Pesquisar este blog

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Mãe social e a questão do mau emprego da palavra "tia", para se referir à educadora que trabalha na escola primária ou creche

1) Quando era criança, já havia se tornado costume transformar professora primária em "tia". 

2) Trata-se de perversão da palavra, pois você deixa de ser pai indireto do filho de seu irmão para ser pai impessoal, pai de contrato que presta serviços de educação aos filhos de outros pais, cujo vínculo de amizade, de confiança, sequer existe. Neste caso, passo a ser tio de todos que me foram confiados sob contrato ou por força de lei e ao mesmo tio de ninguém, uma vez que esse serviço se tornou uma relação de consumo. 

3.1) A figura da mãe ou do pai social (do tio ou tia da creche) é na verdade uma forma de abolição da família. 

3.2) A estrutura dos vínculos sociais está muito bagunçada, a tal ponto que a palavra tio no lugar de professor está sendo servida com fins vazios.

3.3) Para você dar um trato nessa bagunça, é preciso que a figura do tio volte a ser associada a de pai indireto dos próprios sobrinhos e não de pai impessoal ou mediante contrato (pai de aluguel).

3.4) O pai indireto pode ser ampliado aos amigos, aos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. É ele que ensinará a verdadeira fé aos filhos dos amigos, ampliando assim a Igreja doméstica, a ponto de se tornar uma creche.

4) Enfim, o x da questão é a impessoalidade. Confundir relação indireta com impessoalidade é perda do senso das proporções. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de agosto de 2020.

sexta-feira, 7 de agosto de 2020

Da corrupção como crime imprescritível - notas sobre isso

1) Se genocídio é considerado crime contra a humanidade, crime imprescritível, então a corrupção, enquanto crime funcional para o genocídio, deve ser imprescritível, em razão do princípio de que o acessório segue a sorte do principal.

2) A idéia de crime funcional, de crime como método para obter o resultado prático de outro crime, o verdadeiro crime desejado, ela está presente no Código Penal Alemão, não no nosso Código Penal vigente.

3) Se houvesse um novo Código Penal, certamente esses corruptos não teriam vez, pois seus desvios os levarão a uma responsabilização objetiva por genocídio, por conta de assumirem o risco de causar esse dano, ao desviar o dinheiro da saúde. Dolo eventual, sujeito à apreciação do júri, que julga crimes dolosos contra a vida.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 07 de agosto de 2020.

Postagens Relacionadas:

Considerações filosóficas sobre julgar um livro pelo seu título

1) Você não pode julgar um livro pela capa, mas você pode julgar um livro pelo seu título.

2) O título pode conter uma sentença, E essa sentença pode trazer muitas verdades filosóficas, se você for meditando e acumulando informações valiosas ao longo do caminho.

3.1) O título do livro pode ser um convite para você ler o livro e investigar o ponto de vista ali defendido, mas ele por si só pode te levar a outros caminhos que não o que está posto na obra, a ponto de ver o que não se vê.

3.2) Ao longo do meu caminho, colecionei alguns títulos de livros que me fizeram pensar. Muito embora alguns títulos sejam de autores marxistas, ali contem coisas que explicam a ação dos marxistas nestes tempos de hoje (já planejadas nos anos 70, 80, 90, ou ainda começo dos anos 2000)

A) Ciência e Técnica como ideologia

B) Comunidades Imaginadas

C) A Invenção das Tradições

D) A insustentável leveza do ser 

E) A Constelação Pós-Nacional

4) Descontado todo o besteirol marxista de ocasião, os títulos em si traziam muitas informações importantes. Passei muitos anos meditando só a respeito do que esses títulos em si diziam. E escrevi muita coisa sobre isso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 07 de agosto de 2020.

quinta-feira, 6 de agosto de 2020

Considerações sobre o jogo Gaiares, do Mega Drive

1) No Mega Drive, há um jogo shoot'em up chamado Gaiares. 

2) Há algumas teorias sobre o nome do jogo: 

A) simplificação de Gaia Rescue ou missão de salvamento da terra, o que define bem o que é o jogo; 

B) junção da deusa Gaia com o deus Ares, a ponto de gerar uma guerra interplanetária pela Terra, uma espécie de guerra de libertação do planeta dos animais que mentem o exploram de modo a poluí-lo sistematicamente - o que seria um ambicioso demais para 1990, mas perfeitamente possível para esses jogos de batalha intergalática de mundo aberto de hoje em dia;

C) tradução malfeita de Gaialess (ou sem-Terra, enqunato humanos nascidos no espaço, fora do ambiente da Terra, portanto, não terráqueos ou não-humanos). Na narrativa do jogo, a humanidade, havia desenvolvido colônias pelo espaço afora, em razão de um império ganancioso haver se apropriado do planeta como se fosse propriedade sua de tal maneira a modificar todo o ambiente do planeta, ameaçando a vida no planeta, forçando a um verdadeiro expurgo da vida humana na Terra. Considerando que isso é uma conseqüência do comunismo, da Nova Ordem Mundial,  isto é perfeitamente imaginável, o que faz do jogo uma boa peça de ficção literária, se fosse melhor trabalhada.

2) O jogo se baseia na História de um exército-de-um-homem-só - por isso, você controla um Rambo intergalático que pilotava uma nave espacial. Um herói corajoso enfrenta esse império corajoso e o derrota. Mas isso não é verossímil, mas era o que era possível para a tecnologia de 1990.

3.1) Se essa idéia fosse revisitada nos anos 2010, esse jogo viraria uma obra-prima, um mundo aberto espacial e onde você controlaria as forças da humanidade (os sem-Terra, os sem-gaia) contra as forças globalistas e gananciosas que dominam a Terra. Seria a atualização da Guerra de Independência, da niepodległości, num cenário de guerra nas estrelas. Seria algo épico, perfeitamente imaginável.

3.2) Enquanto você liberta a Terra, você povoa outros planetas ou busca vida por vida inteligente em outras galáxias, de modo a forjar alianças contra este inimigo. Isso lembraria o colonization, em certo aspecto.

José Octavio Dettmann

Do casamento de Gaia com Hades, o deus do submundo dos gregos

1) Em um certo jogo de computador, você faz o papel de um explorador tentando sobreviver à floresta amazônica, enquanto tenta desvendar os seus segredos. 

2) A Amazônia costuma ser chamada de inferno verde - a floresta tem certos espíritos que te induzem à psicose ou mesmo à loucura. Os povos da floresta conheciam bem esses segredos - e eles estavam bem documentados no jogo.

3) Acredito que essa deva ser a origem da tal psicose ambientalista, pois o ambientalista, em busca de fama e fortuna, faz pacto com o diabo, tal como vemos na literatura alemã. É o casamento da deusa Gaia com o deus do submundo Hades, a ponto de produzir os futuros Sem-Terra (enquanto planeta para se chamar de lar, a base da ideologia planetária - outro nome para globalização).

4) Este casamento forjado no conservantismo se dá nas impurezas do branco, na ciência e na técnica enquanto ideologia - na ingaia ciência, como bem definiu o poeta Carlos Drummond de Andrade, a ponto de fazer da preguiça método de trabalho de modo a se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.

5.1) José Pedro Galvão de Sousa, ao definir cultura em seu Dicionário de Política, mencionou que os homens, por serem a primazia da criação, eles têm um reino próprio, uma vez que são dotados de corpo, alma e espírito. 

5.2.1) Quando são colocados na categoria de animais que mentem, eles ficam na mesma categoria dos vírus, que não possuem reino nenhum, a ponto de serem verdadeiros sem-terra científicos. 

5.2.2) O processo de fabricação desses animais que mentem se dá quando eles são alijados de seu reino próprio e postos no mesmo reino que os demais animais - isso leva à humanização dos animais e à desumanização do homem, outro efeito dessa ideologia perversa.

5.2.3) Eis o efeito nocivo do igualitarismo, ao igualar a espécie humana às demais espécies animais: isso leva à desvalorização do homem enquanto sujeito de direitos e obrigações. Isso decorre da própria negação de Deus, a razão de ser que faz a ciência ser ciência, enquanto busca da verdade. Isso leva também à desumanização da arte, bem como a um verdadeiro horror metafísico.

José Octavio Dettmann

domingo, 2 de agosto de 2020

Notas sobre a múltipla inteligência católica a partir do uno

1) Onde houver boa vontade, há sempre um caminho para se fazer o bem (When there's a will, there's a way)

2) Se há boa vontade e a possibilidade de um caminho para se fazer o bem, então há uma vocação (um chamado se fazer disso profissão de fé) e uma resposta (um sim para a missão de servir a Cristo em terras distantes, observadas as circunstâncias da sua vocação ou profissão)

3.1) Se inteligência é aprendizado da realidade, de modo a nos submetermos à realeza de Cristo, que é a primazia da realidade, da conformidade com o Todo que vem de Deus, então o bom aprendizado leva a um bom caminho, que é o caminho da santidade, da amizade com Deus sem medida. 

3.2) Seja pelo estudo, seja pelo trabalho que dignifica o homem, diferentes caminhos levam a diferentes formas de aprendizado ou a múltiplas formas de se viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus sem ferir a lei natural. 

4.1) O polímata, ou aquele que percorreu esses múltiplos caminhos por amor a Deus, fez exatamente o que São Paulo aconselhou: experimentou de tudo e ficou com o que é conveniente e sensato, uma vez que a sensatez leva à especialização, a ponto de uma família inteira a partir dele se especializar nesse caminho - eis aí que surge uma classe especial de pessoas que descobrem seu próprio caminho, uma vez que verdade conhecida é verdade obedecida.

4.2) Quanto mais polímatas houver na sociedade, a ponto de desenvolver múltiplos caminhos de inteligência para se viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus, maior a necessidade de se respirar os ares da Santidade da Igreja com os dois pulmões (o pulmão da Igreja Latina e o pulmão da Igreja Oriental, das demais Igrejas Sui Iuris). 

4.3) Uma pessoa com dois pulmões terá uma maior capacidade pulmonar para poder respirar debaixo d´água de modo a colher tesouros das profundezas do mar do que os que se radicalizam no que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de preferirem amputar um dos pulmões e agirem como mergulhadores, ainda que amputados. Nenhum mergulhador normal faz isso, mas os rad trads são capazes de fazê-lo, por conta de sua prepotência e vaidade.

José Octavio Dettmann

sábado, 1 de agosto de 2020

Regras do novo normal mais relaxadas em minha paróquia

1) A partir do dia 03 deste corrente mês de agosto, a paróquia Nossa Senhora de Fátima no Pechincha, a minha paróquia, vai deixar de pedir o ingresso com QR code para entrar na missa. No entanto, a minha temperatura será medida e a entrada está sujeita à lotação, de modo a evitar as aglomerações. A máscara ainda é obrigatória.

2.1) Já houve um pequeno de sinal de progresso (e progresso, para mim, é retorno à sanidade) - o que é bom sinal. Lentamente, esses entraves sem sentido serão superados e eu voltarei à missa como era antigamente. 

2.2) Continuarei rezando e lutando. Prefiro ser eremita a viver numa sociedade onde a regra social mais básica é conservar tudo o que é conveniente e dissociado da verdade. Isso tornará a convivência social impossível a ponto de tudo se reduzir a caos e retrocesso, em nome da ordem e do progresso, uma vez que a república maçônica é como comunismo, pois a razão de ser deste regime é mentir em nome da verdade, uma vez que negou a Cruz e a missão de servir a Cristo em terras distantes, tal como estabelecida em Ourique.

José Octavio Dettmann