fragmentos brancos que impregnam a estrutura do concreto Romano - ao invés de imperfeições e resultado de limitações técnicas como tradicionalmente pensado - fornece não apenas outro mecanismo de fortalecimento desse material ao longo do tempo como também importante capacidade regenerativa. Esses fragmentos são ricos em cálcio (ex.: carbonato de cálcio na forma de calcita) e, quando expostos à água (seja atmosférica ou corrente) acabam se dissolvendo e preenchendo eventuais rachaduras no concreto. Em laboratório, os pesquisadores conseguiram recriar uma versão moderna inspirada no concreto Romano - provavelmente corroborando que os antigos Romanos usavam uma mistura quente de argamassa via excesso de cal viva - e confirmaram essa habilidade, inexistente no concreto moderno tradicional (Portland).
3) Para quem quiser mais detalhes sobre o achado, o concreto Romano (e sua receita proposta) e referências acadêmicas, acesse a matéria completa no comentário em destaque:
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