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quinta-feira, 31 de outubro de 2019

Por que os encontros da direita devem se dar nas paróquias e não nos lugares grã-finos?


1) Meus colegas de faculdade mais próximos sempre me propunham para que me encontrasse com eles com freqüência. Propus para que os encontros se dessem à tarde, pois estava sempre disponível nesse horário (na época ficava em Niterói o dia inteiro e as minhas tardes eram livres). O pessoal só aparecia para os encontros à noite, onde rolava balada e chopada.


2) Por isso que não fiz amigos na faculdade. Ninguém estava interessado em estudar e discutir coisas importantes - todos, na verdade, estavam interessados no lazer, naquilo que era fútil e improdutivo. Todos viraram esquerdistas e engrossaram os quadros da classe ociosa.



3.1) Esses encontros que a direita organiza na Barra da Tijuca e em Copacabana passam a seguinte mensagem: "alta cultura é luxo"!



3.2) Alta cultura é como eucaristia: alimento espiritual. Ele não é luxo, mas uma necessidade salvífica. Por isso que organizo meus encontros na minha paróquia. Sabe quantos vão? Ninguém vai!



José Octavio Dettmann



Rio de Janeiro, 31 de outubro de 2019.

Os encontros da direita têm natureza megalômana e isso precisa chegar ao fim

Há quem me proponha tomar um copo de suco de laranja na Barra da Tijuca.

Eis o que digo a quem me propõe isso:

1) A condução é cara e os serviços são caros. Além do ISSQN (Imposto sobre serviços de qualquer natureza) e do ICMS, eu devo pagar o status que há por trás do suco de laranja, pois a Barra é bairro de gente rica. Se você não tem conteúdo para conversar comigo, então este convite é um desejo sincero de que eu tenha prejuízo.

2) Enquanto a direita brasileira não organizar encontros em lugares onde se faz churrasco na laje, em lugares onde se joga futebol na várzea - onde os que têm camisa enfrentam os sem camisa, tal como a esquerda fez nos primórdios do PT -, este país não vai pra frente.

3) Eu tenho a tendência de chamar meus contatos a virem à minha casa (não me incomodo de receber visitas). Como meus pais prezam a privacidade deles, não poderei fazer isso agora. Só poderei fazê-lo quando morar sozinho e não sei quando isso vai acontecer.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 31 de outubro de 2019.

segunda-feira, 21 de outubro de 2019

Por que prefiro o latim eclesiástico?

1) Entre a pronúncia eclesiástica e a pronúncia reconstituída do latim, eu prefiro a primeira opção porque a comunidade falante realmente existe - trata-se da comunidade dos príncipes da Igreja que falam latim e que celebram missa tridentina nessa língua. Isto é a prova cabal de que a língua não está morta - ela está restrita ao uso dos melhores homens que imitam a Cristo, a ponto de torná-la sinônimo de compromisso com a excelência, língua de ciência.

2.1) A pronúncia reconstituída do latim me soa artificial - afinal, como vamos saber se o latim de pronúncia reconstituída é realmente o latim falado na época de Júlio César, Octavio, Cícero, Trajano, Marco Aurélio e outras figuras históricas que viveram na época em que Roma era um império pagão que perseguia os cristãos?

2.2.1) Além disso, Roma teve muitos séculos de história - é natural que o latim tenha evoluído, a ponto de o latim da época de Tarquínio, o soberbo não ser o mesmo latim da época em houve as guerras púnicas ou o mesmo latim da época em que César mandava e desmandava em Roma.

2.2.2) Por isso, quando vejo alguém aconselhar o uso da pronúncia reconstituída, eu já vejo que o sujeito é picareta, pois não há comunidade viva que fale latim de pronúncia reconstituída.

3.1) Se o latim aprimora a inteligência, então o melhor método de se aprender a língua é amando e rejeitando as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

3.2) Mesmo que você não queira ser sacerdote, a experiência de aprender a língua da Igreja é uma honra muito grande, um verdadeiro privilégio. E ela deve ser ensinada por alguém que seja a santidade em pessoa.

3.3) Quando aprendi polonês, eu aprendi com o padre de minha paróquia - além de excelente sacerdote, ele nasceu na Polônia e foi ordenado por D. Karol Wojtyła, arcebispo de Cracóvia. E isto foi uma graça recebida. Quando for aprender latim, que seja dessa forma: por um padre santo. Aqui no Rio, eu não conheço nenhum padre irlandês - se conhecesse um, eu aprendia inglês com ele.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 27 de outubro de 2019.

Chega de falso moralismo!

1) Ficou escandalizado com o fato de eu advogar a tese de que o vermelho de batina que teve a infeliz idéia de adorarmos esse demônio chamado Pachamama deve ser atirado da Tarpéia? Rua pra você também! Cristo veio trazer a espada e vou dar com ela nos falsos moralistas.

2) Eu me libertei dos conservantismos dos falsos moralistas. Como é bom amar o bem e odiar o mal! O politicamente correto não me atinge mais.

3.1) Atirar o ídolo no rio é pouco, embora seja muito importante do ponto de vista simbólico.

3.2) É preciso que o herege desocupe o cargo que está a ocupar. É demônio disfarçado de sacerdote; é demônio disfarçado de bispo, sucessor dos apóstolos; é demônio disfarçado de príncipe da Igreja e há até demônio ocupando indevidamente a cátedra de São Pedro, fomentando heresia - a mera possibilidade de imaginarmos uma pessoa ocupando o papado e fazendo o contrário do que naturalmente se espera já nos atenta para o perigo real em que estamos metidos. Cristo não está presente nestas pessoas que estão ocupando indevidamente esses lugares. Rua com eles!

3.3) Que se dê aos dignos o sacerdócio, o bispado, o cardinalato e até o pontificado! Os humildes, eles serão por Deus elevados.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de outubro de 2019.

Se a rede social existisse na era de ouro das corporações de ofício, como ela seria?

1) Quando você aprende uma profissão, você apreende o compromisso de bem usá-la como ferramenta para se santificar através dela, nunca como arma para degradar o tecido social. Uma corporação de pessoas nesta circunstância é uma associação de pessoas que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento porque se santificam através desse trabalho. Elas vêem Cristo no advogado, Cristo no juiz e em qualquer outra profissão que garanta o pão de cada dia sem ferir direito alheio.

2) O internauta, o que se santifica através do trabalho que faz na rede social, é um trabalho como outro qualquer. Se a conformidade com o Todo que vem de Deus fosse a razão de ser desta sociedade em que vivemos, haveria toda uma multiplicidade de redes sociais cujo ingresso se daria mais ou menos como no antigo orkut: você entraria nelas se fosse convidado. Se você não conhece pessoa alguma, mas deseja seguir esse caminho, você poderia procurar a guilda dos internautas e se tornar um aprendiz na profissão. Se tiver bons antecedentes morais e criminais, você pode se inscrever - e se pagar a taxa de manutenção do curso, você pode usufruir das benesses da guilda pelo tempo que quiser.

3) Não haveria uma rede nos moldes do facebook. Rede social é um bem público e ela beneficia toda a comunidade dos que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento. Seria um bem fora do comércio.

4.1) Quem faz da riqueza sinal de salvação e fica rico no amor de si até o desprezo de Deus acaba pervertendo a corporação de ofício a ponto de virar uma OAB da vida. Não é à toa que a advocacia anda de mãos dadas com a maçonaria, neste país.

4.2) A mesma coisa pode ser dita com o facebook e a maçonaria que fundou os EUA, a ponto de restringir a profissão de internauta aos que dizem "amém" aos interesses do Partido Democrata, cujos métodos de esquerdismo são importados pela esquerda daqui.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de outubro de 2019.

Internet é como dirigir - usá-la é uma honra que deve ser dada aos maduros e capazes de bem manejá-la

1) Certas pessoas, quando estão atrás de um volante, se revelam verdadeiros psicopatas.

2) A mesma coisa pode ser dita com relação a quem está escrevendo atrás de um teclado e diante de uma tela de monitor. Ou quando esta mesma pessoa está diante das câmeras, falando para Deus e o mundo no youtube.

3) Usar a internet deveria ser como dirigir. Na mão de gente responsável, é ferramenta; na mão de psicopata, ela vira arma de assassinato de reputação. Só aqueles que têm maturidade para entender o que é certo ou errado poderiam ter o direito de usá-la.

4) Alguns alegam que ela é a base para o direito de expressão. Mas de nada adianta a liberdade de expressão se ela é servida com fins vazios. De nada adianta a liberdade sem a responsabilidade, sem a capacidade de usar este bem a serviço da verdade, da conformidade com o Todo que vem de Deus. Num mundo permeado pelo liberalismo e pelo relativismo moral, fica muito complicado confiar em alguém, realmente. Admito que tenho muita vontade de aprender latim, mas os únicos dois latinistas que conheço vivem brigando. Onde o ego fala mais alto, ali não me faço presente.

5.1) É por isso que prefiro aprender alguma coisa diferente com professores presenciais, naquelas áreas onde sou um neófito. É por isso que rezo tanto para que as federais sejam liberadas desses comunistas - nelas poderei ser aluno ouvinte e ir classificando os professores pelo que sabem e pela sua capacidade de transmitir o saber. Não me incomodo de fazer essa avaliação por mim mesmo, nessa qualidade.

5.2) Se houvesse uma cultura de gente fazendo esse papel, a ponto de ser uma profissão, não precisaríamos de governo substituindo aquilo que as pessoas que amam o saber seriam capazes de fazer por si mesmas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de outubro de 2019.

sexta-feira, 18 de outubro de 2019

Da grande unidade como base para se escrever da forma como escrevo - relatos da minha experiência

1) Quando se toma vários países como um mesmo lar em Cristo, por conta da missão de servir a Cristo em terras distantes, você incorpora três estruturas ao seu arsenal: língua, religião e alta cultura.

2) Da Polônia eu incorporei palavras da língua polonesa, passei a conhecer ainda mais profundamente a fé católica e elementos culturais ligados a essa fé, além de uma certa noção da cultura eslava pré-cristã.

3) Do tupi, incorporei palavras dessa língua, elementos de sua cultura que se fortalecem com o cristianismo e noções de sua cultura antes do cristianismo e após a cristianização.

4) Mesmo que você não domine todo o tripé de cada língua, com o tempo você dominará, a ponto de usá-lo como arsenal expressivo e imaginativo de tal maneira a mostrar novos caminhos que levem à Roma dos apóstolos, fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus. Eis a grande unidade católica.

5.1) Minha língua nativa, o português, é a base sob a qual se assenta toda a minha argumentação. Quando uso palavras de língua polonesa ou o tupi guarani, eu as uso para criar associações e enriquecer o imaginário do meu leitor-ouvinte. Com isso, nós temos uma espécie de interlíngua de base portuguesa e ouriqueana, já que a literatura é usada como instrumento de evangelização.

5.2) Isso não destrói a língua - o uso catacrético de vocabulário de outro idioma amplia os recursos que o português mesmo não seria capaz de exprimir. É como ter uma mira melhorada: você tem mais precisão e consegue mais resultado gastando menos bala, de modo a progredir no objetivo. E isso, em termos de guerra cultural, é primordial.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 18 de outubro de 2019.