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terça-feira, 24 de junho de 2014

O que se pretende quando se separa o Estado da Igreja

1) Numa sociedade onde se impera a separação da Igreja do Estado, é sem sombra de dúvida que não se deseja outra coisa senão impor a toda a sociedade o fato cultural, forçado, de que o Estado, e tudo o que decorre disto, tem a sua verdade, assim como Deus, e tudo o que decorre Dele, tem a sua verdade. 

2) Se atentarem bem, isso é um dualismo, pois não é possível haver entre nós dois deuses: O Deus do Céu e o Deus do Mal. Pois o mal não é criado - ele surge da ausência da prática do bem. Desde que fomos afetados pelo pecado original, o bem começou a ser deixado de ser praticado sistematicamente entre nós. 


3) Se o Estado tem a sua verdade, o fato é que ela se funda na sabedoria humana e não na sabedoria divina. 

4) Se ela se funda na sabedoria humana, que é imperfeita, então este Deus vai falhar. E Deus que falha é um falso Deus.

5) Para a crença de um falso Deus se manter por muito tempo, um falso demônio precisa ser criado: eis aí porque surge o falso fato de que toda riqueza acumulada decorrente do trabalho honesto e conforme o todo decorre de roubo ou espoliação. Quando o bem é tornado mal e o mal tornado bem o que ocorre é o inferno na Terra. 

6) Assumindo o Estado como religião, ele vai invadir a vida privada até engolir toda a nação, estando ela dentro ou fora do território costumeiramente ocupado e tomado como lar. Por essa via, a nação passa a ser tomada como religião e poderá engolir todas as outras, a partir do momento que tudo está no Estado e nada está fora dele. E isso se chama totalitarismo

7) Existem apenas dois grupos que regem essa ordem: os que conservam esse estado de coisas, porque isso é conveniente aos seus interesses escusos, e os que querem tomar o poder movidos pela cobiça e pela inveja, pois o Deus desse estado de coisas se chama dinheiro.

8) Quanto mais se persiste esta ordem fundada na sabedoria humana, mais o dragão engole tudo até não sobrar nada. E o final será igual ao da União Soviética: a árvore cairá de podre, posto que os cupins corroeram tudo, já que não há mais a seiva vitalizadora que dá causa para o desenvolvimento de uma nação: a pátria tomada como se fosse um lar, decorrente do fato de se tomar como um lar antes a pátria do céu, causa para se ocupar produtivamente todas as coisas, até mesmo a terra onde se habita e trabalha.

Nada que decorra de uma ordem revolucionária pode ser bom. Uma ponderação sobre isso: http://adf.ly/ppPlE

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