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terça-feira, 24 de junho de 2014

A incapacidade civil sistemática e provocada mata o senso de se tomar o pais como um lar


Eis uma série de dúvidas que tirei recentemente:

O que você chama de capacidade? Seria a capacidade civil?

1) Capacidade que falo é a capacidade civil mesmo. 

2) Quem é capaz de poder formar uma família é responsável. Quem vive a vida irresponsavelmente com o tempo perde a compreensão e capacidade exercer atos da vida civil e tende a não mais compreender a ilicitude de seus atos. O marxismo cultural, ao promover os vícios sistematicamente, promove a incapacidade sistemática da população.

Como apurar se alguém vai ser bom pai se não temos como julgar o caráter de ninguém a priori?

1) A incapacidade é sempre uma exceção. E a lei deve sempre prever as exceções que dão causa à incapacidade civil. 

2) O juiz julga bem se conhece o direito e conhece bem as partes e as serve com confiança. As partes só confiam no juiz se o conhecem bem. E para se julgar é preciso que se conheça as circunstâncias do caso e que se aplique a lei ao caso concreto, em suas circunstâncias. Só assim que faz justiça. E uma ordem impessoal é sempre injusta. Pois a indiferença leva à injustiça.

3) Outro grande aspecto que devemos combater é o problema da impessoalidade. A impessoalidade leva à indiferença, que dá causa a que as nações sejam tomadas como se fossem religião, dando base ao totalitarismo.

Como conciliar costumes locais e valores cristãos?

1) O local prepara para o universal. E eles devem ser fundados em Cristo. A pátria pequena prepara para a pátria grande, que se encontra no Céu.

2) Só podemos tomar por universal quem segue o caminho, a verdade e vida. Ninguém vem ao pai senão por Jesus. Países descristianizados ou ainda não convertidos ao cristianismo estão em apatria ou barbárie.

3) O totalitarismo se baseia no fato de que cada um tem a sua verdade. E isso leva ao nada. 

Suponhamos que o homem não deseje casar ou a mulher não deseje casar, mas que deseje morar sozinho. Como encarar essa situação legalmente?

1) Se o homem não deseja casar e a mulher não deseja casar, é porque optaram em servir a Deus. O amor por Deus é tão forte que eles não sentem amor por homem ou mulher nenhum. É um dos estados de pessoa, pois se funda na vocação. E a pátria do Céu é quem rege isso. 

2) A vida nacional, fundada na idéia de se tomar o país como um lar, rege o estado civil das pessoas que são capazes de formar uma família, base de toda a nação neste aspecto. É daí que temos os casados, os solteiros e os viúvos. Pois sacerdócio é estado civil da pátria do céu e não cabe ao direito temporal, fundado na relação entre pessoas e coisas na Terra, regular.

3) Para a vida civil, em sociedade, é fato normal o casamento, mas o casamento se funda nas leis de Deus. E a família é a base da nação - e isso é outro tipo de vocação.

4) Quando lidamos com o aspecto da vida da nação, levamos como parâmetro à família. A vida consagrada a Deus tem outro tratamento - e se funda na pátria do céu. Por isso que a aliança entre o altar o trono se faz necessário para a nacionidade, pois quem toma o país como um lar tem por referencia a pátria no céu.

5) Se o homem e a mulher não desejam se casar e não têm Deus no coração, eles estão de certo modo à margem da sociedade. Escolheram o caminho da apatria. Enfim, estão perdidos, por conta dos valores liberais e revolucionários que estão instalados em suas cabeças - e isso é a causa da incapacidade deles. O estado civil de pessoa solteira é um estado transitório. Ninguém fica solto pra sempre. Cedo ou tarde ele será chamado a servir: seja a Deus no sacerdócio e na vida consagrada, ou seja a Deus, por meio da vida familiar.

6) Quem se põe à margem da sociedade por escolha torna-se incapaz de tomá-la como se fosse um lar, pois não disse sim a Deus, mas a si mesmo. Logo, está perdido.

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O sufrágio universal leva à indiferença sistemática: http://adf.ly/ppQRf

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