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quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Dos três graus do nacionismo

1.1) O senso de nacionidade tem três gradações.

1.2) Para se tomar o país como um lar em Cristo, você precisa tomar a cidade onde você nasceu ou foi criado como seu lar em Cristo. Assim, você compreenderá o papel da sua cidade para a província, enquanto escola de nacionidade, pois é por meio da província que você aprende a amar o país como um todo como um lar em Cristo.

2.1) De que adianta falar em defesa da pátria brasileira, se você não tem conhecimento da história da cidade onde você nasceu ou foi criado, muito menos o conhecimento do papel que sua família representa para a história da cidade ou da sua vizinhança? Falar em defender a pátria por defender a pátria é como falar de arte pela arte - é uma frase vazia, uma abstração abusiva feita a ponto de tomar o país como se fosse uma religião, onde tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele.

2.2) Essa idolatria da pátria é um retrato da idolatria de si até o desprezo de Deus - e isso serve liberdade com fins vazios. Por isso, a maioria das pessoas que nasceram aqui são apátridas, dado que ignoram as razões pelas quais o país deve ser tomado como um lar em Cristo.

2.3) E para elas restaurarem a conexão de sentido com aquilo que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus, elas precisarão estudar a história de Portugal, pois o Brasil decorre de Portugal.

2.4) É daí que começamos a estudar o povoamento do Brasil - e o Rio de Janeiro é uma dessas primeiras vilas e povoados criados ao longo dos primeiros 80 anos de instalação de nossos ancestrais portugueses nestas terras distantes, a ponto de defender esta terra da invasão francesa, que já adotava uma visão de mundo calvinista, portanto, herética. E fizemos tudo isso sob a égide de São Sebastião, uma vez que D. Sebastião era nosso rei - vassalo de Cristo e sucessor de D. Afonso Henriques, pela graça de Deus.

3.1) Se estudássemos a história de povoamento de nossa cidade, então poderíamos ter uma idéia de como o Brasil se tornou ao longo do tempo, a partir da síntese decorrente do estudo que se faz acerca da história dos 26 estados da nossa federação, mais o Distrito Federal.

3.2) E esse senso de dimensão pede que você tome mais de um estado como um mesmo lar em Cristo, a ponto de se ter a total dimensão do que é o Brasil, uma vez que o verdadeiro brasileiro toma todos os lugares como um mesmo lar em Cristo, a ponto de não depender da imprensa alienante e desinformante que nos engana todos os dias.

3.3) Enquanto não tivermos a dimensão da grandeza do que é o Brasil, nós estaremos sujeitos ao provincianismo bairrista, a ponto de reduzir a naturalidade a uma nacionalidade, a ponto de fazer do Rio Grande do Sul um bantustão neste bananistão criado pela maçonaria. Nada de bom decorrerá disso.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de fevereiro de 2019.

Notas sobre ontologia como porta de entrada da metafísica

1) A ontologia é a porta de entrada para a metafísica, que é o estudo das coisas que nos apontam para a conformidade com o Todo que vem de Deus.

2) Todas as coisas têm conexão de sentido com Aquele que é a verdade em pessoa, que foi enviada pelo divino Pai Eterno de modo a lembramos que as coisas foram criadas com um devido propósito - e isso não deve ser esquecido, nem pervertido ou traído.

3) Quando negamos a razão de ser das coisas, nós negamos a metafísica. E o mundo se reduz a um mero teatro, a uma mera representação, onde tudo é transitório e nada é permanente - e isso gera uma ordem caótica, o que nega a natureza salvífica da Criação.

4.1) Os maçons, como todo bom revolucionário, acreditam piamente na idéia de que do caos vem a nova ordem, fundada no homem rico no amor de si até o desprezo de Deus - eis a essência da mentalidade revolucionária, que é essencialmente materialista.

4.2) Afinal, a matéria ocupa lugar no espaço, tem massa e essa massa pode ser transformada em energia, que vai sendo dissipada por conta de estarmos servindo ordem com fins vazios, por conta do pecado do conservantismo. O homem não é Deus - portanto, não pode criá-la.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de fevereiro de 2019 (data da postagem original).

O que é realidade?

1.1) A realidade está relacionada à realeza de Cristo, pois Ele é a verdade em pessoa.

1.2) Deus fala através de palavras, fatos e coisas - Ele enviou Seu Filho muito amado para nos livrar do pecado, uma vez que o homem é o animal que erra. E por conta da soberba e da pretensão de querer ser um Deus, ele acaba conservando o que é conveniente e dissociado da verdade.

2.1) Aquele que teve seu encontro com o verbo que se fez carne prova do sabor das coisas a ponto de conservar a dor d'Aquele que padeceu na Cruz pelo perdão de nossos pecados, uma vez que é livre n'Ele por Ele e para Ele. E este é o verdadeiro fundamento do saber.

2.2.1) Com efeito, qualquer coisa que não remeta a Cristo tem relação ao oculto, ao desconhecido.

2.2.2) Como verdade conhecida é verdade obedecida, então devemos evitar essas coisas fundadas na falsa ciência, uma vez que fomentam má consciência, a ponto de ficarmos ricos no amor de si até o desprezo de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de fevereiro de 2019.

Notas sobre a filosofia da nacionidade

1) Se filosofia é o estudo das razões últimas da realidade, a ponto de estudá-la tal como ela é, então o estudo do senso de tomar o país como um lar em Cristo é conseqüência lógica dessa filosofia.

2.1) Isso é ontologia permanente, pois as coisas são o que são porque se fundam na verdade.

2.2) Enquanto Portugal bem servir a Cristo naquilo que foi estabelecido em Ourique nossos caminhos serão seguros, a ponto de não encontrarmos tormentas nestes mares nunca dantes navegados; enquanto conservarmos o que é conveniente e dissociado da verdade, nós seremos obrigados a navegar em mares tempestuosos nunca dantes navegados tendo o Santo Espírito de Deus como guia e o oceano da misericórdia de Cristo, tal como dito à Santa Faustina, como nossa referência.

2.3.1) Com efeito, quanto mais conservantismo, quanto mais soberba em nossos corações, maior a necessidade de odiar o pecado fundado no fato de se tomar o país como se fosse religião, em que tudo está no Estado a ponto de nada poder estar fora dele ou contra ele.

2.3.2) Afinal, o conservantismo se funda no homem como a medida de todas as coisas - e o homem, segundo Kant, é o animal que mente, a ponto de mentir em nome da verdade e a servir liberdade com fins vazios e assim de nos aprisionar sistematicamente sem que a gente perceba, se esse conservantismo estiver alimentado a base de gramscismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de fevereiro de 2019.

Por que o problema da formação das almas no Brasil é complexo e de difícil solução?

1.1) Se a vereança é a porta de entrada para a vida política, então é crucial que se conheça a história da cidade, pois é preciso tomá-la como um lar em Cristo de modo que se sirva bem a ela de modo a distribuir esse senso a todos.

1.2) Uma das áreas onde sou muito deficiente é acerca da História da cidade onde eu nasci e me criei, o Rio de Janeiro, uma vez que não tenho conhecimento algum, já que a escola não me deu base neste aspecto. E jurei a mim mesmo que vou fazer alguma coisa a respeito nessa seara.

1.3.1) Tudo o que sei são de coisas que meus pais comentaram a respeito do mundo em que eles viveram e que foi radicalmente transformado com o passar das décadas. Pena que meu gravador já não está funcionando como se deve - eu gravaria esses depoimentos e os transcreveria de modo que servissem de base para as minhas pesquisas futuras.

1.3.2) Se eu juntar esta ponta com livros que vou coletando aqui e ali acerca da história do Rio de Janeiro, eu poderia compor um quadro acerca do que realmente ocorre aqui. E um livro sobre a história da cidade do Rio de Janeiro poderia nascer.

2.1) Quem advoga o municipalismo como bandeira deveria agir no âmbito cultural de modo a escrever livros acerca da história da cidade onde esta pessoa viveu e foi criada, mas não vejo ninguém atuando nessa direção.

2.2.1) Se a cidade é crucial para o desenvolvimento do estado, como é o caso da minha, então é preciso que se conte também a história dos bairros como base para se contar a história da cidade, pois as pessoas vivem nos bairros - e o Rio de Janeiro é prodigioso neste aspecto.

2.2.2) Isso pediria uma espécie de reunião de Estado-maior discutindo a história e o futuro da cidade nos próximos anos. Na verdade, três Estados-maiores: um para se discutir a história da cidade, outro para discutir a história do estado, a partir da síntese dos 92 municípios que compõem o estado do Rio de Janeiro, e mais outro a respeito de contar a história do Brasil sob a perspectiva local, de modo a servir de base para se escrever uma história do Brasil a partir da síntese dos olhares dos 26 estados, mais o Distrito Federal.

2.2.3) É bem trabalhoso, mas é melhor isso do que nada, uma vez que a história do Brasil, tal como ela é contada nas escolas, não passa de um microcosmos da História universal contada desde um ponto de vista cosmopolita, uma vez que o Brasil separado de Portugal foi criado para ser o império dos impérios do mundo, para servir de laboratório para toda e qualquer experiência totalitária que venha a ser aplicada no mundo num futuro não muito distante - eis aí a verdadeira essência do centralismo que é aqui praticado, coisa que é contrária a tudo aquilo que foi montado por conta da missão de servir a Cristo em terras distantes, o que leva a um federalismo pleno.

3.1) Enfim, formar esse pessoal qualificado para tal discussão vai ser um grande desafio, uma vez que sem eles não haverá uma educação de base séria, como quer o governo.

3.2.1) Não é à toa que o problema da formação das almas no Brasil é o mais complicado de ser resolvido - e isso não encontra precedente em qualquer lugar no mundo. Ele terá que ser resolvido desde a base: a partir das famílias.

3.2.2) Os pais que tiverem algum conhecimento precisam colocar na cabeça de que é preciso preparar seus filhos para a vida - e esta me parece a primeira coisa que deve ser feita. A preparação para a vida leva os filhos a seguirem o caminho de seus pais, pois caminho conhecido é caminho seguro.

3.2.3) Se houver uma vocação extraordinária, algum membro dessa família seguirá um outro caminho, a ponto de ser incluído no cabedal familiar e não vejo outro caminho que não este. Afinal, a história da cidade pode ser contada pela história das famílias - por isso, é preciso fazer do hábito de se escrever uma cultura, tal como os portugueses faziam. É isto que precisa ser resgatado urgentemente.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 6 de fevereiro de 2019.

Comentários:

Sylvia Maria Sallet: Nossa! É incrível como tens clareza quanto à necessidade de saber que a alma tem que ter um conhecimento maior do lugar onde esta nasceu, de modo a personalidade ter um chão e, dessa forma, poder tomar esse chão como um lar e assim lutar por nossas necessidades de pátria, de lugar, de sociedade, uma vez que ela tem conhecimento de sua ligação total com o Todo-Poderoso, a ponto de estar ciente de seu papel quanto à tomada de decisões corretas, no tocante à ação política.

José Octavio Dettmann: Sim. O estudo da razão pela qual Portugal foi criado em Ourique leva ao pleno entendimento disso. 

Notas sobre dois regicídios: um consumado e outro em andamento

1º de fevereiro de 1908 => El-Rei D. Carlos é assassinado pela maçonaria, no Terreiro do Paço. Eis o fatídico dia do regicídio em Portugal, que se seguiu à esteira do golpe de Estado que se deu no Brasil, no dia 15 de novembro de 1889.

1º de fevereiro de 2019 => eleição para a presidência do Senado. Baixaria da pior espécie. Renan quer matar a Lava-Jato, que reina nesta terra. Um segundo regicídio está a ocorrer. Quem sai perdendo é o direito e a justiça.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de fevereiro de 2019.
Nota de atualização: pelo menos, Renan não foi eleito presidente do Senado mais uma vez. Nós vencemos esta batalha, mas há muitas outras em curso, pois os inimigos do Brasil são muitos

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Da razão pela qual vou sistematizar o meu trabalho

1) Estive lendo a lei geral que protege as obras intelectuais. Eu descobri que o autor de livros tem direito inalienável de receber 5% de tudo o que é arrecadado com a venda das impressões feitas pela editora sobre a obra (o chamado direito de cópia ou copyright).

2) Se um livro meu custar 50 reais, então R$ 2,50 é o que ganho de cada exemplar. Considerando que uma tiragem regular é de três mil exemplares, então eu receberei R$ 7.500,00 ao fim do contrato. É pouco, mas é muito melhor do que nada. Enfim, vai depender da quantidade de exemplares e da porcentagem do royalty que me é cabível.

3) A idéia é atrair leitores novos e que estejam realmente interessados em colaborar comigo. Com o tempo, terei minha própria editora e poderei cobrar o preço que acho justo, que é R$ 100,00 sobre o meu primeiro trabalho, em que descrevo a diferença entre nacionidade e nacionalidade. Essa distinção custou-me muitos anos de trabalho duro, feito com o intuito de delinear de maneira clara e precisa as coisas de modo que meus leitores não se confundam. Afinal, foi um trabalho cultural, pois estou semeando consciência nessa direção.

4.1) Dos mais de 4600 artigos que escrevi, posso publicar 4 ou 5 livros, senão mais. Não defini um preço para esses projetos porque ainda não vi a complexidade envolvida neles, mas com certeza isso não me exigiu tanto esforço quanto a distinção entre nacionidade e nacionalidade, a ponto de não ver outra alternativa senão cobrar uma nota preta por esse trabalho. 
 
4.2) É bem como meu amigo Vito me disse: eu descasquei um tremendo de um abacaxi, do mesmo modo que a diferença entre conservador e conservantista - por isso, acho que mereço ser muito bem pago por conta desse trabalho, pois esses abacaxis foram muito bem descascados, como vocês podem bem ver em meus artigos. Muitos de vocês, como minha amiga Sara Rozante, são testemunhas disso. Afinal, a verdadeira função do trabalho científico e cultural é justamente essa.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 5 de fevereiro de 2019 (data da postagem original).