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segunda-feira, 10 de dezembro de 2018

Notas sobre o transporte público gratuito - o caso de Luxemburgo

1) Eu ouvi falar que em Luxemburgo o transporte público será gratuito.

2) Para não se cobrar sobre transporte público por meio de obrigação específica e divisível, a chamada tarifa, a cobrança sobre esse serviço deveria recair sobre a propriedade de veículos automotores, de modo que custeiem o transporte público.

3.1) Me parece uma justa medida, uma vez que ninguém terá um carro de modo usá-lo como um símbolo de status social. Esses, cujo uso desse bem é voltado para o nada, é que financiam o transporte público, pondo fim à odiosa classe ociosa dos playboys.

3.2) Para que ter uma Ferrari ou uma Lamborghini em casa, se você pode ter um bom busão de Luxemburgo te levando aonde você quer ir? Tributar o veículo automotor, de modo a custear o transporte público, é dar justa destinação a um bem, de modo que ele se volte para o bem comum, uma vez que carros demais são um indício de que o transporte público é ruim.

3.3) Se você não faz do veículo seu meio de ganhar a vida, então não use o veículo.

4.1) No Brasil, esta medida não seria possível porque o IPVA é imposto estadual - se IPVA e o emplacamento fossem municipais e fosse usado para custear o transporte público gratuito, isso acabaria com as máfias dos ônibus. Além disso, muitas cooperativas de motoristas de aplicativo têm capacidade técnica para oferecer esse serviço e serem remuneradas por isso, uma vez que a demanda por transporte tende a ser inelástica, uma vez que muitas das empresas de ônibus estão em dificuldades financeiras, além de fomentarem a corrupção no Estado do Rio.

4.2) Isso sem mencionar que seria uma forma efetiva de se garantir o direito de ir e vir dos mais pobres, pondo fim a todo esse fuzuê envolvendo passe livre. Já vi casos em que uma pessoa perdeu seus direitos na justiça trabalhista porque não tinha dinheiro para pagar a tarifa de ônibus, de modo a ir pro tribunal.

José Octavio Dettmann

Linguagem figurada é para pessoas afeitas ao estudo

1) No exército americano, costumam se referir ao veterano de guerra como aquele que viu os elefantes (no caso, os elefantes de Aníbal, a maior arma de impacto psicológico que já houve na História).

2) Em sentido figurado, toda e qualquer pessoa experimentada em seu ofício já viu seu elefante - nada mais a impressiona.

3.1) Qualquer pessoa afeita ao estudo, quando perguntada se já viu o elefante, dirá que sim e dirá muitos outros detalhes, tornando a conversa muito mais interessante.

3.2) No Brasil, onde a incultura é a ordem das coisas, a pessoa vai olhar pra mim com olhos arregalados, a ponto de me perguntar de que planeta eu vim. Se Jesus dissesse para ele que o Reino de Deus não é desse mundo, então Cristo não seria Deus, mas um louco.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de dezembro de 2018.

Notas sobre o uso justo do estrangeirismo

1) Nego vive falando em "regras de compliance".

2) Compliance, em inglês, quer dizer conformidade, em português

3) Quando defendo a conformidade com o Todo que vem de Deus, estou defendendo "regras de compliance" fundadas no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, nunca em coisas que decorram de todo e qualquer homem, uma vez que somos míseros pecadores. Se eu não vir no sujeito a figura de Cristo, aí a vida não segue, pois isso é servir liberdade com fins vazios.

4) O português é uma língua rica. Falemos em regras de conformidade que já me dou por satisfeito.

5.1) Quando uso bóg, bogaty e ubogi (Deus, rico e pobre, em polonês) em meus artigos, eu uso para explicitar uma nuance que há na língua polonesa de modo que a pessoa melhor visualize a conformidade com o Todo que vem de Deus, pois as três palavras tem sua raiz em bóg (Deus).

5.2) Se usasse o português, esse detalhe não seria notado, pois as três palavras têm radicais diferentes.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 10 de dezembro de 2018.

A verdade sobre a escravidão

1) Houve escravagismo na América portuguesa e espanhola? Sim, mas em grau muitíssimo menor do que na América inglesa.

2.1) Os livretos maçônicos acusam a Igreja de ter apoiado a escravidão, o que é falso.

2.2) A Igreja nunca apoiou a escravidão, mas muitos homens da Igreja foram sim coniventes, afrouxaram-se perante os barões de escravos, deixaram-se tomar pela fraqueza e covardia, ou foram seduzidos pelas belas igrejas que os barões construíam. 

2.3) Mas a Igreja não se mede pela fraqueza dos homens, e sim pela fortaleza de sua doutrina, e na doutrina a Igreja sempre condenou veementemente a escravidão.

3.1) Muitas vezes acontecia que o escravo não era propriamente escravo, e sim servo, mas os livretos não fazem essa diferenciação, porque o servo naquela época é como um empregado atual, não um escravo. Há muitos empregados modernos que são mais maltratados do que um servo, tido como escravo, do período colonial.

3.2.1) O mais interessante é que a luta pelo fim da escravidão no Brasil foi encabeçada por uma princesa católica, Isabel, e seus adversários eram os maçons. 
 
3.2.2) Maçons é que são escravagistas, porque idolatram a riqueza. Entre numa lojinha maçônica, e só se verá gente falando de dinheiro, de subir na vida e ganhar poder. Ninguém busca a Igreja Católica pra ficar rico.

4.1) Já a colonização inglesa, essa sim era escravagista na doutrina.

4.2) Nos EUA a escravidão foi feroz, e era não somente de base econômica, mas de base racista.

4.3) Isso porque o puritanismo protestante advogava abertamente que os negros e os índios não tinham alma, eram como animais que podiam ser explorados sem nenhum remorso de consciência.

4.4.1) O contraste com a mentalidade do colonizador católico é gritante, porque esse catequizava os pagãos como sempre se fez na Igreja, que levou a fé entre os bárbaros europeus e cristianizou toda a Europa.

4.4.2) Essa diferença é muito fácil de constatar: a colonização portuguesa e católica produziu povos católicos e mestiços, porque realmente praticavam a doutrina cristã de que todos os homens são iguais perante Deus e descendem dos mesmos pais, Adão e Eva; já na colonização inglesa não houve mistura de raças, e o povo colonizado sequer era protestante. Veja a África do Sul: até pouco tempo havia o apartheid; nos EUA houve o surgimento tardio do movimento gospel entre os negros, por iniciativa própria deles, mas mesmo assim era coisa separada dos brancos.

4.4.3) O racismo entre os americanos ainda hoje é fortíssimo. Tudo isso advém da mentalidade protestante-maçônica que é racista, por conta da influência gnóstica e evolucionista.

Marcos Vinícius

Facebook, 9 de dezembro de 2018.

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domingo, 9 de dezembro de 2018

O lugar de Lula, desse animal que mente de 9 dedos, é na jaula do jardim zoológico

1) Aristóteles dizia que o homem é o animal que erra - seja por ação ou por omissão, seja por conta dos nossos pensamentos, todos nós erramos. Como isso é algo natural, abundante, então nem vale a pena enjaular este espécime para estudo, uma vez que já estamos presos na escravidão do pecado, por culpa de Adão.

2) Kant dizia que o homem é o animal que mente - todo psicopata é o ser que mente em nome da verdade, uma vez que é rico no amor de si até o desprezo de Deus. Se um exemplar desta espécie ocupou a presidência da República, então o lugar dele é no zoológico. Lá ele viraria atração turística e ainda geraria divisas pra cidade.

3) O que a República de Curitiba está esperando para botar este raro espécime de diabo da Tasmânia de 9 dedos no seu devido lugar?

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 9 dezembro de 2018.

sábado, 8 de dezembro de 2018

Sobre a questão de se aprender com as diferenças

1) Há quem me diga que devemos aprender com as diferenças.

2) Se as diferenças se fundam no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, então eu não vou perder muito tempo com esse tipo de pessoa. Ela preferirá conservar o que é errado, por força de vaidade, a trocar o errado pelo certo.

3) Se as diferenças se fundam no fato de se amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, então isso é uma variação da mesma verdade, que floresceu em outros contextos e outras circunstâncias, a ponto de assumir uma forma diversa daquela que eu conheço. É como o grafite e o diamante - eles são diferentes, quanto à sua organização alotrópica.

4) Eu posso muito bem aprender sobre coisas que decorram de uma farmacêutica que é católica do que de alguém que é da minha profissão, mas que não ama e não rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, a ponto de fazer da riqueza sinal de salvação, o que revela muito do seu caráter, rico no amor de si até o desprezo de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 8 de dezembro de 2018.

Por que o pensamento econômico católico não é (e nunca será) socialista?

1) O fim do homem é a busca da felicidade. Mas essa busca é plena na verdade, coisa que se funda no verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, a quem devemos imitar.

2.1) O homem necessita do pão e da palavra de Deus para se sentir satisfeito, feliz por conta de suas necessidades terem sido bem atendidas. Por isso, a cidade dos homens tende a melhor imitar a Jerusalém Celeste quando provê as duas coisas.

2.2) Neste ponto a economia da salvação tende a preparar a todos para a polis definitiva: a Jerusalém celeste. E não é à toa que devemos servir ordem de modo a que ordem bem nos sirva, com base no princípio da confiança, uma vez que devemos amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, uma vez que devemos nos amar uns aos outros como Jesus nos amou.

3.1) Deus veio trazer a vida e vida em abundância.

3.2) Como a riqueza decorre da vida, então o lastro da riqueza se dá em coisas que possam se reproduzir por si mesmas, uma vez que elas são produtivas porque se fundam nos propósitos de Deus, como são as sementes das plantas.

3.3.1) Como Deus veio dar vida em abundância, e a riqueza decorre da vida, então o cálculo econométrico fica impossível, uma vez que não há escassez - e é com base na escassez que as coisas são quantificadas, levando o mundo a prezar o materialismo e a imanência a ponto de preferir os bens presentes aos bens futuros, uma vez que o homem só é tomado como medida de todas as coisas porque ele só é capaz de construir pontes onde há escassez, coisa que se funda no amor de si até o desprezo de Deus. 
3.3.2) Isso leva ao pragmatismo, a ponto de a liberdade ser servida com fins vazios - e se isso for conservado conveniente e dissociado da verdade, então isso leva a pensamentos eugênicos, que tendem a ver a boa saúde como uma conseqüência da riqueza como sinal de salvação, negando o princípio de que a vida com deficiência é uma espécie de evangelho não escrito que aponta a todos para conformidade o Todo que vem de Deus, uma vez que sem a ação do Espírito Santo nada podemos fazer, pois nem mesmo seremos capazes de construir essas pontes, a ponto de ligar um lugar ao outro.

3.4) É por não haver escassez, já que nada é impossível para Ele, que o verdadeiro Deus e verdadeiro homem é equiparado a um bolchevique, uma vez que Mises comprovou que o cálculo econômico é impossível numa economia socialista.

3.5.1) Mas o socialismo se funda no homem como a medida de todas as coisas. 

3.5.2) Como todo homem tem o direito à verdade que quiser, então todo e qualquer homem se torna um divo empoderado, capaz de mentir em nome da verdade, daquilo que conserva conveniente e dissociado da verdade, uma vez que nega o verdadeiro Deus e verdadeiro homem, que é Jesus Cristo.

3.5.3) O Estado - a mais elevada das instituições criadas pelo homem - é tomado como se fosse religião, uma vez que tudo está no Estado e nada pode estar fora dele ou contra ele.

3.5.4) O socialismo decorre da riqueza como sinal de salvação, visto que o mundo foi dividido entre eleitos e condenados - e os revolucionários são progressistas porque são mais radicais nesse conservantismo.

3.5.5) Se a riqueza se torna sinal de salvação, então haverá salvacionismo na política, o que fomenta totalitarismo. Qualquer utopia é prometida ao camponês, que só quer pão, terra e trabalho.

3.5.6) Como Deus, a verdadeira esperança, foi negado, então o camponês é enganado - como os homens não são deuses, então suas promessas são vazias, porque se fundam em coisas conservadas convenientes e dissociadas da verdade, a ponto de serem impossíveis.

3.5.7) Para Kant, o homem é o animal que mente - o que é falso, pois Jesus foi verdadeiro Deus e verdadeiro homem, a ponto de ser a verdadeira medida de todas as coisas.

3.5.8) Como esse argumento não pode ser aplicado a Cristo, então Mises, que é um neokantiano, não sabe do que está falando, quando equipara os cristãos aos comunistas.

4.1) É por essas razões que o pensamento econômico católico nunca será um pensamento socialista.

4.2) A felicidade em Cristo não pode ser quantificada nem medida, porque a riqueza, fundada na vida em abundância, é abundante. E se é abundante, ela vai ser usada na construção do bem comum, uma vez que nada se perde, nada se cria - tudo se transforma.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 8 de dezembro de 2018 (data da postagem original).