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quarta-feira, 23 de janeiro de 2019

Meditações sobre a tradição cristã

1.1) O Deus de Israel se assenta sobre uma trindade: ele é o Deus de Abrahão, Isaac e Jacob.

1.2) Ele é a unidade que liga a vida dos três grandes patriarcas, os founding fathers de tudo aquilo se funda na conformidade com o Todo que vem de Deus.

1.3) O Deus do pai também é adorado no tempo do filho e naquele que viria a ser Israel com suas doze tribos: Jacob e seus filhos. Em Deus, Israel é tomado como o lar definitivo e guia todas as nações através do Espírito Santo. Esta é a prefiguração do que viria a a partir do Novo Testamento.

2.1) A Igreja, como esposa de Cristo e como mãe, se sustenta sobre quatro colunas: Sarah, Rebecca, Lia e Rachel. E o evangelho se sustenta sobre 4 colunas, 4 evangelistas: São Lucas, São Matheus, São João e São Marcos. A palavra foi escrita tendo por base a carne, a santidade ancestral fundada a partir dessas 4 grandes mulheres.

3.1) O esquema 3-4 (ou triângulo-quadrado) mostra a importância da cooperação homem e mulher para o plano da salvação, uma vez que a Igreja é uma grande família de batizados.

3.2) Nenhuma nação pode ser tomada como um lar se não houver um todo orgânico, uma família, a ponto de tudo se resumir numa coisa só, que aponte para Deus, já que Ele é a verdade em pessoa, a ponto de dar sua vida pelo perdão de nossos pecados.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de janeiro de 2019.

Das 4 colunas sobre as quais o novo Rio deve se sustentar para ser tomado como um lar em Cristo

1) Na tradição judaica, toda judiaria é assentada sobre quatro colunas, que representam as quatro mulheres fundadoras da nação hebraica: Sarah, Rebecca, Lia e Rachel.

2) O Rio de Janeiro deveria ser assentado sobre 4 colunas, 4 culturas: a cultura indígena local, a cultura francesa (uma vez que esta cidade começou como França Antártica), a cultura portuguesa e a cultura polonesa (por conta de São João Paulo II).

3) Se essas 4 colunas, essas 4 culturas, esses 4 discursos forem trabalhados de modo que o Rio de Janeiro volte a ser tomado como um lar em Cristo, então isso fará com que o Brasil volte a ser o coração do meu Brasil, bem como terá será a capital espiritual do Brasil por muitos e muitos anos.

4) A cultura francesa na cidade costuma se manifestar na cidade em momentos específicos de nossa história, como a missão artística francesa capitaneada por Debret ou a influência cultural francesa no Rio de Janeiro, durante o segundo Reinado e início da República, quando o país estava indo muito bem. Isso é parte do patrimônio da cidade, a ponto de ser tomada como um lar - muito embora a influência francesa tenha nos trazido muito lixo, como o positivismo, por exemplo.

5.1) A cultura polonesa tende a se manifestar mais vivamente por conta do trabalho missionário polonês que se dá em algumas paróquias da cidade, como a minha, por exemplo.

5.2) A vinda de São João Paulo II em 1997 abriu o caminho para que essa cultura espiritual polonesa fosse enxertada na cidade. Ela não se deu na forma de um modismo arrivista, mas como uma forma para se viver a vida cada vez mais em conformidade com o Todo que vem de Deus em tempos de crise, como este em que nos encontramos. Ela é um germe ainda, mas pode ganhar ainda mais força se ela influir na vida extraparoquial da cidade.

6.1) Enfim, são algumas coisas que merecem uma reflexão mais profunda, se tivesse mais conhecimento da História local. Pena que aqui não há historiadores que escrevam livros de História da cidade do Rio.

6.2) Se fosse prefeito, eu abriria um concurso para isso. E o livro vencedor seria usado como material de apoio nas escolas cariocas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 23 de janeiro de 2019.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2019

Notas sobre imaginação moral e política

1) Habilidade sem imaginação é artesanato. E neste ponto o pragmatismo político se enquadra neste elemento.
 
2) Artesanato fundado no homem como a medida de todas as coisas leva ao utilitarismo, ao homo faber. O homem rico no amor de si até o desprezo produzirá a melhor solução técnica de modo que seu interesse prevaleça sobre os demais. Tudo se dá pela força ou pela coação moral irresistível

3.1) Em inglês há uma expressão chamada statecraft - Estado fabricado, manufaturado.
 
3.2) O pretenso chefe de Estado vai se aliando com pessoas que amam e rejeitam as mesmas coisas do que ele, de modo a conseguir tomar o poder, seja pela força, seja pela corrupção.

3.3.1) Esse estado de compromisso foi toscamente costurado, a tal ponto que os conservantistas mudam de senhor com prazer, quando seus interesses vis e egoístas não estão satisfeitos.
 
3.3.2) A coisa tende a ser ainda mais grave quando o homem, enquanto animal que mente, tende a ser a medida de todas as coisas, a ponto de tudo estar no Estado e nada estar fora dele ou contra ele. E isso faz com que a liberdade seja servida com fins vazios.

4.1) Se a habilidade for combinada à imaginação moral, a ponto de vermos o que não se vê - o verdadeiro Deus e verdadeiro Homem nas pessoas -, então o bom político é como um bom tecelão, capaz de fazer um arranjo de excelente qualidade, uma costura feita de tal modo a influir decisivamente no tecido social, uma vez que estamos amando e rejeitando as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, a ponto de as coisas apontarem a conformidade de todo que vem de Deus e assim não serem esquecidas.

4.2.1) O responsável pela articulação, pela costura desses acordos, adquire sua autoridade pela força do exemplo, a ponto de conduzir os negócios da cidade dessa forma - e é assim que ele se torna o primeiro cidadão da cidade, por ser servidor de Cristo neste fundamento.

4.2.2) A notícia desse serviço se espalha a ponto de o bom governante se tornar primeiro cidadão de outras cidades próximas, pois estimula as lealdades a gravitarem em torno de sua pessoa, uma vez que ela está revestida de Cristo. E ele se torna rei, quando se torna primeiro cidadão sistemático de todas as cidades do Brasil, assim como de todo o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.

4.2.3) Este é o verdadeiro sucessor de D. Afonso Henriques, pois ele fez isso com base em um chamado, já que semeou a todos de tal maneira que a missão de servir a Cristo em terras distantes, fundada em Ourique, não viesse a ser esquecida.  
 
José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 21 de janeiro de 2019.

Notas sobre uma medida que tomaria, se tivesse autoridade para isso

1) Se o Estado estivesse em aliança com a Igreja Católica, eu daria isenção à Igreja para não pagar conta de luz no verão.

2.1) A razão pela qual digo isso é que as igrejas são de pedra. Se não houver ar ligado, fica insuportável ficar dentro delas.

2.2) Se pudesse, eu iria conversar com as autoridades eclesiásticas sobre a questão de construir paróquias com materiais que fossem isolantes térmicos, como isopor. Seria ótimo haver igrejas com sua arquitetura tradicional e adequadas à realidade do verão carioca.

2.3) Se preciso for, iria ter uma audiência com o papa para tratar do problema.

3.1) Não sou contra a tradição - só acho sensato é que as Igrejas sejam mais confortáveis para o povo de Deus, sobretudo no verão.

3.2) A casa de Deus não pode ser um inferno lá dentro quando estamos no verão carioca, pois isso é contrariar a razão pela qual ela foi feita.

4.1) Nas atuais circunstâncias atuais de Estado laico eu teria que dar essa mesma concessão às seitas heréticas, por conta da isonomia. E isso eu não posso dar, pois os templos protestantes não passam de empresas disfarçadas de igrejas.

4.2) Isso sem mencionar que essa maldita isonomia causaria um baita impacto na arrecadação - o que seria um tiro no próprio pé. Que bela porcaria é a Carta de 1988!

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de janeiro de 2019.

Igrejas de pedra não são uma boa pedida no verão carioca

1) A Igreja da minha paróquia é feita de pedra. No verão, sobretudo em janeiro, fica muito quente lá dentro - um calor quase insuportável, pois pega todo o sol da tarde. Se não fosse o ar condicionado, eu não iria conseguir assistir missa lá dentro.

2) Outro dia, eu imaginei uma conversa com o padre Jan e disse o seguinte: "um escritor, com seu olhar aguçado, dirá que a casa de Deus é um verdadeiro inferno no verão, de tão quente que é aqui dentro. Se a Igreja é a porta de entrada do paraíso, então o que ocorre aqui é um pouco diferente daquilo que Dante descreveu na Divina Comédia. Ou seja, ele vai chegar à conclusão de que Dante está errado, uma vez que ele não sabe o que é o verão no Rio de Janeiro.

3.1) Eu sou escritor e não cheguei a dizer este tipo de blasfêmia de fato para o meu pároco, mas é fora de dúvida que isso é muito irônico.

3.2) Igrejas de pedra no verão carioca causam esta confusão. A casa de Deus se torna um verdadeiro inferno, tamanho o calor que há dentro delas.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 20 de janeiro de 2019.

Da crônica como uma forma de documentar os fatos da política nacional atual - o caso do Governo Bolsonaro

1) O professor Marco Antônio Villa disse que ele não seria crítico de costumes.

2) Embora ele não queira fazer esse papel, penso que esta é uma excelente oportunidade para quem escreve bem, uma vez que isso é uma verdadeira prestação de serviço às futuras gerações.

3) É preciso ser um cronista deste governo Bolsonaro, documentando todas as essas coisas relativas ao fenômeno do caipira político que foi alçado ao poder, uma vez que os conservantistas optaram por tomar o poder ao invés de criar uma nova cultura onde a ameaça da volta da esquerda seja um problema resolvido de uma vez por todas.

4) E a crítica dos costumes é o caminho. Há muitos deslumbrados que sequer viram uma baixela de porcelana ou um prédio antigo dos tempos da China Imperial - e essa gente é facilmente corrompível, por conta de sua falta de preparo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de janeiro de 2019 (data da postagem original).

Comentários sobre o ato de apatria praticado por uma certa leva de deputados que foi à China

1) Durante os anos petistas, o STF estabeleceu uma jurisprudência no entendimento de que o mandato pertence ao partido, quebrando a cultura eleitoral de que votamos em pessoas. 

2) Considerando que os mandatos pertencem agora ao partido, que esta já é uma realidade sedimentada, penso que seria interessante que esses deputados que foram à China para adquirir a tecnologia de reconhecimento facial para uso em aeroportos deveriam ser banidos do partido por alta traição e que seus mandatos sejam entregues a pessoas mais capacitadas.

3.1) É a pena que deveria ser aplicada por alta traição, uma vez que a CRFB proíbe a pena de morte, salvo em guerra declarada. 
 
3.2) O ponto crucial da questão é que os dados de todos aqueles que moram no Brasil - sejam de nacionais, sejam de estrangeiros, sejam até de refugiados chineses que se encontram no Brasil - seriam repassados a esse governo totalitário maldito. Mais do que traição, isso constitui crime de lesa-pátria.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 19 de janeiro de 2019.