Pesquisar este blog

domingo, 2 de dezembro de 2018

Economia da salvação versus capitalismo e comunismo

1) Quando se faz da crematística a nova ordem social, isso faz da riqueza sinal de salvação, a ponto de se edificar uma nova ordem, uma nova era a ponto de restaurar o princípio pagão do homem como a medida de todas as coisas.

1.2) Por isso mesmo, o capitalismo - que é fazer do processo de capitalização uma espécie de paixão, de obsessão - é fora da conformidade com o Todo que vem de Deus, uma vez que a liberdade será servida com fins vazios, a ponto de servir de fábrica de homens ricos no amor de si até o desprezo de Deus, a ponto de a cidade ser a selva onde vivem os homens que são lobos do próprio homem - o chamado estado de natureza hobbesiano.

1.3) O subproduto do capitalismo é inevitavelmente o comunismo, que é a ordem fundada nos homens que são obstinados em conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, o que faz com que esse processo revolucionário se torne cada vez mais radical. Eis no que dá a nova era e sua revolução cultural.

2).1 O contraponto disso tudo é a ordem econômica fundada no fato de que Deus é a razão de ser de todas as coisas, a ponto de todas as coisas encontrarem a sua justa destinação e apontarem para aquilo que é conforme o Todo que vem de Deus.

2.2) Por ser o homem a primazia da criação, a ponto de receber de Deus o poder de ocupar todas as coisas, então os poderes de usar, gozar e dispor devem ser dados ao maior número possível de pessoas de modo que estes possam servir a seus semelhantes, fazendo o país ser tomado como um lar em Cristo, o que preparará o maior número de pessoas para a pátria definitiva, que se dá no Céu. Eis no que dá a ordem social fundada na santificação através do trabalho.

3) Na economia da salvação, a vida eterna é o bem mais importante. Por isso, ela é o verdadeiro contraponto à riqueza tomada como sinal de salvação, que deu origem ao capitalismo e ao comunismo.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 2 de dezembro de 2018.

Notas sobre riqueza e o princípio de Lavoisier a respeito da matéria

1) Se na natureza nada se perde, nada se cria, uma vez que todas coisas são transformadas, a mesma coisa se aplica em relação à riqueza, enquanto parte da matéria que atende às necessidades do homem, enquanto primazia da criação.

2) Da agricultura vem as matérias-primas necessárias ao artesanato, que transforma a lã em roupa, por exemplo. Dos alimentos cultivados nos jardim vem a culinária, que produz alimentos de tal maneira que faça com que o homem restaure suas forças e seu bem-estar espiritual.

3) Se há sobra de material ou algum subproduto, este pode ser reaproveitado em alguma coisa de modo a atender necessidades humanas mais específica. Eis aí a reciclagem, como parte do processo.

4) O ser humano não vive só de pão, mas também da palavra de Deus. O corpo e o sangue de Cristo necessitam de que o trigo e a uva sejam transformados em pão e vinho. Por isso mesmo, nós vemos aí o perfeito casamento da agricultura com a indústria, a ponto de servirem para apontar para aquilo que decorre da conformidade com o Todo que vem de Deus, uma vez que o homem viverá do produto do suor de seu rosto.

5.1) O que leva ao desperdício se funda basicamente em uma coisa: a destinação das coisas a um fim vazio, por conta de se fazer do homem a medida de todas coisas, a ponto de se negar a Deus como a razão de ser de todas as coisas.

5.2) Isso cria uma cultura de eleitos e condenados, o que cria uma cultura de impessoalidade, a ponto de haver o lixo, que é o conjunto todas as coisas que são armazenadas de modo que encontrem alguém que lhes dê uma justa destinação a essas coisas. E enquanto não houver essa pessoa, o decaimento começa a correr, a ponto de corromper toda a natureza ao redor, ficando tudo à imagem e semelhança do homem enquanto a medida de todas as coisas, esse falso Deus que edifica uma liberdade fundada em fins vazios, capaz de mentir em nome da verdade.

6) Enfim, estes são alguns aspectos que podemos falar a respeito da plutologia.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 2 de dezembro de 2018.

Introdução ao estudo da plutologia

1) O começo do estudo da plutologia se dá nas fontes de riqueza. E a principal fonte de riqueza é, indiscutivelmente, a agricultura, como bem apontou François Quesnay.

2) Para fazer a terra gerar riqueza, você precisa ocupá-la de modo que você possa servir os produtos dela a quem necessita. Eis aí a primeira atividade econômica organizada que deve ser santificada, pois ela viabiliza uma vida gregária, fundada no fato de se amar e rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento, na conformidade com o Todo que vem de Deus.

3) Como todas as plantas produzem semente segundo a sua espécie, então esta atividade é capitalizante, uma vez que ela é produtiva, viabilizando a integração entre as pessoas, a ponto de haver uma relação de confiança, por meio do empréstimo e do arrendamento. Não é à toa que os juros surgiram em sociedades agrárias, como a Mesopotâmia.

4.1) Das profundezas da terra nós encontramos os metais. Os metais pode ser moldados para o fabrico de armas e instrumentos de trabalho.

4.2) Ao contrário das plantas, os metais não se reproduzem, mas eles admitem o fracionamento da unidade monetária - ao invés de se dar uma ovelha inteira, enquanto unidade monetária, você pode dar centavos - frações de uma unidade monetária, o que faz com que o dinheiro assuma uma dimensão cultural, a ponto de aumentar a eficiência da troca.

4.3) Diferentes metais foram usados: cobre, ferro, prata e ouro. Quanto mais raro fosse o metal, mais valioso ele se tornava. E com isso, a escassez passou a governar a economia de tal maneira a se fazer da riqueza sinal de salvação, levando à sua perversão, a crematística, coisa que faz o homem desviar-se do direito e da justiça, a ponto de ser o pior dentre os animais. Essas coisas governaram o mundo durante o Antigo Testamento, uma vez que a usura decorre justamente dessas coisas.

5) Com o advento do cristianismo, o ouro deu lugar ao sangue do cordeiro derramado pelo perdão dos nossos pecados, fazendo restaurar o homem como a primazia de toda a criação. E com isso, a usura passou a ser condenada de maneira definitiva. No entanto, como os judeus sempre viram os cristãos como uma seita, eles nunca os tomaram como irmãos, reforçando, por conta de sua vilania, a divisão do mundo entre eleitos e condenados, uma vez que conservaram de maneira conveniente e dissociada da verdade a cultura de paganismo, o que justifica o uso da usura.

6) As heresias protestantes todas tem um forte elemento judaizante, sobretudo o calvinismo, o que levou a criar toda uma ética fundada nessa heresia e com ela o capitalismo. Por isso mesmo, elas são a negação do cristianismo e da restauração da criação das coisas fundadas na conformidade com o Todo que vem de Deus.

7.1) Quando formos estudar a riqueza, devemos levar em conta também os erros decorrentes do pecado, erros esses que levaram com que a destinação das coisas fosse destinada a fins vazios, fazendo criar toda uma ordem onde o pior dos homens é tomado como se fosse um Deus vivo, tal como o Faraó do Egito, levando todos os demais à escravidão.

7.2) Com isso, o estudo da plutologia não pode se separar das lições de Heródoto a respeito da História: de que é preciso conhecer os erros do passado de modo que estes não possam ser repetidos no futuro, o que leva a se lutar de maneira intransigente contra todas as coisas que não prestam, fundadas no fato de se conservar o que é conveniente e dissociado da verdade, a ponto de negar o verbo que fez carne e que fez santa habitação por meio da eucaristia.

José Octavio Dettmann

sábado, 1 de dezembro de 2018

Sobre a necessidade de se separar economia de plutologia e crematística

1.1) Tal como a diferença entre nacionidade e nacionalidade, devemos separar a economia da crematística, que é fazer da busca pela riqueza uma obsessão, uma espécie de sinal de salvação, a ponto de dividir o mundo entre eleitos e condenados. Isso faz da usura e do interesse fundado no amor de si até o desprezo de Deus a razão desse disciplina. Por isso mesmo é a heresia em forma de ciência. Pseudociência.

1.2) Além disso, devemos separar economia da plutologia, que é a ciência que estuda a natureza da riqueza. A verdadeira plutologia não se reduz às coisas da physis, como há no livro do Donnisthorpe - ela também leva em consideração o homem, enquanto primazia da criação.

1.3) A economia leva em conta o homem como animal político. Por isso, é um desdobramento da ciência que estuda a ordenação da polis.

2.1) O estudo do senso de tomar o Brasil como um lar em Cristo por força de Ourique é muito mais complexo.

2.2) É preciso estudar história, política, economia, sociologia, direito e muitas outras coisas. Devemos nos santificar através do trabalho - e o estudo é um tipo de trabalho - de modo que a liberdade servida com fins vazios, decorrente da secessão de 1822, seja definitivamente afastada.

2.3.1) Isto que estou a fazer é catequese de segundo grau, pois é a Doutrina Social da Igreja aplicada às nossas circunstâncias enquanto nação, por conta da missão de servir a Cristo em terras distantes.

2.3.2) Nossa experiência deve servir de modelo para outros países que amam e rejeitam as mesmas coisas tendo por Cristo, como a Polônia. A Polônia servirá a Cristo em terras distantes dentro da sua razão de ser, enquanto nação católica e eslava.

2.3.3) Eis aí a beleza do Reinado Social de Cristo, por força de Ourique: todos os países servirão a Cristo em terras distantes levando em conta a sua razão de ser, de modo que possam ajudar a promover a glória da civilização cristã. Chega de ficar imitando modelos que não têm nada a ver com a nossa razão de ser. Sejamos católicos e ouriqueanos. Não podemos nos contentar com o que se conserva conveniente e dissociado da verdade. A luta continua.

3.1) Se pararmos pra pensar, a nobreza do escarlate supera o ouro. Primeiro porque o pau-brasil é reproduzível, enquanto o ouro não. E segundo porque o pau-brasil serve melhor àquilo que decorre do verbo que se fez carne do que o ouro e a prata, que historicamente tem mais servido à riqueza como sinal de salvação, a uma concepção de mundo dividido entre eleitos e condenados, fazendo com que a liberdade seja servida com fins vazios.

3.2) Eis aí a necessidade de se separar a verdadeira economia da falsa. Quando fizermos essa separação, uma revolução nesse campo será sem precedentes, pois estaremos jogando pra escanteio a economia moderna, que é muito materialista.

3.3.1) Meu colega Arthur Rizzi acabou de me contar que a cruz da primeira missa que foi feita era de pau-brasil, uma vez que o sangue de Cristo é o verdadeiro ouro, a verdadeira riqueza. Por isso esta terra se tornou Terra de Santa Cruz ou Veracruz.

3.3.2) Por isto, o pau-brasil superou o ouro como padrão universal de valor, por conta de sua natureza cristológica. Como símbolo é providência, então essas coisas não podem ser desprezadas no tocante de se servir a Cristo em terras distantes, a ponto de se tomar o pais como um lar em Cristo, o que nos prepara para a pátria definitiva, que se dá no Céu.

3.3.3) Um estudo nessa direção a faz com que a economia busque mares nunca dantes navegados, como fizeram os portugueses. E isso é provar o sabor das coisas de verdade a ponto de se ficar o que é conveniente e sensato, uma vez que vemos Cristo nessas coisas, uma vez que Ele é a base do verdadeiro saber.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de dezembro de 2018.

Da necessidade de se substituir o ouro como padrão universal de valor

1) Se a riqueza do Brasil fosse lastreada em pau-brasil, então a emissão da moeda dependeria necessiariamente do grau de confiança que se tem desse produto a ponto de edificar alta cultura, por meio dos violinos e por conta do vermelho que tinge a roupa dos nobres, a ponto de derramarem seu sangue por Cristo, tal como fizeram os primeiros mártires.

2) O pau-brasil é uma árvore e ela se reproduz lentamente. Por isso mesmo, sua produção deve ser a mais sustentável possível. Como o pau-brasil tem sua nobreza decorrente da verdade, da conformidade com o Todo que vem de Deus, então ela tem vantagem de valer tanto quanto o ouro, além de ter a vantagem de ser reproduzível, embora leve gerações até ficar pronto para o abate.

3) Se o Brasil imita aquilo que decorre de Ourique, a riqueza nacional se torna o novo padrão internacional de valor porque serve a Cristo em terras distantes, fundado no fato de que o mundo inteiro ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento.

4.1) Para se trocar o ouro como padrão universal de valor, é preciso que se troque esse falso padrão de valor fundado na riqueza como sinal de salvação pela verdade que decorre do verbo que se fez carne. Assim as moedas nacionais ganham um caráter universal, por conta de servirem melhor sua riqueza em terras distantes.

4.2) Quanto mais próxima de Cristo for a riqueza, em termos de simbologia, maior a necessidade de possuí-la e de tomar o país que emite essa moeda como um lar em Cristo.

5) Pena que o pensamento keynesiano da moeda fiduciária não chegou ao tempo do Renascimento, quando o pau-brasil era a principal riqueza do Brasil. Uma crise fundada na economia pautada na ética protestante e o espírito do capitalismo precisou servir de impulso para melhor se meditar sobre essas questões.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de dezembro de 2018.

Mais notas sobre capitalização moral

1) O primeiro lugar onde se aprende a amar e a rejeitar as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento se dá na Igreja Doméstica, vendo o exemplo do pai e da mãe. É honrando pai e mãe que se aprende a assimilar a lei de Deus que se dá na carne, a ponto de se viver a vida em conformidade com o Todo que vem de Deus.

2) Honrar pai e mãe implica pegar coisas emprestadas deles de modo que você, como filho, desenvolva suas habilidades a ponto de servir os outros numa economia própria organizada. Como você vê Deus na figura do Pai e da mãe, você paga o empréstimo por meio de juros, uma vez que a liberalidade do pai e da mãe se funda no amor e este é o melhor tipo de investimento que tem, posto que é produtivo.

3.1) Quando você passa para o segundo grau, em que você serve a Cristo em terras distantes ou não tão distantes de sua casa, você precisa constantemente descobrir os outros a ponto de bem servi-los naquilo de que mais necessitam.

3.2) O verdadeiro amigo é aquele que ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento - por isso, o serviço deve ser fundado na santificação através do trabalho. É descobrindo sistematicamente os outros que você aprende que pátria é família ampliada e nacionismo é família ampliadíssima, a ponto de Polônia e o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves serem tomados como um mesmo lar em Cristo, apesar de suas diferenças idiomáticas e culturais.

3.3.1) Um Novo Império de cultura decorrerá desse senso, dessa matriz de consciência.

3.3.2) Toda família que ama e rejeita as mesmas coisas tendo por Cristo fundamento precisa assumir para si a missão de servir a Cristo em terras distantes, repetindo esse processo ao longo das gerações.

3.3.3) Servindo sistematicamente ao longo das gerações você cria um verdadeiro sistema de capitalização moral, fazendo com que haja uma verdadeira edificação do bem comum em escala global, fundada na verdade, a ponto de promover a glória da República Christiana, uma vez que não podemos nos lançar aos mares em busca de nós mesmos, a ponto de ir à falência ou à deriva por força disso.

4.1) O senso de ter o mundo para morrer nasceu de uma só pátria: Portugal, que soube casar o interesse nacional naquilo que se funda no universal, que vem de Deus.

4.2.1) Portugal foi fundado para servir a Cristo em terras distantes - e isso foi confiado a um só homem: D. Afonso Henriques e seus legítimos sucessores.

4.2.2) Se o pecado entrou por Adão e a virtude entrou por Jesus, então esse império de cultura, que promove o Reinado Social de Cristo Rei, é promovido por um só homem que foi feito vassalo diretamente por esse segundo Adão, o Adão Definitivo: D. Afonso Henriques. Todo monarca deveria imitá-lo, por força disso.

4.2.3) Eis a razão pela qual D. Afonso Henriques deveria ser tomado como santo - missas deveriam ser feitas de modo que isto renove a ordem pública fundada na conformidade com o Todo que vem de Deus.

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1 de dezembro de 2018.

As duas faces do dia 1º de dezembro

1.1) Em 1640, Portugal se separa de vez da Espanha, restaurando seu trono e a missão de servir a Cristo em terras distantes.

1.2) D. João IV foi aclamado Rei de Portugal. Pôs-se como vassalo de D. Sebastião e coroou Nossa Senhora Rainha de Portugal, Brasil e Algarves no dia 8 de dezembro.

1.3) Por isso, Nossa Mãezinha é também Rainha de todo o mundo português - tratá-la como uma mulher qualquer, portanto, é ato de apatria. Por isso que devemos ver isto que os protestantes fazem como uma grave ofensa, uma vez que precisamos ver o que não se vê.

2.1) Em 1822, D. Pedro I é coroado Imperador do Brasil. Ele foi ungido e aclamado. 

2.2) Isto é uma blasfêmia, pois ele amputou o Reino Unido inventando a alegação de que o Brasil foi colônia, junto com José Bonifácio, esse apátrida carbonário que foi agraciado a founding father por iniciativa dos seguidores do Olavo de Carvalho. Além disso, por conta de Ourique, os reis não eram coroados, uma vez que desde D. Afonso Henriques Cristo já havia coroado seus vassalos, pois Ele queria fundar um Império de modo que Seu Santo Nome fosse publicado entre as nações mais estranhas.

2.3) Por conta da alegação inventada de que o Brasil foi colônia, D. Pedro recebeu o título de Defensor Perpétuo do Brasil, o que leva a exercer o Poder Moderador a ponto de ser um tirano absolutista e desfazer o modelo de federalismo pleno praticado por Portugal desde a fundação do Reino, em Ourique.

3.1) Ao escolher primeiro de dezembro como o dia da coroação e da aclamação, ele seqüestrou a missão salvífica de Portugal para a maçonaria. 

3.2) Assim nasceu o Império dos Impérios do mundo que viria a servir de experimento para o projeto da República Maçônica Universal. Isso é dar destinação vazia ao que decorre de Ourique. Isso é um ultraje!

José Octavio Dettmann

Rio de Janeiro, 1º de dezembro de 2018.