Pesquisar este blog

domingo, 11 de agosto de 2019

Notas sobre o significado do dia 25 de julho (Dia do Escritor) no Brasil

1.1) A Batalha de Ourique ocorreu no dia 25 de julho de 1139. O dia do escritor foi instituído pela União Nacional dos Escritores no dia 25 de julho de 1960.

1.2) Na ocasião, o presidente dessa União era Jorge Amado, que era comunista. O objetivo era fazer com que não nos lembrássemos da missão de servir a Cristo em terras distantes - como ser escritor é estar irremediavelmente comprometido com a identidade nacional, acreditava-se que a classe, tal como a advocacia hoje em dia, estaria comprometida até o pescoço com toda essa mentira fundada na falsa alegação de que o Brasil foi colônia, a ponto de edificar em todo o povo toda uma má consciência onde o Brasil é tomado como se fosse uma religião e assim renegar a verdadeira honra que deve ser dada ao verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, que anunciou ao Rei D. Afonso Henriques, nosso primeiro Rei, a missão de que devemos servir a Ele em terras distantes.

2.1) Contudo, essa tentativa de desligamento criou uma forma de ligar a Terra Santa Cruz aos céus, uma nova forma de consagração.

2.2) Quem se santifica através do trabalho intelectual e literário está comprometido com a missão de servir a Cristo em terras distantes. Seu trabalho é criar meios de modo que não esqueçamos dessa missão - por isso nós guardamos a memória dos fatos através de histórias de vida que não devem ser esquecidas, pois elas apontam para o belo, para a conformidade com o Todo que vem de Deus.

2.3) Eu percebi a coincidência das datas hoje. Muito embora seja verdade que a filosofia nasce do espanto, a grande verdade é que a tomada de consciência para uma verdadeira reflexão filosófica constitui o porto seguro do qual somos chamados a navegar neste oceano da misericórdia e edificar consciências sistematicamente, a ponto de fazer com que as pessoas não esqueçam o que não deve ser esquecido. Nosso trabalho é voltado para o bem comum, uma forma de caridade organizada, voltada para a salvação de muitos.

2.4) Se nosso objetivo é casar a causa nacional com a causa universal, a ponto de tomarmos nosso país como um lar em Cristo junto com Portugal ou mesmo a Polônia, então é por meio desse trabalho que edificaremos uma bela civilização, não obstante a todo esse horror metafísico que foi criado com a independência, que se deu em 1822, e com a Semana de Arte Moderna de 1922, cem anos após o nefasto ato de apatria que selou nosso destino. E posso dizer que esta é a verdadeira causa que posso patrocinar, já que ela não precisa da carteira da OAB.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de agosto de 2019.

Da relação da música eletrônica com o dadaísmo

1) A verdade é que a música eletrônica não é um mero tambor que o branco toca quando tenta imitar o africano, mas um verdadeiro bate-estacas, pois dentro de todo esse movimento por trás do ritmo há toda uma filosofia de natureza modernista, que renega a metafísica da arte. Ela destrói tudo de modo a construir alguma coisa no lugar, mas não se sabe o que é, pois ela não tem planos, por ser irracionalista na essência.

2.1) Os que apreciam tal música são como operários em construção (cuja mente é como uma tela em branco, onde você pode pintar qualquer rabisco tosco e sair por aí dizendo que é obra de arte - obra de arte moderna, diga-se de passagem).

2.2) Eles se enquadram na definição de criança, segundo Locke. E isso é uma espécie de dadaísmo musical.

3.1) O dadaísmo é uma arte caótica, onde as coisas são criadas ao acaso, sem uma intenção estética definida. Ela tem um aspecto primitivo e bárbaro, sem nenhum apreço ao belo, ao harmônico, que geralmente remete a Deus.

3.2) Como o diabo aprecia o feio e o disforme, ele foi usado como uma arte de protesto, uma vertente do movimento revolucionário. Desse movimento, surgiu uma nova arte naïf (arte ingênua), que é essa mesma arte, só que adota o mito do bom selvagem de Rousseau como um ideário estético a ser perseguido em si mesmo, uma vez que o homem nasce bom, mas a civilização o corrompe.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de agosto de 2019 (data da postagem original).

Notas sobe o dia do escritor

1) Além do meu aniversário, que se dá no dia 23 de janeiro, e do meu imieniny (que é muito celebrado na Polônia e se dá no dia de São José), outras duas datas são relativas à minha pessoa: o dia 25 de julho - dia do escritor - e o dia 11 de agosto - dia do advogado.

2) 25 de julho é o dia da Batalha de Ourique, onde Cristo aparece a D. Afonso Henriques e anuncia a missão de que devemos servir a Ele em terras distantes, de modo que Seu Santo Nome fosse publicado entre as nações mais estranhas. Como escritor, eu sirvo a Cristo em terras distantes quando estou na rede social, escrevendo.

3) Quando forem lembrar do dia do escritor, lembrem-se sempre da missão de servir a Cristo em terras distantes. E este é o meu trabalho, a minha vocação - tábua de salvação, quando a advocacia no Brasil tornou-se inviável.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 11 de agosto de 2019.

quarta-feira, 7 de agosto de 2019

Como se deu a passagem do jurista para o escritor?

1) Eu estive na Faculdade de Direito da UFF entre 2001 e 2008. Quando entrei pro Direito, eu era idealista, pois desejava ajudar as pessoas.

2.1 Durante os anos de estudo, eu vi muitas coisas erradas relativas à minha profissão: percebi que as pessoas não queriam ser ajudadas; que eram ricas no amor de si até o desprezo de Deus; que a advocacia virou uma profissão caça-níquel, onde o ganho de causa passou a ser uma obsessão a ponto de deixar muito colega meu se estressar por conta de perda de prazo processual e muitas outras coisas.

2.2) Esse ambiente tóxico - que negava o estudo da História, da política, do belo, do amor à verdade - estava me enchendo. Quando os concursos públicos passaram a ser ideologizados, eu larguei o Direito em definitivo. Foi o fim da linha para mim? Não - foi um novo começo!

3.1) Desde 1994, eu trabalhava no subterrâneo uma habilidade que veio a ser desenterrada quando eu mais precisei: a habilidade de escritor.

3.2) Entre 1995 e 1999, minhas redações eram sempre selecionadas nas feiras de ciência do Centro Educacional Novo Mundo, o colégio onde estudei, todos os anos. Eu havia aprendido a trabalhar com dissertação na oitava série e me especializei nesse formato de produção literária.

3.3) Durante meus anos de Glioche (2008 a 2012), eu tive um excelente professor de português - com ele, passei a dominar melhor a língua. Aprendi muito mais português do que Direito. Em paralelo a esse treinamento, assisti a muitos vídeos do True Outspeak e comecei a escrever textos sobre a Teoria da Nacionidade, sobre coisas que já despertavam minha atenção desde 2004 e sobre as quais não pude escrever por 5 anos, por conta do compromisso de me formar na UFF.  Muita coisa ainda não foi passada para o blog, mas vou passar um dia. 

3.4.1) A partir de 2013, senti que estava pronto para trabalhar como escritor, mas tinha um contratempo: minha namorada estava me atrapalhando. Terminei com ela e em janeiro de 2014 comecei a escrever. Desde então não parei mais - lutei contra a Dilma, aprendi sobre História de Portugal, fui digerindo o que ouvia do Loryel e do Olavo.

3.4.2) Fiquei falando para os meus contatos de maneira discreta por 5 anos. Atraí alunos do Olavo, alunos do Loryel, filósofos como eu, pessoas de fé católica e algumas da Igreja Ortodoxa. Atraí alguns protestantes também, mas todos devidamente rejeitados, posto que já tive a péssima experiência de ter meu pensamento patrulhado por eles, tal como os comunistas fazem. Desde então não aceito nenhum.

3.4.3) Posso não estar nadando em dinheiro, mas posso dizer que consegui algumas coisas: hoje consigo comprar meus livros, meu material de trabalho, por minha conta, além de jogos de estratégias necessários à atividade contemplativa.

3.4.4) Ainda não ganho o suficiente para fazer passeios, mas este investimento está inviável no momento: a Europa está cheia de muçulmanos e a América está tomada pela ideologia do Partido Democrata. Só por isso, prefiro ficar em casa.

4.1) O único lugar onde ainda vale a pena ir para efeito de missão é a Polônia. Lá, o povo é católico e é com eles que eu quero estar.

4.2) Quem sabe um dia eu não vá morar na Polônia por alguns anos? Seria ótimo tomar aquele pais como um lar em Cristo junto com o Brasil. Se isso for possível, vou ficar feliz; caso não me seja, não ficarei chateado. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de agosto de 2019.

domingo, 4 de agosto de 2019

Notas sobre a Grécia Moderna e sobre a Florença de Savonarola - da necessidade de estudar estas histórias dialeticamente

1) Existem duas histórias ao longo da História das Civilizações onde uma é o oposto da outra: temos a História da Grécia Moderna sob o comando do etnarca Elefterios Venizelos, que busca artefatos do passado escondidos sob os mármores da Grécia Clássica de modo a afirmar sua razão de ser perante o mundo, e a a Florença Renascentista sob o comando de Girolamo Savonarola, que buscou promover toda uma iconoclastia de modo a conter o avanço do neopaganismo feito a partir das obras de arte que promoviam uma toda uma nova ordem fundada no Homem, pelo Homem e para o Homem, a ponto de queimar tudo isso numa fogueira das vaidades, visando a mortificação do eu das pessoas sistematicamente.

2.1) É importante estudar estas histórias, pois uma é o oposto da outra.

2.2) Embora Savonarola tenha sido queimado como um herege, certos santos tiveram uma devoção privada por ele, pois o fato ter feito uma iconoclastia de modo a deter os avanços do neopaganismo e da promoção da ordem fundada no homem, pelo homem e para o homem - a ponto de a liberdade ser servida com fins vazios e fora da conformidade com o Todo que vem de Deus - aponta que há um certo grau de conformidade com o Todo que vem de Deus por trás da causa de Savonarola, um certo quê de santidade por trás dele.

2.3) Um estudo cuidadoso desse período seria interessante, quando se trata de estudar o modernismo que levou ao surgimento da Grécia, da Itália e da Alemanha modernas, além do moderno Estado de Israel, fundado no sionismo.

José Octavio Dettmann

Do potencial do plagscan para a sistematização do meu trabalho

1) O pessoal da academia leva mais a sério o meu trabalho do que eu mesmo. Hoje conheci o site plagscan.

2) Dei uma olhada na minha última postagem. Ele pesquisou meu blog e descobriu que minha última postagem faz alusão a 12 postagens minhas, sem que eu tenha feito referência a elas expressamente. Neste sentido, eu vejo que isso vai ajudar e muito na sistematização do meu trabalho.

3.1) Tudo o que escrevo é baseado em coisas que já pensei antes, como se fossem tentativas sucessivas de aproximação - como a verdade é filha do tempo, certas coisas que antes estavam encobertas me são claras agora.

3.2) Não tenho preocupação em citar as postagens anteriores porque acredito piamente que o pessoal vai ler meu blog e vasculhar, pois quem ama a verdade de todo o coração move céus e terras para achá-la. A julgar pelo que costumo ver, ninguém se importa em ir a fundo e investigar - por isso que não faço esse trabalho de citar. O verdadeiro Deus e verdadeiro Homem sabe de tudo o que disse, coisa que nenhum homem ousou vasculhar, uma vez que preferiu conservar o que é conveniente e dissociado da verdade.

4.1) Se tivesse de citar tudo o que já falei, eu entregaria tudo mastigadinho - e a busca pelo conhecimento não teria graça. Nunca tive preocupação com a originalidade como um fim em si mesmo - até porque o que escrevo foi feito fora da academia.

4.2.1) Tudo foi feito para os que escutam minha voz de maneira sincera. Quem imita os passos do ouvinte onisciente vai fazer esse trabalho de mover céus e terras em busca da verdade.

4.2.2) Como escritor, meu trabalho é falar o que penso a esse ouvinte, já que só Ele escuta a minha voz, enquanto os demais não, uma vez que não querem ouvir.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 4 de agosto de 2019.

Notas sobre Itália, Alemanha, Grécia e Israel enquanto comunidades imaginadas

1.1) Quatro nações, que mais parecem quatro cavaleiros do apocalipse, surgiram para buscar singrar os mares navegados do passado por si mesmas: a Grécia, a Itália, a Alemanha e Israel.
 
1.2) Essas nações navegaram os mares virtuais do passado do mesmo modo como a Espanha navegou os mares: indo em busca de si mesmas, sem misericórdia alguma. Achavam-se eleitas de antemão, tal como os protestantes se achavam salvos da mesma forma.
 
1.3) Por conta disso, não foram capazes de casar a causa nacional com uma causa universal - fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus - tal como fez Portugal, a ponto de criar um império de cultura, fundado na missão de servir a Cristo em terras distantes. E o resultado disso levou ao surgimento de impérios de domínio, que um dia perecerão, por serem verdadeiros fracassos fundados no homem, pelo homem e para o homem. Não é à toa que a época do Ressurgimento (1871 a 1948) se mostra um importante capítulo da Era das Revoluções liberais e do nacionalismo salvacionista, enquanto facetas da mentalidade revolucionária, a ponto de o século XIX ser longo o bastante a ponto de ter sua influência sentida até a época em que o Estado de Israel foi criado.

2.1) O professor Loryel Rocha mencionou que a profissão de Historiador - enquanto intérprete de documentos, enquanto monumentos do passado - começou a ser estabelecida como uma especialidade academicamente importante, no século XIX.

2.2.1) Tal como ocorreu no Brasil, em que surgiram historiadores que escreviam manuais sobre como devemos escrever a história do Brasil, surgiram nessa época também mandarins (professores universitários) nesses países que acabavam imaginando comunidades modernas que não passam de caricaturas das comunidades que de fato existiram no passado.

2.2.2) Baseados nos trabalhos dos arqueólogos, buscavam interpretar o passado com o intuito de resgatarem a concepção de liberdade dos pagãos a qualquer custo, a ponto de conservarem isso de maneira conveniente e dissociada da verdade. Inspirados no espírito da Renascença italiana e do Iluminismo alemão, buscavam ressuscitar a herança pagã, inspirados nos princípios da igualdade, da liberdade e da fraternidade, nem que isso custasse a morte desses renascentes Estados-Nação, cujo mitologema se funda todo nessa vã busca pelo passado de modo a determinar os destinos do futuro. Eles buscavam fazer isso sob a nefasta influência do secularismo e livres da amarra do medievalismo, uma vez que todos eles eram anticristãos.

3.1) Desenterrar o passado a ponto de proclamar isto um novo marco zero se mostrou um erro crasso, uma vez que Cristo não veio destruir a antiga lei, mas dar a ela pleno cumprimento a ponto de converter a todos os povos a partir da fé cristã, da ordem romana e da filosofia grega. Isso preservou a liberdade dos antigos, só que temperada na verdade fundada no verbo que se fez carne, a ponto de fazer santa habitação em nós através da Santa Eucaristia. Eis a essência da Idade Média enquanto idade da luz.

3.2.1) Toda tentativa de se imaginar comunidades, seja a partir do zero - como se deu com a França - ou desenterrando civilizações da Antigüidade Clássica, mostra-nos que tal pretensão de se ir em busca da grande glória nacional por mérito próprio não tem lugar na ordem de ser das coisas, pois o ser humano - rico no amor de si até o desprezo de Deus - tenderá a se tornar um verdadeiro animal que mente, a ponto de o Estado se tornar o principal ente que integra o homem grego primitivo ao homem grego moderno, a ponto de tudo estar no Estado e nada estar fora dele ou contra ele.

3.2.2) Naturalmente o grego antigo, se fosse trazido para o tempo moderno, ficaria chocado diante desse horror metafísico,  ao ver o grego moderno como uma imagem distorcida dele diante do espelho, uma verdadeira caricatura grotesca dele mesmo. A mesma coisa pode ser dita com relação ao italiano, em relação ao romano, ou mesmo o israelense, em relação aos antigos hebreus da época de David. Eis a caixa de Pandora que foi aberta. 

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 4 de agosto de 2019 (data da postagem original).